sexta-feira, 15 de julho de 2011

Nós Dois (Continuação) - Capítulo 17



Quando chegamos, ele parou o carro no estacionamento e saiu andando na minha frente enquanto eu ainda ajeitava o vestido. Mas parou para me esperar e depois veio caminhando um pouco mais a minha frente.
Ele entrou direto sem pegar um carinho, eu fui até a lateral da entrada e peguei um, quando entrei ele estava olhando pra trás me procurando.

Mila: Você vai carregar sacos e mais sacos de ração no colo? Eu não vou.
Tom: Obrigado. - Ele falou sorrindo.
Eu fui empurrando o carinho enquanto ele andava olhando em volta procurando a sessão de animais.
Mila: Aqui, aaaqui.
Ele pegou 4 sacos grandes de ração. Ele era atencioso, olhou os sacos, leu o que estava escrito, olhou novamente os outros na prateleira.
Mila: Você sempre compra essa marca?
Tom: Uhum.
Ele ficou coçando o rosto e olhando os outros tipos. Eu observei que ele tentava tirar algo do rosto enquanto analisava.
Mila: O que isso? Deixa eu ver.
Tom: O que?
Mila: No seu rosto.
Eu segurei seu rosto com as mãos e o puxei para olhar.
Mila: Haaa, é um cravinho, deixa eu tirar.
Tom: Não, isso doí.
Mila: Não doí nada, vem cá.
Tom: Mila, Mila.
Ele estava com medo de doer, eu apertei com as unhas e ele quase gritou, arregalou os olhos e mordeu o lábio.
Mila: Hahaha, calma.
Eu apertei agora de uma vez só, ai ele não conseguiu segurar.
Tom: Haaaaaaaa, merda.
Mila: Proooonto, nasceu. Acho que é um menino.
Tom: Sem graça, doeu pra cacete.
Mila: A dor do parto né, seu fresco.

Mostrei meu dedo pra ele e ele com toda a atenção analisou o que eu tinha tirado.
Depois, ele foi andar pelo mercado, e eu atrás, mas dessa vez, ele empurrava o carinho,e eu lá toda besta com o cavalherismo dele. O mercado estava vazio, então andávamos por lá sem nenhum problema.
Fomos passando pela sessão de bebidas, até ele parar onde havia Vodka, de todos os sabores. Eu fiquei observando o que ele pretendia. Ele pegou duas garrafas da de morango e colocou no carinho. Depois me olhou sorrindo de canto de boca.

Mila: Vai fazer o que com isso?
Tom: É pra mais tarde.
Mila: Haha, eu não posso beber, de forma alguma.
Tom: Porque?
Mila: Porque eu fico bêbada com pouquíssimo álcool, eu fico louca. - Ele me olhou gostando da ideia.
Tom: Huuum, verdade? Que interessante.
Mila: Interessante porque? O que você ta querendo hein? Eu não vou beber, to falando sério.
Tom: Calma, se você não quer beber, não bebe. - Ele não parava de rir.
Mila: Para com isso, você quer me embebedar pra eu te falar o que não falaria sóbria, seu ridículo.
Tom: Aé? Você fala o que não deveria bêbada?
Eu comecei a lhe dar tapas, ele me agarrrou pela cintura fazendo que eu esfregasse meu traseiro em sua cintura, de uma forma não mutio apropriada para um supermercado, mesmo vazio.
Mila: Hey, hey, para, ta loco?

Ele me soltou voltando a empurrar o carinho. Eu estava amando cada segundo disso, poderia viver para sempre dessa forma, em paz, com visitas ao supermercado de madrugada, alimentando os cachorros. Eu olhava para ele, e via que seus olhos brilhavam tambem.
Quando paramos em uma sessão de doces, ambos olharam diretamente para o vários tipos de Chantilly que havia lá. Mas ele foi o primeiro a ir pegar um, quando ele se virou para mostrar eu já sorria sabendo o que ele pretendia.
Tom: O que foi? - Ele sorria sem vergonha nenhuma.
Mila: Naaada.
Tom: Você fica louca com chantilly tambem?
Mila: Depende. - Eu sorri maliciosamente.
Tom: Huuum, safadinha.

Estava sendo divertido, romântico a forma que nós estávamos juntos, sem se preocupar. Raramente eram os momentos que não tinha aquela tensão por causa de alguma briga que tivemos. Será que estávamos aprendendo a lidar melhor com isso?
No caixa, ele pegou os sacos pesados do carinho e colocou em cima da esteira, depois me deixou pegar o resto das coisas, mais leves. Ele passou por detrás de mim segurando em minha cintura por causa do espaço pequeno entre o caixa e outro, e pegou da moça os sacos novamente os colocando no outro carinho.
Eu olhei para baixo sorrindo, era impossível não me apaixonar por ele em todos os detalhes. Quando ele agia como homem em lugares públicos me encantava. Voltamos para o carro, eu entusiasmada para voltar logo para a casa dele, e poder passar a noite toda nos seus braços.

Depois que ele colocou as coisas no carro, o que foi um pouco complicado porque o Audi não tinha muito espaço, ele se virou para mim passando a mão no lugar onde eu havia tirado o cravinho.
Tom: Como ta? Ta muito vermelho? - Eu olhei para ele arregalando os olhos.
Mila: MEU DEUS TOM, você vai ficar deformado.
Tom: Para sua ridícula, fala sério.
Mila: Deixa de ser fresco, não tem nada ai, nem vermelho tá.
Ele fez aquele bico sem graça. Eu o puxei pela camisa e o aproximei de minha boca.
Tom: O que foi? - Ele perguntou baixinho, mas já sabendo o que eu queria.
Mila: Vem cá.

Ele olhou para os lados me encostando na porta, eu queria apenas um beijo, mas ele nunca se contentava com isso. Me beijou apaixonadamente, com suas mãos por debaixo do meu vestido.
Mila: Não faz isso. - Gemi em seu ouvido.
Tom: Eu não paro de pensar no que você esta usando por debaixo desse vestido.
Mila: A lingerie.
Tom: Uhum.
Mila: Então me leva logo pra casa.
Tom: Podia ser sempre assim, não é?
Mila: Você gosta disso?
Tom: Cada vez mais.

Eu sorri e tombei minha cabeça encostando a no carro, olhei para seu rosto, e ao mesmo tempo levantamos nossas mãos tocando o rosto um do outro, toquei sua face, e ele o canto de minha boca.
Mila: Ainda esta chateado comigo?
Tom: Não vamos falar mais disso, não.

Eu poderia congelar esse momento, será que estávamos mesmo dispostos a uma trégua, ou estávamos apenas cansados, por enquanto?
Voltamos para casa dele, quando chegamos ele foi logo retirar os sacos de comida para os cachorros. Ele pegou um, eu outro, e sai arastando até a cozinha.
Ele foi até a porta dos fundos abrir para os cachorros entrarem, eles vieram correndo até a cozinha loucos por causa da comida.
Enquanto Tom despejava a ração nos pratos eles pulavam em cima dele.
Tom: Calma, calma.
E eu fiquei olhando a cena, ele tão carinhoso com os cachorros, acariciando os enquanto comiam
Tom: Acharam que eu esqueci da comida, é, nããão. - Ele falou para os cachorros.

Fiquei distraída olhando para os cachorros e sorrindo, ele me olhava com as mãos nas cinturas, mas eu fingi que não via.
Tom: Sabe fazer sanduíche? -Ele me perguntou tirando minha atenção dos cachorros.
Mila: Claro que sei, trabalho em uma lanchonete.
Tom: Huuum, que bom. Eu vou la fora pegar o resto das coisas, você faz pra gente?
Mila: Faço.
Ele apontou para geladeira me indicando onde pegar tudo que eu precisava.
Mila: Ta bom, ta bom, já entendi, some.
Ele me deu um tapa na bunda e sai se esquivando de mim para não levar um tapa. Odiava esses tapinhas que ele me dava, era só para me irritar.
Preparei um sanduíche, com queijo branco, alface, batata frita, tomate e molho de salsa e cebola no pão de forma.
Ele voltou com as sacolas e logo deixou as de lado vindo ver o que eu preparei. Eu estava terminando quando ele me abraçou por trás passando sua cabeça por cima do meu ombro. Eu me arrepiei de tal maneira, e o empurrei com meu corpo.
Mila: Ai, ai.
Tom: O que foi?
Mila: Não chega assim....assim.
Tom: Assim como?

Ele me apertou com mais força agora beijando meu pescoço. Era ridículo a tipica cena da mulher preprando algo na cozinha e o homem chega e a agarra pela cintura. Mas eu gostava, muito.
Mila: Nada.
Tom: O que você fez?
Mila: Sanduíches ué.
Tom: Não tem carne, tem?
Mila: Eu sei que você não come carne, meu querido. Tem queijo branco, alface, tomate, batata frita e molho.
Tom: Huuuum.
Eu apoiei minhas mãos na bancada e deixei ele descer suas mãos até meu ventre, em silêncio ele me acariciava entre as pernas, me excitando. Ele mexia sua mão mais precisamente sue dedo do meio, quando seu telefone tocou.
Tom: Ha não, não, não. - Falou reclamando.
Ele pegou o celular do bolso, mas ainda me segurava contra seu corpo, era uma mensagem. Eu tentava sair do meio, entre ele e a bancada da cozinha, mas ele não deixava. Só de imaginar o que ou quem poderia ser, como aconteceu muitas vezes, eu já fervia de ódio.
Tom: Haaa. - Ele falou aliviado. - Bill avisando que esta na casa do David.
Ele colocou o celular de lado e me virou para ele.
Mila: Vamos comer?
Tom: Me da aqui.
Eu peguei o sanduiche e lhe dei na boca, ele mordeu olhando para cima sentindo o gosto, se gostava ou não.
Mila: E ai?
Tom: Huuum, huum, isso é muito bom, muito bom.
Mila: É eu sei. - Ele sorriu.
Tom: Vem cá, vamos lá pra fora.

Ele pegou Coca na geladeira e copos enquanto eu peguei os sanduíches. Fomos para a varanda comer, sentamos no chão na mesa que ficava no centro entre os dois sofás. Os cachorros corriam de uma lado para o outro. Ele adorava falar sobre os cachorros, seus olhos brilhavam como se falasse de seus filhos, eu adorava isso nele.
Tom: Scotty, é o mais velho, ele é extremante carinhoso com os outros dois menores. Chippu apesar do tamanho ainda é um filhote, adora brincar mas é mais tímido que os outros.
Mila: Você conhece bem os seus filhos, não?
Tom: Haha, eu sempre tento entender los da melhor forma possível.
Mila: Isso é muito legal. Eu tive um cachorro, mas ele foi pra casa do meu pai depois que ele se separou da minha mãe. Depois que ele morreu ficou com a namorada dele. Eu gostava dele, mas meu pai era mais apegado a ele, então deixei ele levar, ai ele ficou com a namorada dele, então eu deixei.
Tom: E a sua mãe, a sua relação com ela? Melhorou?
Mila: Nossa, muito. Depois daquele viagem que eu fiz quando ela sofreu o acidente, lembra?
Tom: Lembro. - Percebi que ele lembrava dos dias em que passamos separados, em que eu não quis falar com ele pelo telefone, eu tambem lembrava disso agora.
Mila: Nós conversamos bem mais tranquilamente sobre tudo que havia acontecido. E conseguimos nos entender.
Tom: Tambem porque você estava prestes a completar 18 anos, ela estava com medo de você se afastar pra sempre.
Mila: É, eu sei disso, acho que foi o principal motivo, mas acho que tinha outros tambem.
Tom: Se arrependeu em algum momento de ter ido para a Alemanha?
Mila: Acho que eu não tive muita escolha, né? Mas considerando tudo que eu vivi lá, era o que eu escolheria.
Ele sorriu, se encostou no sofá com seu copo de Coca na mão.

Tom: Então não se arrepende de nada?
Mila: Não, e eu não vou perguntar o mesmo pra você porque você já disse mil vezes que se arrepende, que ter me conhecido foi o pior coisa que aconteceu na sua vida.
Tom: Ham? Eu nunca disse isso.
Mila: Você me disse varias vezes. - Agora discutíamos, mas ainda em tom de brincadeira.
Tom: Eu disse que as vezes me arrependia, porque você é impossível de domar, impossível de manter o controle.
Mila: É isso que você quer? Me controlar, senhor Tom Kaulitz?
Tom: Eu disse que...- Ele exitou em falar. - Que queria você fosse somente minha.
Mila: Não sou de ninguem.
Tom: Por isso ainda estou aqui.
Mila: Pra me fazer sua?
Tom: Minha você já é, só falta admitir isso.
Eu gargalhei, e depois ao olhar para ele, somente aquele sorrisinho permanecia em seus labios.
Mila: Ridiculo.
Tom: Eu vou pegar as garrafas.

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