segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Notes Of A Heartbroken - Capítulo 11


And I took her for granted
I was so cavalier
Now the way that it stands
She's out of my hands
Kept my love for her locked deep inside
And it cuts like a knife
She's out of my life

She’s Out Of My Life – Michael Jackson


O rapaz saiu apressado da área da piscina. Passou pela cozinha, onde todos ainda estavam sentados tomando café. Ele não pronunciou uma palavra, apenas subiu as escadas de dois em dois degraus sob o olhar atento do rapaz de óculos.
Bill entrou em seu quarto e bateu a porta com força. Deitou-se encolhido na cama. Seu peito apertava, ele estava sem ar. As lágrimas escorriam uma atrás das outras, atrapalhando a visão do maior o fazendo fechar os olhos.
Ele escutou baterem na porta, mas ele não queria responder. Queria apenas ficar ali, sozinho, chorando até aquilo tudo acabar.

Ela o preferiu. O homem que a traiu. Ela escolheu um amor incestuoso, do que um livre de preconceitos, de pecado, livre de problemas. Ela escolheu Tom ao invés de Bill.

Mais batidas, mas ele não se pronunciava.
Gustav, que estava atrás da porta, decidiu entrar já que Bill não o respondia. Ele abriu a porta e se deparou com o maior todo encolhido na cama chorando intensamente. Aquilo lhe cortou o coração.
Gustav ajeitou os óculos no rosto e se aproximou da cama.

— Bill. - Ele chamou baixo, não queria assusta-lo. — Bill. – Chamou de novo não obtendo resposta do maior. — Vamos, Bill. Vai ficar assim por uma garota? – Gustav estava disposto a usar todo o tipo de argumento para tirar o amigo daquele sofrimento.

— Ela voltou com ele Gustav. – O mais velho disse quase que num sussurro.

Gustav respirou fundo antes de responder, precisava escolher muito bem as palavras. Qualquer letra mal colocada provocaria mais dor ao amigo. Mas ele também não podia mentir.

— Você sabia que ela o amava, Bill. Thammy nunca escondeu isso de você. – Ele disse com o tom de voz mais doce que conseguiu.

As palavras do menor fizeram a razão de Bill reaparecer aos poucos. Ele estava todo encolhido na cama, chorando feito uma criança, sendo consolado por Gustav. E o pior de tudo, chorando por uma mulher. Isso era patético.
— Eu achava que ela poderia se apaixonar por mim, Gustav. – Bill fungou. — Nunca iria imaginar que Thammy correria para os braços do Tom de novo. – Ele só argumentaria por mais um momento. 99% de seu corpo já estava conformado e com raiva dele mesmo por estar encolhido aos prantos na cama. Um homem de um metro e noventa.
— Mas isso não aconteceu, Bill. Sinto muito, mas Thammy não te ama. Não desse jeito. – O de óculos soltou o ar com força. — Não vai adiantar nada chorar dessa maneira. Você está parecendo um bebê, Bill. – Gustav suspirou aliviado ao ver que tinha arrancado um sorriso pequeno do maior a sua frente.
Bill estava decidido, esqueceria Thammy. Nem que para isso tivesse que sair com Deus e o mundo. Afinal, ele tinha várias fãs, por que não aproveitar?
— Você tem razão, Gust. – Ele passou as mãos sobre o rosto, enxugando as lágrimas.
— Eu sei. – Gustav se gabou ajeitando os óculos no rosto com um meio sorriso.
Ele tinha uma sensação de dever cumprido. Havia feito bem ao maior.
Bill se levantou da cama e deu um abraço no de óculos.
— Muito obrigado. – Disse ao se separarem.
— E quanto a Thammy? – Gustav precisava perguntar isso, queria saber o que Bill faria. Se manteria a amizade com ela. Coisa que seria difícil e dolorosa para ele.
Ela está fora da minha vida. – Bill respondeu de imediato. Deu um abraço no amigo e correu para o banheiro. Ele tomaria um banho, tiraria essa cara de choro e sairia. Encontraria alguma fã. Aliás, nem precisava ser fã. Ele queria era alguma moça que lhe agradasse, talvez, alguma que se parecesse com a sua amada.

Postado por: Grasiele

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