Desejo.
- Quer dançar? – perguntou Gustav a Adeline.
- Claro – ela respondeu. Eu e Tom sentamos em uma das mesas meus olhos buscaram todo o salão em busca dela, ela apareceu no alto da escada de braços dados com barão todos se levantaram inclusive eu. Ela estava linda a mas bela entre todas as criaturas vestia um vestido vermelho e dourado dando destaque a sua cintura. Sua mascara era de seda em um vermelho vivo, delicadamente bordado com pequenas lantejoulas pretas. O par de luvas, pretas de cetim chegavam até seu cotovelo. Ela desceu elegantemente as escadas tirando suspiros e olhares masculinos, fazendo as senhoras ali presente se sentirem humilhadas. Se sentou em uma mesa afastada da minha seu olhar se cruzou e ela sorriu, o meu Deus que diabos tem nesse sorriso que me enfeitiça. O Barão saiu para cumprimentar os convidados deixando-a sozinha não permaneci imóvel me dirigi a ela, fiz uma vênia.
- Dança comigo? – eu perguntei, ela não respondeu apenas sorriu, puxei suavemente sua mão arrastando-a para o meio do salão posicionei minha mãe em sua cintura fina e comecei a guiá-la em numa valsa ao som do violino. Percebi que ela estava nervosa, talvez com medo.
- Está nervosa? – perguntei.
- Não, está tudo bem – ela respondeu com a voz tremula, continuamos a dança por de trás dos caracóis vermelhos de Brigitte vi o Barão vindo em nossa direção feito um touro enraivecido trombando em alguns casais que dançavam. Ao chegar mais perto prendeu Brigitte pela parte superior do braço por cima do cotovelo.
- Barão! – se assustou Brigitte.
- Vem comigo, agora Brigitte! – ordenou Barão.
- Solte-a! – falei um pouco irritado com atitude daquele homem grosso.
- Quem você pensa que é rapaz?
- Me solte você está me machucando! – disse ela mexendo o braço tentando se libertar.
- Se me permite – arranquei as mãos imundas daquele velho de cima de Brigitte – Isso são maneiras de tratar uma dama?
- Trato do jeito que eu bem entender – cuspiu o Barão enervado com a minha atitude.
- Na minha frente não trata – puxei Brigitte pela cintura. – E o que você é dessa bela moça? Irmão? Marido?
- Você vai pagar muito caro Brigitte – disse o Barão, saindo dali com passos firmes.
- Você é maluco? Ninguém nunca enfrentou o barão desse modo.
- Ninguém trata donzelas na minha frente como se fosse um pano sujo ainda mas você – ergui a minha mão e toquei sua pele macia tão sedosa ela fechou os olhos com meu toque.
- Eu não posso – ela tirou seu rosto de minhas mãos e subiu as grandes escadas o barão assim que á viu subir foi atrás e eu subi discretamente ouvi alguns gritos, vindo de alguma sala. Encostei meu ouvido na porta.
- Sua vagabunda! O que você estava fazendo com aquele nazista? – ele gritava.
- Nós estávamos apenas dançando – ela disse com medo.
- Dançando? Eu vi a troca de olhares entre vocês!
- Você não é meu dono! – sua voz saiu engasgada com o seu choro, ouvi um estalo provavelmente de um tapa me segurei para não entrara lá e estoura a cara daquele homem.
- Você não passa de uma vadia qualquer! Quem te dá esses vestidos caros, quem paga suas contas em sua vadiazinha você vai morre no pó sempre sendo uma prostituta qualquer – ouvi passos me escondi por de trás de um cortinado o Barão saiu voltando a festa. Eu entrei no quarto, assim que ela me viu virou seu rosto para eu não vê.
- O que você está fazendo aqui? Vá embora por favor – disse ela secando as lágrimas, virei seu rosto para mim. Do canto do seus lábios vermelhos escorriam algumas gotas de sangue.
- O que ele fez com você meu amor – eu disse – como ele foi capaz de tocar em um rosto tão frágil como o seu.
- Nem todo homem é cavaleiro e gentil como você Bill – pela primeira vez ela pronunciou meu nome, eu a abracei e beijei sua testa.
- Temos que cuidar disso em sua boca.
- Vamos até a casa de Madame Charlotte, não tem ninguém lá as garotas foram em outra festa em uma cidade vizinha.
Saímos pela cozinha da mansão tivemos que ir caminhando fizemos o caminho silenciosamente. A casa de Madame Charlotte estava vazia.
- Vem vamos até meu quarto. – ela me guiou pelos corredores entramos no quarto dela tinha longas cortinas vermelhas com rendas douradas, sua cama era de casal tinha uma colcha branca com rendas também dourada a mobília tinha um tom branco e dourado.
- Onde tem um Kit de primeiros socorros? – perguntei.
- Na primeira gaveta do criado. – eu abri e peguei um caixinha coloquei álcool em um algodão e toquei levemente sua a ferida do seu lábio inferior.
- Auuuu! – ela gemeu de dor, e eu soprei, seus olhos azuis estavam vidrados em mim seus lábios se entre abriram e se envolveu com os meus seus lábios eram macios delicados, ela se afastou de mim pegou minha mão e colocou em seu peito esquerdo.
- Me toque! – ela disse, sua voz parecia mas um sussurro tomado pelo desejo.
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