sexta-feira, 15 de julho de 2011

Nós Dois (Continuação) - Capítulo 2



Eu passei a madrugada sem tira lo da minha cabeça, deitada na cama olhando para o teto, angustiada e agoniada com a possibilidade de estar com ele, mas entusiasmada para viver tudo novamente.
Acordei as 7 da manha do dia seguinte, mais nervosa do que a noite anterior. Olhei para o banheiro e Monica ja se arrumava para sair para aula.
Monica: Você vai se atrasar.
Mila: Não vou hoje, vou ficar na cama.
Monica: Ai ai ai, ok, fui, vou tomar café la.

Voltei a dormir depois de Monica sair. Acordei as dez com o telefone da sala tocando, eu me revirei na cama não querendo levantar mas o telefone não parava, então fui devagar até la, coma esperança de que parasse logo.
Atendi, e ao ouvir a voz de Tom do outro lado, cai sentada no sofá.

- Desculpa, é muito cedo?
Mila: Haam, não, eu já estava acordada. - Menti.
- Eu queria...me encontrar com você, pra gente..conversar.
Oh god, tudo era tentador, a voz arrastada dele ao telefone, mesmo não tão direto no que queria, me excitava.
Mila: Quer dizer discutir!
- Não, Mila, eu não quero brigar.
Mila: Você quer o que?
Ele ficou em silêncio, eu ouvia somente o som da sua respiração.
- Você não quer?
Mila: Você...
- Só diz que sim.
Ele falou quase sussurrando, me fazendo encolher as pernas e apertar minhas mãos entre elas.
Mila: Tom, as coisas estão voltando pra um ponto que eu não quero que..
- Que o que? Acha que vai ser como antes?
Mila: Ta falando do que? Do seu temperamento explosivo da sua incapacidade de ficar longe de um rabo de saia por alguns dias?
- Ok, agora a conversa esta indo pra um lado que eu queria evitar.
Mila: Quer se encontrar comigo porque?
- Eu já disse, conversar.
Mila: Ok..eu.. te encontro no mesmo parque de ontem.
- Eu pensei em te pegar ai.
Mila: Não, eu te encontro la.
Ele respirou fundo parecendo irritado.
Mila: Até daqui a pouco.

Eu desliguei o telefone agora pensando se tinha agido errado ao trata lo dessa forma. Mas eu ainda fazia questão de manter minha armadura, era ela quem me mantia lúcida, equilibrada, protegida de todo o sofrimento que já havia sido antes. O que eu queria era estar com ele, passar todas os dias e as horas ao lado dele, se isso não trouxesse o caos pra minha vida, seria muito mais fácil estar ao lado dele.

Depois de me arrumar eu fui até o parque que estivemos noite passada, com o coração apertado, com as pernas tremendo e rezando pra conseguir me manter firme, sem querer me ajoelhar na frente dele feito uma idiota implorando pra me levar pra cama.
O lugar não era longe, peguei um taxi e m 5 minutos estava la. E não estava tão vazio como ontem, havia algumas pessoas no gramado, lendo ou conversando. E ele já estava la, de longe eu o vi, perto de uma árvore sentado em cima da mesa com cigarro entre os dedos e com os pés em cima do banco, apoiando os braços na perna e de óculos escuros.
Logo ele me viu tambem caminhando na sua direção, foi quando eu engolia seco a cada 5 segundos.

Mila: Oi! - Falei ao me aproximar.
Tom: Queria me encontrar em um local com pessoas pra olhar.
Mila: Não foi de propósito.
Tom: E eu não fiz uma pergunta.
Essa mania em dizer o porque das minhas ações tendo certeza me irritava. Eu evitei olhar diretamente em seus olhos todo tempo, ele tirou o óculos diferente de mim me encarava todo tempo.
Mila: Queria conversar?
Tom: Porque ta na defensiva comigo?
Mila: Eu não estou na defensiva, só estou aqui como combinamos.
Tom: Você ainda esta emburrada por causa da discussão de ontem? Ou pelo o que eu fiz a mais de um ano atraz?
Eu o encarei séria, e ele fez o mesmo, sério me provocando com o olhar.
Mila: Eu esqueci aquilo.
Tom: Esqueceu tudo?
Mila: Me diz, ta morando a onde? É perto daqui?
Ele riu olhando para o lado, achando graça por eu ter mudado de assunto.
Tom: West Hollywood.
Mila: Huuum, não é muito longe daqui.
Tom: Uns 10 minutos, de carro.
Mila: Ha, aquela garota, a tal da Barbie é daqui aqui de Los Angeles, não é? - Ele riu novamente. - E ai não rolou nenhum encontro?
Tom: Rolou alguns telefonemas sim.
Agora eu era tomada por aquela raiva que em pouco tempo me dominava, conforme ele falava mais eu ficava curiosa pra saber o que ele tinha feito durante todo esse tempo, imaginando como ele aproveitou todo esse tempo sem mim.
Mila: Que bom.
Tom: Porque ta evitando ficar sozinha comigo?
Mila: Você queria o que? Que eu me encontrasse em um Motel com você para conversarmos?
Tom: Não me provoca.
Mila: Não estou provocando.
Tom: É o que esta fazendo todo tempo.
Eu cruzei os braços visivelmente irritada, e ele riu novamente com meu aparente descontrole.
Mila: O que ta tentando fazer?
Tom: Pedir desculpas.
Mila: Pedir desculpas?
Tom: Por ter sido estúpido com você naquele dia, por ter forçado.
Mila: Você não foi estúpido somente naquela noite.
Tom: Mas foi a única vez que eu não senti prazer em te machucar. Você chorando daquela forma me machucou mais.
Mila: Aquilo é passado.
Tom: Passado que esta novamente na sua frente.
Mila: Hum, parece então que nada mudou mesmo.
Ele voltou a fica sério, e novamente somente nos olhávamos, como se ao nos olharmos por alguns segundos pudéssemos enxergar as intenções por detrás das palavras.
Até agora ele não havia tocado em mim, nenhuma vez, o que me deixava a cada minuto mais inquieta, milhares de coisas passavam pela minha cabeça, e sensações que eu ansiava para sentir.
Ele parecia estar indiferente a mim, e eu me sentia fraca como se não despertasse mais nele o mesmo de antes.
Tom: Vamos dar uma volta, aqui ta muito cheio..
Ele falou se levantando e passando por mim, sem ao menos me deixar responder, ele tirou as chaves do bolso e foi em direção ao Audi parado do outro lado.
Eu fui andando logo atrás ainda com receio, se deveria ou não entrar novamente naquele carro.
Depois dele partir com o carro eu continuei em silêncio, ele falou um pouco depois.
Tom: Eu vou ao Brasil, o seu país, em Novembro. - Olhei para ele curiosa.
Mila: Vai fazer o que la?
Tom: Show, da turnê.
Mila: Nossa, que bom.
Tom: Mas acho que não é na sua cidade, São Paulo.
Mila: Eu sou do Rio de Janeiro. Vem ca, não disfarça, pra onde ta me levando?
Tom: Ta com medo?
Mila: Eu..
Eu mau consegui falar, ele desacelerou provocando um ronco alto no motor e depois parou o carro, estávamos perto de uma fabrica abandonada, em uma rua deserta.
Mila: É perigoso para seu Audi em lugar com...

Ele retirou seu sinto e o meu e voou para cima de mim, eu tombei para trás me afastando rapidamente batendo minha cabeça no vidro da porta, mas sua boca e suas mãos foram mais rápidos, ele me engoliu com sua boca me beijando, depois me roubar o fôlego, delicadamente agora sua boca se mexia com a minha, e entre os beijos mais lentos ele lambia os contornos dos meus lábios.
Eu agora relaxa meu corpo sem conseguir evitar que ele me dominasse,
me eu me entreguei a sua boca, e novamente daquele jeito nada sutil, ele se enfiava entre minhas pernas e com suas mãos me apertava me puxando contra ele me encaixando em sua cintura.
Eu o segurei pelo pescoço mesmo sabendo que não deveria, que era um erro deixar acontecer, o que mostrava o quanto apaixonada eu ainda era.
Os botões de minha blusa se abriram sem eu ao menos perceber, deixando meu sutian e parte de meio seios a mostra, quando ele desviou de minha boca se voltando para minha blusa aberta, eu consegui falar.

Mila: Para, Tom para o que você ta fazendo?
Tom: Eu já...fui bonzinho demais...com você.
Mila: Droga..aaaahn. - Eu gemi antes de conseguir xinga lo.
Tom: Agora é sua vez de ser boazinha, ok?
Ele era rápido, e enquanto eu tentava pensar em como agir ou o que dizer, seu toque me calava, minhas mãos deslizavam por cima de sua camisa tentando agarra lo pelas costas.
Ele de repente parou com seu rosto a centímetros do meu, com as duas mãos ele tirou meu cabelo dos olhos e me encarou, era aquele mesmo Tom que me desejava, que me assustava ao me olhar da forma única que ele me olhava.

Tom: Esse seu cheiro nunca muda, nunca deixa de me atormentar.
Mila: Pelo amor de Deus, não comece o que não vai terminar. - Falei implorando.
Tom: Deixa eu terminar, deixa.
Eu não estava pronta para isso, não estava pronta para reviver aquele caos que era meu coração quando eu estava com ele, quando o deixava me dominar.
Mila: Não, para, por favor.
Eu falei empurrando seu peito, ele sem entender se afastou aos poucos mas ainda exitando.
Tom: Fala o que aconteceu? Fala porque não quer? Tem outra pessoa? Não bastava um Peter, agora você me arruma dois?
Ele falou ofegando e parecendo não saber muito o que dizer.
Mila: Para, não é isso, não é nada disso.
Falei encolhendo minhas pernas que ainda estavam encostadas em sua cintura.
Tom: Então é o que? - Ele falou irritado.
Mila: Eu não sei o que você quer, as coisas são diferentes agora, não da mais para ficarmos brincando de gato e rato.
Tom: Brincando? Tem alguem brincando aqui? Me diz você, porque eu não estou.
Mila: Ha claro que não Tom, você sempre levou suas aventuras muito a sério.
Tom: Haaaa, eu não acredito que vamos de novo voltar a esse assunto. Eu vi até aqui, até aqui para estar com você.
Mila: Haaa Tom, não seja ridículo, você não esta aqui por minha causa, você só uniu o útil ao agradavel.
Tom: Eu não sou obrigado a ficar ouvindo isso.
Ele abriu a porta do carro e saiu nervoso, se encostou no capo e pegou um cigarro. Eu fiquei de dentro do Audi bufando de irritação, o vendo fumar, tragando o cigarro e jogando a fumaça para o alto.
Eu resolvi sair, lentamente fui para o seu lado e me encostei tambem, ele virou a cabeça na minha direção, mas não chegou a me olhar.
Tom: Qual é a duvida Mila? Fala.
Mila: Você..você..esteve com muitas garotas durante...esse tempo? - Falei pausadamente.
Ele tragou o cigarro e riu da minha forma quase infantil de perguntar.
Tom: Você não quer detalhes, quer?
Mila: Esquece.
Ficamos novamente em silêncio, com aquele clima estranho, com tanto pra se dizer e perguntar, mas nenhuma coragem.
Tom: Quem era o cara?
Mila: Que cara?
Tom: Que você falou que namorou, foi namoro sério?
Ele fingiu estar interessado, como se fosse um amigo, mas estava se roendo de raiva, era nitido.
Mila: Hum, foi, 5 meses. Ele é era da escola que fiz o ultimo ano.
Ele não falou nada e continuou me olhando, esperando que eu dissesse mais alguma coisa. Mas seu olhar era triste, como se houvesse algo entalado em sua garganta.
Tom: Vem ca.
Ele segurou a mão que eu apoiava no capo do Audi e me puxou para perto dele, ele se desencostou tambem e me encostou contra o capo. Ele foi me deitando aos poucos contra o Audi e se inclinando por cima de mim.
Mila: O que você ta pensando em fazer? Ta loco? Alguem pode ver.
Tom: Aqui ninguém vai ver nada.
Eu deixei ele me deitar no capo do Audi que ainda estava quente, a nossa volta só havia alguns muros que cercavam galpões vazios, mas estávamos a luz do dia, o que era ainda muito perigoso.
Ele subiu as mãos pelas laterais da minha coxa levando junto minha saia até minha cintura. Quando pensei em parar suas mãos, ele me beijou entre as pernas, eu só consegui tombar a cabeça para tras e fechar os olhos.
Ele deslizou minha calcinha rapidamente e abriu as calças na mesma rapidez, me puxou pelas pernas até ele, me fazendo deslizar sobre o capo escorregadio. Eu ergui minhas pernas o deixando continuar, foi quando ele me penetrou e caiu por cima gemendo intesamente, mantendo a boca aberta para conseguir respirar, ele soltava seu hálito doce na minha boca. Me segurei na lateral do carro sem conseguir segurar meus gemidos o fazendo delirar.
Tom: Eu sempre quis fazer isso.
Mila: O que?
Tom: Trepar no capo do Audi. - Ele falou tentando segurar seu gemido e o riso.

Havia algo de diferente ao sentir seu corpo no meu, havia algo de mais profundo do que nós havíamos passado na Alemanha.
Ele começou a se movimentar metendo cada vez mais rápido, e eu abaixo dele me contorcendo de prazer e duvidas ao mesmo tempo.
Mila: Nããao, Tom, não. - Falei tão baixo que não pensei que ele fosse ouvir.
Tom: Deixa assim, fica quietinha.
Ele acelerou os movimentos me fazendo deslizar para cima e para baixo. Era o cumulo da maluquice o que eu fazia agora, transando com ele em cima de um carro em plena luz do dia.

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