(Contado pelo Bill)
- Não transei com o Tom. – disse Kate.
- Não?! – arregalei os olhos. Por dentro a felicidade me dominava, e não consegui segurar o sorriso.
- Eu não... não faço idéia de quem possa ter dito algo assim, mas não fiz nada.
- Mas aquele dia...
- Aquele dia você não me deixou explicar. Ficou irritado, e por isso dei aquela resposta. Mas... sobre você gostar de mim... é verdade?
- Sim. – abaixei um pouco a cabeça. – Eu sempre fui... apaixonado por você. Acho que... desde a primeira vez em que te vi.
- E porque nunca me contou?
- Talvez por não ter chance ou coragem.
O silêncio tomou conta do local, até que sorri novamente. Ela se inclinou e me abraçou. Nossos rostos estavam praticamente colados, e ela foi se afastando devagar até me beijar mais uma vez. Eu quem deveria ter tomado a iniciativa, mas tive medo de rejeição, mesmo sabendo que já havíamos nos beijado naquela noite.
Ela vestia um short preto e uma camisa xadrez. Eu estava com uma calça jeans, um tanto velha e uma t-shirt azul. Eu sabia muito bem o que aconteceria se continuássemos daquele jeito. Mas pelo fato dela ainda ser virgem, eu não tinha tanta certeza se poderia prosseguir.
- Tem certeza? – perguntei.
- Se não for com você, não será com ninguém. – respondeu ela.
Comecei a desabotoar botão por botão de sua blusa, até aparecer seu soutien prático, de renda, cor de rosa. Seus seios pareciam querer saltar lá de dentro. A beijei, enquanto continuava a desabotoação. Kate fechou os olhos e deixou-se ir, um tanto nervosa. Joguei sua blusa pro chão, assim como ela fez o mesmo com a minha. Minha calça começava a ser desabotoada pelos dedos dela. Mãos delicadas, doces, mas nervosas. Notei que ela não queria tanto cuidado assim, e a deitei na cama de um jeito selvagem, a beijando com paixão e desejo ao mesmo tempo. E logo ela se encontrava apenas de calcinha e soutien, e eu com minha cueca Box. Delicadamente e cuidadosamente, soltei seu soutien, e pude contemplar seus seios fartos que logo se tornaram rígidos. Ela corou e se afastou. Voltei a beijá-la para descontrair. Afastei um pouco as suas pernas e me posicionei entre elas. Agora a ansiedade me dominava, e as batidas dos nossos corações eram audíveis. Não me apressei e a mantive vestida como a tinha deixado, enquanto lhe descobria cada parte do seu corpo branco. Fino sem ser esquelético, suave, sem ser manteiga. Ela era perfeita, e eu tinha a certeza de amá-la mais do que já tinha amado outra pessoa. Ela me beijava vorazmente, cheia de excitação, que nem percebeu quanto tirei sua calcinha. Iniciei a penetração, e pude ouvir um “ai”, prolongado, mas que nos deu ainda mais prazer. Fiz as investidas devagar, para não machucá-la, depois mais intensas, e não consegui segurar o gemido. Kate arranhava minhas costas com força, sem se preocupar com nada. Chegamos ao ápice no mesmo instante, e fui reduzindo a velocidade, sem parar. Eu estava completamente satisfeito. Já não conseguiria mais imaginar aquele momento com outro alguém que não fosse ela.
Rolei para o lado, ficando de barriga para cima e ela se deitou sobre mim. Ela passava as pontas das unhas sobre meu peito e abdômen. Comecei a acariciar seus cabelos até que adormecesse. Fiquei ouvindo as batidas do seu coração, e minutos depois também cai no sono, com plena certeza de que aquela fora a melhor noite da minha vida.
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(Contado pela 3º pessoa)
O dia amanhece. A cortina estava um pouco aberta, o que dava passagem para alguns raios de Sol entrar. Bill despertou, e ficou observando Kate, que dormia como um anjo. Um leve sorriso estava formado em seu rosto, e aquilo o fazia sentir bem. Aos poucos ela também foi acordando.
- Bom dia. – disse ela com um sorriso.
- Bom dia. – respondeu ele, também sorrindo.
Entraram nos olhos um do outro e se beijaram afetuosamente. Depois Bill se levantou, colocou uma calça de moletom, e saiu do quarto, indo até a cozinha. Kate fez o mesmo, mas antes de sair do quarto, vestiu a blusa de Bill, que ficou como um vestido nela.
Assim que chegou a cozinha, Kate se depara com a empregada preparando o café. Logo suas bochechas ficaram coradas. Bill se aproximou e lhe deu um selinho.
- Porque não disse que ela estaria aqui? – pergunta Kate, sussurrando.
- E qual o problema?
- O problema é que eu não teria vindo assim.
Bill percorreu seu corpo com os olhos, beliscou seu queixo delicadamente...
- Você está linda. E além do mais a casa é minha. – disse ele.
- Mas poderia ter me avisado.
- A Bia não liga pra esse tipo de coisa, não é Bia? – disse Bill, um pouco alto.
- Pra mim o que importa é a sua felicidade. – disse Bianca. – E é um enorme prazer conhecê-la. O Bill não parava de falar em você.
- O... como é? – pergunta Kate.
- Ta legal, não precisamos entrar em detalhes. Vamos tomar o nosso café da manhã. – disse Bill, tentando desviar o assunto.
- Ah não. Agora eu quero saber. – disse Kate.
Bianca começou a contar tudo que sabia, enquanto Bill e Kate tomavam o café da manhã. Os dois saíram juntos e alugaram mais alguns filmes, desta vez nada de terror. Passaram a tarde inteira abraçados.
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(Contado pela 3º pessoa)
O dia estava frio, e nada melhor do que ficar abraçado a alguém que você goste muito. Mas algo ainda “atormentava” os pensamentos de Bill.
- O que será de nós, daqui pra frente? – perguntou ele.
- Não sei. – respondeu ela.
- Posso te dar o tempo que precisar para pensar.
Kate permaneceu calada, mas quebrou aquele silêncio imediatamente.
- Quer saber? Se fosse aquela Kate que tinha medo de tudo que as pessoas iriam dizer, ela com certeza diria “obrigada, precisarei mesmo de tempo”. Mas não, essa Kate, a nova Kate não quer mais se esconder.
- Como assim?
- Porque não mostrar ao mundo que estamos felizes?
- Você está feliz?
- Nunca me senti tão feliz. Eu quero ficar ao seu lado, e se for preciso, gritarei para o mundo inteiro ouvir.
- Não sabe o quanto esperei para te ouvir dizer isso.
Os dois se beijaram. Bill irradiava alegria, e dava pra perceber isso de longe. A Kate ainda tentava se acostumar com a idéia de que foi enganada, mas também estava feliz.
Dois dias se passaram, e já era hora de voltar pro colégio. Kate fez questão de atravessar os portões de mãos dadas ao Bill.
- Está vendo só Tom? A sua Kate já te esqueceu. – disse Amanda. Tom permaneceu calado.
- No fundo, no fundo, ela não sentia nada por você. – disse Victoria.
- Dá pra vocês duas calarem a boca? – disse Tom, que se levantou e saiu.
Kate estava pegando alguns livros em seu armário, quando se assustou ao ver Tom parado lhe olhando.
- O que foi? – pergunta ela.
- Não acredito que está namorando o Bill. – disse Tom.
- Olha Tom...
- Será que já esqueceu tudo que passamos? – ele a interrompe.
- Não, eu não esqueci. E é exatamente isso que me dá forças para continuar minha vida.
- Como?
- Enquanto eu estava lá feito uma idiota acreditando e gostando de estar ao seu lado, você mentia. Me enganou da pior forma possivel! Você é igualzinho a Amanda, ou melhor, você é pior do que ela.
- Kate...
- A Amanda me odeia, e deixa isso bem claro! Ao contrário de você. Será que não poderia ter sido homem pelo menos uma vez na vida e ter me contado a verdade?
- Eu tentei...
- Não! Você não moveu uma palha pra me contar!
Os dois ficaram quietos. Os olhos de Tom começaram a se encher de lágrimas, e Kate completou.
- Sinceramente... eu acreditei mesmo que você fosse uma pessoa legal. Mas me enganei.
Ela fechou o armário, e seguiu para a sala. Pela expressão do Tom, com certeza estava arrependido. John, ao ver seu amigo, se aproxima.
- E ai cara, como está? – pergunta John.
- Não dá pra notar?
- Eu sinto muito. Sei que gosta da Kate.
- Mas ela não sabe disso, ou melhor, não quer acreditar.
- Se eu puder te ajudar em qualquer coisa, é só me avisar.
- Valeu. Mas acho que perdi a Kate pra sempre.
- Vai desistir sem lutar?
- Ela não quer saber de mim.
- Não é motivo para desistir agora. Mostre a ele seus verdadeiros sentimentos. Mostre que você não é mais aquele garoto da aposta. Declare para todos o seu amor por ela.
As palavras do John foram como uma motivação a mais que o Tom estava precisando. Ele deu um sorriso de canto e abraçou o amigo.
- Ainda bem que você é meu amigo. – disse Tom.
O sinal toca avisando que todos já estavam liberados. Kate recolhe suas coisas e vai para casa. Reencontra sua mãe que acabara de chegar da França.
- Mãe? – ela correu para abraçá-la. - Eu senti tanto a sua falta!
- Eu também, minha querida.
- E como foi a viajem?
- Foi ótima, mas... eu quero saber tudo que aconteceu com você enquanto estive fora.
Postado por: Alessandra
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