segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Notes Of A Heartbroken - Capítulo 2


It's ok to be afraid
Everybody hurts
Everybody screams
Everybody feels this way
And it's ok
Everybody Hurts – Avril Lavigne

Gravamos um demo em um pequeno estúdio de Leipzig. Gordon logo mandou esse demo para uma gravadora em Los Angeles. Esperamos a resposta por semanas, e enquanto aguardávamos, Gordon pediu que eu escrevesse mais músicas, e assim fiz.
Já tínhamos mais de dez músicas criadas e nada de obtermos resposta. Gordon tentava nos acalmar dizendo que estava tudo bem, que era normal eles demorarem a responder. Esse argumento nos reconfortou por alguns dias, mas logo já estávamos aflitos de novo.
Nessas semanas Tom não havia me ligado nenhuma vez. E nas vezes que eu tentei ligar, ele não me atendia.
Fazia mais ou menos um mês que esperávamos e quando já havíamos perdido a esperança, Gordon recebeu um telefonema.
— Alô? – Ele disse animado sabendo que era uma ligação da gravadora.
Alice que estava ao meu lado, só faltava subir pelas paredes de tanto nervosismo, acho que ela já tinha comido todas as unhas da mão. — Sim, sou eu. – Gordon continuou. Céus, eu daria um rim para saber o que aquele homem tanto falava. — Ah sim. – Gordon prosseguiu, só que agora muito menos empolgado. — Mesmo assim, obrigado pelo seu tempo Sr. Motolla, um abraço. – Gordon desligou o telefone e se jogou no sofá ao nosso lado, visivelmente decepcionado.
Alice soltou um suspiro pesado como todos nós.
E eu que fiz tanto esforço para tentar manter os pés no chão para não ficar triste se não desse certo. Olhe como estou agora.
— Olhem crianças. Não fiquem assim, existem outras gravadoras e pode... – Gordon foi interrompido pelo telefone. Alice deu um pulo do sofá, se animou novamente. Sério que ela achava que seria o cara da gravadora de novo?
— Alô? – Disse Gordon levantando num pulo e atendendo. Jura que ele também achava que era esse tal de Motolla? — Sim sim, é ela mesmo. – Olhou para mim. Pra mim? Por que ele olhou para mim? — Ele quer falar com você. – Gordon estendeu o telefone enquanto eu mantinha um ponto de interrogação na cara. Mesmo sem entender nada, peguei o telefone.
— Alô? – Disse confusa.
Thammy Kaulitz? – A voz masculina falou em inglês. Puta merda, era o cara da gravadora mesmo.
— Sou eu. – Respondi em inglês também.
Então, é a irmã gêmea de Tom Kaulitz, é um prazer falar com você.
Tom? Eu já tinha entendido tudo. Havia interesse na história.
— Igualmente. No que posso ajudar? – Agora eu dizia desconfiada.
Eu quero lhe fazer uma proposta. – Ele começou e eu fechei a cara. — Se a senhorita conseguir fazer com que a Tokio Hotel feche um contrato conosco, fecharei um contrato com vocês. – Bingo. Eu sabia.
— Desculpe, Senhor. Mas eu não opino nas escolhas que a banda de Tom fazem. E eu não quero conseguir um contrato as custas da Tokio Hotel. Boa tarde. – Desliguei o telefone com raiva sem esperar a resposta dele.
— O que foi isso, Thammy? – Gordon perguntou.
— Esse cara safado, falou que se eu conseguisse fazer a banda do Tom fechar contrato com eles, eles fechavam conosco. – Bufei irritada cruzando os braços na frente do peito.
— E VOCÊ RECUSOU, THAMMY? – Alice se posicionou em pé na minha frente gritando. — VOCÊ SABE QUE SE VOCÊ PEDISSE O TOM FALARIA COM OS MENINOS E ELES FECHARIAM. NÓS PERDEMOS NOSSA ÚNICA CHANCE. – Alice gritava descontrolada passando as mãos pelos cabelos.
— Não seria certo, Alice. – Eu dizia calma a olhando se descabelar.
— Thammy tem razão, Alice. – Minha mãe disse aparecendo na sala. — Vocês não teriam conseguido pelo esforço de vocês. – Ela dizia com sua voz suave.
— Verdade. Ele disse para mim no telefone que nós não éramos o que eles estavam procurando, mas quando se tocaram que era a banda da irmã de Tom Kaulitz, eles quiseram. – Gordon disse.
Alice concordou conosco e se sentou no sofá, decepcionada novamente.
— Eu vou mandar o demo de vocês para outra gravadora. Não percam as esperanças é natural receber nãos. – Ele sorriu para nós e saiu da sala.
Mas será que se a outra gravadora aceitasse gravar o disco seria por interesse também?
Eu estava chateada, precisava falar com Tom. Pedi licença e fui para o meu quarto. Peguei o celular e disquei os números de Tom torcendo para que dessa vez ele atendesse.
O que foi, Thammy? – Tom atendeu completamente grosso.
— Eu estava com saudades Tom. – Disse manhosa.
Thammy, pode ligar depois? Estou meio ocupado. – Escutei voz de mulher rindo. Sabe aquelas vozes de vadia mesmo?
— Tom, o que você está fazendo? – Disse com a voz alterada.
‘’Desliga isso, Tommi’’ A mulher disse no fundo.
— Eu não acredito que você está fazendo isso comigo, Tom. – Eu disse com a voz embargada.
Ligo pra você depois. – Ele foi grosso novamente e desligou o telefone.
Eu estava acabada. Liguei para ele pra que me consolasse e ele estava me traindo. Idiota fui eu em pensar que Tom mudaria. Mais idiota ainda, em pensar que depois de famoso e a distância ele seria fiel a mim.
Eu queria saber onde ele estava então decidi ligar para o Bill.
— Alô? – Ele disse com sua voz suave. Segurei o choro antes de responder.
— Bill? Atrapalho? – Agora eu iria perguntar sempre isso, para todo mundo. Não queria atrapalhar como fiz com o Tom.
Claro que não, Thammy. Mas o que está acontecendo com você? Sua voz está estranha. – Ele disse super doce e educado, totalmente ao contrário de Tom. E ele tinha percebido que eu não estava bem.
Quando ele perguntou isso, não aguentei e chorei. Bill disse algumas palavras de consolo até que eu me acalmasse.
— Você sabe onde o Tom está? – Perguntei fungando e com a voz falha.
Thammy... – Ele disse receoso. Bill já sabia das traições de Tom.
— Não precisa dizer mais nada. Estou com belos par de chifres. – Disse rindo de nervoso.
Thammy, eu sinto muito. Você merece algo melhor que Tom, sabe disso. – Ele me consolava.
— Já perturbei demais. – Dei uma risadinha sem vontade. — Obrigada pela ajuda.
— Você nunca perturba, Thammy. Adoro conversar com você. – Corei. Ainda bem que ele não podia ver pelo telefone.
Conversamos sobre assuntos aleatórios. Bill me fez rir e esquecer um pouco da minha dor.
Depois disso, ele sempre me ligava. Estava se tornando um ótimo amigo. Ele me contava várias histórias divertidas sobre as fãs e o que acontecia nos shows.
E Tom não ligou de volta.
Gordon mandou a demo para outra gravadora dos Estados Unidos.
Nós estávamos esperando a resposta, mas não muito animados dessa vez.
Quando fez duas semanas que mandaram a demo para a gravadora. Gordon entra no meu quarto ofegante.
— Thammy, vamos para os Estados Unidos.
Postado por: Grasiele

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Arquivos do Blog