sexta-feira, 20 de setembro de 2013

A Garota Do Cabaré - Capítulo 3


Reflexo...
No dia seguinte acordei mas cedo do que eu esperava, confesso que tentei voltar a dormi, mas sem sucesso. Acordei me vesti, a casa estava um total silêncio.

- Quer alguma coisa Sr. Kaulitz? – perguntou a empregada, que até hoje não sei o nome.
- Não só estava sem sono, se alguém pergunta de mim diga que sai.
- Pode deixar eu aviso – vesti meu casaco estava frio lá fora, pedi para o cocheiro que me levasse até o centro da cidade, caminhei nas ruas de Paris passei em frente á casa de Madame Charlotte estava mas silenciosa do que a noite anterior não havia musica nem vozes. Uma carruagem parou na frente da casa me escondi entre alguns arbustos de lá desceu Brigitte com a ajuda do cocheiro, e a carruagem partiu ao contrario daquilo que eu imaginava ela não entrou na casa de Madame Charlotte, caminhou para meio de uma floresta que diabos ela está fazendo? Segui seus passos em silêncio até que ela parou em frente á um lago vendo seu próprio reflexo refletindo na água. Caminhei lentamente até ela pisei em alguns galhos secos e ela olhou pra atrás assustada.

- Quem é você? – ela perguntou, com os olhos azuis esbugalhados.
- Me desculpe, não queria te assusta – me expliquei.
- Tudo bem, acho que conheço você. Você foi ontem na casa de Madame Charlotte com Gustav, não foi? – ela voltou a olhar o lago, me aproximei dela ficando do seu lado.
- Sim – respondi.
- O que está fazendo aqui? – ela perguntou olhando a primeira vez em meus olhos.
- B-bom pode parecer um pouco estranho até mesmo ridículo mas eu te segui – senti meu rosto arde de vergonha, ela sorriu não de forma provocante mas como uma garota quando ganha um vestido novo. Ficamos em silêncio apenas observando o lago como ela era linda senti seus lábios tremerem de frio quando uma brisa fria tocou sua pele. Tirei meu casaco e coloquei em seus ombros, e ela sorriu tímida dessa vez.

- Obrigada você é muito gentil – ela disse com sua voz doce e melodiosa.
- De nada.
- Eu tenho que voltar Charlotte deve está preocupada.
- Eu te acompanho – ela não disse nada o caminho todo chegamos em frente a casa de Madame Charlotte ela tirou o casaco e me entregou. Pude sentir o cheiro do seu perfume floral brotando do meu casaco.

- Obrigada pelo casaco e pela companhia.
- De nada, até breve.
- Até breve.

Voltei até a casa de Gustav quando cheguei pude sentir o aroma de café todos estavam a mesa.

- Bill onde você estava? – perguntou Tom.
- Fui dá uma volta conhecer melhor Paris – entreguei meu casaco á empregada e me sentei há mesa.
- Adeline hoje tem uma festa na casa do barão pode pegar aquele dinheiro e compra um vestido se você quiser, quero que você esteja linda – disse Gustav, talvez isso seja uma forma dele compensar a traição. Adeline pediu licença e saiu da mesa.
- O mesmo barão que estava na casa na casa de Madame Charlotte? – perguntei.
- Sim, ele mesmo, pobre barão depois que a esposa morreu fica bancando prostitutas – disse Gustav, achei grosseiro ele falar daquele jeito como se prostitutas não fossem gente.
- A esposa dele morreu? – perguntei.
- Sim morreu de febre amarela hoje provavelmente vai desfila com Brigitte no salão de festa inteiro. Terminamos o café da manhã passei o resto da tarde trancado no meu quarto escrevendo uma de minhas distrações nesse mundo tedioso. A noite já chegava decide me vestir já era quase hora do baile. Vesti minha camisa branca, de folhos de cascatas no peito e nos pulsos. Uma calça preta justa e umas botas de cabedal preto, de cavaleiro que ficava em baixo de meu joelho. Como era um baile de mascara coloquei uma mascara preta de veludo. Ficamos a espera de Adeline, mulheres sempre demoram a se arrumar, ela desceu a escada estava encantadora Gustav sorriu orgulhoso.

- Está muito bonita Adeline – elogiei.
- Obrigada – ela respondeu, a carruagem já estava a nossa espera, estava ansioso para vê Brigitte. Como ela estaria vestida? Será que estaria tão bela quanto Adeline? 

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