sexta-feira, 15 de julho de 2011

Nós Dois (Continuação) - Capítulo 7



A outra garota a puxou de lado deixando Tom a me olhar assustado. Lágrimas quase rolavam pelo meu rosto por tanta raiva e magoa pelo o estado que eu havia chegado. Nessas horas que eu lembrava, apesar de viver sozinha em um pais estrangeiro, que eu ainda era aquela mesma garota idiota de 17 anos, que nunca aprenderia com os erros.
Tom se aproximou de mim e saiu me puxando pelo braço, na hora eu estava tão em choque que nem vi quando ele me virou e me puxou para algum lugar.

Mila: Hey, me solta, me solta agora.
Ele me levou para os fundos do bar que dava na outra rua, ao me encostar na parede colocou as mãos em meu rosto tentando ver o quanto eu estava machucada. Eu empurrei seus braços quase o esmurrando, mas ele insistiu em me analisar.
Mila: Tira as mãos de mim, ME SOLTA. - Falei tentando limpar o rosto.
Tom: Mila, Mila, para, deixa eu ver.
Ele falava tentando abaixar meus braços, mas eu não deixava o empurrando, foi quando ele se irritou e me segurou com força contra a parede.
Tom: Ta vendo que estou tentando ser delicado com você? Que não uso nem metade da minha força.
Mila: Vai me bater tambem?
Tom: Mas que merda Mila, veio fazer o que aqui? Você não tinha um aniversário pra ir?
Mila: Era só pra ter certeza disso, do quanto IDIOTA eu continuo sendo. Caramba você aparece na porta da minha casa cheio de explicações e me cobrando milhares de coisas. Pra que isso?
Tom: Eu disse que sentia sua falta, mas não disse que você era a única que passava pela minha cama.
Eu o encarei não acreditando no que estava ouvindo, ele viu isso nos meus olhos, e pareceu se arrepender do que havia dito, mesmo sendo verdade. Eu olhei para os lados rindo de nervoso e com os olhos marejados.
Tom: Mila, Mila, desculpa, eu não queria...
Mila: Me solta.
Ele não me deixava sair de onde estava, com seu corpo fechando minha passagem.
Tom: Deixa eu ver ser rosto. - Ele tentou segurar meu rosto novamente.
Mila: Para, para com isso, ela só me arranhou, aquela vaga... FODA SE.
Tom: Para você, para de agir feito uma criança, queria vir aqui ver o que acabou de ver, pronto, eu que diga FODA SE então.
Ele se afastou de mim mas eu não consegui me mexer, fiquei com aquela dor no peito sem saber pra onde correr.
Mila: Volta pra la, elas estão te esperando.
Ele me olhou de repente com ódio, muito ódio, eu coloquei minhas mãos atrás de minhas costas mas não abaixei a cabeça.
Mila: ANDA, continua o que ia fazer e me deixa em paz.
Ele veio furioso pra cima de mim e me arrastou de onde ainda podíamos ser vistos e me jogou na parede do beco mais próximo.
Ao apertar meus braços e encostar seu peito ao meu, sua boca quase tocava a minha.
Tom: Diz, diz que sou um doente, porque eu sei que eu sou, você pode não acreditar que o único motivo de eu estar aqui agora seja você, você sabe que eu viria atrás de você.
Mila: Porque não veio antes?
Tom: Porque eu estava tentando me livrar dessa doença.
Mila: Continua tentando não é?
Eu falava sem conseguir tirar os olhos da sua boca, e ele observava cada movimento que a minha fazia.
Tom: Diz que quer que eu pare, diz que me quer só pra você. Eu preciso ter certeza disso.
Sua boca não aguentava mais falar tão perto da minha, ele me beijou sem me deixar responder, se deliciando com cada pedaço dos meus lábios, com carinho, chupando minha lingua lentamente. Sua respiração se acelerou o fazendo gemer, ele segurou em meu cabelo acelerando o beijo.
Mila: Para, para.
Falei o afastando de minha boca, mesmo querendo continuar.
Tom: Mila, vem comigo, vem.
Mila: Volta pro bar, ou vai pra onde pretendia ir com as garotas.
Ele me olhou confuso, mas eu me manti firme no que queria.
Tom: Mila, para com isso.
Mila: Elas estão te esperando, Tom. - Falei o encarando com ódio nos olhos.
Tom: Haha, você não esta me pedindo isso.
Mila: Sim, Tom, eu estou. - Falei gritando. - Não era o que iria fazer? Porque eu ter vindo até aqui mudaria alguma coisa? Eu sou alguem pra mudar alguma coisa nesse seu carater cafajeste?
Ele me empurrou contra a parede novamente me olhando nos olhos furioso.
Tom: Para de me chamar de cafajeste. Eu nunca menti pra você, tudo que eu fiz e faço você sempre soube. Para de se fazer de vitima.
Mila: NÃO ESTOU ME FAZENDO DE VITIMA. Mas não venha, nunca mais me dizer que a culpa disso tudo sou eu, como você disse ontem.

Sempre que ele falava se aproximava mais de mim, eu o impedia de chegar mais perto firmando minhas mãos contra seu peito, porque essa necessidade de falar quase perto da minha boca? Eu queria brigar com ele não beija lo, mas com seu rosto a centímetros do meu era difícil me concentrar.
Tom: Ta bom, vai fazer o que?
Mila: Vou embora.
Me esqueivei dele tentando sair, ele me impediu novamente.
Tom: Não vai não.
Me empurrou contra a parede colando seu corpo ao meu. Eu poderia olhar para qualquer canto, com a intenção de fugir de seu olhar, mas eu queria encara lo e amolecer aos poucos.
Tom: Você tem sérios problemas, Mila. Eu sou o maior deles.
Ele sorriu enquanto colocava as mãos por debaixo do meu vestido me apertando o traseiro, meu corpo se estremeceu ao senti lo, mas eu não o deixaria continuar.
Mila: Tira as mãos dai Tom.
Tom: Da onde? - Ele falou em meu ouvido, eu fechei os olhos respirando fundo.
Mila: Você é ridículo.
Tom: E você gostosa.

O odio ainda me consumia, mas o pior disso tudo é que quanto mais eu pensava nele, nas mãos de outra, mais crescia o desejo de ter lo pra mim. Era quando mesmo não podendo deixa lo tocar em mim, eu deixava.
Ele tentou me suspender pelas pernas, mas eu firmei meus pés pra baixo não deixando que ele me levantasse. Comecei a lutar com suas mãos, sem nenhuma culpa pelo que fazia, ele me agarrava feito um animal, esfregando suas mãos pelo meu corpo tentando me tomar.

Mila: Para, paaaara. Se você for pego comigo aqui, vai preso, sabia?
Tom: Se você não gritar, ninguem vai nos ver.
Ele desceu suas mãos pelas minhas costas me colando ao seu corpo, me beijou novamente de forma indecente fazendo minhas pernas dobrarem. Enquanto me beijava sua mão direita tocou meu ombro puxando a alça de meu vestido e meu sutian junto. Quando eu pensei em não deixar, ele abaixou a parte de cima do meu vestido, parando de me beijar e chupando meus seios agora. Eu segurei em suas tranças quase tendo um colapso, e sem conseguir segurar meus gemidos ele se aproveitava de minha fraqueza.

Mila: Droga...Tom, não...não...aaahn, faz isso.
Ele segurava meu seio em sua boca chupando o.
Mila: Para...de...chupar meu...
Ele voltou seu rosto pra mim ofegando em minha boca.
Tom: Você quer que eu chupe outro lugar? - Falou sorrindo, dando suaves beijos em minha boca, e eu revirando os olhos.
De repente alguem vindo da entrada do beco nos chamou atenção.
Monica: Mila?
Tom se afastou de mim não olhando para Monica, depois olhou para meu estado, preocupado com que Monica podia ver, eu levantei rapidamente meu vestido cobrindo meus seios. Mas acho que por causa da meia luz, ela não conseguiu ver.
Mila: Monica, Monica, ééé.
Monica: Eu...estava..te procurando.
Ela olhou para Tom com os olhos arregalados e envergonhada, achando que não podia ter aparecido em hora pior, mas não foi ruim, era melhor alguem interromper antes que chegássemos ao ponto de não conseguir parar.
Mila: Eu to indo.
Falei saindo de onde estava e passando por Tom.
Tom: Hey.
Ele tentou segurar meu braço mas sem encara lo, desviei seguindo reto até Monica, ele não saiu de onde estava.
Quando passei por ela, vi em seu rosto todas as perguntas que ela iria me fazer.
Mila: Calma, já já te explico.
Peguei em sua mão indo para longe do bar seguindo pela calçada. Quando dobramos a esquina pude falar.
Mila: Ele estava la, Monica, no bar.
Monica: Sério, eu...hey, que isso no teu rosto.
Expliquei a história das garotas que sairam acompanhadas dele do bar, ela pareceu ficar ainda mais chateada por ter me colocado nessa situação.
Monica: Mila, desculpa, eu não queria piorar as coisas.
Mila: Monica, você não piorou nada, me fez um favor. Eu só estou juntando todas as coisas que eu preciso pra..
Monica: Pra? Pra ficar com raiva dele e depois ir por beco se agarrar com ele? Mila, ou você da um basta ou faz o que ele quer.
Mila: Como assim o que ele quer?
Monica: Ele quer você pra ele, e enquanto você não for SOMENTE dele, ele não vai ser seu.
Mila: Da onde você tirou isso?
Monica: Da onde eu tirei isso? Do óbvio, a relação de vocês dois é baseada nesse joguinho de ciumes e traição, ele não esconde nada de você porque vocês não estão "oficialmente" juntos, entende? Ele sai com outras garotas porque ele NÃO TEM namorada.
Mila: Haha, ta querendo me dizer que se eu namorar com ele, ele vai ser fiel a mim?
Monica: Claro que vai.
Mila: Ta bom Monica, mas ele nunca me pediu em namoro, entendeu?
Monica: Mila, ele disse que te ama, coisa que muitos só dizem depois de meses de namoro.
Mila: Isso foi a meses atrás.
Monica: Haa ta bom Mila. Fala com essa mão aqui, talvez ela te convença. - Ela falou com a palma da mão quase na minha cara.

Depois me deu as costas e saiu andando até achar um taxi, eu fui atrás emburrada com os braços cruzados pensando no que ela havia dito, tentando enxergar com clareza tudo isso, talvez fosse mais fácil do que imaginava, estar com ele. Mas não acho que seria assim, aquela necessidade de confrontar o outro sempre era maior quando estávamos juntos.

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