sexta-feira, 15 de julho de 2011

Nós Dois (Continuação) - Capítulo 6



Na entrada da faculdade, no dia seguinte, me sentei para esperar Monica comprar remédio para dor de cabeça, na farmácia ali perto, fiquei encostada a um carro. Alguns minutos depois de ter chegado a tal Vic chegou acompanhada, me pareceu ser o garoto que Monica havia conversado sobre o Tom, que era gay.
Apertei com força meu fichário e continuei a olhar para ela andando até a porta e parar ali. Com sua bolsa que ela segurava pelo antebraço, e o cabelo loiro comprido sendo balançado pelo vento.
Eu mordi o lábio e olhei para o lado imaginando todas as cenas possíveis, da mesma forma que ele fazia comigo. Só podia ser algum tipo de castigo, depois de meses sem vê lo quando reaparecia me trazia um bónus desses, eu tendo que olhar pra cara da vadia que ele havia comido todos os dias.

Monica: Hey!
Monica apareceu pelo outro lado me assustando.
Mila: Ai Monica, que susto.
Monica: Hum, agora vive assustada né?
Eu voltei a olhar na direção da garota sem esboçar nenhum sorriso.
Monica: Ata, já entendi. Vai ficar ai querendo matar a garota com os olhos? Faz um voodo que é mais eficaz.
Mila: Eu já falei o que eu vou fazer, vou até o bar.
Monica: Ok, barraco a vista.

Quando sai da faculdade, fui andando pelo o corredor do pátio até a área externa da faculdade, la na frente avistei Monica vindo correndo feito uma gazela saltitante ao meu encontro.
Monica: Escuta, escuta, olha o que eu descobri. A Vic vai hoje até o Rainbow, o Kevin quem me disse.
Mila: Sério? Mas..mas, será que..
Meu telefone começou a tocar no exato momento em que eu tentava pensar em alguma coisa, era Tom me ligando.

Mila: Alo?
- Já saiu da faculdade? - Como ele sabe? Pensei.
Mila: To saindo agora.
- Posso passar ai?
Mila: Passar aqui? Claro que não.
Monica começou a me fazer sinais com as mão dizendo não.
- Eu te pego em outro lugar então.
Mila: Éééé, não, eu não posso
Monica: Isso, diz não, diz não. - Monica falava baixo para que ele não ouvisse.
- Porque não pode, hoje é sexta.
Mila: Eu tenho...um aniversário pra ir.
- Ham? Que aniversário? De quem?
Mila: De uma amiga.
- Ta de sacanagem comigo?
Mila: Não Tom, quem costuma fazer sacanagem aqui, é você comigo.
- Depende do ponto de vista.
Mila: Ridiculo.
- Ok, sem brincadeiras, não da pra ser depois? Eu passo onde você estiver e te pego.
Eu arregalei os olhos para Monica, sem saber o que dizer, eu nem sabia porque estava negando na verdade, eu deixaria de ir para qualquer lugar para estar com ele.
Mila: Não da Tom, hoje não da.
Ele bufou no telefone, depois falou em tom mais baixo quase sussurrando.
- Você sabe o que eu quero, não é?
Eu me afastei um pouco de Monica, ela ficou de longe me olhando com medo que eu não resistisse.
Mila: Tom, por favor, não complica. Eu quero que você espere.
- E eu quero você nas minhas mãos.
Mila: Para de ser teimoso, caramba.
- Mila ontem nós nem conseguimos terminar nosso assunto.
Mila: Ha claro, aquele assunto, sobre a garota que você trepou, é mesmo, eu não terminei.
- Para de fugir, você sempre arruma um jeito de entrar nesses assuntos pra dizer que esta com a razão.
Mila: Eu preciso desligar, Monica esta me chamando.

Desliguei o telefone sem deixar ele responder, voltei para perto de Monica que já me esperava sem paciência.
Monica: O que você falou pra ele?
Mila: Que não ia, e porque?
Monica: Porque nós vamos até o Rainbow, se ele for se encontrar com você, ele não vai sair pra outro lugar.
Mila: Assim claro, eu deixo ele na mão, e ele vai atrás de outra.
Monica: Exato.
Mila: Ha que legal. E como a gente tem certeza que ele vai mesmo ir até la hoje? Existem milhares de bares de músicos em Los Angeles.
Monica: Mas o mais perto da casa dele é o Rainbow.
Mila: Você quer mesmo que eu cometa um assassinato hoje não, é?

Monica saiu me arrastando pela mão para irmos para casa. Eu não queria procurar confusão, na verdade eu sabia que se procurasse, quando se tratava do Tom eu acharia muito fácil. E se eu não tivesse um controle fora do normal, o perseguiria feito uma loca. Acho que controle não é palavra certa, acho que não o faço por medo, por que doí mais que qualquer coisa vê lo olhar para outra garota, tocar em outra, beijar.

Nos arrumamos tentando parecermos o mais adultas possível e fomos para o Rainbow. Não fazíamos ideia de que horas a garota iria aparecer por la, muito menos se Tom estaria la. Mesmo assim nós fomos. Ainda com receio paramos na porta do bar, a entrada ficava na lateral em uma via sem carros. Do outro lado a casa de shows, Roxy, como a tal Vic havia falado.
Na porta, foi Monica que tomou iniciativa e foi logo entrando, conseguimos passar pela porta principal, mas na segunda o segurança nos barrou.

- Identidades por favor.
Monica: Pra que isso?
- Para ver se são maiores de 21.
Monica: Claro que somos, dãã.
Monica me puxou pela mão e quase ia passando pelo segurança.
- Hey, hey, se vocês não tem como comprovar que são maiores, não podem entrar.
Monica: Moço, nós não vamos beber, só precisamos pegar o namorado dela no flagra.
Eu arregalei os olhos para Monica não acreditando na cara de pau que ela tinha.
- Não posso ajudar.
Monica: Aaaaaaaargh.
Monica bufou irritada e voltamos para a rua se conseguirmos nem mesmo olhar la dentro.
Mila: Mas que droga, eu nem sei o que estou fazendo aqui, até isso essa vagabunda tem de vantagem, ela entra, eu não.
Monica: A para, ela não tem vantagem nenhuma, transou uma vez com ele.
Eu encarei Monica com um olhar nada agradável, ela olhou para os lados fingindo não ver.
Mila: Eu vou embora.
Monica: Não, fica aqui, eu vou dar uma olhada em volta pra ver se vejo o Audi.
Mila: Monica, Monicaaaa.

Ela saiu correndo pela via deserta e sumiu dobrando a esquina. Me encostei novamente na grade branca perto do telefone publico e esperei. Poucas pessoas entravam e saiam do bar, apesar de ser Sexta feira.
Quando a porta abriu novamente, não muito depois de eu me encostar, ouvi garotas rindo, e me virei para olhar. Eu não conseguir segurar o riso de tanto ódio, pois a situação era inacreditável. Tom saia com duas garotas la de dentro, uma loira e outra morena, nenhuma delas era Vic. Eu me virei e fiquei olhando com as mãos na cintura esperando que ele me visse. As garotas se exibiam, jogavam o cabelo para o lado e soltavam risinhos todo tempo.

Uma quase caiu por causa do salto, Tom a apoiou a segurando pela cintura, e sorriu discretamente.
Quase me faltou o ar de tão quente que meu sangue ficou. Eu sai de onde estava determinada a não deixar barato, cheguei perto das garotas por trás e de supetão e lhe dei um tapa na cabeça fazendo seu cabelo voar. Na hora, Tom e a outra garota me olharam espantados, mas nem prestei atenção na forma como Tom me olhava, a garota voou pra cima de mim tentando me bater.

- Sua loooca, quem você pensa que é?

Eu a segurei pelas mãos a forçando a se afastar.
Tom tentou se colocar no meio de nós duas, mas a garota parecia estar mais descontrolada do que eu.
Tom: Solta...SOLTA.

Tom gritava para a garota a puxando pela cintura. Ela soltou de repente meus braços, mas antes de se afastar tentou me bater na cara, Tom a puxou de lado mas sua unha comprida pegou meu rosto, na mesma hora senti um rasgão e minha face se esquentar, eu estava sangrando.

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