terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Mein Kampf - Capítulo 17 - Momento inesperado.

– Vejo que você tá melhor. – Arregalei os olhos, e a primeira reação que eu tive foi cortar aquilo, antes que piorasse.
– SAI DAQUI. – Gritei o mais alto que eu pude o mais alto que meus pulmões não tão fortes permitiram.
– Mas... – A voz falhou. – Você desmaiou...
– Você... – Eu a cortei.
– Duda! – Exclamou.
– Me deixa dizer. – Rangi os dentes sem humor.
– Eu preciso mesmo ouvir. – Afirmou para si mesma. – Eu preciso ouvir mesmo que doa em mim... – Não dei atenção para sua frase, ou, pelo menos não quis demostrar.
– Nunca mais apareça na minha vida, quando você tinha que me dar apoio você não me deu. – Olhei firme para minha mãe que abria a boca para tentar dizer, embora todas às vezes fossem em vão. – Que tipo de mãe de você é? – Respirei fundo. – A partir do momento que eu disse sim a Bill Kaulitz, eu tinha certeza que eu tinha planos novos, e neles você já não cabia há muito tempo. – Fui dura ao dizer aquilo friamente. – Você me fez nada para merecer o meu carinho e consideração por você! – Exclamei e Tom olhava para minha mãe com um olhar curioso, talvez da história ele não soubesse da metade. – Quem faz a mãe é o filho, mas quem eu faz o filho principalmente é a mãe, você já ouviu isso? – Ri com deboche ao dizer com a voz falha. – Eu tentava não se lembrar de como você foi um capacho do meu pai a vida toda, mas isso se juntou aqui. – Subi meus braços e apontei para minha garganta. – A verdade necessariamente dói. – Eu disse por fim.
Pude ver que transbordaram lagrimas dos seus olhos, que lavavam seu rosto sem parar.
A enfermeira entrou com tudo, mas, ao notar o clima tenso que ali havia, pareceu ficar sem graça, já ia se retirando, quando eu me manifestei logo dizendo:
– Não saia. – Disse. – Estou me sentindo bem o bastante para me levantar, apenas quero saber o que houve comigo.
– Hum... – Ela pareceu pensar antes de dizer. – Segundos os médicos foi apenas uma queda de pressão. – Sorriu, indo em direção e agulha que ligava meu braço no soro a tirando.
Agradeci mentalmente por aquilo, levantei aos poucos para não ficar tonta com o ritmo acelerado das minhas emoções.
– Ond-Aonde você vai? – Se manifestou Tom ali.
– Tomar algum ar... – Deixei o quarto, com vários pensamentos na mente. - Grr! – Sussurrei querendo dizer algo mais, eu estava sozinha e iria parecer uma maluca.
Deixei meu corpo me guiar, guiar até onde eu fosse.
O que minha mãe queria ali? Fazer apenas um social como mãe? Talvez... – Passei a mão esquerda pelo rosto, me sentindo incomodada. – Só eu sabia o quanto doía ao lembrar que ela como mãe poderia ter interrompido essa farsa de casamento.
Eu queria ir embora.
Estava farta de teatro.
Eu me sentia mal pelo jeito que Bill falou comigo.
– Duda. – Ouvi Tom dizendo meu nome ofegante, com uma das suas mãos em meu ombro. – O Bill está te chamando.
Gelei.
Andamos em silêncio até o quarto de Bill.
Abri a porta, e olhei para Tom que me empurrou até lá, puxando a porta para fecha-la em seguida.
Observei Bill de longe deitado tranquilamente naquela cama, com tudo branco ao redor. – Fiz uma careta, porque detestava o ar branco de hospitais. Pude sentir borboletas no estomago quando ele me olhou.
– Du... – Olhei para o chão com medo de encarar seus olhos profundamente castanhos. – Duffer. – Me chamou e eu tomei coragem e o olhei sorrindo.
O tempo se congelar para mim, quando meu sorriso brotava simplesmente apenas por o olhar.
Os batimentos de Bill se aceleravam de uma forma tão rápida que chegava a me deixar confusa.
– Duffer. – Me chamou novamente, Aparentemente estava cansando e lutava para deixar seus olhos abertos.
– Ei. – Chamei sua atenção. – Não fala nada ok? – Tentei convence-lo. – Você não pode fazer esforço, pelo menos não agora, cheguei perto do mesmo acariciando seu rosto, e ficamos assim por minutos, ou talvez horas até ele pegar no sono.

Postado por: Grasiele

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