terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Mein Kampf - Capítulo 23 - Sobre uma ameaça.

– Lukas? – O encarei um pouco confusa, com uma das minhas mãos sobre a cabeça.
– Amor, eu tive uma ideia! – Exclamou acariciando meu rosto, pensei rapidamente em virar a cara mais talvez se o fizesse tudo estaria pior. – Eu vou matar o Bill. – Sorriu largo e eu arregalei os olhos, sentindo meu coração disparar parecia que eu iria o cuspir para fora.
– Q-Qu-Que você disse? – Gaguejei ao dizer. – Eu acho que não ouvi bem. – Suspirei pesadamente, Onde estava a normalidade em Lukas?
– Você bem ouviu. Tem gente atrapalhando a nossa vida, pense bem, isso não é justo. – Me olhou. – Você está se deixando levar pela cabeça dos outros. – Fechou as mãos e as bateu na mesa de madeira me fazendo sair do transe, cruzei os braços e apenas fiquei ouvindo. Eu não sabia nem ao menos o que responder ao ouvir aquelas baboseiras saírem de sua boca. – Essa não é a Duffer que eu conheci, onde está aquela garota? – Perguntou.
– Ela acordou para vida. – Respondi dessa vez seca. - A Duffer que você conheceu... Ela não existe. – Revirei os meus olhos não aguentando mais olha-lo nos olhos.
– Ela não existe mais porque você ficou cega diante a toda essa porcaria que esse Bill fez você viver! – Exclamou, seu hálito estava com um cheiro estranho que eu nem ao menos pude identificar, senti meus olhos arderem e passei a mão tentando pelo menos disfarçar. – Talvez eu devesse matar os seus...
Me levantei e ajoelhei em sua frente.
– A algum tempo atrás eu não te pediria isso e meu deus... – Ele me cortou.
– Resolveu acreditar em Deus Duffer? – Indagou me fazendo revirar os olhos.
– Não te interessa a minha crença agora. – Respondi a altura. – Não tente cortar o que eu vou lhe dizer. – O Olhei. – Estou de joelhos na sua frente pedindo que você não faça nada contra os meus pais mesmo com os defeitos malditos e a ganancia deles, eles são os meus pais, eles que cuidaram de mim na hora que eu precisei mesmo que tenham me sacrificado por causa do lado material eu continuo sendo a Duffer deles, E o Bill? O que ele me fez de mal? Se você mata-lo você não ganhará nada em troca. – Ele iria abrir a boca, mas, eu falei antes. – Não, você não vai ganhar meu amor matando uma pessoa especial para mim. – Terminei de dizer com esperanças de que talvez Lukas fosse me ouvir, seu lado sensato podia falar alto uma vez na vida.
– Querendo ou não ele vai morrer, e eu tenho meus modos para isso. – Se aproximou de mim, me deitando ali no chão frio, gemi ao sentir minha pele se chocar com tudo no chão. – Ao menos que você queira fazer uma troca.
– Troca. – Repeti a palavra.
– Eu quero que você vá embora comigo para longe daqui. – Disse me fazendo o olhar com raiva. – Eu quero que você vá até o Bill e diga que não o ama mais, quero que diga que quer divorcio e não se importa mais com nada e que quer viver uma vida diferente, apenas não diga que é comigo. É isso ou a morte desses infelizes. – Propos.
Talvez Lukas estivesse tão louco a ponto de ficar cego, temi que ele fizesse algo contra minha família e principalmente Bill.
Não consegui dizer nada, apenas acedi.
– Ele não sabe que você está comigo, não vai nem ao menos desconfiar. – Disse.
Por um momento eu me lembrei do celular, lembrei das mensagens que havia enviado a Bill. Me amaldiçoei por isso.
A vida de Bill estava correndo risco e a culpada disso era eu.
– Duffer. – Lukas passou a língua pelo meu pescoço e senti um forte embrulho no estômago ao sentir aquela sensação que sua língua proporcionou. – Eu quero você.
– Não. – Disse dura. – Eu estou mal... – Revirei os olhos e corri até o coxão e fechei os olhos.
– Você não vai escapar por muito tempo.
– Eu preciso de um tempo. – Retruquei. – Entenda que eu preciso de um tempo. – Insisti logo dizendo.
– Vou te levar embora e você vai fazer isso logo... – Me olhou seguindo em minha direção, me puxou pelo cabelo e gritei ao sentir aquilo. – Quero você amanhã as 10:00 horas na frente do portão da casa daquele Kaulitz. – Disse no pé do meu ouvido, ele ainda estava segurando algumas madeixas do meu cabelo, aquilo doía e eu gemia de dor. – Leva ela lá. – Me empurrou em direção a um gordão que me comia com os olhos de longe, tinha cara de ser algum tipo de caminhoneiro ou talvez um cafetão fazendo algum tipo de bico; me contentei e fiquei em silencio durante o percurso eu sentia meu coração disparar e quando finalmente chegamos o local parecia tranquilo.
– Já sabe. – Disse grosso. – As 10:00 aqui. – Abriu a porta e eu pulei para fora me sentindo livre.
Não sabia nem ao menos o que fazer.
Não sabia como explicar o que estava acontecendo.
Respirei fundo e suspirei algumas vezes antes de tomar coragem e pedir para que o segurança permitisse minha entrada, ele pareceu surpreso ao me ver ali mais logo voltou ao seu estado normal e liberou os portões me dando passagem.
Levantei a mão a boca quando pisei no jardim e observei algumas viaturas estacionadas bruscamente por ali, as portas estavam abertas – Olhei dentro mais não havia policias ali dentro. – Corri rapidamente e abri a porta, logo depois não tendo reação alguma.
– Duda?

Postado por: Grasiele

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