sexta-feira, 20 de setembro de 2013

A Garota Do Cabaré - Capítulo 4


Desejo.
A carruagem parou em frente a uma imensa mansão descemos era um palacete cheio de luxo. O grande hall da entrada da mansão estava iluminado por um grande lustre de cristal, pendurado no teto. Era uma visão circular e ampla, com uma enorme escadaria de mármore branco para o piso superior do edifício, que estava travada a passagem com uma fita vermelha de seda. No cimo da escadaria estava um enorme relógio de parede, que marcava 21 horas 30 minutos. Uma pequena seta em metal dourado apontava para a divisão que irradiava luz dourada que ficava á direita no rés-chão.

- Quer dançar? – perguntou Gustav a Adeline.
- Claro – ela respondeu. Eu e Tom sentamos em uma das mesas meus olhos buscaram todo o salão em busca dela, ela apareceu no alto da escada de braços dados com barão todos se levantaram inclusive eu. Ela estava linda a mas bela entre todas as criaturas vestia um vestido vermelho e dourado dando destaque a sua cintura. Sua mascara era de seda em um vermelho vivo, delicadamente bordado com pequenas lantejoulas pretas. O par de luvas, pretas de cetim chegavam até seu cotovelo. Ela desceu elegantemente as escadas tirando suspiros e olhares masculinos, fazendo as senhoras ali presente se sentirem humilhadas. Se sentou em uma mesa afastada da minha seu olhar se cruzou e ela sorriu, o meu Deus que diabos tem nesse sorriso que me enfeitiça. O Barão saiu para cumprimentar os convidados deixando-a sozinha não permaneci imóvel me dirigi a ela, fiz uma vênia.

- Dança comigo? – eu perguntei, ela não respondeu apenas sorriu, puxei suavemente sua mão arrastando-a para o meio do salão posicionei minha mãe em sua cintura fina e comecei a guiá-la em numa valsa ao som do violino. Percebi que ela estava nervosa, talvez com medo.

- Está nervosa? – perguntei.
- Não, está tudo bem – ela respondeu com a voz tremula, continuamos a dança por de trás dos caracóis vermelhos de Brigitte vi o Barão vindo em nossa direção feito um touro enraivecido trombando em alguns casais que dançavam. Ao chegar mais perto prendeu Brigitte pela parte superior do braço por cima do cotovelo.

- Barão! – se assustou Brigitte.
- Vem comigo, agora Brigitte! – ordenou Barão.
- Solte-a! – falei um pouco irritado com atitude daquele homem grosso.
- Quem você pensa que é rapaz?
- Me solte você está me machucando! – disse ela mexendo o braço tentando se libertar.
- Se me permite – arranquei as mãos imundas daquele velho de cima de Brigitte – Isso são maneiras de tratar uma dama?
- Trato do jeito que eu bem entender – cuspiu o Barão enervado com a minha atitude.
- Na minha frente não trata – puxei Brigitte pela cintura. – E o que você é dessa bela moça? Irmão? Marido?
- Você vai pagar muito caro Brigitte – disse o Barão, saindo dali com passos firmes.
- Você é maluco? Ninguém nunca enfrentou o barão desse modo.
- Ninguém trata donzelas na minha frente como se fosse um pano sujo ainda mas você – ergui a minha mão e toquei sua pele macia tão sedosa ela fechou os olhos com meu toque.
- Eu não posso – ela tirou seu rosto de minhas mãos e subiu as grandes escadas o barão assim que á viu subir foi atrás e eu subi discretamente ouvi alguns gritos, vindo de alguma sala. Encostei meu ouvido na porta.

- Sua vagabunda! O que você estava fazendo com aquele nazista? – ele gritava.
- Nós estávamos apenas dançando – ela disse com medo.
- Dançando? Eu vi a troca de olhares entre vocês!
- Você não é meu dono! – sua voz saiu engasgada com o seu choro, ouvi um estalo provavelmente de um tapa me segurei para não entrara lá e estoura a cara daquele homem.
- Você não passa de uma vadia qualquer! Quem te dá esses vestidos caros, quem paga suas contas em sua vadiazinha você vai morre no pó sempre sendo uma prostituta qualquer – ouvi passos me escondi por de trás de um cortinado o Barão saiu voltando a festa. Eu entrei no quarto, assim que ela me viu virou seu rosto para eu não vê.
- O que você está fazendo aqui? Vá embora por favor – disse ela secando as lágrimas, virei seu rosto para mim. Do canto do seus lábios vermelhos escorriam algumas gotas de sangue.
- O que ele fez com você meu amor – eu disse – como ele foi capaz de tocar em um rosto tão frágil como o seu.
- Nem todo homem é cavaleiro e gentil como você Bill – pela primeira vez ela pronunciou meu nome, eu a abracei e beijei sua testa.
- Temos que cuidar disso em sua boca.
- Vamos até a casa de Madame Charlotte, não tem ninguém lá as garotas foram em outra festa em uma cidade vizinha.

Saímos pela cozinha da mansão tivemos que ir caminhando fizemos o caminho silenciosamente. A casa de Madame Charlotte estava vazia.

- Vem vamos até meu quarto. – ela me guiou pelos corredores entramos no quarto dela tinha longas cortinas vermelhas com rendas douradas, sua cama era de casal tinha uma colcha branca com rendas também dourada a mobília tinha um tom branco e dourado.
- Onde tem um Kit de primeiros socorros? – perguntei.
- Na primeira gaveta do criado. – eu abri e peguei um caixinha coloquei álcool em um algodão e toquei levemente sua a ferida do seu lábio inferior.
- Auuuu! – ela gemeu de dor, e eu soprei, seus olhos azuis estavam vidrados em mim seus lábios se entre abriram e se envolveu com os meus seus lábios eram macios delicados, ela se afastou de mim pegou minha mão e colocou em seu peito esquerdo.

- Me toque! – ela disse, sua voz parecia mas um sussurro tomado pelo desejo.

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