sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Seduction Innocence - Capítulo 5

Não, não posso.

-Desculpe. -disse eu, baixando a cabeça.
-Nada demais. Eu gostei. -disse ele, colocando a mão na minha cabeça fazendo eu a levantar. Eu sorri e voltamos a nos beijar.
Ele é tão doce.
-Quer conhecer meu quarto? -perguntou ele, segurando em minhas mãos.
-Sim, sim. -respondi, sorrindo. Nem pensei nas segundas intenções dele.
-Me acompanhe. -disse ele, pegando em minhas mãos.
-Okaay.
Ele atravessou a casa, segurando em minhas mãos.

O casal passou e os garotos que estavam na sala conversando sobre a aposta.
-Olha o Bill... -disse o Gustav.
-Vixe Tom, perdeu a aposta. -disse o Georg.
-Uhm... Vamos ver se isso vai vingar. -disse ele, perverso esfregando uma mão na outra.

Bill abriu a porta e eu entrei, ele entrou atrás de mim e fechou a porta. Parei para observar o quarto dele. Era um local simples. Uma cama bem no meio do quarto, forrada com lençóis brancos com listras acinzentadas em torno dela, dos dois lados da cama tinha um criado-mudo de madeira escura cada um com um abajur todo branco, o piso esbranquiçado pelo leve carpete que o cobria, uma poltrona com uma mesa pequena cheia de revistas e papéis, duas portas, uma que parecia ser do closet dele e outra do banheiro e ao lado da porta tinha uma mesa com um computador, um notebook ao lado e o celular dele.
-Gostei daqui. -disse eu, sorrindo levemente.
-Eu gosto de me trancar aqui ás vezes. -disse ele, sentando na cama.
-Para compor? -perguntei, sentando ao lado dele.
-É. Para pensar também.
-Eu gosto de fazer isso. Ás vezes eu penso tanto que chega a doer a cabeça. -disse eu, colocando a mão na cabeça. Ele sorriu.
-Você é divertida. -disse ele, pegando na minha mão. Assustei-me um pouco, mas deixei levar pelo momento.
-Obrigado. -abaixei a cabeça.
Bill passou a outra mão em torno de minha nuca, forçando eu a levantar o rosto para ele. Ele mantia um sorriso leve nos lábios, ele aproximou o rosto lentamente. Quando senti seus lábios quentes encostarem-se aos meus, sabia que tinha que beijá-lo. Então ele pressionou mais, forçando-nos a iniciar um beijo.
Movimenta-nos devagar, enquanto deitava-o na cama. Bill não parecia se importar de eu assumir o controle, parecia estar gostando. As mãos dele percorreram minhas costas suavemente, enquanto passava as minhas mãos ao redor de seus cabelos.

-Vamos espiar? -perguntou o Tom, fervoroso.
-Deixa eles. -respondeu o Georg, despreocupado.
-AHHH. Eu quero. Vamos? -insistiu.
-E se eles estiverem num momento mais intimo?
-É só fingir que é um filme pornô, só que com o Bill atuando. -respondeu ele, fazendo uma carinha de nojo.
-OH céus! -disse o Georg.
-Vamos então. -disse o Gustav, convencido das palavras do Tom.
-Okaay.
Eles subiram e o Tom foi à frente.
Ele abriu a porta do quarto do Bill bem devagarzinho para ninguém perceber. Ele ouviu um barulho que demonstrava o que eles estavam fazendo. Tom riu e abriu mais a porta e viu os dois beijando-se intensamente.
-Uau. -sussurrou o Tom, trancando a porta.
-E ai? -perguntou os meninos se afastando do quarto.
-Perdi completamente a aposta. -respondeu.
-Por quê?
-Eles estão no maior amasso na cama, nem sequer esperou para falar alguma coisa. Já foi direto. -respondeu o Tom, ainda surpreso.
-Olha o Bill arrasando.
-Também ele é irmão de quem. -disse o Tom, metido.
-Se acha. -disse o Georg, descendo as escadas.
-Como eu já disse, eu não me acho é as pessoas procuram por mim.
Os dois amigos, Georg e Gustav, foram para suas casas, que era logo a frente da casa dos gêmeos. Tom ficou na sala assistindo televisão.

Eu estava gostando do momento, mas acho que as coisas estão sendo feitas rápido demais. Antes que eu o parasse, ele parou por si próprio.
-Desculpe. -disse ele, levantando, voltando a nossa posição inicial. -Não posso.
-Eu entendo. Ia fazer a mesma coisa. -disse eu, sorrindo pegando nas mãos dele.
-Não sei o que você está pensando de mim agora. -disse ele, preocupado com as mãos na cabeça olhando para baixo.
-Bill... -peguei no queixo dele, fazendo-o levantar o rosto. -Eu penso que você é a pessoa doce que eu conheço. Sabe daquela banda que eu gosto. Como é que chama mesmo? -brinquei, para animá-lo.
-Tokio Hotel. -respondeu ele, sorrindo.
-É. -disse eu, animada.
-Você quer dormir aqui hoje? -perguntou ele, feliz.
-Ah, eu tenho que acordar cedo amanhã. Acho que vou voltar pra casa. -respondi incerta.
-Tem certeza?
-Não. -respondi, rindo, ele também o fez.
-Fica comigo então? Eu te acordo. -brincou.
-Tudo bem. -respondi. -Me acorda mesmo?
-Sim, sim. Prometo.
-Okay. Vou ligar para a Julie. -disse eu, tirando um celular de dentro da minha bolsa.
-Tudo bem.
No telefone.
-Juh, é a Anna.
-Oi Anna. Você não vai dormir aqui não?
-Era isso que eu queria te falar.
-Ah, rolou alguma coisa.
-Depois nós conversamos.
-Tudo bem. Boa noite.
-Boa noite.
Ela desligou.
-Avisado. -disse eu, guardando o celular na bolsa.
-Aham. -disse ele, se levantando da cama. -Quer alguma coisa para dormir?
Procurei na minha bolsa, meu velho short branco que sempre carregava dentro da bolsa - dica da Manu, se acontecer alguma coisa mais íntima, pelo menos um short você tem para dormir! - eu sempre achava que era uma boa idéia.
-Bom, preciso de uma camiseta. -disse eu, com o short na mão.
-Uhm... -disse ele, entrando no closet. -Essa está boa? -perguntou ele, depois de um tempo procurando algo, segurando a camiseta na mão.
-Ótima. -disse eu, pegando da mão dele. -Obrigado, Bill. -sorrindo.
-De nada. -disse ele, pegando na minha mão vaga. -Eu vou me trocar no banheiro, pode se trocar aqui.
-Tudo bem. -disse eu.
Ele entrou no banheiro, enquanto trocava minhas roupas. Coloquei o vestido em cima da poltrona dele e tirei as sandálias pesadas de meus pés.
Bill saiu do banheiro depois de uns minutos e pelo cheirinho, parecia que ele havia tomado banho. Sorri e ele disse:
-Aproveitei para tomar banho. -ele ajeitou os cabelos.
-Tá cheiroso. -brinquei.
-Obrigado.
Ele pegou na minha mão.
-Quer beber alguma coisa antes de dormir?
-Água seria uma boa idéia.
-Estava pensando a mesma coisa. -disse ele, rindo.
-Bom... -fiquei envergonhada.
Então descemos as escadas de mãos dadas, conversando. Tom ficou olhando-nos com uma cara esquisita. Atravessei o corredor que nos levava a cozinha e chegamos ao destino final.
Bill encheu um copo d’água e entregou em minhas mãos e depois ele pegou um copo, enchei d’água e bebeu.
-Pronto?
-Sim. -respondi, colocando o copo na pia.
Então, voltamos ao quarto.
Bill ajeitou as cortinas, desligou as luzes e deitou na cama, juntamente de mim.
-Posso? -perguntou ele, passando o braço em torno de minha cintura, por debaixo do edredom.
-Pode. -respondi tranqüila. Aproveitei para abraçá-lo.
-Sabe... -disse ele, pensativo.
-O quê?
-Estou gostando de... -ele pausou. -... Você. -continuou. Nossa, o Bill falando isso pra mim. Senti um arrepio gostoso subir em meu corpo. Fiquei em silêncio por uns segundos, pensando numa frase para retribuí-lo.
-Bill, não sei o que dizer. Mas antes eu sempre gostei de você e agora conhecendo você pessoalmente, eu estou gostando ainda mais. -ele sorriu. Em poucos segundos já estávamos trocando outro beijo gostoso. Mas esse tinha um toque a mais, tinha um sabor diferente. O amor. O início de um grande amor.
Afastei-me dele e depois de um tempo de conversa, nós adormecemos.

Pela manhã.

Bill acordou se sentindo outra pessoa, totalmente renovado. Ele olhou para o lado, mas nem precisou afinal ele estava sentindo o corpo dela sendo envolvido pelos seus braços. Sorrindo ele, soltou-a dos braços, olhou no relógio. Faltava apenas uma hora e meia para o horário que ela pediu que ele a acordasse.
Ele levantou da cama devargazinho e saiu do quarto, descendo as escadas todo animado. Bill foi até a cozinha e se deparou com a sua mãe conversando com o seu irmão gêmeo.
-Bom dia. Bom dia. -disse ele, logo abrindo o armário e pegando uma bandeja.
-Uhm, parece que teve uma boa noite. -disse Simone, ajudando o Bill a colocar algumas coisas na bandeja.
-Para duas pessoas mãe.
-Duas? -perguntou ela, confusa.
-É. -respondeu ele, acanhado.
-Não vai me dizer que... -ela não terminou.
-É, mãe.
-Ai que bonitinho. Você se apaixonou por ela.
-Aham. Vou subir. Obrigado mãe. -ele deu um beijo na bochecha dela.
Em poucos minutos, após colocar mais coisas da bandeja, Bill já estava no quarto dele com a bandeja nas mãos. Ele deixou a bandeja na mesa do computador e com receio ele ia acordar aquele anjo que dormia em sua cama.
Ele mexeu nos cabelos dela, afastando-os do ouvido dela. Bill sussurrou:
-Anna, acorda.
Ela se mexeu um pouquinho, dando um sinal de que estava acordando. Bill se afastou e ficou esperando aqueles belos olhos se abrirem.
-Bom dia. -disse ele, animado.
-Bom dia. -disse ela, sorrindo.
Ela se espreguiçou e levantou ficando de joelhos na cama, assim como Bill estava. Bill se aproximou e eles iniciaram um ardente beijo.

Soltei do Bill, retomando o fôlego. Ele saiu da cama e eu me sentei, enquanto ele colocava uma bandeja repleta de guloseimas em cima da cama.
-Uhm. -disse eu, gulosa.
-Está bom mesmo. -disse o Bill, pegando um pedaço de bolo e colocando na minha boca.
-Uhm... -disse eu, mastigando. -Está uma delicia.
-Eu sei. Minha mãe cozinha muito bem.
-Nem fala em mãe, já estou com saudade da minha.
-Ah, eu quem diga em sentir saudade.
-É. Mas é pouco tempo. -disse eu, fazendo bico.
-É...
Tomei meu café-da-manhã com o Bill e depois fui para casa trocar de roupa e ir para o curso antes que me atrasasse.
Era quase impossível prestar atenção na aula, fiquei a pensar sobre a noite passada. Nas palavras dele, nos beijos, nos toques suaves em minha pele.
Não sei se estava sonhando, mas se eu estiver, que ninguém nunca me acorde.

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