sexta-feira, 15 de julho de 2011

Nós Dois (Continuação) - Capítulo 3



Ele gemia a centímetros do meu rosto apertando os olhos quando seu gemido era mais intenso, eu o segurei pelo rosto o acariciando, ele me olhou nos olhos de uma forma perdida, mas ainda daquela forma única que ele me olhava quando estava nos meus braços. De repente ele meteu com mais força tirando minha atenção de seu rosto, eu me contorci gemendo.
Mila: Isso não ta certo.
Tom: Eu acho isso muito certo.
Eu queria responder mas ele me calou com um beijo, então eu deixei, relaxei e me entreguei ao meu amor, que andava ao lado desse eterno arrependimento, essa longa agonia de não sentir nunca que ele seria meu. Não importava quantas vezes ele dissesse que me amasse, quando ele viesse e fosse embora, tudo desmoronaria outra vez, o ciumes e a insegurança eram destruidor.
Tom: Aaahn.
Ele afogou seu rosto no meio de minha blusa semi aberta e beijou meus seios, lentamente seus gemidos foram diminuindo, mas ainda sentia sua mão me apertar o quadril, e a outra segurar minha perna.
Ainda em cima de mim ele olhou para os lados e depois me olhou sorrindo. Ao beijar novamente meu pescoço eu o segurei pelo pescoço e gemi baixo, sua respiração no meu ouvido ainda era acelerada.
Tom: Vem pro carro. - Ele falou me puxando.

Eu completamente sem jeito me levantei abaixando minha saia, e olhando entre as pernas para ver se estava tudo inteiro, fez Tom rir. Depois de se recompor fechando as calças, ele pegou minha calcinha do chão, mas não me entregou, a segurou até entrarmos no carro novamente.
Eu ia me sentar no banco ao seu lado, mas ele me sentou em seu colo e fechou a porta. De frente pra ele eu percebi o quanto sem jeito estava, ele tambem percebeu.
Tom: Porque tem me evitado?
Mila: Eu estou te evitando? Acabamos de transar.
Tom: Você me olhando nos olhos não consegue mentir. - Eu respirei fundo e olhei para o lado, senti seu olhar percorrer meu pescoço e meu decote ainda aberto.
Mila: O que você quer agora?
Tom: É isso então? Você quer saber o que eu pretendo dessa vez?
Mila: Não venha me dizer que me ama ou...
Tom: Não vim aqui para dizer isso.
Mila: Haha, o velho Tom de sempre.
Eu falei me levantando mas ele não deixou, colou suas mãos em meus quadris me impedindo de levantar.
Tom: Para de fingir superioridade, você quer dizer que sente algo por mim ainda? Trepou por 5 meses com um idiota Americano e acha que pode agir com essa superioridade pra cima de mim?
Ele falou em tom ameaçador me encarando e apertando meus braços, eu me encolhi mais ainda tentando demonstrar que não me intimidava esse poder que ele achava que tinha sobre mim.

Mila: Eu não acredito que você vai vir com essa mesma conversa. O que tem o meu EX NAMORADO? Sim, porque foi isso que ele foi. Nós saiamos, jantávamos juntos, íamos ao cinema, dormíamos juntos.
Ele sorriu apertando o lábios irritado, por um segundo achei que ele se preparava para me socar.
Tom: Não acredito que você ta me provocando desse jeito.
Mila: E eu não acredito que você depois de um ano venha jogar algo na minha cara.
Tom: Era isso que você queria? Um namoradinho pra te levar pra passear?
Mila: Deixa de ser ridículo, olha o tom debochado que você ta falando. Quer saber? Esquece...
Eu ainda não consegui sair de seu colo, suas mãos ainda me prendiam.
Mila: Me solta.
Tom: Incrível como você despeja toda a raiva que você sente dessas outras em cima de mim.
Mila: Eu vou despejar em cima de quem? Delas? Me passa o telefone de uma.
Tom: Essa era a minha vantagem, e você deveria ficar feliz, em vez de despejar minha raiva em você eu espancava o idiota do Peter.
Ele me olhou com seu ar superior e debochado que faziam meu sangue ferver de ódio.
Tom: Não me olha assim, não se se esqueça, sua calcinha ainda esta comigo.
Eu olhei para sua mão que segurava minha cintura, entre seus dedos minha calcinha rosa. Ele me olhou novamente querendo rir.
Mila: É disso que você gosta, não é?
Tom: Uhum.
Mila: Tem muitas dispostas a fazer o mesmo.
Tom: Eu gosto disso com você.
Eu coloquei minhas mãos na frente de sua calça e comecei abrir, com ele me encarando todo tempo observando quais eram minhas intenções.
Mila: Não vai chorar depois que tiver o que merece, ok?
Falei em seu ouvido e ele sorriu, continuando a me observar ao abrir sua calça, peguei em seu pau e o apertei.
Tom: Aaahn, isso.
Ele tombou sua cabeça para trás soltando baixos gemidos, dentro do carro era só o que se ouvia, minha respiração acelerada e seus gemidos baixos, mas intensos, que quase me enlouqueciam ao vê lo sentir prazer nas minhas mãos.

Logo eu mudei de banco e me abaixei empinando meu traseiro e com minha boca comecei a brincar com seu pau. Enquanto eu o chupava sua mão levantou minha saia, e com seu toque, as vezes me penetrando com seu dedo ou as vezes apenas brincando com meu clitóris, ele tirava minha concentração, era difícil me focar em algo quando ele tocava qualquer parte do meu corpo.
Suguei com força sua glande o fazendo se contorcer no banco, ele apertou meu traseiro fazendo meu corpo se impulsionar para frente, e gemeu.
Tom: Para, para, eu vou gozar, senta aqui.
Me sentei em seu colo como ele havia pedido e com a ajuda de suas mãos comecei a pular, em segundos eu já estava gemendo sem controle mais alto do que imaginava.
Tom: Ta gostoso assim, não?
Mila: Uhum. - Falei mordendo o lábio.
E para piorar ele sorria daquele jeito safado me olhando nos olhos, satisfeito com minha espressão de êxtase ao senti lo entrar e sair de dentro de mim.
Tom: Aaahn, isso, isso.

Tom me agarrou pela cintura colando seu rosto em meu peito, me abraçando forte. Eu o abracei tambem enroscando meus braços em seu pescoço e sentindo cheiro de suas tranças.
Ao abrir os olhos e olhar para o vidro de trás do carro percebi que um homem vinha se aproximando do carro, a alguns metros de distancia assim.
Mila: Tom, Tom, liga o carro, tem um homem se aproximando.
Ele olhou pelo retrovisor vendo o mesmo, eu levantei rapidamente de seu colo me ajeitando no banco ao lado. Ele ligou o carro fazendo o motor ranger e arrancou com rapidez do lugar.
Mila: Caramba, se aquele homem aparece quando a gente estivesse..
Tom: Ele não iria ver minha bunda branca, minha blusa estava cobrindo.
Mila: Meu Deus, meu Deus. - Eu coloquei as duas mãos tapando meu rosto.
Tom: Eu tenho que te levar pra onde agora? - Ele falou olhando as ruas em volta.
Mila: Como assim pra onde? Pra minha casa.
Tom: Ham, ok. - Ao dobrar uma esquina ele arrancou com o Audi novamente.
Mila: E vê se não corre fazendo o favor, você não esta em uma auto estrada na Alemanha. - Ele riu.
Ao chegarmos em frente ao prédio, ele me segurou o braço antes de eu pensar em abrir a porta. Me virei esperando ele falar.
Tom: O seu telefone, você não me deu.
Eu falei o numero, e enquanto ele anotava no celular eu abri a porta correndo e sai. Ele ainda com o celular na mão tentando escrever gritou para que eu esperasse, mas eu não dei ouvidos e subi apressada rindo da situação.

Quando entrei em casa, ainda com aquela adrenalina e a sensação do corpo dele no meu, me sentei no sofá com as mãos nos joelhos tentando ver as coisas de forma simples. Mas não era, se antes quando eu era somente uma adolescente que estudava, vivia com minha tia, agora eu estava em uma faculdade, tinha um emprego, morava sozinha com minha amiga em outro pais. A sensação de estar fazendo algo errado sempre me pegava, agora era ainda pior, porque longe de casa, duplamente, estar com ele me confortava, me sentia protegida quando sabia que ele estava perto. Isso e todo o resto eu não queria deixar para trás.

Depois de tomar um banho me deitei no sofá e dormi, acordei com Monica jogando as chaves em cima da mesinha ao lado do sofá. Ela me olhou sorrindo um pouco diferente.
Monica: Oi.
Mila: Oi!
Monica: Dei uma desculpa la por causa da sua falta, falei com o cara da Lanchonete tambem.
Mila: Valeu...- Eu fiz uma pausa, estranhando o jeito dela. - O que foi? Ta estranha.
Monica: Ta, eu to mesmo, quero te contar uma coisa.
Mila: Haaa, la vem.
Monica: Sim, é fofoca, e das grandes.
Me sentei receiosa no sofá esperando que ela despejasse logo.
Monica: Ok, vou começar falando de quem me passou. Sabe aquele gay que tem na nossa sala, que fala tudo de todo mundo, e vive ouvindo conversa? O Kevin.
Mila: Sim...
Monica: Então, hoje, estávamos em um grupo de estudo, ele, eu e mais a Andrea e o Richard. Ai começou a fofoca. Ele falou de uma garota la na faculdade, que é loca pelos caras de Hollywood e vive correndo atrás.
Mila: Monica, fala logo o que é, to ficando nervosa.
Monica: Então conversa vai conversa vem, ele me contou que ela saiu com um tal de Tom semana passada.
Mila: Um tal de Tom? Eeee? - Falei tentando entender onde ela queria chegar.
Monica: É o seu Tom, aquele, aquele mesmo.
Mila: Como você sabe que é o mesmo?
Monica: Ele me contou quem era, falou que era um guitarrista de uma banda que ele não lembrava o nome na hora. Ai eu falei "TOKIO HOTEL"?
Mila: Não precisa gritar.
Monica: Desculpa, mas ai ele me confirmou, porque a garota contou pra ele, deu detalhes,e que tava contando porque nem era segredo.
Eu fiquei perturbada com o que ela me contava, parecia que alguma coisa sempre arrumava um jeito de jogar na minha cara o grande erro que era dar chances a ele.

Mila: Hahaha, não é possível cara, quais as chances de em uma cidade tão grande ter uma garota na minha faculdade que saiu com ele?
Monica: Querida, Hollywood não é tão grande assim, e aqui o que mais tem é fofoca, e todo mundo sabe de todo mundo.
Mila: Você disse semana passada?
Monica: Sim.
Mila: Não, não, não e NÃO. Ele só me procurou ontem, e hoje a gente...
Monica: Pera ai, vocês se encontraram hoje?
Mila: Ele me ligou hoje, depois passou aqui na porta e a gente conversou e discutiu e..
Monica: Você transou com ele?
Mila: Não foi bem uma...
Monica: Haaaa, isso iria acabar acontecendo, isso sim era óbvio.
Ela se levantou do sofá se agitando.
Mila: Pode dizer que eu comecei a fazer tudo errado novamente, pode dizer.
Monica: Não acho que você tenha começado tudo errado novamente, não até agora tarde. Mas agora que você já "esteve" come ele, fica mais difícil fazer o que tem que fazer depois que soube o que ele andou fazendo semana passada.
Mila: Qual o nome dessa garota, como ela é? - Ela me olhou torcendo o nariz.
Monica: É, ela é loira, tem olhos castanhos, e se chama Victoria, chama de Vic.
Mila: Que otimo, que otimo.

Eu me levantei do sofá e fui para o quarto, senti o quanto a raiva me dominava quando bati a porta com toda força, fiquei andando em círculos me odiando por ter me deixado vencer hoje. Não adiantava quantas vezes ele estivesse na minha porta, se ele sempre voltasse para mim, era o que ele fazia quando não estava comigo que me deixava louca, poderia doer mais que qualquer coisa, mas agora eu estava disposta a jogar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Arquivos do Blog