quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Pain Of Love - Capítulo 1 - Leave me alone

 Novembro chuvoso, uma mansão numa rua totalmente vazia. Mal sabia Brenda que sua dor começaria ali, naquela rua estreita e cinzenta. Na mansão moravam Brenda, a recém senhora Kaulitz, e Bill Kaulitz seu marido. Alta, magra, pele morena avermelhada, longos cabelos pretos, olhos verdes, 22 anos... Era assim que se definia Brenda Kaulitz. Andrógeno,23 anos, olhos mel, maquiagem preta, alto, branco, cabelos longos, pretos e lisos... Simplismente Bill Kaulitz. O casal 'black' como eram chamados pelos vizinhos fúteis vivia falsamente feliz. A falsidade não era entre os dois, mais sim entre eles e o resto do mundo. Ninguem sabe o motivo, ninguem sabe o porquê. O ciúme em alta era o culpado pelas discórdias entre Brenda e Bill. Ele vinha de Brenda, a morena antipática - apelido dado  do vizinho deles, Huben - insistia em desconfiar de Bill e de sua fidelidade. Casados á 2 meses, já brigavam como quem já se casara a 10.
– Realmente não entra em minha cabeça Brenda!  Não fiz nada, chego em casa na hora que você exige, trabalho honestamente naquela gravadora dia e noite e você ainda desconfia de mim ? - Perguntou Bill aos gritos na sala de jantar.
– Se não entra na sua cabeça isso não é problema meu. - Rebateu Brenda.
– Por favor Brenda, eu estou exausto, morrendo de sono, está chuvendo... Uma ótima noite para amantes, e você brigando desta maneira... Não te entendo; Qual é o seu problema?  - Disse Bill acalmando seu tom de voz.
– Olha Bill - Brenda passava as mãos na nuca. - Eu não quero ser dura, muito menos uma má esposa só que... Eu ainda guardo muitas mágoas de Gustav e minha cabeça começou a mudar depois disso e ah... Você sabe que eu não consigo controlar esse ciúme. - Disse Brenda se sentando no sofá.
 Bill suspirou e se sentou ao lado da esposa passando seu braço nos ombros da mesma. Lhe deu um leve beijo na testa e fechou os olhos imaginando porque eles estariam tendo uma discussão dessa forma.
Como era de costume, Bill começou a assoviar para conseguir uma total e serena calma. Brenda também de olhos fechados deixou uma lágrima rolar por seu rosto  moreno. Bill abriu os olhos e viu a lágrima e a secou com a mão que estava livre.
– Por favor... Não chore. - Sussurrou Bill suplicando. - Não hoje.
Brenda tombou sua cabeça no peitoral do marido e fez o contrário... Começou a chorar, deixando a camiseta de Bill eventualmente molhada.
– Queria eu que isso fosse um devaneio, Bill. - Disse Brenda transformando sua fala em soluços. - Queria eu que pudessemos viver em paz, mas eu; Eu estrago tudo... Desculpe.
 Bill apenas balançou a cabeça deixando também uma lágrima rolar por seu rosto branco. A tensão rolava por suas costas chegando até seus ombros.
 A Alemanha tremia com as discussões de Brenda e Bill, porém no final tudo acabava assim, lágrimas desculpas e 'eu te amo'. Mas enfim, um dia tudo isso cansa a alma e envenena o ser... Bill era incapaz de ser diferente. Num dia chuvoso, Bill cantava pneus saindo da gravadora em que estava trabalhando com seu novo albúm. Brenda havia ficado na grande casa apenas o esperando. Ela não parava de olhar o relógio de pulso e bater os pés.

– Eu aposto que ele tá me enganando... - Disse Brenda à si mesma.
Ela correu para a janela e empurrou a cortina transparente. A chuva que caía dificultava um pouco a visão da moça, mais ela não deixou de ver a BMW preta se aproximando da garagem. Ela correu para a porta e apenas esperou que Bill entrasse. O rapaz entrou em casa com pressa em casa a procura da esposa.
– Brenda ! - Gritava Bill.
– Estou aqui... Bill - Disse Brenda numa voz indiferente.
– Ah, oi amor ! - Disse Bill tentando dar um beijo na boca de sua mulher.
Tentativa em vão. Brenda desviou o beijo.
– Bill Kaulitz, o que significa isso? Já passa da hora de seu período de trabalho! - Falou Brenda ainda indiferente. - Será que eu não posso mais confiar no homem que eu amo?
Bill fez um bico e revirou os olhos.
– Brenda... Nós não vamos ter aquela discussão novamente não é? - Disse Bill ainda calmo. - Por favor.
– Por favor uma ova! Eu quero discutir sim ok? Quero desabafar tá legal? - Disse Brenda gritando. - Se você está me traindo fala logo!
– Brenda...
– Brenda o caralho, Bill  - Disse ela interrompendo. - Eu exigo uma esplicação.
– Olha só, eu finalizei o albúm hoje, fiquei até mais tarde apenas para dar os toques finais no que precisava, se você não consegue entender isso que se dane ! - Bill gritou também.
Brenda saiu com mais lágrimas no olho ainda não acreditando na versão do marido. Ele foi atrás dela e pegou  no ombro da mesma. Brenda apenas girou e deu um tapa ardente no rosto de Bill deixando uma enorme marca. Ele colocou a mão no rosto, seus olhos ardiam em chamas olhando para a expressão de Brenda.
– Vadia ! Porque fez isso ? - Disse Bill gritando.
– Vadia deve ser essa outra que você anda amando por aí,  Bill Kaulitz! Me deixe em paz. - Brenda pegou um jarro de flores de jogou em Bill.
Uma tentativa também sem sucesso, pois Bill desviou.
Os dois bateram boca, discutiram até que Bill subiu as escadas de seu quarto atordoado e pegou a primeira mala e começou a juntar toda sua roupa. Pra ele não interessava se a mala era pequena ou grande, ele só queria ir embora.
 Ele desceu as escadas correndo e com lágrimas dolorosas rolando rosto abaixo. Suas últimas palavras doeram na consciência de Brenda.

– Olha só - Disse Bill colocando o dedo na cara de Brenda. - Vou fazer da sua vida um inferno! Agora mesmo que você vai ter motivo  vou estar com a outra vadia, se é o que você quer !
– Dúvido que possa. - Desafiou Brenda ao olhar com os braços cruzados para o andrógeno alto.
– Duvida? - Bill perguntou.
Ele abriu a porta, saiu e bateu a mesma na cara de Brenda deixando rolar um eco pela casa inteira.
 A chuva continuava forte, mais Bill não estava nem um pouco interessado em saber disso.

A casa grande agora não tinha mais tanta graça para Brenda. As lembranças  consumiam a moça a fazendo chorar quando ia dormir na enorme cama vazia. Ela sentia falta do cheiro de Bill, do lado de Bill na cama... Da sua paciencia.  Não era a mesma coisa.

Postado por: Grasiele

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Arquivos do Blog