sábado, 29 de outubro de 2011

E Se Fosse Verdade? - Capítulo 26 - Primeira vez - Parte II


(Contado pelo Bill)

           - Não transei com o Tom. – disse Kate.
           - Não?! – arregalei os olhos. Por dentro a felicidade me dominava, e não consegui segurar o sorriso.
           - Eu não... não faço idéia de quem possa ter dito algo assim, mas não fiz nada.
           - Mas aquele dia...
           - Aquele dia você não me deixou explicar. Ficou irritado, e por isso dei aquela resposta. Mas... sobre você gostar de mim... é verdade?
           - Sim. – abaixei um pouco a cabeça. – Eu sempre fui... apaixonado por você. Acho que... desde a primeira vez em que te vi.
           - E porque nunca me contou?
           - Talvez por não ter chance ou coragem.

      O silêncio tomou conta do local, até que sorri novamente. Ela se inclinou e me abraçou. Nossos rostos estavam praticamente colados, e ela foi se afastando devagar até me beijar mais uma vez. Eu quem deveria ter tomado a iniciativa, mas tive medo de rejeição, mesmo sabendo que já havíamos nos beijado naquela noite.

      Ela vestia um short preto e uma camisa xadrez. Eu estava com uma calça jeans, um tanto velha e uma t-shirt azul. Eu sabia muito bem o que aconteceria se continuássemos daquele jeito. Mas pelo fato dela ainda ser virgem, eu não tinha tanta certeza se poderia prosseguir.

           - Tem certeza? – perguntei.
           - Se não for com você, não será com ninguém. – respondeu ela.

      Comecei a desabotoar botão por botão de sua blusa, até aparecer seu soutien prático, de renda, cor de rosa. Seus seios pareciam querer saltar lá de dentro. A beijei, enquanto continuava a desabotoação. Kate fechou os olhos e deixou-se ir, um tanto nervosa. Joguei sua blusa pro chão, assim como ela fez o mesmo com a minha. Minha calça começava a ser desabotoada pelos dedos dela. Mãos delicadas, doces, mas nervosas. Notei que ela não queria tanto cuidado assim, e a deitei na cama de um jeito selvagem, a beijando com paixão e desejo ao mesmo tempo. E logo ela se encontrava apenas de calcinha e soutien, e eu com minha cueca Box. Delicadamente e cuidadosamente, soltei seu soutien, e pude contemplar seus seios fartos que logo se tornaram rígidos. Ela corou e se afastou. Voltei a beijá-la para descontrair. Afastei um pouco as suas pernas e me posicionei entre elas. Agora a ansiedade me dominava, e as batidas dos nossos corações eram audíveis. Não me apressei e a mantive vestida como a tinha deixado, enquanto lhe descobria cada parte do seu corpo branco. Fino sem ser esquelético, suave, sem ser manteiga. Ela era perfeita, e eu tinha a certeza de amá-la mais do que já tinha amado outra pessoa. Ela me beijava vorazmente, cheia de excitação, que nem percebeu quanto tirei sua calcinha. Iniciei a penetração, e pude ouvir um “ai”, prolongado, mas que nos deu ainda mais prazer. Fiz as investidas devagar, para não machucá-la, depois mais intensas, e não consegui segurar o gemido. Kate arranhava minhas costas com força, sem se preocupar com nada. Chegamos ao ápice no mesmo instante, e fui reduzindo a velocidade, sem parar. Eu estava completamente satisfeito. Já não conseguiria mais imaginar aquele momento com outro alguém que não fosse ela.

      Rolei para o lado, ficando de barriga para cima e ela se deitou sobre mim. Ela passava as pontas das unhas sobre meu peito e abdômen. Comecei a acariciar seus cabelos até que adormecesse. Fiquei ouvindo as batidas do seu coração, e minutos depois também cai no sono, com plena certeza de que aquela fora a melhor noite da minha vida.

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(Contado pela 3º pessoa)

      O dia amanhece. A cortina estava um pouco aberta, o que dava passagem para alguns raios de Sol entrar. Bill despertou, e ficou observando Kate, que dormia como um anjo. Um leve sorriso estava formado em seu rosto, e aquilo o fazia sentir bem. Aos poucos ela também foi acordando.

           - Bom dia. – disse ela com um sorriso.
           - Bom dia. – respondeu ele, também sorrindo.

      Entraram nos olhos um do outro e se beijaram afetuosamente. Depois Bill se levantou, colocou uma calça de moletom, e saiu do quarto, indo até a cozinha. Kate fez o mesmo, mas antes de sair do quarto, vestiu a blusa de Bill, que ficou como um vestido nela.

      Assim que chegou a cozinha, Kate se depara com a empregada preparando o café. Logo suas bochechas ficaram coradas. Bill se aproximou e lhe deu um selinho.

           - Porque não disse que ela estaria aqui? – pergunta Kate, sussurrando.
           - E qual o problema?
           - O problema é que eu não teria vindo assim.

      Bill percorreu seu corpo com os olhos, beliscou seu queixo delicadamente...

           - Você está linda. E além do mais a casa é minha. – disse ele.
           - Mas poderia ter me avisado.
           - A Bia não liga pra esse tipo de coisa, não é Bia? – disse Bill, um pouco alto.
           - Pra mim o que importa é a sua felicidade. – disse Bianca. – E é um enorme prazer conhecê-la. O Bill não parava de falar em você.
           - O... como é? – pergunta Kate.
           - Ta legal, não precisamos entrar em detalhes. Vamos tomar o nosso café da manhã. – disse Bill, tentando desviar o assunto.
           - Ah não. Agora eu quero saber. – disse Kate.
     
      Bianca começou a contar tudo que sabia, enquanto Bill e Kate tomavam o café da manhã. Os dois saíram juntos e alugaram mais alguns filmes, desta vez nada de terror. Passaram a tarde inteira abraçados.

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(Contado pela 3º pessoa)

      O dia estava frio, e nada melhor do que ficar abraçado a alguém que você goste muito. Mas algo ainda “atormentava” os pensamentos de Bill.

           - O que será de nós, daqui pra frente? – perguntou ele.
           - Não sei. – respondeu ela.
           - Posso te dar o tempo que precisar para pensar.

      Kate permaneceu calada, mas quebrou aquele silêncio imediatamente.

           - Quer saber? Se fosse aquela Kate que tinha medo de tudo que as pessoas iriam dizer, ela com certeza diria “obrigada, precisarei mesmo de tempo”. Mas não, essa Kate, a nova Kate não quer mais se esconder.
           - Como assim?
           - Porque não mostrar ao mundo que estamos felizes?
           - Você está feliz?
           - Nunca me senti tão feliz. Eu quero ficar ao seu lado, e se for preciso, gritarei para o mundo inteiro ouvir.
           - Não sabe o quanto esperei para te ouvir dizer isso.

      Os dois se beijaram. Bill irradiava alegria, e dava pra perceber isso de longe. A Kate ainda tentava se acostumar com a idéia de que foi enganada, mas também estava feliz.

      Dois dias se passaram, e já era hora de voltar pro colégio. Kate fez questão de atravessar os portões de mãos dadas ao Bill.

           - Está vendo só Tom? A sua Kate já te esqueceu. – disse Amanda. Tom permaneceu calado.
           - No fundo, no fundo, ela não sentia nada por você. – disse Victoria.
           - Dá pra vocês duas calarem a boca? – disse Tom, que se levantou e saiu.

      Kate estava pegando alguns livros em seu armário, quando se assustou ao ver Tom parado lhe olhando.

           - O que foi? – pergunta ela.
           - Não acredito que está namorando o Bill. – disse Tom.
           - Olha Tom...
           - Será que já esqueceu tudo que passamos? – ele a interrompe.
           - Não, eu não esqueci. E é exatamente isso que me dá forças para continuar minha vida.
           - Como?
           - Enquanto eu estava lá feito uma idiota acreditando e gostando de estar ao seu lado, você mentia. Me enganou da pior forma possivel! Você é igualzinho a Amanda, ou melhor, você é pior do que ela.
           - Kate...
           - A Amanda me odeia, e deixa isso bem claro! Ao contrário de você. Será que não poderia ter sido homem pelo menos uma vez na vida e ter me contado a verdade?
           - Eu tentei...
           - Não! Você não moveu uma palha pra me contar!

      Os dois ficaram quietos. Os olhos de Tom começaram a se encher de lágrimas, e Kate completou.

           - Sinceramente... eu acreditei mesmo que você fosse uma pessoa legal. Mas me enganei.

      Ela fechou o armário, e seguiu para a sala. Pela expressão do Tom, com certeza estava arrependido. John, ao ver seu amigo, se aproxima.

           - E ai cara, como está? – pergunta John.
           - Não dá pra notar?
           - Eu sinto muito. Sei que gosta da Kate.
           - Mas ela não sabe disso, ou melhor, não quer acreditar.
           - Se eu puder te ajudar em qualquer coisa, é só me avisar.
           - Valeu. Mas acho que perdi a Kate pra sempre.
           - Vai desistir sem lutar?
           - Ela não quer saber de mim.
           - Não é motivo para desistir agora. Mostre a ele seus verdadeiros sentimentos. Mostre que você não é mais aquele garoto da aposta. Declare para todos o seu amor por ela.
       
      As palavras do John foram como uma motivação a mais que o Tom estava precisando. Ele deu um sorriso de canto e abraçou o amigo.

           - Ainda bem que você é meu amigo. – disse Tom.

      O sinal toca avisando que todos já estavam liberados. Kate recolhe suas coisas e vai para casa. Reencontra sua mãe que acabara de chegar da França.

           - Mãe? – ela correu para abraçá-la. - Eu senti tanto a sua falta!
           - Eu também, minha querida.
           - E como foi a viajem?
           - Foi ótima, mas... eu quero saber tudo que aconteceu com você enquanto estive fora.

Postado por: Alessandra

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