terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Mein Kampf - Capítulo 21 - Alguém não esperado.

Neguei com a cabeça para Tom.
– Não. – Também disse. – Sinceramente eu não sei. – Dei os ombros.
– Você pensou que eu ia virar a cara para você, quando você não quis ter nada comigo não é? – Foi surpreendida com sua pergunta.
– Sim, sinceramente sim. – Ri. – Eu achava que você era uma coisa e você é outra. – Revirei os olhos indignada comigo mesma.
– Na maioria das vezes se enganamos com alguém, eu me enganei com você também. – Admitiu. – Mas, você sempre foi do Bill. – Piscou me deixando sem graça.
– Queria dizer o nome da sua dona. – Reprimi a cara.
– Quem sabe um dia eu não faça igual ao Bill hein? – Me cutucou.
– Eu vou torcer para alguém meter Juízo na sua cabeça. – Ri da cara que Tom vez.
– Eu gosto do jeito que você deixa meu irmão. – Ele respondeu o que eu não soube responder a ele. – Saber que meu irmão está de bom humor, me deixa assim também. – Piscou parecendo atordoado. – Hora de parar com isso, ele não pode me ver dizendo algo como isso... – Bateu na sua cabeça como se estivesse esquecendo-se de algo, notei seu celular tocar.
– Atende. – Eu disse. – Sou educada. – Andamos até o jardim e em seguida saímos para rua, em um percurso quieto.
O Bill ainda iria enrolar para se arrumar.
Ouvi Tom debochar de algo antes de atender.
– Claro que vou... Ok... – Desligou o celular, em seguida, recolocando no bolso da calça 10 vezes maiores que sua necessidade de tamanho de roupa. – Como eu ia dizendo... – Ele olhou para o seu lado esquerdo aonde Gustav vinha vindo apresado. – Ele olhou novamente para Gustav e fugiu do que ia dizer. – Duffer, como você chamaria a sua vida? – Me olhou e eu franzi a cara, estranhando aquela pergunta.
– Minha luta. – Respondi segura.
– Você luta? – Riu ao perguntar e eu o belisquei.
Tom me olhou confuso, coçou a cabeça sem entender e saiu puxando Gustav consigo mesmo.
– Tchau para vocês também. – Gritei.
– TCHAU DUDA CUIDA DO VIRGEM DO MEU AMIGO! – Ouvi Gustav gritando em resposta e Tom rir em seguida, entraram pelo carro e sumiram da minha vista.
Me virei balançando a cabeça e dando de cara com algo que me fez pular de susto, parecia que eu estava sonhando, ou para sinceridade, parecia que eu estava tendo um pesadelo.
Abri a boca espantada.
– O que você faz aqui? – Perguntei grossa, pelo tom da voz que eu usei ao dizer. – Parece que você não entendeu, eu quero ficar longe de você! – Exclamei. – Eu pensei que você era outra pessoa e agora eu vejo que me enganei, as pessoas se enganam não é? Achei que você ia levar isso de boa, eu pensava que o comportamento negativo era apenas meu, mas não era. Eu tenho outra vida agora, eu tenho outros planos para fazer o que eu quiser e você – Apontei para ele. – Você não se encaixa eu nenhum deles Lukas. – Disse olhando para os lados. – Eu sinceramente espero que você me esqueça. – Dei as costas.
Andei lentamente para o lado o contrario, o cheiro de natureza entrou em meu nariz e eu o respirei forte, caminhei agora com pressa para uma pracinha ali, não tão longe mais também não tão perto. – Sentei em um dos bancos que ali havia, meti a mão na bolsa que eu levava comigo procurando com certa urgência a caixinha de cigarro, puxei um cigarro e o acendi, eu traguei algumas vezes até ser interrompida por alguém que se sentou do meu lado.
– Você não leu o telegrama que eu te mandei? – Sua voz ecoou em meus ouvidos.
Tranquilamente dei mais algumas tragadas no cigarro, levantei e joguei em uma lixeira, me sentei novamente.
– DÊS DE QUANDO VOCÊ FUMA? – Gritou e eu peguei outro cigarro e o acendi, fumando novamente.
Eu precisava daquilo para não enlouquecer de uma vez e matar aquele ser ridículo, que um dia eu considerei, na minha frente.
– Você não tem nada a ver com a minha vida. – Disse. – E sinceramente? – Ele me olhou, estava esperando alguma resposta pelo que notei. – Ali só tinha um convite. – Ri alto.
– TINHA MAIS DE UM CONVITE, TINHA UMA CARTA JUNTO! – Gritou e eu tentei me afastar. – ERA PRA VOCÊ LER A CARTA. – Continuou. – ACHO QUE ELES A ESCONDERAM DE VOCÊ NÃO É?
– Não vi nenhuma carta, não tinha nada apenas um convite.
Flashback.
– Isso é uma ameaça! – Exclamou.
– Leia para mim. – Pedi.
– Bem... – Ele iria começar.
Flashback off.
Ele não leu porque minha mãe nos interrompeu. –Senti uma raiva de juntar em mim. – Tom deve ter achado ridículo demais para mim ver, e só entregou o envelope com o convite.
– Grr. – Lukas fechou os próprios punhos, parecia que queria socar algo. – Duffer eu não quero mais você com aquele Bill. – Disse num tom ameaçador, soltei uma risada baixa e revirei os olhos, aquilo estava ficando patético demais.
Dei outra tragada no cigarro e ele tomou da minha mão o jogando longe.
– Eu te amo tanto Duda. – Disse perto de encostar nossos lábios, senti nojo e franzi a cara. – Tem gente interrompendo o nosso amor.
– Era para você estar se casando agora. – O cortei, ignorando o que acabará de dizer.
– Eu desisti. – Disse colocando as mãos no meu rosto fechei os olhos e respirei fundo. – Eu desisti porque te amo e não era ela que eu amava, estou falando a falando à verdade Duda... – Foi beijar nossos lábios e eu virei o rosto, seu beijo foi em minha bochecha. – O Bill está confundindo você, você. – Franziu a cara. – Duffer vamos embora, desista dessa palhaçada. – Ri alto e ele parou de falar no mesmo momento.
– Se afasta de mim! – Exclamei, ia me levantando quando ele me puxou e segurou com força meu braço esquerdo me fazendo ficar assustada.

Postado por: Grasiele

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