sexta-feira, 15 de julho de 2011

Nós Dois (Continuação) - Capítulo 11


 
Eu larguei as roupas no chão e parei de lutar contra ele. Ele gigante na minha frente, com seus 1,88 de altura me olhando de cima, intimidava. Eu na verdade me sentia intimidada com ele, Tom era imprevisivel, sempre.
Tom: Vai me esconder o que anda fazendo com seu namoradinho?
Mila: Quem agiu como meu namoradinho hoje foi você.
Ele me soltou não dizendo mais nada, talvez eu o tivesse deixado sem palavras mesmo. Eu o encarava séria, ele abaixou os olhos, olhando para meus seios a mostra. Eu respirava e quando meus pulmões se enchiam de ar eu tinha coragem de me virar e ir embora, mas quando me faltava o ar, eu quase desmaiava nos braços dele.
Devagar ele levantou uma das mãos para me tocar.
Mila: Tenho que ir embora. - Falei me abaixando e pegando novamente minhas roupas, ele abaixou o braço e não tentou me impedir. Pegou peça por peça das suas roupas e as vestiu tambem.
A cada dia que passava eu notava que nossa relação se transformava, acho que se tranformou antes mesmos de nós darmos conta, eu pelo menos. A nossa intimidade estava maior, apesar de eu ter achado no inicio quando ele apareceu na minha porta, que não, que estávamos mais afastados do que antes.
Sem resistência ele foi para o carro para me levar para casa. Na frente do prédio, eu logo desci do carro sem deixar que ele chegasse perto.
Mila: Tchau.

Ele não respondeu e foi embora. Quando entrei pela porta, Monica me olhou do sofá levantando as sobrancelhas, concerteza louca para saber o que havia acontecido.
Deixei minha bolsa no chão e fui para o sofá me sentando ao lado dela.
Monica: E ai, filha, como foi?
Mila: Como sempre. - Falei apoiando meus braços nos joelhos e e as mãos na cabeça.
Monica: Hum, discutiram.
Mila: Você viu o escândalo que ele fez? Meu Deus, nunca achei que ele faria aquilo.
Monica: Sim, e adorei.
Mila: Ham?
Monica: Ele é tão apaixonadinho.
Mila: Ele é possessivo, Monica.
Monica: E você adora isso. É quando ele demonstra que é louco por você. E eu sinceramente acho que é da única maneira que ele sabe.
Mila: Ele gritava dentro do carro, e eu gritando com ele.
Monica: E depois?
Mila: E depois ele parou em um Motel.
Monica: Ok, já sei tudo que acontece depois, pula essa parte. E ai fizeram as pazes?
Mila: Isso é impossível, Monica.
Falei me levantando e me lembrando de ligar para o Mike.
Mila: E o Mike, o que ele fez?
Monica: Haaam, ele perguntou quem era, e eu disse que era um ex namorado seu da Alemanha.
Mila: Namorado?
Monica: Ele achou que fosse o Peter.
Mila: Ele não reconheceu o Tom, então?
Monica: Não.
Mila: Graças a Deus. Eu preciso ligar pra ele.
Monica: Pro Tom?
Mila: Não Monica, pro Mike.

Fui para o quarto e liguei para Mike do meu celular. Perguntei a ele o que Monica havia contado sobre Tom.
- Sim, mas não entendi o porque de você mentir sobre ter alguem.
Mila: Porque eu realmente não tenho, quer dizer, não tenho namorado.
- Mila, ele parecia seu dono, pela forma que falou com você, parecia ser muito mais que namoro.
Eu tentava achar as palavras certas para definir o que eu tinha com Tom, mas era impossível.
Mila: Eu sei o que pareceu, é que ele...e...eu, tivemos uma relação bastante...forte, na Alemanha. - Meu Deus não acredito que estava falando isso. - Eee, acho que ainda gosto dele. - Eu acho?
- Mas você me falou de outro cara, o Peter, que foi seu namorado. - Merda, pensei.
Mila: Sim, é complicado, Peter foi outro garoto.
- Faz, o seguinte, vam pra depois da aula amanha, a gente pode conversar.
Mila: Haaam.
- Ou você não pode vir?
Mila: Eu vou sim, acho que to te devendo uma explicação melhor.
Ele ficou em silêncio no telefone, apesar de estar falando abertamente, eu sei que ele estava chateado, só não sei pelo o que exatamente.

Combinamos que eu iria até sua casa, depois desliguei o telefone.
Foi o que fiz depois da aula. Quando sai pelo portão da faculdade, acompanhada de Monica, olhei em volta, desconfiada pensando que poderia ser pega de surpresa novamente. Mas acho que dificilmente ele apareceria novamente na porta da minha faculdade, se o fizesse, seria escondido de mim.
Mila: Monica, eu vou até a casa do Mike, como combinei.
Monica: Tá, olha só. - Ela me virou de frente pra ela segurando nos meus braços.
Monica: Por favor, não arruma problemas. Eu sei que você tem um ENORME talento pra encrenca, mas não vai fazer nada que se arrependa depois.
Mila: Ao Monica, ta pensando que eu sou o que? Eu não vou dormir com o Mike.
Monica: Eu não falei em dormir, falei de transar com ele. E não porque você esta interessada ou é uma qualquer, e sim porque ta magoada com o Tom.
Mila: Nossa, Monica, você deveria estar fazendo Psicologia, não biologia.
Monica: Eu sei, disso. - Ela riu. - Se voltarmos pra Alemanha é o que eu pretendo fazer.
Mila: Ata.

Me despedi dela e fui para o apartamento de Mike andando, não era muito longe da faculdade. Que na verdade era dos pais dele, ele ficava la quando não estava no campus da faculdade dele.
Quando cheguei ainda meio sem jeito, ele me recebeu com um sorriso. Me comprimentou com dois beijinhos, e depois me pediu pra sentar enquanto pegava algo para eu beber.
Ele me trouxe suco de laranja e me entregou se sentando ao meu lado no sofá.

Mila: Desculpa, Mike, por ter mentindo. - Falei sem graça.
Mike: Eu aceito as desculpas. Falou sorrindo me deixando menos tensa.
Mila: Eu só não achei na época que nós namoramos, que não faz tanto tempo, que não era necessário falar dele.
Mike: Porque não achou que fosse necessário? Se ele era tão importante assim.
Mila: Exatamente por isso, eu queria esquecer a importância que eu dava a ele. Era isso.
Mike: Foi por causa dele que terminou comigo?
Mila: Haaam, não exatamente.
Mike: Claro que foi Mila.

Ele se levantou do sofá exautado, percebi que ele havia encontrado o momento certo para desabafar sobre o fim do nosso namoro. Quando terminamos falei que gostava dele como amigo por isso não daria certo, mas agora ele sabendo que havia outro, algumas coisas pareciam mudar.
Mike: Eu te pedi em namoro, porque era apaixonado por você. Eu sentia que você gostava de mim mas não da mesma forma, na cama comigo, você demonstrava paixão. - Eu correi instantaneamente ao ouvir isso. - Mas parecia longe o tempo todo.
Mila: Eu sei, disso, o que eu posso dizer é que errei em ter aceitado o seu pedido. Não devia ter...

Ele voltou para perto do sofá se sentando ao meu lado, seu olhos pequenos demonstravam o sentimento que ele ainda sentia por mim, o que me preocupava, bastante.Eu me afastei um pouco de onde ele estava tentando evitar que outras coisas acontecessem. Ele pensou em continuar a falar, mas não o fez, me pegou pelos braços e me beijou.
Me curvar para trás para que ele me soltasse não estava adiantando, ele jogava seu corpo pra cima de mim encostando seu peito no meu. Eu retribuía ao beijo, o que não ajudou a ele entender que não era o que eu queria, ou queria?

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