terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Mein Kampf - Capítulo 26 - Você pegaria ou deixaria escapar?

(Os dias são frios vivendo sem você
As noites são longas.
Sinto falta daqueles dias, pensando só em você
Você pode ter ido, mas nunca será esquecido.
Você nunca vai me tirar do seu caminho.
Eu tenho topo do mundo quando tem só você
Um sopro discreto, um louco frio é o que você sente quando estou ao seu lado
Ninguém que me conheceu como você, Acho que você não entende o quanto você significa para mim.
Você sabe que eu nunca mais vou ser o mesmo sem você, Você me deu motivo pra lutar, eu estava indo por você.
Vou olhar novamente a nossa história, Há sempre dois em seu caminho.
E Nunca um longe de você.)
Eu estava sem celular em mãos. – Suspirei e senti meu estomago reclamar de fome, perdi a conta de quanto tempo eu não colocava algo que pudesse me sustentar na boca, ri ao Subir na privada, mas em seguida desci rapidamente, olhei em frente e encarei o azulejo branco na minha frente. – Fiquei zonza de tanto o encarar e eu até mesmo podia jurar que o vi se mexer de uma maneira banal.
Eu estava recaindo.
Senti meu estomago se revirar novamente e tive impressão que iria vomitar ali mesmo, me contive e abri a porta com tudo, Parei no espelho e olhei para mim mesma. – Passei os dedos sobre meus fios de cabelos, minha aparecia não estava tão mal se não fosse minha cara de enterro que eu senti que nunca iria conseguir tirar, Abri a torneira, enchi as duas mãos de agua e joguei no meu rosto, talvez o efeito da agua gelada me despertasse. – Puxei algumas folhas de papel e passei agressivamente pelo rosto com intenção de enxugá-lo, olhei minha imagem no espelho novamente e meu rosto agora estava vermelho. Franzi o cenho e sentei no chão estranhando aquela reação vinda da minha parte.
Não sei quanto tempo passei ali, percebi que eu estava quase dormindo ali.
Me levantei e abri a porta do banheiro saindo dali, caminhei pelo aeroporto inteiro, querendo observar tudo que continha na minha volta.
Talvez eu me sentisse livre por estar podendo andar sozinha, só o fundo da minha consciência me atordoavam.
Lukas estava quieto demais, talvez tivesse me perdido.
Arregalei os olhos e claro, temi que o pior fosse acontecer. O mesmo poderia se irritar e ir matar Bill e em seguida minha família.
Meu ar falhou o que me causou um pavor, corri por lugares que antes já havia passado em busca de Lukas com os olhos, era em vão eu não o encontrava. Pensei até mesmo em usar um telefone publico mais eu não tinha como falar com Lukas não sabia seu telefone, eu também não havia nada no meu corpo e nem comigo além das roupas que eu vestia.
Sentei em um banco próximo do balcão de informações, me joguei ali e fechei os olhos novamente por algum tempo.
‘’Duffer Kaulitz, por favor, queira comparecer ao balcão de informações... ’’
Dei um pulo e olhei para os lados, andei até o mesmo, talvez quisessem falar algo sobre meu voo, eu ficaria feliz se tivesse o perdido.
– Err. – Chamei a atenção da mulher que chegava algo com os olhos em uma tela de computador, ela antes não havia notado minha presença ali. – Eu sou bem – Me enrolei ao dizer. – Meu nome é Duffer e...
A mesma me olhou torto e se levantou me deixando sozinha.
Revirei os olhos e pensei em xingar todos os palavrões que eu tinha em mente, senti uma mão pegar no meu braço e não fiz menção de olhar.
– Duffer. – Disse ofegante.
Virei e tive que respirar o dobro de quantidade que o normal.
– TOM? – Gritei o olhando incrédula. – O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO AQUI? – Continuei gritando e ele riu, sempre ria do desespero alheio, mais agora não era mais tão engraçado como das outras vezes.
– Você parece desesperada. – Notou.
– Você nem imagina o que está acontecendo, se mantem longe de mim... – Dei as costas e corri até o lado ao contrario.
Notei Lukas do outro lado, corri até o mesmo que se mantinha parado como uma estatua.
– Lukas. – Pigarreie. – O que está fazendo aqui?
– DUFFER SAI DAI. – Olhei para o lado ao contrario e Bill me encarava com um olhar duro, estava tremulo também.
– Bill eu já disse que nós não podemos mais falar. – Respondi sentindo minha cabeça latejar. – E-Eu – Gaguejei. – Não te amo mais, eu vou fazer uma vida nova, eu desisto de lutar por você!- Exclamei.
– Se você fosse um Pinóquio seu nariz já teria atravessado o oceano atlântico inteiro. – Lukas disse sorrindo estranho.
– DUFFER SAI DAI. – Bill dessa vez gritou mais alto, como se estivesse me alertando. – Me escuta Duffer. – Insistiu.
Olhei confusa Lukas estava parado sem nenhum movimento, me aproximei um pouco mais do mesmo, suas mãos estavam algemadas.
– Lukas... – Arregalei os olhos.
– DUFFER SAI DAI. – Bill repetia escandalosamente.
Escutei um estrondo de não tão longe, a porta principal do aeroporto foi aberta forçadamente liberando um bando de pessoas que continuam câmeras e microfones na mão, dei um passo para trás com receio, não sabia o que fazer. Os reportes, com fome de noticia fresca, pararam e ficaram disparando flashes em minha direção e na de Bill. Olhei em volta sentindo meus olhos rejeitaram aquelas luzes fortes em minha volta, Tom não estava mais ali, eu não havia visto mais.
Me afastei de Lukas e fiquei a poucos metros de Bill que também estava parado mais diferente de Lukas suas pulsos não estavam algemados.
– Essa é uma cena que não se vê todo dia. – Lukas se manifestou quebrando o silencio, agora algumas câmeras estavam o filmando, ele queria atenção pelo jeito. – Eu avisei você Duffer. – Me olhou frio, seus pulsos agora estavam livres e as algemas caídas nos meus pés, me surpreendi Como ele havia se soltado? Minha mente sempre manteria essa pergunta, até que eu desvendasse.
Olhei para Bill, abri a boca e logo a fechei, minha voz não saia. – Lancei um olhar rápido para Lukas que agora brincava com a arma em sua mão direita.
– Eu te avisei. – Repetiu o que antes havia dito. – Quem avisa amigo é.
Os dedos ágeis de Lukas engatilharam a arma, Ouvi um estrondo alto, sem ao menos conseguir pensar, corri em direção a Bill tentando superar a velocidade da bala que corria livre por ali, me atirei frente de Bill que ficou imóvel como uma preda, gritei alto sentindo aquele objeto estranho entrar atingindo minha garganta, cai no chão, meu corpo caiu ali fazendo um baque contra o chão.
Senti o meu sangue correr pelo meu vestido abaixo, gritei mais uma vez.
Bill caiu sobre meu lado tentando desesperadamente limpar o sangue que corria por ali, as pessoas ao redor tentavam falar no celular talvez estivessem tentando buscar algum meio rápido de ajuda. Bill arrancou a jaqueta de usava e jogou por cima da minha garganta, meu sangue a manchou por inteiro e virei os olhos para poder admirar Bill nem que fosse pelo menos, pela ultima vez.
Lukas se debatia fortemente contra os policiais que o jogaram brutamente no chão o imobilizando.
I-ich. – Bill garfejou e suas lagrimas grossas caíram sobre meu rosto, ele acariciou meu rosto logo depois sua mão esquerda já estava coberta de sangue que eu senti orgulho de saber que era meu.
Eu tinha conseguido salvar a vida que pertencia à pessoa que me fazia respirar.
Ich Kampf für dich, und Du kampf für mich. – Sussurrei tentando reunir nossos rostos juntos queria sentir seus lábios aos meus.
E eu tinha certeza que aquela não seria a ultima vez. Eu lutei para continuar.
Quando eu tive certeza que minha vida iria acabar, ela apenas começou.

End.

Postado por: Grasiele | Fonte: x

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