sábado, 29 de outubro de 2011

E Se Fosse Verdade? - Capítulo 27 - Não tem saida. O jeito é contar!


(Contado pela Kate)

           - Foi ótima, mas... eu quero saber tudo que aconteceu com você enquanto estive fora.

      Ah mãe, não fiz nada de interessante nesses dias! Eu queria muito dizer isso, e quem me dera se não tivesse mesmo acontecido nada. Minha vida praticamente “mudou”. Me aconteceram coisas horríveis, e outras boas, mas... como contar?

           - Kate? – ela estalava os dedos tentando chamar minha atenção.
           - Oi...o quê?
           - O que aconteceu enquanto estive fora?
           - Ah... eu... não tenho novidades.
           - A mim você não consegue enganar. Como está o Tom?
           - O Tom e eu não estamos mais namorando.
           - Por quê?
           - É uma longa história...

      Minha mãe estava com tempo de sobra, então tive que começar a contar como tudo aconteceu. Eu não queria, mas não tive opção.

           - Quer dizer que no final disso tudo você acabou sendo a mais prejudicada?
           - Tá vendo como a vida é?
           - Mas você está bem, não é?
           - Estou, e... tenho que te contar uma coisa.
           - O quê?
           - O Bill e eu...
           - Estão namorando, acertei?
           - Sim, mas não é só isso.
           - Tem mais?
           - A gente... transou.

      Será que dá tempo de correr? Só o olhar dela já me assustava, e eu sabia que após aquilo uma gigantesca bronca viria. Cheguei a fechar os olhos de tanto mesmo.

           - Kate Spencer, você fez o quê? – perguntou ela, séria.

      Quando ela me chama pelo nome todo, pode saber que um furacão estava sendo formado dentro dela.

           - Quer mesmo que eu repita? – perguntei.
           - Óbvio que não!

      Ai não! Ela vai me bater! Alguém vai chamando a policia, a ambulância... Sairei daqui arrebentada! /exagerei.

           - Eu... eu nem sei o que te dizer. – disse ela.
           - Sei que gostaria que eu tivesse perguntado sobre o assunto antes de fazer qualquer coisa, mas... foi tudo muito rápido, e também não foi tão grave assim, foi?
           - Transar é uma responsabilidade enorme!
           - Eu sei disso!
           - Usaram camisinha, não é?

      Ops! Se eu dissesse que sim estaria mentindo, e ela me mataria por isso. Se dissesse que não, ela me mataria. Ou seja, morrerei de qualquer maneira.

           - Não. – respondi.
           - Olhe bem pra mim e veja se tenho cara e idade pra ser avó?!
           - Que exagero mãe!
           - Exagero? Você transa sem camisinha e diz que sou exagerada?
           - Não vai acontecer nada! Relaxa!
           - E mesmo que acontecesse, seria tarde demais.
           - E eu não iria rejeitar um bebê. Não mesmo!
           - Pelo menos foi com o Bill.
           - É...
         
      Pela reação dela, pensei que iria mesmo me matar, mas não. Ainda bem que não. Passamos a tarde inteira falando sobre sua viagem, e principalmente nas coisas que aconteceram comigo.

---
(Contado pela 3º pessoa)

      A noite já havia chegado. Bill estava deitado “atravessado” na cama de Kate. Ele olhava um álbum de fotos antigas dela. Enquanto isso, ela saia do banho.

           - Olhando essas fotos de novo? – pergunta Kate.
           - Você era tão engraçada quando pequena. – disse ele, rindo.
           - Engraçada?
           - E muita linda!
           - Ah, obrigada.
           - O Tom já viu alguma dessas?
           - E porque deveria ver?
           - Porque foram namorados. E pelo que dá pra perceber, ele ainda gosta de você.
           - E quem disse que me importo?
           - Kate... você ainda sente algo por ele?
           - Que pergunta é essa agora, Bill? Sabe que não sinto mais NADA por ele.
           - Não mesmo?
           - Está duvidando dos meus sentimentos por você, é isso?
           - Óbvio que não. É que às vezes tenho a impressão de que gosta dele.
           - É só impressão mesmo, porque meu coração agora já pertence a você.


      Ele se levantou e foi abraçá-la, aproveitou e lhe deu um beijo, que foi interrompido.

           - Contei pra minha mãe que transamos. – disse Kate.
           - Sério? E ela... falou o quê?
           - No inicio ficou um pouco chateada, mas depois passou.
           - Chateada por ter sido comigo?
           - Claro que não!
           - Então...?
           - Por não termos usado camisinha.
           - É... isso foi um erro mesmo.
           - Enorme. Ela chegou a falar algumas besteiras sobre isso, mas contornei a situação.
           - Que tipo de besteiras?
           - Nem queira saber. – ele voltou a beijá-la. 
           - Nós já sabemos, então da próxima vez usaremos.
           - Da próxima vez...?
           - Quero dizer... isso se você quiser.
           - Eu vou pensar no seu caso. Agora deixa eu me trocar?
           - Quer que eu saia do quarto?
           - Não, seu bobo. É que se continuar agarrado a mim, não conseguirei me vestir.

      Sem resistir, Bill deu mais um beijo em Kate, em seguida a largou. Novamente se deitou na cama, e continuou vendo as fotografias. Mesmo namorando a Kate, o Bill sentia ciúmes e tinha uma leve impressão de que ela ainda sentia alguma coisa pelo Tom, que deixava transparecer os seus sentimentos pela garota.

Postado por: Alessandra

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Arquivos do Blog