sábado, 29 de outubro de 2011

E Se Fosse Verdade? - Capítulo 29 - Declaração!

(Contado pela 3º pessoa)

      Kate sobe pro quarto, vai pro banheiro e toma um banho. Abre o guarda-roupa e escolhe uma peça de roupa.

           - Aonde vai? – pergunta sua mãe.
           - Resolver esse “problema”. – responde ela.
           - Então sabe quem é?
           - Acabei de descobrir.

      Ela terminou de se vestir, e colocou o último cartãozinho dentro do bolso da calça. Quando abre a porta para sair, Bill estava lá parado pronto para tocar a campainha.

           - Está de saída? – pergunta ele.
           - Eu?
           - É.
           -Ah... eu ia... dar uma volta.
           - Quer que eu vá contigo?
           - Sabe o quê que é? É que eu tô precisando pensar um pouco.
           - Ok. Posso passar aqui mais tarde?
           - Claro.

      Kate deu um beijo em Bill, e foi para a casa do Tom. Ela não contou a verdade por medo que ele impedisse, ou fizesse alguma coisa contra o Tom. A Kate não estava irritada, mas também não estava tão feliz. Ela se posicionou em frente a casa dele, e tocou a campainha. Assim que ele abriu a porta, foi logo entrando e fazendo perguntas.

           - Que maluquice é essa de entupir minha casa de flores? – pergunta Kate.
       
      John estava sentado no sofá, jogando vídeo game. Tom pediu que ele se retirasse.

           - Kate...
           - Você não pode, ou melhor, não tem o direito de fazer essas coisas! Ficou maluco?
           - É que...
           - É que nada! Se continuar com essas atitudes, tomarei medidas drásticas, então não me obrigue a fazer isso, Tom!

      Desde que havia chegado, a Kate não deu espaço para que Tom pudesse falar qualquer coisa, ou se justificar. E cansado de fazer as coisas sem ver resultados, ele decide que já era hora dela ouvi-lo.

           - Tudo que passamos juntos, foi uma perda de tempo pra você? Porque pra mim não foi! Eu errei sim, admito! Mas quem nunca errou? Quem nunca fez uma burrada na vida? Quem nunca magoou alguém que amava? Até parece que você é perfeita! Eu sinto muito por ter feito tudo aquilo, e se pudesse voltar no tempo, com certeza faria isso, mas não posso! Eu não posso voltar atrás e fazer tudo de novo! Mas quer saber a verdade? Não me arrependo! Se eu não tivesse feito tudo aquilo, não teria me apaixonado por você! Talvez nunca tivesse falado uma palavra se quer com você!

      Kate não dizia uma palavra, só o escutava. John, como era muito curioso, estava atrás da porta ouvindo tudo.

           - Eu te amo, e não tenho pretensão em esconder isso. – disse Tom. – Se for preciso, eu... eu faço qualquer coisa para que todos saibam! É você que eu quero! Mais ninguém! Pra mim não importa Amanda, ou seja, lá quem for! Você foi a única que conseguiu mexer comigo de verdade! A única que me faz perder noites tentando imaginar uma forma de reverter essa situação. Aquela que eu não tive medo de demonstrar meus sentimentos. Aquela que... que eu sempre amarei, mesmo me odiando tanto.

      O que dizer quando se ouve algo assim? Não sabe? Pois é, a Kate também não sabia. Seus olhos estavam cheios de lágrimas, e uma delas ousou cair. Rapidamente ela a enxuga, como numa forma de não deixar que ele perceba. Ela deixou o cartãozinho em cima do centro, e foi embora. Chegou fazendo perguntas, e saiu calada.

      Tom suspirou como se tivesse tirado um enorme peso das costas. John aparece batendo palmas.

           - Cara, se eu fosse uma garota, com certeza voltaria com você neste mesmo instante. – disse John.
           - Ela saiu sem dizer nada. – disse Tom.
           - E o que queria que ela dissesse? Depois dessa “explosão”, não há o que dizer.
           - Agora sim ela vai me odiar ainda mais.
           - Acho que não
           - É porque você não viu a cara dela. Uma lágrima até caiu dos seus olhos.
           - Isso é um bom sinal.
           - Não é não!
           - Se ela “chorou”, é porque ainda sente algo por você.
           - Será?
           - O melhor a fazer agora, é esperar.
           - Não sei se conseguirei esperar por muito tempo.
           - Conseguirá sim! Fica na sua que tudo vai dar certo!

      Tom se sentou no sofá, e continuou pensando. Ele sabia que ter desabafado daquele jeito era um risco. A Kate poderia nunca mais olhá-lo, ou pudesse terminar com o Bill e voltar com ele.

      No meio da noite, Tom se mexia muito na cama. Mais uma vez não estava conseguindo dormir, pensava na Kate. Ele parecia estar pressentindo que algo não daria certo. Se levantou, foi até o banheiro e tomou um banho frio. Ficou imóvel debaixo da água por alguns minutos.

           - Você nunca irá me perdoar, não é Kate? – ele perguntava para si mesmo.

Postado Por: Grasiele

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