segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Notes Of A Heartbroken - Capítulo 14


Já se passou um mês desde os últimos acontecimentos, e fico feliz em dizer que depois daquela briga, Tom e eu não discutimos mais. As coisas estavam correndo bem. Fizemos vários shows, e é inexplicável a sensação de estar em um palco com várias pessoas gritando seu nome. Estávamos com turnê mundial marcada, mas algo nos impediria de viajar.

Bill começou a sair todos os dias depois da nossa briga, ele chegava em casa em um estado deplorável. Eu estive lá na primeira vez que ele retornou de suas festinhas.

Flashback ON .:

Assim que fizemos as pazes, Tom e eu ficamos o dia inteiro grudados. Agora eu estava no quarto, havia acabado de tomar banho me preparando para uma sessão de filmes com Alice e os meninos, tirando Bill que ainda não havia chegado em casa.

Eu estava parcialmente feliz, já que a discussão de mais cedo com Bill e o belo fora que ele me deu antes de sair estavam me perturbando.

Prendi meu cabelo em um rabo de cavalo e coloquei um casaco, já que a noite estava fria. Estava saindo do quarto quando vejo um Bill completamente bêbado vindo pelo corredor.

— Minha nossa, Bill. - Disse correndo para o amparar, já que ele não mal se aguentava em pé. Bill olhou no fundo dos meus olhos e fez uma cara de choro.

— Thammy. - Ele se embolou todo só para falar o meu nome. Tentou também passar os dedos no meu rosto, só que não estava sóbrio o suficiente para tal. Aquilo mais parecia um tapa. Estranhei sua tentativa de carícia já que antes de sair ele estava me odiando. — Por quê fez isso comigo? - Levei alguns segundos para entender o que ele havia falado.

— O quê, Bill? O quê foi que eu fiz? - Perguntei, mesmo duvidando que ele tivesse condições de responder.
Eu só queria saber o por quê da raiva dele por mim. Só queria pedir desculpa, seja lá pelo que fosse. Queria que meu melhor amigo voltasse. Mas como o esperado, ele não me respondeu. Apenas se soltou de mim e foi cambaleando para o seu quarto.

E eu fiquei lá, parada no meio do corredor, com os olhos marejados e encarando a porta.

Flashback OFF .:

Isso se repetiu várias e várias vezes, de acordo com o que os meninos me contaram. No começo todos achávamos que era somente bebida. Mas depois descobrimos que era algo bem mais pesado.

Bill estava viciado em drogas.

A banda obviamente deu uma pausa. Todos os meninos estavam focados em ajudar Bill. A mãe dele, Katie, saiu da Alemanha para ajudar na recuperação dele. Recuperação essa que ele negava a submeter-se.

Eu queria ajudar de alguma maneira. Todos estavam preocupados com Bill. Então, eu cancelei nossa turnê. Os meninos da Black Tears ficaram um pouco chateados, mas se conformaram. Já Alice concordou plenamente.

Katie conversava semanalmente com um doutor especializado em dependentes químicos, para saber como melhor ajudar Bill e também a como o convencer a se tratar.

Estranhamente, hoje ela pediu para que eu fosse conversar com ela e o Dr. Hernandez. Concordei na hora, já que assim eu poderia ajudar na recuperação de Bill.

Cheguei ao hospital para dependentes químicos em que ele consultava e fui direcionada para a sala em que ele já me esperava com Katie.

A enfermeira abriu a porta para mim, e pude ver Katie sentada de frente para o doutor.

— Pode entrar, senhorita Kaulitz. - O doutor disse, apontando para a cadeira ao lado da Katie.
— Oi. - Disse para o doutor enquanto me sentava. — Oi, Dona Katie. - Sorri para ela.
— Olá, querida. Obrigada por vir. - Respondeu com seu tom de voz doce e deu um sorriso fraco.

Eu admiro a força dela. Mesmo com tudo o que está acontecendo, ela ainda sorri e procura tratar todos bem.

— Que nada, Dona Katie, só quero ajudar o Bill.

Isso era tudo o que eu mais queria. Vê-lo bem, recuperado, e ter participado da recuperação dele.

— Então, senhorita Kaulitz. - O doutor começou a falar.
— Thammy. - O corrigi.

Por favor, tenho 17 anos, quase 18, acho que não tem necessidade de me chamar de Senhorita.

— Thammy. - Ele sorriu ao se corrigir, mas logo voltou ao seu semblante sério. — Eu vou direto ao assunto, você está disposta a ajudar o Bill, certo? - Assenti com a cabeça. — Pois então, acho que você terá o papel mais importante na recuperação dele.

Me assustei um pouco com isso, mas não deixei de ficar alegre em saber que ia ajudar.

— Mas como eu posso ajudá-lo, Doutor? - Perguntei um pouco afobada, mas não podia evitar.
— Thammy, a mãe de Bill, me contou algumas coisas que acontecem com ele. - O Doutor se virou para Katie e eu fiz o mesmo.

— Sabe, Thammy. Quando ele está dormindo, ou até mesmo sob o efeito de drogas, ele chama por você.

Eu paralisei nesse momento. Meu coração deu uma batida tão forte que machucou. Uma emoção que eu desconhecia subiu e parou no meu peito.

— Como assim? Ele brigou comigo, Dona Katie. Não estamos nos falando. - Abaixei a cabeça e suspirei triste.

Como eu sentia falta dele.

— Mas isso não significa que ele deixou de gostar de você, Thammy. - Dona Katie disse. — Eu acho que se você pedir para meu filho se internar, ele faria. Faria por você. - Seus olhos já estavam marejados. Eu podia imaginar a dor que ela estava sentindo.

— Se você conversar com ele, Thammy. Estiver perto dele, falar da recuperação aos poucos. Eu realmente acho que ele pode querer melhorar. - O Doutor completou.

Eu realmente estava muito assustada. Jamais imaginaria que Bill chamasse por mim enquanto dormia e enquanto estava drogado. Era bom, mas era ruim, não sei explicar.

— Ele tem alucinações com você, Thammy. Diz coisas desconexas, grita que te ama e pede para você não ir embora. Você precisa ajudá-lo, Thammy. - Ela já chorava sem segurar. — Por favor. - Me olhou suplicante. Era de cortar o coração.

— Hoje mesmo vou ver o Bill. - Respondi decidida.

Postado por: Grasiele

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