segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Notes Of A Heartbroken - Capítulo 3


With every word another feeling dies
I'm left here in the dark
No memories of you
I close my eyes
It's killing me
Love is Dead – Tokio Hotel

Hoje iremos embarcar para os Estados Unidos. Assim que acabei de me arrumar e fui ao encontro de Alice, Lucas, Peter, Gordon e minha mãe. Todos nós iríamos a Universal Music resolver os últimos assuntos e se tudo desse certo fechar o contrato e gravar nosso primeiro CD.
— Estou pronta. – Disse descendo as escadas.
Chamamos dois táxis, já que eram muitas pessoas. Eu minha mãe e Alice, fomos em um enquanto Gordon, Peter e Lucas foram em outro.
~x~
Assim que colocamos o pé em solo americano, Alice começou a gritar feito louca enquanto eu e os meninos dávamos risada dela, que por sua vez nem se importou, continuou pulando no meio da rua.
Ouvi meu celular tocar dentro da bolsa, o tirei de lá e olhei no visor. Era Tom. Meu sangue ferveu tanto que eu pude jurar que estava vermelha.
— Quem é, Thammy? – Minha mãe perguntou. Virei o aparelho para ela, que assim que viu o nome de Tom piscando deu um longo suspiro e disse que era melhor eu atender.
Ela foi à única pessoa a quem eu contei a traição de Tom.
Respirei fundo, engoli o choro e atendi.
— O que você quer, Tom? – Fui grossa do mesmo jeito que ele foi comigo.
Eu estou em casa. Na Alemanha, e não tem ninguém. Quando vocês voltam? – Ele disse no seu tom de voz normal. Não resisti e soltei uma risada baixa, pois não queria que ele ouvisse. Mas era bem feito. Voltou para a Alemanha à toa.
— Não temos data para voltar, Tom. Não estamos na Alemanha. – Disse com uma voz esnobe.
O QUE? – Ele gritou me fazendo afastar um pouco o telefone do ouvido. — A BANDA TIROU ALGUNS DIAS DE FÉRIAS, EU VIM PARA CASA E VOCÊS NÃO ESTÃO NO PAÍS? ONDE É QUE VOCÊS ESTÃO? – Ele estava muito irritado. Mas eu estava adorando.
— Estamos nos Estados Unidos, Tom. Você tinha razão, aqui é lindo. – Suspirei fazendo mais raiva nele.
ESTADOS UNIDOS? NÃO É POSSÍVEL! O QUE VOCÊS ESTÃO FAZENDO AÍ? – Ele continuava a gritar.
— Pare de gritar, porra. – Levantei um pouco o tom de voz. — E o que estamos fazendo aqui não diz respeito a você. – Disse indiferente.
Diz respeito sim! Eu sou seu namorado e também seu irmão. Você me deve satisfação. – Quando eu ouvi isso dei uma gargalhada de nervoso.
— Namorado? – Minha voz embargou. — Você não é mais meu namorado, Tom. Só você ainda não percebeu isso. – Limpei uma lágrima que escorria.
Thammy, quanto aquilo. Precisamos conversar. – Soltou o ar com força.
— Não temos absolutamente nada para conversar. – Disse bem devagar. — Acabou e você sabe disso. – Eu lutava para que ele não percebesse que eu estava chorando.
Não, não acabou. Thammy, eu sou homem, estava carente e... – Quando mais ele tentava se explicar, com mais raiva eu ficava. — Droga! Eu não queria ter feito aquilo. Me perdoe. Eu te amo.
As lágrimas já escorriam feito loucas pelo meu rosto. Minha mãe percebendo que eu não estava em condições de falar com Tom, pediu o celular. Entreguei a ela, enquanto entrava no táxi que nos levaria para o hotel. Alice, que já estava lá dentro perguntou o que havia acontecido. Disse para ela que contava no hotel e ela concordou. Minha mãe continuava do lado de fora falando com Tom. Depois de alguns minutos ela desligou o celular e entrou no carro.
— Vocês precisam conversar. – Ela disse me entregando o aparelho.
— Não vou perdoa-lo. Não consigo. – Guardei o celular dentro da bolsa.
Alice nos olhava com um ponto de interrogação na cara, apenas ignorei e fiquei quieta durante o final do percurso.
~x~
— Vamos, me conte. – Alice disse assim que entramos no nosso quarto, já que minha mãe ficaria com Gordon e os meninos ficariam juntos.
Joguei minhas malas no chão, tirei meus sapatos e sentei na cama. Respirei fundo antes de contar para Alice.
— O Tom... – Dei uma pausa e fechei os olhos. — O Tom me traiu, Alice. – Abri os olhos que já estavam repletos de lágrimas e a encarei.
Alice não disse mais nada. Apenas e abraçou e me consolou até que eu me recomposse. Assim que eu me acalmei, ela disse que seria melhor eu tomar um banho enquanto ela pedia algo para comermos.
Fui para o chuveiro e tomei um banho rápido. Quando eu acabei de tomar meu banho, a comida já tinha chegado. Esperei que Alice tomasse um banho para comer.
Assim que ela acabou, devoramos tudo e fomos dormir, já que amanhã cedo teríamos que ir à gravadora.
~x~

Acordei com Alice me gritando e me chacoalhando. Ela estava numa animação de dar inveja.
Olhei no relógio, nove da manhã.
— Tá doida, Alice? – Sentei-me na cama coçando os olhos. — São nove da manhã e só temos que ir para a gravadora às onze. Por que me acordou agora? – Bufei enquanto olhava a criatura saltitante na minha frente.
— Vamos passear. Todos nós iremos, você tem que ir também. – Ela bateu palminhas.
Eu realmente não estava nenhum pouco a fim de sair. Estava muito machucada pelo que Tom fez comigo. Não tinha ânimo para sair.
— Vão vocês. Eu não quero ir. – Deitei de novo me cobrindo até a cabeça.
— Tem certeza? – Alice perguntou.
— Sim. Divirtam-se. – Minha voz saiu abafada pelo cobertor.
Alice gritou um ‘Até mais’ e saiu. Quando eu estava quase pegando no sono de novo, ouço meu celular tocando.
Levantei pisando duro e fui até o aparelho, olhei no visor e vi que era Bill.
— Bom dia, Bill. – Disse animada. Ele melhorava meu humor.
— Te acordei, Thammy? – Ele perguntou receoso.
— Não. Alice fez isso. – Dei uma risada sendo acompanhada por Bill.
Lembrei-me que não tinha contado a ele que estava nos Estados Unidos. Ele poderia estar aqui também.
— Bill, onde você está? – Perguntei animada.
— Estou no quarto. – Deu uma risada. Não aguentei e ri também.
— Sem brincadeiras, Bill. – Falei.
— Nova York, por quê? – Assim que ele acabou de falar, comecei a dar gritinhos como a Alice faz, enquanto Bill ria do outro lado da linha. — Por que está gritando, Thammy? – Ele perguntou em meio aos risos.
Recuperei o fôlego e o respondi.
— Eu também estou em Nova York. – Comecei a gritar de novo e acho que ouvi um gritinho gay vindo de Bill também.
— Você fica muito gay gritando. – Brinquei caindo na gargalhada depois. Bill também deu uma gargalhada alta.
— Não acredito. Eu quero ver você. Em que hotel está hospedada? – Perguntou.
— Não. Eu vou aí, me dê o endereço. – Peguei um papel e uma caneta enquanto Bill dizia o endereço.
Ele disse que avisaria os seguranças e o pessoal do hotel para não tem problemas quando eu entrasse. Concordei e desliguei o telefone.
Tomei um banho e me arrumei. Peguei o endereço do hotel e saí.
Dei o papel com endereço para o taxista. A caminho do hotel, liguei para minha mãe e avisei que estava indo visitar Bill. Ela ficou feliz, pois gostava de Bill, e amou a atitude dele de me ajudar a esquecer um pouco a traição de Tom.
Assim que cheguei ao hotel, havia várias fãs na porta do hotel. Fiquei impressionada, ainda mais quando vi algumas meninas com cartazes do Tom.
De repente, uma menina colocou os olhos em mim e veio correndo em minha direção.
— Thammy. – Ela disse ofegante pela corrida. Arregalei os olhos. Ela me conhecia? — É um prazer te conhecer. – Ela apertou minha mão. — Pode tirar uma foto comigo? – Arregalei mais os olhos. Por que diabos ela queria tirar uma foto comigo? Só por que eu era irmã do Tom? Não acho que é motivo suficiente. Mas mesmo assim concordei e tirei uma foto com ela. A menina agradeceu e saiu gritando que tinha tirado uma foto com Thammy Kaulitz. Dei uma gargalhada e continuei meu caminho até a porta do hotel.
Ainda pude ouvir alguns ‘É a irmã do Tom. ’ E ‘Minha cunhada!
Confesso que fiquei um pouco incomodada, mas tentei ignorar. Falei meu nome na portaria do hotel e o segurança que estava na porta liberou a minha entrada. Peguei o elevador e fui até o quarto do Bill.
Ser famoso parecia ser muito bom. O hotel em que Bill estava hospedado era incrível.
Bati na porta e esperei. Não demorou muito até que Bill abrisse a porta. Ele era divino sem maquiagem.
— Thammy! – Ele disse me abraçando. Retribui o seu abraço e assim que nos soltamos eu entrei no quarto.
— É muito bom te ver, Bill. – O abracei de novo. Gott, ele tinha um cheiro muito bom.
— Senta aqui. – Bill apontou a cama. Me sentei e ele se sentou ao meu lado. — Me diz, o que você está fazendo aqui? – Ele parecia realmente interessado.
— Você não vai acreditar. Vamos gravar um CD. – Comecei a bater palminhas. Acho que estava convivendo demais com Alice.
— Não acredito. Que incrível. – Bill começou a bater palminhas também. Palminhas contagiam.
Contei para ele tudo o que aconteceu depois que eles vieram para cá e Bill ouvia tudo atentamente. Ele disse que estava torcendo por nós e que com certeza seríamos famosos.
Estávamos conversando animadamente, quando ouvimos batidas na porta. Bill se levantou para atender e quando ele abriu a porta. Meu coração parou de bater por um minuto.
— Você não acredita no que aconteceu. – Tom apareceu irritado entrando no quarto de Bill. — Eu fui... – Ele parou de falar quando me viu sentada na cama.
Ficamos nos olhando por bons minutos. Eu estava sentindo que iria chorar, eu precisava sair dali.
— Bill, eu preciso ir. – Me levantei e peguei minha bolsa. — Te ligo depois. – Assim que passei por Tom, ele segurou meu braço.
— Me solta. – Eu tentava não olhar nos olhos dele de novo.
— Eu estava morrendo de saudades. – Ele começou a acariciar meu rosto. — Me diz onde você está hospedada. - Eu estava começando a fraquejar. Mas eu não daria outra chance para Tom. Desvencilhei-me dele e fui em direção a Bill.
— Foi bom te ver. – Dei um beijo e sua bochecha e saí o mais rápido que pude do quarto.
Saí do hotel e fui em busca de um táxi. Algumas meninas me chamaram de novo, mas ignorei. Entrei no táxi e fui para a Universal.
Assim que cheguei lá, todos já estavam me esperando.
Fomos até a sala de reunião em que o senhor Lewis estaria nos esperando.
Ele nos tratou muito bem. E o melhor, não sabia que eu era irmã do famoso Tom Kaulitz.
Gordon resolveu tudo. Fechamos o contrato, estávamos radiantes.
Amanhã começaríamos a gravar o CD.
Voltamos para o hotel, e dessa vez ninguém ria de Alice por estar pulando, já que todos nos estávamos pulando junto com ela.
Confesso que ainda estava com a imagem de Tom na cabeça. Ele estava tão lindo, tão... Ok, chega.
Eu e Alice fomos para o nosso quarto.
Alice estava numa animação. Começou a fazer planos, que agora até eu me arriscava a fazer.
Estávamos conversando, quando batem na porta. Devia ser o Gordon querendo combinar alguma coisa.
Alice foi atender, mas assim que ela abriu a porta o seu sorriso se fechou.
— Onde está a Thammy? – A voz dele ecoou por todo o quarto fazendo meu sorriso se fechar também.

Postado por: Grasiele

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