segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Notes Of A Heartbroken - Capítulo 8


I'm so scared
Drowning now
Reaching out
Holding on to everything I love
Crying out
Dying now
Need some help
S.O.S – Good Charlotte

Eu fiquei ali, nos braços dele por um longo tempo. Eu me sentia segura com ele. Definitivamente amava estar com Bill.
Quando eu parei de chorar, me separei dele devagar e olhei em seus olhos. Ele deu um sorriso lindo, mostrando seus dentes perfeitos.
— Obrigada por aguentar o chororô. – Dei uma risada fraca enquanto limpava algumas lágrimas.
— Sempre vou estar aqui quando você precisar. – Ele passou seus dedos gélidos pelo meu rosto fazendo um carinho gostoso.
— Eu vou embora. Obrigada de novo. – Dei um beijo em sua bochecha e quando eu ia me afastar dele, Bill me puxou e apertou-me em um abraço. Passei meus braços pela sua cintura o retribuindo. — Fica. – Ele sussurrou. Encolhi um pouco em seus braços por causa do arrepio que sua voz causou. Ele deu risada da minha reação.
— Bill. – Disse me separando dele. — Eu não quero vê-lo. – Suspirei e olhei para baixo.
— Thammy. – Chamou. Levantei meu olhar para ele. — Por favor. – Fez um bico enorme.
Droga. Os bicos deveriam ser proibidos.
— Não me olhe assim. – Disse fazendo uma expressão de choro. Eu iria ceder. — Merda, Bill. Golpe baixo. – Dei uma risada.
Ele deu pulinhos e bateu palmas. Acho que descobri de onde Alice aprendeu isso.
Bill pegou minha mão e entramos novamente na casa. Eu não queria estar ali, doía muito saber que Tom disse aquilo tudo de mim.
Meu irmão gêmeo. Era realmente muito difícil.
Enrosquei minha mão nos braços de Bill e encostei minha cabeça em seu ombro. Sem me importar em andar desengonçada por causa disso.
Bill me levou até a mesa e nos sentamos. A mesa era enorme. Minha mãe que estava na outra ponta deu um sorriso para nós e voltou a conversar com Gordon.
Quando nos viram, Georg e Alice vieram se sentar conosco. Gustav também veio.
Estávamos nós cinco conversando na mesa. Pelo menos os quatro estavam. Eu só prestava atenção e ria das palhaçadas de Georg.
Ouvimos passos de salto alto descendo as escadas apressadamente. Todos nós olhamos e vimos Marina descendo furiosamente com uma cara de poucos amigos. Ela saiu e bateu a porta fortemente.
Bill me encarou e eu apenas dei ombros e deitei a cabeça sobre seu braço novamente. Depois, vimos Tom descer. Sua expressão estava triste e seus olhos inchados.
Senti uma forte dor no peito. Eu não aguentava vê-lo sofrer. Apertei mais minhas mãos nos braços de Bill e fechei os olhos.
Não queria ver sua feição de dor. Era demais para mim.
Sabe quando sentimos a sensação de que alguém está nos observando? Pois é, eu estava com essa sensação naquele momento.
Abri meus olhos devagar, e vi que Tom estava sentado na minha frente. Ele estava com uma expressão não muito amigável.
Lentamente, desenrosquei as minhas mãos dos braços de Bill e me acertei na cadeira.
Bill se mexeu desconfortavelmente enquanto eu encarava o chão.
Logo todos se sentaram à mesa junto conosco e jantaram. A comida estava ótima. Não muito tempo depois, os demais foram embora e só nós ficamos.
— Acho que já está na hora de irmos. – Minha mãe disse enquanto se levantava da cadeira.
— Dona Simone. – Bill chamou.
— Dona não, Bill. – Ela deu uma gargalhada. Como eu amava a gargalhada da minha mãe.
— Simone. – Ele corrigiu com um sorriso. — Por que vocês não dormem aqui hoje? Temos muitos quartos. – Ele me encarou ainda com um sorriso.
Dormir aqui? Isso não seria saudável para a minha mente.
Não aceite, não aceite, não aceite, não...
— Oh, Bill. Se não for incomodar. – Aceitou. Merda. — Seria ótimo. Acho que seria bom os gêmeos ficarem um tempo juntos. Eles não são acostumados a viver um sem o outro. E agora quase não se falam mais. – Ela nos olhou com um sorriso.
Onde é que eu enfio minha cara agora?
Olhei para Tom que tinha um sorriso enorme no rosto.
Falso.
Os meninos acharam melhor irem para o hotel. Assim que se despediram, Bill se manifestou.
— Ótimo. Vou mostrar os quartos. – Ele se levantou e foi na frente, todos nós fomos o seguindo. Mas eu tentava andar o mais longe possível de Tom.
— Você e o Gordon podem dormir aqui. – Bill abriu a porta para eles.
Minha mãe agradeceu e disse que já iria dormir. Deu um beijo em cada um de nós enquanto Gordon só deu um tchauzinho.
— Meninas, vocês se importam de dormir juntas? – Ele perguntou.
— Não. – Eu e Alice respondemos ao mesmo tempo, dando risada depois.
Senti Tom um pouco desconfortável. Confesso que também fiquei.
Tempos atrás, éramos nós que falávamos em uníssono.
— Vocês vão dormir agora? – Georg perguntou.
— Eu não vou. – Respondi primeiro. Realmente não conseguiria
— Eu também não. Fiquem aqui conosco. – Alice disse abrindo mais a porta.
Enquanto os meninos entravam, eu tirava os meus sapatos e me jogava na cama.
— Maaaaaaacia. – Disse com a voz arrastada deitando na enorme cama de casal.
Alice também tirou os sapatos e se deitou ao meu lado.
— É booooooom. – Ela fechando os olhos e se ajeitando.
— Estamos parecendo duas caipiras, o que os meninos vão pensar de nós? – Disse rindo.
Bill e Georg se sentaram na beirada da cama, enquanto Tom e Gustav arrastaram duas poltronas que tinham no quarto. Tom posicionou a sua ao meu lado, enquanto Gustav colocou a sua ao lado de Alice.
Deitada olhando para Bill, pensei no sucesso que eles estavam fazendo e quantas fãs se matariam para estar no nosso lugar agora.
Eu queria saber se tínhamos fãs também. Até que uma ideia veio à minha mente.
— Bill, você tem notebook? – Perguntei.
— Sim. Por quê?
— Pode me emprestar? – Dei um sorriso.
Ele assentiu e saiu do quarto.
— O que você quer com notebook, Thammy? – Alice perguntou.
— Você nunca teve a curiosidade de saber se temos fãs? – Me ajeitei ficando sentada na cama.
— Claro. – Ela abriu um sorriso.
— Você não está pensando em jogar seu nome no Google, está? – Georg perguntou fazendo uma careta, enquanto Bill voltava com o computador em mãos.
— O que tem demais nisso? – Ergui uma sobrancelha. — Obrigada. – Agradeci Bill sorrindo e pegando o notebook.
— Não é muito bom, sabe. A mídia escreve muita besteira. Vocês podem ficar atordoados, algo assim. – Ele respondeu.
— Só quero saber se temos fãs. – Respondi.
Conectei a internet e pesquisei o nome da nossa banda. Alice grudou em mim olhando curiosa assim como eu.
Entramos em um fórum e vimos que tínhamos vários fãs. Alice e eu ficamos radiantes.
— Temos fãs. – Disse ainda olhando para a tela do computador. — Estão pedindo turnê. – Direcionei meu olhar para Bill com um sorriso enorme no rosto. Bill retribuiu com um do mesmo tamanho.
— Olha isso. – Alice pegou o computador do meu colo. — Eles querem ver os gêmeos Kaulitz tocando juntos. – Ela olhou para mim e para Tom.
Olhei para ele rapidamente, e vi que ele tinha um sorriso enorme no rosto. Tinha certeza que ele faria algo para realizar esse desejo dos fãs da Black Tears.
— Thammy. – Ela cutucou-me fazendo com que eu parasse de observar Tom. — Nossos fãs acham que você e Bill são um casal. – Eu olhei assustada para Bill que mantinha sua expressão serena.
— Não é para menos. Até eu acho isso. – Tom disse com um tom de voz irritado e magoado ao mesmo tempo.
— Eu não tenho essa sorte toda. – Bill disse me lançando um olhar que eu não soube identificar.
— Você é tão doce. – Respondi dando um sorriso.
Ficamos um bom tempo ali, olhando sobre nossos fãs. Eram milhares ao redor do mundo.
Quando já estava de madrugada, Georg disse que ia se deitar. Tom me lançou um olhar triste e disse que ia também. Bill e Gustav ficaram mais um tempo.
— Eu já vou. Vem também, Gustav? – Bill perguntou levantando e se espreguiçando.
— Preciso falar com a Thammy primeiro.
Bill despediu-se e saiu. Eu olhava com um ponto de interrogação na cara.
— Quer que eu saia? – Alice perguntou.
— Não precisa. – Ele respondeu.
— O que é, Gustav? – Eu estava visivelmente curiosa.
— É sobre Tom. – Assim que ele acabou de falar, eu suspirei triste e assenti com a cabeça. — Thammy, ele não falou nada daquilo de você. Marina mentiu.
Postado por: Grasiele

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