segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Notes Of A Heartbroken - Capítulo 20


Eu fechei meus olhos, pedindo para que se fosse minha hora de morrer, que não sentisse dor.
— Coloque a arma no chão, e solte a moça. Assim ninguém se machuca. – Eu ouvia a voz do policial, e torcia mentalmente para o homem aceitar.
— NÃO CHEGA MAIS PERTO! FICA AÍ! – Ele gritou, apertando mais a sua mão em meu pescoço, me fazendo sentir uma pequena falta de ar e tossir um pouco.
— TÁ SUFOCANDO ELA! FAÇAM ALGUMA COISA! – Ouvi a voz do Tom, e automaticamente abri os olhos; que marejaram ao ve-lo. Ele estava apavorado, com os olhos vermelhos e inchados. Ele gritava para o policial fazer alguma coisa.
— É melhor você sair daqui. Não está ajudando. – O policial que estava a frente disse para Tom.
— Eu não vou sair daqui. – Ele disse, sem desviar os olhos de mim.
— Eu quero um carro e um helicóptero. – O homem disse atordoado, me apertando mais. Estava muito difícil de respirar.
— Ela vai morrer sem ar! – Tom gritou novamente, mas não ligaram. — JÁ CHEGA! – Tom gritou tirando a arma da mão de um dos policiais. Isso mesmo. A arma da mão de um dos policiais. Olha só nas mãos de quem estava minha vida. Nas mãos de um policial que não consegue nem segurar uma arma com firmeza.

Então, sem pensar duas vezes, Tom atirou. O tiro pegou no ombro do homem. Quando ele me soltou e caiu de joelhos pela dor, eu saí correndo. Mas quando estava no meio do caminho, senti algo nas minhas costas, minhas vistas escureceram e eu caí.
P.O.V - Autora
Tom correu até Thammy que estava caída inconsciente no chão. Ele a pegou no colo e correu com ela até seu carro. Não se importou com os flashes que dispararam enquanto ele carregava a irmã no colo.
Milhares de pensamentos rondavam sua cabeça. Ela não podia morrer, ele não a deixaria morrer.
A colocou deitada no banco de trás e correu até o banco do motorista. Arrancou o carro à caminho do hospital. Em menos de 20 minutos ele já estava estacionando em frente ao UCLA.
— AJUDEM! – Ele gritou desesperado, assim que colocou os pés para dentro do hospital.

Logo algumas enfermeiras apareceram com um médico trazendo uma maca, onde Tom colocou Thammy deitada.
O doutor mandou leva-la para a sala de cirúrgia. Tom quis ir junto, mas não o deixaram.
Ele preencheu a ficha de Thammy, e se jogou em um dos bancos da sala de espera.
Ao lado de fora, uma multidão se formava. Tanto de fãs das duas bandas, quanto de jornalistas.
Mas Tom não estava se importando com nada. Ele estava de olhos fechados, com as mãos apoiadas no rosto. Ele só queria sua Thammy.
Sentiu uma dor imensa. Estava sentindo o que ela estava sentindo. Colocou as mãos sobre o peito, enquanto respirava rapidamente.
Sentiu colocarem uma mão sobre seu ombro. Levantou o olhar e viu Georg e Gustav.
— Como ela está? – Georg perguntou se sentando ao lado de Tom.
— Eu não sei, não me falaram nada. – Ele sussurrou.
— Tom! – Ele levantou o olhar, e viu sua mãe se aproximando com os olhos vermelhos e o rosto completamente molhado.
Tom se levantou e correu para os braços da mãe.
— Ela vai ficar bem, você vai ver. – Ela disse, confortando seu bebê. Seu bebê de dezoito anos.

Georg e Gustav ficaram mais alguns minutos, e disse que veriam Bill que estava em outro hospital.
Simone e Tom continuaram ali, aflitos. Queriam alguma notícia dela, qualquer coisa.
Depois de mais ou menos uma hora, o médico finalmente apareceu.
Simone e Tom se levantaram em um pulo, e pararam em frente ao médico.
— Como ela está? – Tom perguntou afobado.
— Conseguimos tirar a bala, mas ela perdeu muito sangue. – Seu tom de voz era profissional.
— Ela corre risco de vida? – Simone perguntou, caindo aos prantos de novo.
— Sim.

Postado por: Grasiele

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