quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Pain Of Love - Capítulo 16 - Sacred


A cada minuto que passava, eu sentia que eu estava perdendo Brenda.
Segundo os médicos, ela perdia mais sangue todo tempo. Isso me fazia ficar louco e desesperado. Não sabia como reagir a uma coisa desse tipo, por que nunca havia passado pra saber.
Tudo pra mim era tristesa e lágrimas e mais lágrimas. Não conseguia realmente saber como enfrentar o fato de que Brenda estava morrendo.
– Tom? Tom? ... - Eu o cutucava, mais via que era em vão, pois já tinha adormecido na cadeira da sala de espera.
Uma enfermeira chegou com uma pequena manta para que eu pudesse cubri-lo do frio. Era de grande ajuda.
Georg tinha acabado de chegar. Estava com a preocupação estampada no rosto também.
Brenda nunca gostava de falar, mais era prima de Georg e por minha culpa nunca mais falara com ele. Eu era um monstro aquela altura da vida, e não sabia se ela poderia me perdoar e até me dar outra chance de faze-la feliz.
– Georg, me desculpe... - Sussurrei pra ele enquanto estavamos sentados em cadeiras fora do hospital a espera de Gustav.
– Desculpas por que Bill ? - Georg estranhou.
– Por afastar você de sua prima por orgulho... Eu fui um idiota fazendo isso.
Georg apenas fez que sim com a cabeça e deu um toque de mão comigo. Eu sabia que Georg não era de guardar rancor. Era um ótimo amigo.
***
Já se passavam algumas horas que Brenda estava na U.T.I perdendo sangue. Gustav estava demorando demais com Juliana, o que me fez sentir muita dor no peito.
Eu tinha um medo enorme de perder Brenda. Por mais que eu tenha cometido erros na minha vida, eu a amava com tudo o que tinha, e não queria vê-la num caixão.
Dei um soco na parede de tando ódio de mim mesmo.
– Bill ! -  De repente ma voz gritou atrás de mim enquanto eu estava encostado na parede derramando lágrimas.
Eu me virei pra checar.
A pessoa que mais me deixou feliz por ver na hora... Juliana, a irmã de Brenda.
– Juli, ainda bem ! Ainda bem ! - Falei a abraçando.
– Onde está minha irmã? - Perguntou ela chorosa.
– Naquela sala - apontei - Vou te levar lá agora. - Falei a puxando pelo braço até a enfermeira mais próxima.
Então encontrei a mesma enfermeira que vinha falar comigo sempre. A alegria por ver Juliana era diferente de todas as alegrias do mundo. Eu me sentia melhor só por saber que Brenda tinha mais uma chance de vida.
– Oi, ér, essa é a irmã de Brenda Kaulitz. Ela vai poder fazer a transfusão de sangue.
– Ótimo, me acompanhe senhorita. Rápido, sua irmã está quase perdendo a vida - Disse a média pegando Juliana pelo braço.
Nesse momento, o sorriso voltou ao meu rosto. A esperança despencou em meu corpo me fazendo correr para agredecer á Gustav que se encontrava ao lado de Georg nas cadeiras da recepção.
– Gust! Gustav, muito obrigado! Muito obrigado mesmo - Falei o abraçando e chorando um pouco de alegria.
– Tudo bem Bill, eu só fiz minha parte - Disse ele devolvendo o abraço.
Aquele concerteza era um dos melhores momentos do dia. Talvez o mais feliz que poderia acontecer. A única coisa que eu conseguia fazer era agradecer a Deus e aos que me ajudaram naquele hospital. Pra mim, Brenda já estava mais que salva.
***
– Hey, Sr. Kaulitz... Acorde por favor - Disse a enfermeira me cutucando um pouco.
– Ãhn? O que aconteceu? - Perguntei um pouco sonolento.
– O Sr. acabou dormindo aqui na porta da sala de transfusão. Mas sua mulher não está mais aqui.
– O que... Como assim não está mais aí? - Perguntei me levantando.
– Ela já foi levada pro quarto Sr. Kaulitz. Sua mulher sobreviveu. Ainda está desacordada, mais esta reagindo muito bem e não teve nenhuma seqüela. Apenas quebrou uma perna e está com arranhõese e cortes. Nada de grave, ela vai sair rápido daqui Sr. Kaulitz!
– A Brenda sobreviveu? - Minha voz ficou mais alta do que de costume - Obrigado ! - Falei abraçando a enfermeira. Foi minha primeira reação.
– Shhhh Sr. Kaulitz, isto é um hospital! E me solte por favor - Disse a enfermeira me repreendendo.
– Desculpe - Falei a soltando - Eu já posso ir vê-la?
– Sim. E ah, eu queria lhe avisar que seu irmão e seus amigos estão na lanchonete. Já são 09:00 da manhã sabia Sr. Kaulitz?
Eu arregalei os olhos com tal informação.
– Eles já sabem da Brenda?.
– Não, se quiser eu aviso.
– Sim, primeiro me leve no quarto de Brenda por favor.
– Sim, vamos lá então.
A enfermeira entã me levou ao local. Era um quarto bem florido, com a luz baixa e acolhedora.
Brenda estava com um pequeno corte na testa, mais estava bem. Estava ligada a soro pra não ficar desnutrida.
A enfermeira então me deixou sozinho com Brenda.
Eu olhei bem para seu rosto. A expressão inocente de menina que ela sempre escondeu estava exposta... Sua fragilidade era totalmente visível.
Eu pegue sua mão e segurei bem junto da minha e examinei seu corpo machucado e sua perna enfaixada.
– Olha o que fizeram com você meu amor... Eu gostaria tanto que você falasse comigo agora. Eu sinto tanto sua falta sabia? Me desculpe se eu te fiz sofrer durante todo esse tempo... Eu preciso de mais uma chance pra me sentir melhor. Eu te amo Brenda. - Falei deixando uma pequena lágrima cair em sua mão.
De repente seus batimentos começaram a subir. Pude sentir que ela entendera o que eu havia dito.
Seus olhos se abriram vagarosamente. Ela parecia com um pouco de dificuldade pra enxergar. Um sorriso estampou-se em seu rosto ao me ver. Ela estava acordando.
– Eu também te amo Bill.

Postado por: Grasiele

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