terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Mein Kampf - Capítulo 18 - Algo mais.

– Ninguém sabe como você se sente. – Bill cantou com sua voz doce, me fazendo abrir os olhos para dura realidade. Porque esperança é tudo que você tem Você abriu os olhos, mas nada mudou.– Pareceu ter se assustado com o modo rápido que eu acordei, notei que eu estava toda jogada na poltrona do lado com os dois braços jogados sobre cama, fazendo-os de travesseiro para afogar meu rosto para dormir, meu rosto deveria estar horrível por isso. - Eu não quero causar problemas.– Bill sorriu sem graça.
– Você está cantando? – Perguntei com a voz roca, coçando os olhos sem seguida. – Que música é essa? – O olhei.
– Eu estou colocando alguns trechos, mas considere isso como você quiser. – Me olhou.
– Eu gosto da sua voz, ela me traz segurança. – Corei ao dizer. – Cante mais. – Pedi o olhando.
Ele negou com a cabeça.
– Acho que devo confiar em você, algo dentro de mim diz que eu estou pronto para isso. – Disse simplesmente.
O que me fez se irritar, foi o modo como eu senti as batidas do meu coração se acelerarem com suas palavras.
Lagrimas desceram no meu rosto, e eu não protestei contra elas, me sentia melhor quando eu as deixava cair, me sentia talvez até mais leve.
– Porque está chorando? – Bill perguntou passando as suas mãos as limpando do meu rosto.
– Bill... – Comecei. – Como se sente? – Tive que ignorar de primeira sua pergunta, para respondê-la a seguir.
– O medico disse que logo eu poderei ir para casa. – Respondeu com a voz mais viva. – Não ignore minha pergunta... – Chamou minha atenção.
– Eu ia responder... – Mordi o lábio com força não ligando para a dor que senti. – Bill, acho que você vai me odiar depois que pegar... – Olhei para a revista, já haviam a botado ali? Merda. - A edição nova da BILD. – Completei.
– ME DEIXE VER. – Seu olhar seguiu para revista.
Nem eu havia lido a matéria.
‘’Duffer a nova e primeira Kaulitz, apareceu há algum tempo atrás, com seu cunhado Tom Kaulitz, os dois foram pegos dando um pequeno passeio em uma festa badalada em Monique, aparentemente Bill deu um jeito de colocar sua própria esposa para viagear seu irmão, poderíamos ter outros tipos de comentários se a foto não fosse a que se apresenta abaixo. ’’
Olhei para uma foto minha com uma cara de ponto de interrogação e Tom dizendo algo sem nexo olhando para os peitos de uma ruiva que passava do seu lado.
Ri alto ao ver aquela palhaçada.
Imaginei que pela cara que Tom havia feito quando me disse sobre a matéria, estariam comentários sobre alguma suposta foto com uma pegação nossa ali.
Coloquei a revista encima de Bill que analisou tudo.
– A pior matéria que eu já li na minha vida. – Disse franzindo a cara. – Tudo bem... Eu já imaginava que vocês tinham saído mesmo. – Disse.
– Eu havia mentido para você. – Protestei e estranhei sua calma.
– Você ainda estava revoltada com a ideia do casamento e meu irmão não vale mesmo. – Fez uma careta ao dizer. – Já me acostumei. Não tínhamos nada, apenas, um casamento de conveniência. – Explicou.
– E qual a conveniência disso para você? – Finalmente perguntei.
Bill pareceu não estar a fim de responder, eu tinha que forçar e faze-lo dizer tudo. Eu precisava da verdade, eu precisava saber o que o Bill que eu via tinha a esconder, eu precisava saber dos seus problemas, porque assim como eu o tinha os meus, ele também tinha.
– Eu... – Ele iria dizer, mas logo parou.
– Eu preciso saber. – Insisti.
– Eu já tentei me suicidar. – Desabafou e eu arregalei os olhos, tentando não mostrar o quanto eu estava surpresa. – O pior é que eu já usei drogas.
Tremi frio e ele abriu a boca novamente, ele iria dizer mais.

Postado por: Grasiele

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Arquivos do Blog