terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Mein Kampf - Capítulo 19 - Revelações.

O silêncio continuou até que Bill deu continuidade ao que tinha a dizer:
– Eu injetava muito tipo de drogas no meu braço e em várias regiões do meu corpo. – Continuou. – Sabe por que eu fazia isso? – Perguntou e eu neguei. – Porque a fama e o excesso de dinheiro e a falta de privacidade me fazia ficar louco! – Exclamou. – Eu queria simplesmente morrer, porque morrer acabaria com meus problemas. – Justificou. – Sabe... – Me olhou. – Eu procurava a garota perfeita, porque eu queria que ela existisse, eu pensava que ela estava esperando por mim... – Disse sério. – Eu não podia dar oportunidade para todas as garotas que choravam por mim. Era muito complicado. – Suspirou pesadamente. – Eu não sabia e não sei ser como o meu irmão, ficar só por diversão, ficar com alguém que eu nem ao menos sei a respeito. – Completou. – Toda garota que eu parava para dar a oportunidade de conversar, só dizia o quanto eu era perfeito e minhas músicas era lindas, elas me pediam em casamento, eu sorria sem graça e dizia ok, eu me caso com você, Era sempre assim, pra qualquer lugar que eu fosse, as vezes, eu sumia e ia em festas escondidas para tentar achar a menina diferente, isso só me deixava bêbado e frustrado. – Sorriu fraco. – Dai... – Ele me olhou indiferente. – O meu padrasto me chegou com isso... – Apontou para uma mala e eu não entendi apenas a peguei e levei a mala para ele, que mexeu lá dentro e tirou uma foto, franzi o cenho e ele a mostrou para mim, coloquei a pequena mala de mão encima da mesinha que antes estava e olhei a foto melhor, não era tão atual, mas era eu ali. – Ele me chegou com essa foto, e eu me perguntei: Mas que diabos é ela? – Riu. – Então eu soube que seu nome era Duffer, e bem você acredita em amor a primeira vista? – Me perguntou e eu sem palavras apenas acedi. – Foi isso que a Duffer me fez sentir. Você tem noção do que aconteceu depois? – Dessa vez não respondi, O olhei intrigada, ele usava meu nome para dizer como se eu não estivesse ali para ouvir. – Talvez uma garota fosse me ajudar a esquecer de tudo, é pelo menos eu achava isso, porém quando eu parei para perceber o que estava fazendo, quando a minha ficha caiu, já era tarde demais e aquela garota mal humorada, mas, que sabia sorrir de canto, já havia dito sim. – Sorri de canto ao saber o jeito como ele me notou no dia do casamento, do nosso casamento. – O resto eu não preciso contar com as minhas palavras, porque você já sabe. – Disse por fim.
Sorri tímida.
As drogas eram um caso grave, mas eu compreenderia se não tivesse tudo ficado tão inacessível para mim.
– Eu queria te dizer que aquela Duffer que você conviveu não era eu. – Quebrei o silencio, após algumas imagens entrarem e saírem da minha mente, provocando um flashback na minha mente. – Eu não aceitava me casar com alguém que até então eu nem sabia da existência. – Confessei.
– Eu não sei o seu lado da história. – Começou. – E estou disposto a saber. – Aquilo era um pedido para que eu começasse a falar? Só pode, então não hesitei.
– Ok. – Comecei. – Digamos que eu nunca fui uma pessoa que me importasse em ter obrigações, eu estudava, eu fazia a faculdade que dês de criança planejavam fazer, eu tinha meus amigos do meu lado, eu saia de casa e ficava até 2 dias sem aparecer, não trabalhava para me sustentar porque eu tinha pai e mãe para me mimar. – Fui clara, ele tinha que me conhecer acima de tudo. – Então, eu cheguei em casa um dia. – Ri nervosa do meu jeito de contar, um jeito nada digno, e notei que Bill apenas prestava atenção. – Minha mãe disse que precisaríamos conversar então eu disse que estava cansada demais para isso, ela insistiu e meu pai apareceu logo me contando que eu iria me casar com Bill, Eu me perguntava: Quem é Bill Kaulitz? – Ele franziu a cara. – Era ridículo perguntar aquilo, porque toda a Alemanha estava atualizada sobre a imagem da música, menos eu. – Respirei. – Então, meu pai me contou que uma crise se tomava na empresa e vários empregados ali estavam sendo demitidos, e meu pai por estar com falta de rendimento ali, logo seria mandando embora também... – Me senti estranha, nunca imaginava que ira conversar aquilo um dia com uma pessoa e ainda mais o Bill. – Aí veio à proposta do casamento por negócio. – Me senti suja ao dizer. – Meu pai fora muito ambicioso para subir de cargo as minhas custas à custa do que eu iria passar, ele tinha outros negócios por fora, mas preferiu me botar em plano. – Bill prestava a atenção sem se manifestar, e eu agradeci por aquilo – Minha mãe também concordou, ela havia se tornado um pau mandado do meu pai! – Exclamei. – Assim, eu tive a piedade com meu pai e não botei tudo em risco, porque ele já havia tido um infarto quando eu era pequena e isso casou um estrago, me fazendo sem sequestrada, pois minha mãe tinha que tomar conta de tudo, e eu como qualquer criança fui me descontrair sendo inocente demais, e logo se dando mal. – Senti um aperto ao dizer. – Eu então aceitei, mesmo com toda a revoltada dento de mim guardada... Quando eu vi aquele garoto completamente diferente e aparentemente doce, eu tive certeza que poderia me surpreender, mas confesso que o jeito que ele me tratou me fez ter raiva dele, e por isso contrariada eu joguei no outro time. – Ao outro time que me referi ele notou que era de Tom que eu falava. – Nós não tínhamos nada mesmo, então sair e ficar nos beijos com alguém não seria problema. – Eu tive que dizer, por mais que causasse alguma consequência a mim. –Agora eu me sinto um mostro e fico arrependida pelos meus atos. – Finalizei.
– Duffer? – Bill chamou minha atenção após algum tempo de silencio.
– O que você vai fazer? Até onde iremos ao ponto que as coisas andam? – Perguntei em desespero, só então o mesmo se apossou em mim.
Sorri para ele que sorriu para mim, e estranhei aquilo.
– Acho que nós já conversamos o suficiente...
Bill me cortou e foi logo abrindo a boca para falar.
– Eu tomei uma decisão. – Disse firme.
O olhei intrêmula.
– Que tipo de decisão? – Fui logo perguntando.

Postado por: Grasiele

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