terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Mein Kampf - Capítulo 25 - Para o seu bem.

Acordei no dia seguinte sentindo borboletas no estomago, me levantei delicadamente para não acordar Bill que dormia tranquilamente do meu lado, estávamos cobertos por um lençol fino pelo que meus olhos puderam notar, ele dormia com uma de suas mãos sobre minha barriga, doeu demais em mim tem que tira-la dali, quando isso aconteceu ele permaneceu dormindo e subiu a mão para o travesseiro e sorriu, estava certamente pensando que era alguma parte do meu corpo agora já explorada por ele.
Quis matar a mim mesma mentalmente.
Suspirei e me levantei calçando a melissa em minha frente.
Eu era covarde o suficiente para não contar toda a verdade e fraca demais para seguir o plano abortado por Lukas.
Como eu poderia dizer – Mesmo mentindo. – Que eu não amava Bill?
Eu simplesmente não conseguiria.
Peguei uma folha de papel e anotei o mais rápido que pude.
‘’Se lembra do que eu te disse ontem quando eu cheguei?
Eu quero que você guarde para sempre, não querendo ser egoísta.
Duda/Duffer. ’’
Depositei a folha, que agora estava com gotas de lagrimas, sobre a cama do lado de Bill.
Puxei a roupa mais fácil de vestir que eu encontrei na minha frente, deixei todas as minhas roupas ali.
Eu estava sendo egoísta em deixar tantas lembranças para Bill.
Eu sempre fui egoísta.
Mais agora eu estava tentando poupar três vidas.
Abri a porta e a deixei aberta, optei por não fechar eu iria fazer barulho, eu sempre fazia.
Atravessei os portões, olhei no relógio de pulso que marcava exatamente 9:59.
– Vai sair Senhorita Duffer? – Um dos seguranças de Bill me olhou desconfiado pelo seu modo de perguntar e olhar também. – Você não prefere ir com o motorista?
– Bem não. – Olhei para os lados procurando o cara largo com a cara nada amigável. – Na verdade eu vou pegar um voo para visitar os meus pais... – Disse sem ao menos pensar antes. – O Bill não vai porque vai voltar a subir nos palcos.
– Hum. – Disse. – E quem vai te levar até o aeroporto?
Você é bem curioso não? – Indaguei recebendo um riso como resposta. – Hein?
Sou pago para isso.
– Eu vou com meu irmão, a minha mãe está meio mal... – Eu inventava algumas coisas que surgiam na minha cabeça de ultima hora. – Eu tenho medo que piore. – Dei os ombros.
O carro, uma camionete dupla pelo que pude notar parou na minha frente, a porta de trás de abriu e eu notei que Lukas estava ali dentro.
– É minha carona chegou. – Entrei no carro me arrependendo, uma forte vontade de gritar subiu, eu tinha que ser forte. – Tchau! – Gritei ao fechar a porta, o carro voou para fora dali.
– Como foi o comportamento dele? – Lukas tratou de perguntar, nem ao menos, deu tempo para poder tomar um ar.
– Ficou surpreso. – Disse de cabeça baixa. – No começo ele não acreditou e eu tive que xinga-lo e até mesmo dizer que estava a fim de agredi-lo se ele tentasse ir atrás de mim, ele logo disse que eu estava bêbada e que hoje de tarde o efeito padaria, ele também pensou que eu tinha saído para casa de alguma amiga, no final ele não acreditou mesmo. – Disse por fim as palavras saiam da minha boca com um pouco de dificuldade.
– Idiota. – Disse revirando os olhos. – Nós vamos para Suécia. – Me mostrou as passagens e eu as puxei olhando o conteúdo, por um momento olhei para minha mão e pensei que iria rasga-las de tanto ódio, um sentindo não tão bom, que eu sentia por estar ali do lado da pessoa errada. – Onde estão suas roupas? – Olhou buscando algo com os olhos.
– Eu deixei, eu sai de fininho não queria nenhum escândalo. – Justifiquei.
– Agora sim você está aprendendo comigo. – Sorriu e eu tive nojo daquele largo sorriso, eu via algo ruim ali.
– Porque escolheu a Suécia? – Perguntei tentando cortar algum tipo de relação amigável, ou um começo.
Eu tenho alguns parentes lá e os meus pais acharam que seria bom eu me mudar para lá. – Explicou nem parecia que estava me levando a um país novo a força, sua expressão era tranquila e seu rosto agora estava sereno. Os meus pais não sabem de você ainda e nem a minha família, isso a gente resolve depois.
Revirei os olhos e fiquei apenas encarando a passagem que corria conforme os quilômetros que o carro percorria.
Logo quando chegamos Lukas desceu segurando minhas mãos e eu as larguei na mesma hora.
– Se mantenha longe de mim! – Exclamei correndo.
– Duffer, aonde você vai? – Perguntou franzindo a cara e mudando sua expressão inteira.
Eu preciso ir ao banheiro. – Disse a primeira coisa que me veio em mente.
– Mulheres. – Sussurrou.
Você deveria ser uma. – Indaguei me controlando para não fazer um escândalo ou algo do gênero que eu poderia fazer. – Homens deveriam ter TPM. – Ri ao dizer e ele sorriu amarelo.
Fui até o banheiro e me tranquei ali tentando pensar em algo o mais rápido o possível.

Postado por: Grasiele

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