segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Notes Of A Heartbroken - Capítulo 9


Falling out of love is hard
Falling for betrayal is worse
Broken trust and broken hearts
I know, I know
Thinking all you need is there
Building faith on love is worse
Empty promises will wear
Impossible – Shontelle

— Como você sabe que Tom falou de mim para Marina? – Ergui uma sobrancelha.
Realmente eu não conseguia criar uma hipótese na minha cabeça, para explicar como Gustav sabia desse rolo todo.
— Eu vou te explicar.
Gustav’s P.O.V — Flashback On:
Confesso que estou achando esse jantar uma chatice.
Georg não me dá atenção, por que está com Alice. Eu sei que isso soou gay, mas eu gosto da companhia dele.
Tom está com Marina — o que eu acho ridículo, já que ele só está com ela para tentar fazer ciúmes em Thammy — e Bill não desgruda da Thammy.
De repente, me deu uma imensa dor de barriga. Acho que os camarões não caíram muito bem.
Como a casa estava cheia, eu não usaria o banheiro debaixo. Eu poderia passar por uma situação constrangedora. Então decidi usar o banheiro do meu quarto.
Subi as escadas colocando minha mão sobre a barriga achando que a dor iria passar.
Realmente isso é uma coisa inútil de se fazer.
Quando cheguei ao topo da escada, vi Thammy sair com uma expressão de dor. Ela estava pálida, definitivamente não estava bem.
— Está tudo bem, Thammy? – Perguntei preocupado.
Ela apenas assentiu com a cabeça e desceu as escadas apressadamente.
Eu ainda estava preocupado, afinal ela é gêmea do meu amigo. Mas eu sabia que Bill a ajudaria.
Minha barriga fez um barulho assustador, meu tempo de chegar ao banheiro estava acabando.
Meu quarto é no final do corredor. Quando passei pelo quarto de Tom, a porta estava meio aberta e ele estava gritando histericamente com Marina. Estava furioso.
Eu sei que não é certo ouvir conversa dos outros. Mas eu sabia que aquilo tinha algo com o estado que Thammy saiu.
Encostei-me à parede e cheguei mais o ouvido na porta. Mas do jeito que Tom estava, duvido que ele veja alguma coisa.
— O QUE DEU NA SUA CABEÇA PRA FALAR AQUILO PRA THAMMY? – Ele gritava e gesticulava com a mão.
— Não gosto dela. Você sempre me ignora por causa dessa fulana. – Confesso que até eu fiquei com raiva. Olhe como ela está falando da Thammy.
— FULANA É VOCÊ. NA VERDADE, VOCÊ É UMA VADIA QUE ACEITA DAR PRA TODO MUNDO. NÃO TEM DIREITO ALGUM DE FALAR DA MINHA IRMÃ. – Tom estava perdendo o controle.
— A deixe para lá, Tommi. Você tem há mim. Ela é só sua irmãzinha patética que quer ser famosa. – Agora pude ver Marina, já que ela chegou mais perto de Tom se oferecendo.
Tom a empurrou com tanta violência, que eu dei um pequeno pulo de susto.
Ele a encarava com ódio estampado nos olhos. Nunca tinha o visto dessa maneira.
— Você é só uma puta qualquer. – Agora ele falava calmo e com um tom de voz psicótico. — Você nunca será metade da mulher que ela é. — Ele respirou fundo, como que tentando se acalmar para não enfiar a mão na cara dela. — Vá embora da minha casa.
— Tommi. – Ela chamou manhosa. — Eu te amo. Quero ficar com você. – Ela tentou se aproximar, mas foi empurrada novamente.
— Você me dá nojo. – Ele a encarava furiosamente. —Thammy sempre será a pessoa que mais me importa nesse mundo e nem essa mentira que você disse a ela, mudará isso. – Ele deu uma pausa. — Suma da minha casa agora, vadia. – Ele apontou para a porta.
Agora eu tinha certeza que era por isso que Thammy estava daquele jeito.
Eu não sei o que Marina disse para ela, mas seja o que for é mentira.
Percebi que se ficasse mais tempo ali, seria descoberto e cagaria nas calças. Então fui correndo para o banheiro.
Gustav’s P.O.V — Flashback Of

Thammy’s P.O.V — On:
— Realmente não precisava contar a parte do banheiro, Gust. – Alice disse dando uma risadinha. Ele também riu, mas eu não conseguia rir.
Na verdade, minha mente estava somente rodando em volta das palavras de Gustav.
— Você tem certeza, Gustav? – Perguntei piscando algumas vezes para sair de meu pensamento. — Não foi alucinação do camarão? – Me ajeitei na cama.
— Não, não foi alucinação do camarão. – Deu uma risada. —Tom está realmente mal achando que você o odeia. Por que não vai falar com ele? – Ele ajeitou os óculos no rosto.
— E se ele estiver dormindo? – Eu me movimentava inquieta na cama. Realmente queria ir falar com ele, mas não sei se seria uma boa ideia.
— Tenho certeza que ele não se importará de ser acordado por você. – Deu um sorriso
Gustav era um amor. Sempre queria ver todos bem, e se ele pudesse ajudar, nunca hesitava.
— Eu vou falar. – Levantei da cama num pulo. — Gustav, muito obrigada. Você é um amor. – Dei um beijo em sua bochecha antes de sair do quarto.
Meus passos até o quarto de Tom eram lentos e silenciosos.
Eu estava tentando criar coragem durante o percurso.
Quando cheguei à porta do quarto, não tinha mais tempo de criar coragem. Tinha que falar.
Coloquei a mão na maçaneta e percebi que a porta não estava trancada. Fui abrindo aos poucos até que minha cabeça já estivesse toda dentro do quarto.
Essa cena lembrou-me do que ocorreu enquanto estávamos na casa do nosso pai. Depois que Tom teve que dormir com aquela mulher asquerosa.
O cômodo estava meio escuro, mas dava para ver Tom deitado.
Entrei no quarto e encostei a porta sem fazer barulho, mesmo sabendo que Tom tinha um sono pesado.
Agachei-me em frente ao rosto de Tom e deslizei a ponta de meus dedos sobre seu rosto.
Ele tinha uma expressão serena. Era lindo vê-lo dormir.
Um peso tinha saído do meu coração ao saber que Tom não tinha dito aquelas coisas de mim.
— Thammy. – Ele sussurrou.
— Desculpa. Não queria acordar você. – Disse sussurrando também. Tirei meus dedos do seu rosto e sentei-me no chão continuando de frente pra ele.
— Você não está me odiando agora? – Ele ainda sussurrava.
— Não. Gustav me contou que ouviu sua conversa com Marina e que você não tinha dito nada daquilo. – Suspirei triste. — Sinto muito ter acreditado nela.
— Só você me importa agora. – Ele tocou meu rosto. — Dorme aqui comigo? - Pediu.
— Tudo bem. – Dei a volta e subi na cama, deitando-me encostada na parede.
Tom se aproximou e passou seus braços em volta do meu corpo, me trazendo para perto de si.
— Senti tanta falta de ficar assim com você. – Ele sussurrou enquanto eu colocava meu rosto na curva do seu pescoço. — Eu amo você. – Deu um beijo molhado em minha bochecha.
— Eu também amo você.

Postado por: Grasiele

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