sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Seduction Innocence - Capítulo 6

Um olhar de tentação.

Finalmente, um final de semana.
Esses últimos dias tem sido ótimos. Toda vez que eu chegava do curso eu chamava o Bill para nós ficarmos conversando na varanda. Ele na dele e eu na minha. Tinha certas ocasiões em que ele vinha até a minha casa para nós pelo menos trocar alguns beijos e abraços. E ainda nessas certas ocasiões, ele ficava cantando pra mim era algo tão gostoso de ouvir e sentir. Esses últimos dias têm sido os melhores dias que já passaram na minha vida.
Hoje o sol resolveu sair para esquentar a Alemanha. Então resolvi vestir algo mais confortável e ler minha Cosmopolitan na área de lazer da casa. Peguei a minha revista e me dirigi para os fundos da casa.
Não tinha ninguém em casa, a não ser eu. Meus pais foram fazer compras e Julie foi para o curso de Designer dela. Então, como eu não tinha nada pra fazer de importante, fiquei em casa.
Deitei na espreguiçadeira e abri o livro. Então liguei meu mp3, ouvindo uma música que eu gosto. Even In Death - Evanescence.
Fiquei nesse momento tranqüilo por uns segundos até eu ouvir vozes. Eu sorri, balançando a cabeça, só poderia ser dele e do Tom. Continuei ouvindo a música, esquecendo do que ouvi.

Eu estava com uma vontade enorme de estrear aquela piscina atrás de casa e quase implorei para o Tom me acompanhar, afinal não queria ficar sozinho lá.
Vesti minha bermuda mais confortável e o Tom fez o mesmo. Desci em direção à piscina, Tom já foi logo pulando na piscina. Oh céus, que criança.
Sentei-me na espreguiçadeira bem folgadamente, relaxando depois dessa semana ao lado da Anna. Tom estava se divertindo na piscina (comentário da autora: nada de besteiras hein?) enquanto eu ouvia vozes, até pensei que era algo materializado pela minha mente, mas não. Era a Anna cantarolando alguma música.
Levantei da espreguiçadeira e segui até o muro que dividia nossas casas. O muro não era tão alto, pelo menos pra mim não. Fiquei observando ela deitada na espreguiçadeira branca, vestindo apenas um biquíni branco com um shortinho perolado e uns lacinhos ao lado dele e ela calçava uma sapatilha branca com lacinhos. Ela não poderia estar mais sensual, apesar das feições de inocência em seu rosto, seu corpo demonstrava totalmente ao contrário do que seu rosto mostrava. O corpo dela era definido, seios grandes, pernas lisinhas. Oh Deus, como eu queria ela agora. Mas eu fui besta ontem, fui mesmo.
Decidi chamar a atenção dela, para poder esquecer-se do poder em que ela dominava sobre mim.

-Anna! -gritou o Bill, apoiado no muro que dividia nossas casas.
-Oi. -disse eu, fechando a revista e colocando-o na mesa atrás de mim.
-Tudo bom?
-Sim e com você? -perguntei me aproximando dele.
-Estou ótimo.
-Que bom.
Subi numa cadeira que estava do lado de fora para ficar da mesma altura que ele, já que o muro não era tão alto para ele.
Quando eu alcancei o tamanho dele ele sorriu e entrelaçou nossas mãos. Aproximou os nossos rostos e selou um beijo calmo em nossos lábios.
Não sei o que está acontecendo com nós, ou qual era o tipo de relação que estávamos tendo, mas eu estava começando a me apaixonar por esses momentos ao lado dele. Não sei nem se eu estava me iludindo com ele, ou se aquilo era apenas um sonho, uma realidade que irá acabar quando eu acordar. Não quero mais pensar nisso, não quero mais pensar em nós, apenas quero sentir o momento.
-Você está sozinha? -perguntou ele, observando o silêncio.
-Sim. Os meus pais foram fazer compras e a minha irmãzinha foi no curso que ela faz. Então eu estou sozinha mesma.
-Uhm. Quer vir para cá? -perguntou ele, apontando para o lugar.
-Eu quero. -respondi, animada. -Vou pular o muro. -brinquei.
-Quer mesmo? -perguntou ele, sério.
-Você me segura?
-Aham. -respondeu ele.
-Tudo bem.
Dei um impulso forte e me joguei do outro lado do muro. Bill me pegou nos braços e me pôs no chão.
-Obrigado. -disse eu, apertando a bochecha dele.
-De nada. -disse ele, apertando a minha.
-Olha quem está aqui. -disse o Tom, na borda da piscina.
-Olá. -disse eu, acenando.
-Olá. Veio participar da nossa festinha?
-Sim, que festinha legal. -disse eu, fingindo dançar.
-Urru! -brincou ele.
Eu virei de costas e tirei meus óculos escuros que estava nos meus cabelos e coloquei na cadeira a minha frente. Quando eu terminei senti alguém me puxando, era o Tom me puxando para a piscina.
-Tom você me paga. -disse eu, irritada.
-Já que você não veio, eu te busquei. -disse ele, sorrindo.
O Bill só estava rindo de nós dois, então ele parou e disse:
-Eu vou buscar uma toalha para você. -entrou na casa e eu gritei:
-Coloca uma música!
-Pode deixar! -gritou ele de volta.
Mexi na água e levei outro susto quando o Tom voltou para a superfície e bem em cima de mim, ai que raiva.
-Tom, para com isso. -disse eu, irritada batendo naquele peito nu (comentário da autora: Delícia!).
-Eu gosto de fazer isso. -disse ele, pousando suas mãos nos meus quadris.
-Tom... -murmurei, olhando onde suas mãos estavam.
-Por mim, eu te beijava toda. -disse ele, roçando o nariz no meu pescoço.
-Para Tom... -murmurei, ficando arrepiada. -Seu irmão...
Começou a tocar uma música - Livin’ In A World Without - The Rasmus - e Tom foi se aproximando perigosamente de mim. Vi seus lábios carnudos se aproximarem dos meus, sua mão apertando minha cintura.
Ouvi as vozes do Bill, gritarem no corredor, sabia que ele estava chegando. Tive inventar uma desculpa rápida. Quando o Bill abriu a porta eu gritei assustando o Tom:
-Ai Tom, você pisou no meu pé.
-Desculpa, desculpa. -disse ele, entendendo o que eu disse.
-Esse meu irmão desastrado. -disse o Bill, inocente. Ufa, ele não havia visto e nem ouvido nada. -Gostou dessa música?
-Adorei. -respondi, saindo da piscina.
-Que bom. -respondeu ele, me envolvendo com a toalha. Tom observava tudo atenciosamente, com um olhar de superioridade. Não sei o que ele está pensando, mas aquele acontecimento serviu para começar a confusão da minha mente.
De um lado, Bill carinhoso e amável e do outro lado, Tom ardente e sensual.
Abaixei meu short todo encharcado e o joguei no chão. Deitei na espreguiçadeira, enquanto Bill deitava ao meu lado. Ambos colocamos nossos óculos de sol e nos demos a mãos e ficamos conversando.
Tom saiu sensualmente da piscina, me fazendo fixar os olhos nele. Ele pegou a toalha secou o corpo e entrou na casa. Senti o toque delicado do Bill no meu braço, virei e ele estava acariciando meu braço delicadamente.
Sorri e tirei os óculos e ele fez o mesmo e acabamos nos beijamos. Esqueci-me do Tom e me entreguei ao Bill, aos beijos e carícias dele.
-Já volto. -disse o Bill, saindo da cadeira.
-Tudo bem. -ele sorriu e entrou na casa.
Fiquei deitada na espreguiçadeira de olhos fechados tentando pensar em nada apenas sentindo o sol bater em minha pele, enquanto meus pulmões absorviam aquele ar puro que vinha das árvores de ambas as casas.
Abri os olhos e olhei para o lado quando vi o Tom voltar. Ele sentou do meu lado e analisou meu corpo.

Deus que me perdoe, mas a Anna era uma tentação e tanto. Não sei que tipo de relação ela está tendo com o meu irmão, mas eu tinha que ficar com ela. Tinha mesmo. Não era apenas uma vontade, mas sim uma necessidade.
Bill voltou e beijou-a na minha frente, nem teve a educação de levar-la para o quarto de novo. Pelo menos isso.

-Bill, eu já vou. -disse eu, me espreguiçando.
-Ah. -ele fez bico.
-Mas eu te vejo depois. -disse eu, vestindo o short que já estava seco.
-Tudo bem. -disse ele, se levantando.
-Tchau Tom.
-Tchau Anna. -disse ele, desinteressado.
Bill me levou até a porta da casa dele, não queria pular o muro novamente não. Não teria ninguém pra me segurar do outro lado. Despedi-me com um simples beijo e fui embora para casa.
Cheguei em casa e não tinha ninguém ainda, mesmo eu demorando na casa dos gêmeos. Fui até os fundos da casa e peguei a minha Cosmopolitan que estava na cadeira assim como eu havia deixado.
Subi para o meu quarto, guardei a revista e fui tomar banho. Depois, já limpa e vestida confortavelmente, fui fazer o almoço, afinal todos iam chegar mortos de fome.

Na casa ao lado.

Eu estava no meu quarto, pensando na Anna, quando o Bill chega com uma cara de manha e preocupação. Ele sentou na minha cama e disse:
-Tom... -manhoso.
-O que foi? -perguntei atencioso.
-Eu estou loucamente apaixonado pela Anna. -assumiu, olhando para baixo.
-E daí? -perguntei desinteressado, colocando a minha camiseta.
-E daí que naquela noite da aposta eu não transei com ela. -assumiu ele novamente, me espantando.
-Que? -perguntei, ainda espantado.
-O que você acaba de ouvir. -disse ele, olhando novamente para baixo.
-Mas por quê? Faltou camisinha?
-Não. -respondeu ele, balançando a cabeça.
-Aquilo não levantou? -tive que perguntar. Ele olhou pra mim como se quisesse me bater.
-Tom... Não.
-Ah. Isso já era de se esperar. Eu sei que você não é daqueles que transam de primeira.
-Realmente, isso é que era o problema. -disse ele, atordoado.
-Então, não fique preocupado. O tempo é essencial. -disse eu, batendo na cabeça dele de leve.
-Eu sei, mas eu tenho medo de que ela desista de mim.
-É. Isso é algo crucial.
-Eu sei.
Ele saiu do meu quarto ainda confuso. Eu sabia que o Bill era assim, mas logo com ela? Eu que vou ficar com ela, na primeira oportunidade. Ah se vou!

À noite.


Depois desse dia, a única coisa que eu tinha que fazer era descansar. Subi para o meu quarto, escolhi uma camisola confortável e deixei a na cama.
Liguei o som e estava passando a música que eu dançava com as minhas amigas no Brasil - Infinity - Guru Josh Project. Fiquei feliz e comecei a tirar a roupa no ritmo da música. Até cantei e quando a música se agitou fiz os passinhos de Hardstyle. Coloquei a camisola e continuei a dança.
Depois que a música acabou, continuei ouvindo a outra música, enquanto escovava os dentes e preparava a cama. Resolvi prender meus cabelos num rabo-de-cavalo, quando eu terminei meu celular tocou. Até estranhei já que essa hora não poderia ter ninguém na minha casa no Brasil. E aqui a Julie não ligaria pra mim, ela gritaria pra mim.
Peguei o celular que dizia:

“Mensagem nova”

Cliquei para ver e estava escrito o seguinte:

“Anna, me arrependo de não ter te beijado antes do meu irmão. Por favor, me diga que não está namorando o meu irmão? Eu preciso ficar com você.”


Com certeza era o Tom. Respondi o seguinte:

“Tom, eu não estou namorando o seu irmão, ele nem me pediu e muito menos conversamos sobre isso, apenas estamos ficando, eu acho. E eu não sei o que estou sentindo por você, então não sei se a essa necessidade de ficar com você.”
Deixei meu celular na cama e fui fechar as cortinas. Sentei-me na poltrona, agarrando minhas pernas, posicionando-me como se fosse um bicho se defendendo da presa. Fiquei pensando e pensando...
Aquilo confundia cada vez mais a minha mente. Eu não sei quem eu amava, não sei quem eu desejava, não sei o que queria fazer. Estava confusa e perturbada.
Como é que duas pessoas podem confundir uma só mente?
Mentalmente eu ia responder a minha pergunta, mas o celular tocou.

“Eu quero fazer amor com você. E não vou perder essa oportunidade como meu irmão fez. Boa noite, Angel.”

E assim foi a resposta dele. Não tinha palavras para respondê-lo. Eu sabia que também queria isso, mas meu coração queria o Bill e não ele.
Levantei da cadeira e deitei na minha cama. Depois de muito revirar na cama, acabei adormecendo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Arquivos do Blog