quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Doce E Selvagem! - Capítulo 9

Mais uma vez, acordei com meu celular tocando desesperadamente, com certeza era David querendo me matar por estar atrasado. Abri meus olhos com toda calma do mundo e quando olhei para o lado... adivinhem?! É. Ela não estava lá, como sempre. Fiquei com raiva disso, até quando ela iria fazer essa joguinho comigo?
Me levantei e peguei minha calça, tirei meu celular de dentro do bolso e vi que tinha 21 chamadas perdidas. Sim, ele realmente iria me matar! Mandei uma mensagem dizendo que já estava chegando mas então, ouvi barulhos em algum lugar do apartamento... Não podia ser! Vesti rápido minha boxer e fui apenas ao banheiro do quarto, jogar uma água no rosto e saí correndo pelo apartamento.
Quando cheguei à cozinha, ela estava lá. De costas para mim e fazendo algo no fogão, vestia uma camisa preta imensa que cobria seu corpo, sorri para o nada, pois dessa vez, ela tinha ficado comigo.
– Bom dia, Bill! – ela disse e virou um pouco seu corpo para me olhar e sorrir.
– Bom dia! – caminhei até ela e a abracei por trás, afastando seus cabelos e dando um beijo em seu pescoço.
– Sempre acorda manhoso assim? – ela perguntou e riu.
– Hum... Depende de com quem eu acordo. – sorri e me sentei em uma das cadeiras que tinha na cozinha. Não havia mesa, apenas um balcão de mármore que era como uma espécie de mesa. – Que cheiro bom!
– Seu café da manhã! – ela retirou algo do forno e pôs na pia, depois se virou para mim com um prato na mão. – Ovos mexido. – colocou o prato em minha frente. – E suco de laranja. Fiz uma torta de limão também, mas ainda está quente demais, acabei de tirar do forno.
– Parece estar muito bom, obrigado! – puxei ela pela cintura para perto de mim e dei um beijo suave, e rápido em seus lábios.
– De nada. – sorriu e se sentou com seu prato também. – Acho que tem alguém furioso com você. Seu celular não parava de tocar.
– Ah, é o David. Provavelmente ele quer me matar agora, mas não tem importância, resolvo depois. – sorri para ela.
– Acho bom você comer rápido então, senão vão acabar invadindo minha casa, atrás de você. – ela riu e tomou um gole de suco.
– Tenho certeza que eles não fariam isso. E não estou muito afim de ir trabalhar agora mesmo. – comecei a comer.
– Oh God! Agora, quem vai morrer sou eu. Suas fãs vão querer me matar se eu atrapalhar o andamento do CD.
– Você não está atrapalhando em nada. Relaxe. – pisquei para ela.
Conversamos bastante durante o café da manhã, Jacqueline era meiga e extrovertida, tentei perguntar novamente os motivos por ela ter me deixado sozinho e sem vestígios dela nas outras vezes que nos vimos, mas ela trocou de assunto, como fez no restaurante.
– Bill, eu vou ter que tomar um banho. – disse retirando nossos pratos e colocando na pia. – Tenho um trabalho muito importante da faculdade para ir fazer agora, espero que me perdoe.
– Não, não... Não tem problema. Eu também tenho que ir logo para o estúdio, vou levar uma bronca daquelas! – ri e me levantei.
– Pode tomar banho comigo se quiser. – ela disse sedutoramente caminhando em minha direção.
– Fica difícil recusar com você me olhando desse jeito. – passei meus braços em volta da sua cintura e ergui seu corpo, sentando-a em cima do balcão. – Mas infelizmente eu vou ter que deixar essa oferta para outro dia. – afastei seus cabelos com minhas duas mãos e formei um rabo de cavalo preso por meus dedos. Beijei seu pescoço e depois segui para sua boca, afundando minha língua em encontro à dela.
– Certeza...? – disse ela, tentando recuperar o fôlego.
– Sim. – suspirei com meus lábios encostados no seu. Ela gemeu em reprovação e soltei seus cabelos, em um impulso, Jacqueline pulou do balcão.
– Então vai logo. – sorriu. – Não quero que ninguém te mate!
– Por quê? Eu iria te fazer tanta falta assim? – provoquei.
Ela apenas sorriu de canto e foi para o seu quarto. Fui atrás dela e vesti minhas roupas, peguei meus pertences e dei um último beijo nela. Saí de seu apartamento com uma sensação estranha, parecia que eu conhecia ela a anos, parecia que éramos tão próximos e unidos.
Deixei o prédio triunfante e dirigi com meu carro, direto para o estúdio. Eu já sabia que iria levar uma bronca não só de David, mas também de Tom por ter desaparecido, mas eu estava feliz de finalmente ter ficado um tempo razoável com a minha garota misteriosa. Aliás, nem era mais tão misteriosa assim.
– ONDE VOCÊ ESTAVA BILL? – Assim que passei pela porta de entrada do estúdio, Tom já apareceu gritando.
– Eu disse que não sabia que horas voltaria. – respondi calmamente.
– É, mas não disse que não sabia que dia voltaria! Eu estava preocupado com você, sabia?
– Tá bom, Tom. Calma! Eu hein... – quando David me viu, foi o mesmo escândalo, falou que eu tinha que ter responsabilidades e etc, mas nada iria atrapalhar minha felicidade hoje.
O dia foi chato e monótono longe dela. Contei para Tom que passamos a noite junto e as sensações que senti quando saí do apartamento dela, disse também que eu já estava sentindo a falta dela e ele começou a zombar de mim, dizendo que eu estava apaixonado. Será? Não, não... nos conhecíamos muito pouco ainda. Mas eu tinha tanta necessidade de ter ela perto de mim!
Cheguei em casa era 2:00 a.m. Eu estava morto de cansado, então tomei um banho rápido e quando olhei em meu celular, tinha uma mensagem dela: “A torta de limão ainda está aqui para você, pode vir come-la quando quiser. Beijos, Jacqueline.” Sorri com o duplo sentido na mensagem, mas além de ser deselegante eu responder a mensagem dela á essa hora, eu estava morrendo de sono, então deixei para ligar para ela no dia seguinte. Apenas relaxei em minha cama e deixei que o sono me atingisse tranquilamente.
Vou acabar jogando meu celular na parede se todos os dias ele ficar tocando. Mas que merda! Me sentei na cama morrendo de raiva e o quarto ainda estava escuro, o que era estranho. Peguei o celular e eram... 5:00 DA MANHÃ?! Mas quando vi o número, atendi logo.
– Alô? – ouvi uma voz tremula e falhada.
– Jacqueline? Aconteceu alguma coisa? – perguntei preocupado.
– Sim. – ela começou a chorar.

Postado por: Grasiele

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Arquivos do Blog