segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Untouched - 10º Capítulo - Who Knew?


Música-Who Knew?
Artista:Pink
Mas eu mantenho sua memória
Você me visita em meus sonhos
Meu querido,
Quem diria?
Mas esse ano passou e com ele se tudo que era bom.

No segundo ano, Bill e eu começamos e nos distanciar, ele ficava louco com tantos compromissos, gravações, entrevistas, sessões de fotos ou autógrafos e o pior de tudo os shows, eu ficava dia sem vê-lo, sentia tanto sua falta, mas quando ele voltava não podia dar o carinho que ele merecia ou que eu queria, também tinha meus compromissos e deveria cumpri-los igual Bill fazia com os deles, minha faculdade estava acabando comigo.
Ele viajava muito, e me deixava sozinha naquela grande casa, queria tanto alguém do meu lado, mas quando olhava em volta só existiam espaços vazios.
Aquilo começou a nos estressar de uma maneira tão grande. Mesmo quando não tínhamos nada para fazer e ficávamos juntos, não tínhamos animo para nada, sempre estávamos cansados, principalmente ele, houve vezes eu que eu tentei beijá-lo, mas ele negou porque queria dormir, aquilo me deixava tremendamente magoada, mas ele parecia não perceber. Isso começou a se repetir com freqüência, havia vezes em que eu me trancava no banheiro e começava a chorar, não sabia ao certo o que estava ocorrendo, mas estava me sentindo triste e sozinha. Não só Bill estava ausente, mas como todos os outros , esses porem me davam mais atenção que ele, eu poderia contar com eles a qualquer hora que precisasse, mas com Bill era diferente, por tantas vezes ele negou me ajudar, ou ficar algum tempo comigo quando eu precisasse. Muitas vezes eu tive que pedir colo para Gustav quando Bill me rejeitava ou por motivos quaisquer estava estressado e se negava em me ver por vezes me tratando mal, esse dizia que iria ficar tudo bem e que o amor iria superar qualquer coisa, eu confiava nele e por momentos pensei que isso era apenas um momento, que mais tarde tudo iria voltar como era antes, mas eu estava tão enganada.
Bill estava sendo cínico comigo, quando percebia que eu estava chateada com ele tratava logo de comprar alguma coisa para mim como se quisesse me comprar com presentes, mas eu era tonta e aceitava e logo ficávamos de bem, não aceitava pelo fato de me interessar pelo presente mais sim porque não suportava ficar longe dele. Mas aquilo se repetia com muita freqüência, comecei a me sentir uma qualquer que era comprada, e o culpado era ele. Existiam dias em que eu não suportava mais aquilo e explodia com ele, mas ele tentava se desculpar, e eu o perdoava , estava difícil, mas eu era capaz de agüentar, pelo amor que sentia por ele.

Mas nos últimos dois meses as coisas só pioraram não nos amávamos como antes, não tínhamos tempo para isso, e muito menos vontade. Ele começou a ficar estúpido comigo, e eu com ele, só brigávamos, era apenas olhar um para o outro que alguma critica era solta. Eu não dava o carinho que era necessário para ele, e nem ele para mim. Tudo era motivo para brigas, eu tentei muitas vezes resolver nossa vida, mas ele sempre estragava tudo com suas palavras.
Bill começou a chegar bêbado em casa, eu não ia mais a festas com ele, esse ia sozinho e tratava logo de encher a cara o que me deixava nervosa, ele estava acabando comigo e o pior destruindo a si próprio. Já havia virado rotina Tom trazê-lo carregado para casa, seu estado era preocupante, vê-lo assim me fazia morrer aos poucos. Eu cuidava dele, o colocava em baixo da água fria e o olhava com desprezo vendo seu rosto entristecer e sua maquiagem borrar toda sua cara, era possível notar que ele não estava feliz.
Todas essas noites, e dormia do lado dele velando seu sono, deitava por cima do seu peito como antigamente sempre fazia, mas eu não recebia o carinho que antes era dado. Eu chorava tanto, mas ele não podia ouvir como o que era para ser perfeito pode se tornar um terrível pesadelo? Não era possível entender.

Um dia isso aconteceu novamente, minha paciência havia se esgotado...

Flash Back

Era uma noite linda mesmo batendo uma leve brisa que esparramava meu cabelo no rosto, ainda estava quente, minha roupa era leve. No céu a lua estava tão brilhante e as estrelas em uma cor tão viva um branca que piscava, eu olhava para o céu e meu olhar se iluminara tanto que poderia jurar que meus olhos estivessem na cor verde quase branco. Estava sentada na cadeira na escrivaninha, como de costume terminando uma pesquisa que deveria ser imediatamente entrega na aula de amanhã.
Tentava me concentrar ao máximo no que estava fazendo, mas os últimos acontecimentos entre Bill e eu me deixaram tão aborrecida que era quase impossível continuar a fazê-lo. Em minha mente a imagem de Bill era constante ela não sairia da minha cabeça tão facilmente, ainda gostava tanto dele, mas sentia tanta raiva por tudo que ele estava me fazendo sofrer que por um momento senti vontade de arrancar esse sentimento de mim a força, mas não podia colocar todo o peso da recente desgraça do nosso relacionamento nele, eu também tinha culpa, que alias era muita. Senti saudade dele, entretanto essa saudade acabou quando foi interrompida pelo estrondoso barulho vindo do andar de baixo.
Desci as escadas de vagar com receio do que estivesse lá em baixo, poderia ser algo perigoso como um ladrão ou seqüestrador, mas antes fosse isso.
Nada do que eu via me surpreendia mais, o que eu via era tão constante que eu já não ligava mais, mas ainda me incomodava e isso era obvio.
Tom me olhava com tristeza como se pudesse pedir perdão pelo irmão, mas isso não adiantaria, não daquela vez, eu já me cansara.
Ele carregava Bill, tentando ajudá-lo a andar, mas esse estava cambaleando  e tropeçando em tudo que estivera ao seu alcance.Eu o olhava com total desprezo, minha vontade era de pular em cima dele e espancá-lo até a morte, mas eu não poderia fazer isso, alguma força me segurava, talvez fosse os restos que eu ainda sentia por ele.
–Alana, ele... –Tom tentou suplicar.
–Não Tom, não adianta se explicar, a culpa não é sua- O olhei séria.
Bill sorria debochadamente, poderia estar bêbado, mas a sua intenção era me irritar, e conseguiu.
– Meu amor, você ta tão gotosa- Ele disse a frase com uma cara maliciosa, mas ele nem me via direito, seus estavam semicerrados, sua voz bêbada me enojava.
Ele tentou se aproximar de mim, mas eu o empurrei de volta, aquele hálito me dava ânsia se vômito, ele caiu em cima de Tom que quase desmoronou junto dele, mas agüentou firme, eu tinha empurrado Bill violentamente. O moreno me olhou com ódio.
–Tom o tire da minha frente!- Disse olhando para baixo - Por favor... - A suplica foi feita em voz baixa, quase impossível de se ouvir.
Tom subiu as escadas carregando Bill que falava coisas sem nexo, Tom o ignorava completamente.
Eu fiquei na sala, não subi atrás, comecei a observar aquela porta aberta nunca em toda minha vida quis tanto sair por esta, mas no estado em que ele se encontrava não era justo abandoná-lo. Fiquei por mais alguns minutos lá em baixo, tentando arrancar forças não sei de onde para tentar subir as escadas, tive coragem e comecei a subi-las.
Em frente ao meu quarto Tom acabara de fechar a porta, ele de certo teria colocado Bill no banho.

– O coloquei em baixo d’água fria, ele ainda está lá, mas agora eu tenho que ir...
– Vou vê-lo – Em vão tentei esconder meus olhos já vermelhos.

Tom olhava para mim como se sentisse pena.
–Alana quero que saiba que isso está doendo em mim como dói em você, ele é meu irmão é parte de mim, assim sendo também parte de você que são namorados. Mas tenho certeza que tudo vai ficar bem, ele só precisa de ajuda e você é a única capaz de ajudá-lo- Ele tentava me acalmar.
–Eu só não sei se vou agüentar- Foi impossível segurar as lágrimas que
Ele se incomodou ao me ver desse jeito, tentando me fazer parar me puxou para perto de cima me abraçando para tentar me confortar , mas acho que naquele estado ninguém era capaz de fazer a dor ir embora.

–Eu sinto muito... – Sussurrou em meu ouvido ainda me tendo nos braços.

Fiquei em silêncio, aos poucos fui me afastando dele tentando libertá-lo para que fosse embora. Mudei a expressão como se pudesse convencê-lo que seu abraço tinha me ajudado, e sem dizer mais nada ele sorriu fraco para mim e começou a se distância, logo descendo as escadas até que eu não o visse mais. Olhar para o vazio era um bom motivo para não entrar mais no quarto, mas não tive escolha e entrei.
A luz que vinha do banheiro iluminava o quarto escuro, eu podia ouvir o barulho do chuveiro, em silêncio andei até este que estava aberto e me posicionei em frente ao Bill, meu olhar era condenador e repreensivo, lágrimas teimaram em sair de meus olhos acabando por molhar todo meu rosto.

–Por quê?- Minha voz saiu tão fraca, e essa foi a única coisa que ela permitiu me dizer.


Bill me olhava culpado, seu cabelo molhado escorria pelo seu ombro e parte dele cobria parte dos seus olhos que estavam borrados devido à forte maquiagem desmanchada. Ele não se moveu, e muito menos falou algo, mas eu podia crer que seu olhar me pedia perdão.
Ainda o olhava como se não pudesse acreditar que isso estava mesmo acontecendo, mas estava acontecendo sim, com tudo não havia mais nada para olhar naquele banheiro, saiu de lá o deixando sozinho.
Desmoronei-me na cama abraçando todos os travesseiros os esmagando como forma de expelir toda raiva guardada. Chorava tanto que chegava a soluçar, tentava fazer isso o mais baixo possível para que Bill não ouvisse sinais de minha dor, mas era impossível, aquela tristeza queria sair de algum jeito.
Um pouco tempo depois quando o choro havia amenizado, mas não parado por completo, deixei de ouvir meus soluços e ouvi o barulho de água parando, o chuveiro fora desligado. Ouvi passos vindos em minha direção e pude sentir Bill deitar-se na cama ao meu lado, ele foi cuidadoso ao tentar não me incomodar, principalmente ele fora silencioso porem aquilo a me incomodava ainda mais, seu silêncio me fazia mal. Levei um susto quando ele me abraçou suavemente por trás, percorrendo meu braço com as pontas dos dedos frios, eu conseguia sentir seu calor que sempre me amparou, entretanto agora não tinha esse mesmo efeito.

–Eu te amo... Minha menina! – Ouvi claramente ele falar baixo ao é do meu ouvido, sua voz era triste e culpada.

Porem eu não disse o mesmo, naquele momento eu já não sabia se ainda o amava. Não tentei me esquivar deixei que ele me tivesse nos braços.
Durante toda a noite dormimos abraçados como se voltássemos a um ano atrás onde tudo estava bem, de alguma forma seu calor ainda me fazia bem, mas não poderia prever o que iria acontecer no outro dia, nosso relacionamento era imprevisível.

Por alguns meses as coisas se amenizaram, ainda éramos um tanto distantes, mas as crises dele e também minhas estavam um pouco mais controladas.


Porem ontem à noite as palavras mais horríveis foram pronunciadas, nada poderia me machucar mais do que ele me dissera, ontem foi realmente o nosso fim...

Postado por: Jhenyfer

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