segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Untouched - 14º Capítulo - Savin' Me

 

Música: Savin' Me
Artista:Nickel Back
Ser o último a ficar em pé
E ensine-me a diferença do errado e do certo
E eu te mostrarei o que posso ser
Diga para mim
E eu deixarei essa vida para trás
Diga se vale a pena me salvar

2 anos depois...

Não irei negar que o começo foi difícil, eu sabia que a maior parte de mim havia ficado com ele e essa parte nunca mais iria se recompor, por tantas noites ele foi o motivo das minhas lágrimas nunca pararem de cair, mas um dia essas lágrimas cessaram. O tempo passou e com ele a lembrança de Bill foi apagada, hoje em dia com meu coração já está curado eu não sei quem é Bill Kaulitz, o que ele fez de sua vida, por onde ele andava e com quem ele namorava. Eu sei que nunca irei esquecer o tanto que me fez sofrer, porem para mim ele está perdoado, não há mais motivos de tristezas, sim ele foi um erro enorme na minha vida, como eu também fui na vida dele, nosso amor foi forte e rápido, entretanto um amor de verdade demora para ser construído e o nosso  desmoronou.
Do resto da banda tenho poucas informações, conversei com Tom algumas vezes, tentei ser um pouco rude com ele, era melhor nos mantermos afastados e evitar algum tipo de sofrimento, Gustav e Georg me telefonaram algumas vezes, e fiz o mesmo com eles, sabia que entenderiam.
Sou uma jornalista sendo assim sei de tudo sobre a banda TOKIO HOTEL, eles foram considerados a melhor banda dos últimos 50 anos, e fico feliz por eles, são talentosos e mereciam.
Quando voltei para Berlim fui morar com meus pais que choraram comigo por minha tristeza, eles me apoiaram em tudo e me deram todo amor que eu precisei, minha mãe Helena Hillen, uma típica brasileira da qual erdei meus cabelos pretos, me abraçava diariamente e eu fazia tudo com ela ficando sempre juntas, meu pai apesar de trabalhar muito também sempre me dava carinho, ele fez de tudo por mim.
Foi uma época insuportável, paparazzis me seguiam por onde quer que eu fosse, eu mal podia sair de casa eles já sabiam do nosso fim, quando saia para fazer qualquer coisa sempre voltava para casa chorando, alguém sempre dizia uma maldade a meu respeito, eu não conseguia segurar as lágrimas.
Depois de alguns meses resolvi voltar para a faculdade, já estava melhor, mas eu garanto que não foi nada bom, todos me faziam perguntas, falavam mal de mim, eu me sentia perdida e deslocada, os que se aproximavam era por interesse, eu fugia deles ou pelo menos tentava, eu sofria e ninguém podia me ajudar.
Foi em um desses dias que conheci a pessoa mais importante da minha vida.

30 de Maio  de 2014 – Flash back

Eu não agüentava mais todo dia correr tentando me esconder, era algo que estava acabando com meu humor, eu tentava ser feliz, mas as circunstâncias não ajudavam.
Era verão, e estava um calor infernal na Alemanha, o sol queimava minha pele alva,  minhas bochechas estavam vermelhas e o suor escorria sobre elas, meus olhos ardiam e meus passos eram acelerados quase partindo o chão. Eu estava dentro de Faculdade, ela era imensa muito maior da qual eu freqüentava em Los Angeles. Achei  uma mesa de mármore e corri até ela me escondendo de baixo encostando minhas costas na parede na qual ela era apoiada, apertei minhas pernas no meu corpo o fôlego era algo que não me restava mas mesmo assim eu tinha forças para chorar, parecia uma criança desprotegida e era isso mesmo o que eu era, entre meu choro rezei para que Deus tirasse essa angustia de mim, e acho que meu desejo foi atendido.

– Tudo bem com você?

 Levantei um pouco a cabeça para saber quem falava comigo, minha vista ainda estava embaçada, mas era impossível não ver aqueles grandes olhos azuis me olhando assustados.

–Tudo... – Respondi nada convincente
–Acho que isso não foi sincero- ele riu- Posso me sentar?

Ele não me esperou responder e sentou-se ao meu lado em baixo da mesa, eu  olhava para frente e algumas lágrimas ainda caiam na minha face meu queixo sobre meus braços tremia um pouco, e ele ainda me olhava curioso com seu cabelo preto caindo na frente dos seus lindos alhos, parecia não se importar de que algum modo aquilo era constrangedor, chorar na frente de um desconhecido não era algo muito comum.

–Eu sei que você não vai querer me contar o que aconteceu, você não me conhece porem eu te conheço,sento atrás de você na classe, você não fala muito acho que você nunca nem olhou para trás, mas eu sempre estou lá !– Ele sorriu satisfeito- Não, não, por favor, não chora!

Por algum motivo comecei a soltar mais lágrimas, ele se desesperou quando viu e logo sua grande mão apoiou meu queixo o erguendo para cima e com o polegar da outra mão ele limpou as lágrimas que escorriam em minha face, aquelas mãos eram quentes e me senti protegida mesmo estando do lado de um completo estranho.

–Você é muito bonita para chorar desse jeito, fora que a maquiagem vai borrar toda, ai você sabe não é? Fica um desastre!- fez uma careta.


Suas palavras eram doces e divertidas, de algum modo ele conseguiu fazer nascer um sorrido entre meus lábios.
 



–Isso, assim que gosto de ver mulheres bonitas devem sorrir igual eu olha- ele apontou pro seu próprio rosto e sorriu- Mas a diferença é que eu não sou mulher, mas sou bonito!Tá vou parar de falar que vou começar a dizer mais mentiras.

 
Eu olhei em seus olhos e sorri de leva, ele também sorriu de volta com os olhos brilhantes.

–Acho que podemos ser amigos, que tal? Meu nome é David, David Collen!Mas pode me chamar de Dave...

Eu abri minha boca para falar o meu nome, mas fui interrompida.

–O seu é Alana Hillen, eu sei, não precisa falar- Ele olhou-me divertido- Olha uma grande amizade sempre começa com um abraço, então vamos lá!

Foi engraçado ele trouxe minha cabeça e encostou em seu peito eu não tive ação nenhuma a não ser deixar ele fazer aquilo, me senti envergonhada porem feliz meus braços estavam soltos e ele colocou eles em volta do seu pescoço.

–É assim que se abraça!

Eu dei uma risada baixa e descansei minha cabeça em seu ombro.

–Obrigada- Sussurrei.

Fim do Flesh Back

A partir daquele momento ele se tornou meu melhor amigo, ele me guiou, me sustentou me ajudou me divertiu, ele era a minha luz na escuridão que estava minha vida virei dependente dele. Ele me fez rir nas horas mais tristes, e quando eu estava deprimida era ele quem ia à minha casa me convidar para um simples passeio, mas que alegrava todo meu dia, eu já o amava só por ser meu amigo, mas acredito que o amava também de outro jeito.
Ele era puro e sincero comigo, era encantador a forma que nos relacionávamos bem
Em pouco tempo fui esquecida pelas pessoas, finalmente não lembravam mais de mim e era aquilo mesmo que queria, conseguir viver a vida em paz.
David em algum tempo de nossa amizade começou a ficar estranho comigo e eu com ele, se atrapalhava todo na hora de falar e ficou mais estabanado do que já era, até que um dia ele me convidou para um jantar em um restaurante um tanto requintado do que éramos acostumados comparados com nossas idas no Mcdonalds quase freqüentes.



15 de Setembro de 2014 - Flash Back

Estava tão frio, mas a luz daquela vela sobre a mesa nos aquecia, estávamos na sacada do restaurante, apenas nós dois estávamos lá, era algo um pouco incomodo.
David estava nervoso e aquela situação me incomodava me deixando também nervosa. Ele mal me olhava nos olhos sempre encarando os pés e suas mãos tremulas, eu teimava em puxar assunto e suas respostas saiam embaralhadas.
Mas em algum momento ele me olhou diretamente nos olhos  e disse rádio.

–Quernamorarcomigo?- E desviou o olhar.
–O que você disse?- Peguei a taça de vinho e dei um gole.
–Você quer namorar comigo?

Acho que engasguei, mas não, não era, olhei para ele com os olhos arregalados, acho que fiquei mais branca que o normal, meu coração pareceu pular para fora e de alguma forma eu fiquei feliz.

–Olha, eu sei tudo bem se disser não, mas acho que ta mais que na cara que eu gosto de você, não só como  amiga, mas daquele jeito, na verdade eu acho que sempre gostei de você daquele jeito, eu acho até que amo você...

Eu ainda olhava incrédula para ele, e ele também me olhava assim, acho que também não acreditava em suas próprias palavras.
Estava demorando a responder alguma coisa, a fixa não tinha caído muito bem, acredito que demorei muito sem perceber.

–Eu acho que você não...

Dave desviou dos meus olhos colocando sua mão no bolso apanhando sua carteira, ele queria parar por ali.

–Você não me esperou responder. – Coloquei minha mão sobre a dele.

Ele me olhou com os olhos avermelhados, um pouco tristes, eu sorri divertida para ele, se era para começar de novo, Dave era a pessoa ideal, eu tinha que esquecer meu passado, e Dave havia me ajudado e iria me ajudar ainda mais.

–É claro que aceito seu bobo – Gargalhei.

Sua expressão mudou na hora e logo vi aqueles olhos grandes me olhando de novo, Dave se levantou me olhando sedutoramente e pegou minha mão e me puxou para perto de si, me prensando em seu corpo, ele sorria e suas mãos estavam na parte baixa das minhas costas cada vez nos aproximando mais, ele acariciou meu rosto e eu tremi pelo contado logo depois sentindo seus lábios encontrarem os meus timidamente, sua língua invadiu minha boca delicadamente e senti o seu gosto quente minhas mãos se voltaram em seu pescoço o trazendo mais para frente, eu me senti viva de novo...

Fim do Flash Back

David e eu acabamos o ultimo ano de faculdade, sempre juntos ele me amava de maneira integra e eu tentava fazer o mesmo. Um pouco antes de terminar resolvemos morar juntos, demoramos a tomar essa decisão tinha medo de ser impulsiva novamente, mas já nos conhecíamos há tanto tempo e a confiança que eu tinha por ele era tão grande,  ele estava tão entusiasmado e eu acabei por aceitar.
Ele nunca soube de Bill, e assim iria ser, não queria contar pra ele, isso já foi apagado.
Há seis meses morávamos juntos em uma casa pequena, mas linda, ela era repleta de amor, ele me amava loucamente e eu também a ele, porem não do mesmo jeito que ele por mim, temia por não ser louca por ele como ele é por mim, mas um dia irei alcançar tudo àquilo que ele demonstra sentir.

Tornei-me uma grande jornalista de uma das revistas mais importantes do mundo, minha especialização era música sendo assim era eu quem entrevistava as grandes bandas, era legal conheci diversas pessoas interessantes, sou muito bem requisitada e bem paga por ter apenas 22 anos, me sentia realizada, as coisas não poderiam  ser melhores. Dave conseguiu um emprego na mesma revista que eu, ele repórter de Moda&Festas já que era tão estilizo e diferente, adorava aquele jeito dele.O bom de trabalharmos no mesmo lugar era sempre nos encontrar e nos beijar, estávamos sempre nos amando.
Minha vida agora era calma e tranqüila, principalmente ao lado de Dave sempre tão atencioso e romântico eu o amava muito e daria tudo por ele, ele trouxe a felicidade de volta pra mim e isso nunca será esquecido.

Mas essa tranqüilidade estava perto de acabar porque daqui a poucos dias a banda TOKIO HOTEL voltaria a Alemanha seu país natal para uma série de shows, e é claro que a nossa revista seria a primeira a conseguir matéria exclusiva com eles, e havia mais um detalha quem seria a entrevistadora seria eu Alana Hillen.

Postado por: Jhenyfer

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