terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Mein Kampf - Capítulo 16 - Novidades, ou não.

Acordei com uma forte náusea, e eu nem ao menos sabia o que estava causando aquele pequeno incomodo sobre mim, girei os olhos sobre todo aquele lugar branco que era um quarto, Tom me fitava com uma cara estranha, tão estranha que eu não pude nem ao menos definir o gênero.
Não consegui emitir som algum pela boca, talvez fosse consequência de algo que eu fiz e não consegui me lembrar.
Bem eu não consigo.
Me amaldiçoei diversas vezes por ter meu corpo deitado em uma cama de hospital, o pior, era sentir o cheiro de substancias que caiam sobre os remédios, Aquilo me fazia piorar. Minhas pálpebras estavam pesadas, eu sentia a necessidade de fechar os olhos e cair sobre um sono profundo, ignorei o que senti necessidade de fazer e virei meu rosto bruscamente o trocando de lado, eu pude agora encarar a expressão que Tom fazia melhor.
O que minha mente martelava era: O que ele fazia ali?
– O que está fazendo aqui? – Perguntei com a minha voz falha, depois de tanto pensar antes de soltar uma palavra. Tentei levantar minha mão para mexer no meu rosto, mas, eu não tive sucesso algum.
Acabei desistindo de fazer algo e esperei por uma resposta vindo do ser que parecia pensar, antes de dizer: Tom.
– Bem eu tenho duas noticias. – Ignorou minha pergunta, e esperei para que ele pudesse dar continuidade ao que começou. – E fico feliz também que você esteja bem Duda... – Disse irônico com um sorrisinho.
Como conseguia atuar tão bem? Digo... Sua ironia me irritava.
– Ok. – Disse e bufei em seguida. – O que você quer? – Mordi o lábio inferior e desviei meu olhar do seu, não gostava de encara-lo nos olhos.
Pode ser que Bill estava certo. Eu não era verdadeira, porque não conseguia encarar uma pessoa nos olhos em uma conversa, mas, talvez fosse um medo reprimido de ver a emoção da pessoa transmitida diretamente pelos olhos.
Eu tenho duas coisas para te contar. – Franziu a cara, ao dizer. Porque estava me enrolando tanto? – Aquele dia que nós fomos para Monique... – Senti meu coração pular, e reprimi minhas emoções aos guardando para mim mesma.
Arregalei os olhos surpresa, olhando para o teto em seguida, tentando absorver o que Tom havia dito.
– O que tem? – Só faltei vomitar as palavras para fora. – O QUE TEM? – Respondi gritando dessa vez, o modo como eu me alterei rapidamente vez com que Tom recuasse um pouco. – Me responda. – Pedi apertando minha blusa, por baixo do cobertor.
Eles... Bom, saiu uma matéria na BILD, e nós estamos envolvidos nela... – Olhou fixamente para seus próprios tênis, e tive vontade de sair daquela cama correndo para me isolar em algum lugar, onde eu fosse completamente esquecida, onde ninguém fizesse noção de que eu era casada com alguém que tivesse fama.
– Está realmente me zoando? – Gritei para Tom que permanecia de cabeça baixa agora com um jornal na mão que antes eu não tinha visto que se mantinha presente na sua mão.
– Eu queria. – Falou calmamente e aquilo me deixou doente, como conseguia manter seu olhar calmo naquela situação?
Tem noticia boa pelo menos? – Perguntei mostrando desespero.
– As duas são ruins.
Qual é a próxima?
– Não sou eu que vou lhe dar. – Abriu a porta permitindo que alguém entrasse.
Um homem que eu não fazia noção de quem era entrou ali, o olhei com a pior cara o possível, ele tinha um papel na mão e eu tremi frio, tentei acalmar a mim mesma, talvez não fosse tão ruim o que ele tinha a me dizer, Tom poderia estar exagerando.
– Duffer Kaulitz hum... – Analisou o papel na sua mão, e eu quase voei encima do seu pescoço pela enrolação de desembuchar logo o que tinha a dizer.
Senti uma dor de cabeça repentina, e forcei meu corpo, em um rápido movimento consegui ficar sentada, o que me fez se sentir mais confortável.
Eu tenho um telegrama para lhe dar. – Jogou a carta para mim e olhei tensa para a mesma. – Porque não deu ao Tom? Ou a alguém que pudesse me dar? – Franzi o cenho.
Só poderia estar zoando com a minha cara, parecia que o mundo sentia prazer em fazer nada, era tudo conspirando para mim ficar mais irritada com a vida.
Revirei os olhos impaciente e bufei em seguida.
– A pessoa que lhe enviou me pagou o dobro do meu salario para te entregar pessoalmente, eu não podia furar com a mesma. – Olhou para os lados, desaparecendo pela porta que saiu sumindo da minha vista.
– Não vai ler? – Tom perguntou e eu o olhei. – Sabe Duffer, estou curioso... – Ri ao ver a cara que o mesmo fez, e balancei a cabeça.
Olhei para o papel em seguida, olhei para Tom, olhei inconformada e não tive vontade de abrir aquilo, quando vi o nome do remetente.
Pode abrir. – Eu disse seca sem alguma emoção alguma. – Se você está tão curioso...
Tom a pegou das minhas mãos dando os ombros. Tom abriu a carta e rasgou todo envelope do tamanho a pressa misturada com ansiedade que tinha para ler.
Esperei minutos até ele terminar de ler, parecia reler milhares de vezes, pelos seus olhos que passavam no mesmo lugar do papel.
Isso é uma ameaça! – Exclamou.
– Leia para mim. – Pedi.
– Bem... – Ele iria começar.
Mas fomos interrompidos.

Postado por: Grasiele

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