quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Doce E Selvagem! - Capítulo 11

Senti ela se mexer na cama e abri rápido meus olhos, mas ela estava apenas se ajeitando na cama. Foi assim a manhã toda. Não sei se era medo de que ela fosse embora ou se era apenas preocupação pelo o que tinha acontecido, mas cada movimento que ela fazia, meus olhos se abriam urgentes procurando por ela.
Quando deu 11 horas, resolvi me levantar, pois eu não conseguia mais dormir e iria acabar acordando Jacqueline com essa minha inquietude. Desci e Tom ainda estava em casa, achei estranho, já era para ele estar no estúdio.
– Bill, olha isso! – ele apontou para a TV e eu olhei imediatamente.
Era uma foto minha e de Jacqueline saindo do restaurante em que tivemos nosso terceiro encontro, em baixo havia uma legenda que dizia: Será que o Kaulitz mais novo finalmente achou sua amada? ... Agora eu prestava atenção no que a mulher do programa falava.
– ... E pelos rumores que ocorreram no restaurante, os dois já haviam estado lá e se trancado no banheiro. Talvez Bill Kaulitz não seja tão santo assim! – deu uma risada perversa.
– OMG! – coloquei a mão na cabeça. – Como eles sabem sobre a história do banheiro?! – me joguei no sofá, ao lado de Tom.
– Eu não sei, maninho. Mas esse é um escândalo dos bravos!
– Isso não poderia ter acontecido, eu não quero assumir nenhum relacionamento! Seja com quem for! – me arrependi de ter dito isso quando vi ela no alto da escada, ela se virou e correu de volta para o quarto.
– Agora ferrou tudo de vez. – Tom comentou ao ver ela também.
Levantei-me rápido do sofá e subi as escadas correndo, quando cheguei em meu quarto, ela já estava terminando de vestir suas roupas e me olhou com desprezo.
– Me desculpe por ter atrapalhado tudo e ter feito um escândalo na sua vida! – jogou a camiseta do meu irmão na minha cara. – E obrigado por ser tão gentil. – sorriu forçado e saiu do quarto. Segurei um de seus braços quando ela estava no corredor e a impedi de continuar.
– Não foi bem isso que eu queria dizer. Me perdoe. – seus olhos estavam marejando.
– Eu entendi muito bem o que você quis dizer, Bill. Não precisa se desculpar. – ela puxou seu braço com força, fazendo com que eu a soltasse. – Eu ouvi muito bem você dizer que não quer assumir nada... Aliás, nós nunca tivemos nada mesmo não é?! – ela riu sínica e desceu as escadas correndo. Aquilo doeu de verdade em mim.
Eu era muito cagado para o amor mesmo! Que merda! E eu ainda deixei que ela fosse embora sem ao menos dizer uma palavra, como eu podia ser tão inútil assim?! Voltei para meu quarto e bati a porta com força. Logo agora que percebi que gostava dela de verdade, ela vai me deixar! E tudo por que não sei usar minhas palavras, eu sou um burro!
Não queria comer, não queria sair do meu quarto, não queria tirar ela da minha cabeça... ou melhor, não conseguia. Passei o dia esparramado em minha cama como um verme, não tinha coragem ao menos para ir no banheiro.
“Nós nunca tivemos nada mesmo não é?!”
Suas palavras ecoavam em minha cabeça. Como assim, nós nunca tivemos nada?! Para mim, tinha se tornado mais do que desejo, era amor! Nós não transavamos, nós nos amávamos! Sempre foi assim, até mesmo em nossa primeira noite. Eu não ia deixar as coisas assim, ela tinha que me ouvir e ver que interpretou mal minhas palavras. Me levantei e olhei as horas, já eram 21:00. Peguei as chaves do carro e saí.
Fui ao apartamento de Jacqueline, mas o porteiro me disse que ela não estava. Disse também que tinha saído toda arrumada. Então deduzi que ela havia ido para a boate em que a conheci, dirigi rápido para lá, o céu formava nuvens assustadoras e trovões já ecoavam no escuro. Cheguei rápido na boate e estacionei meu carro em qualquer canto. Alguns pingos já desciam do céu, entrei na boate e procurei-a com o olhar e mesmo sendo um dia da semana, aquele lugar parecia mais cheio do que nunca! Fui obrigado a me espremer entre todas aquelas pessoas que provavelmente não tinham o que fazer da vida para estarem ali, sem preocupações. Consegui passar por um grande grupo de pessoas acumuladas no meio da pista de dança e olhei diretamente para o mini bar.
Lá estava ela, linda como sempre. Estava trajando um vestido azul escuro, leve e solto em seu corpo, seus cabelos estavam soltos e ela sorria lindamente para... Peraí! Quem é esse que está com suas mãos na MINHA garota! Ah, não! Mas isso não vai ficar assim.
– Quem é você? – disse quando me aproximei dos dois. Jacqueline arregalou os olhos ao me ver e olhou rápido para aquele babaca que insistia em segurar sua cintura.
– Bill, o que você tá fazendo aqui? – ela perguntou vindo em minha direção.
– Tira a mão dela! – gritei para o homem e ele ergueu suas mãos para o alto, sorrindo.
– Bill! Para com isso! Está todo mundo olhando. – ela segurou meus braços e tentou fazer com que eu olhasse para ela.
– Eu vim tentar explicar que você entendeu tudo errado, mas eu chego aqui e encontro outro cara agarrando você! – continuei gritando.
– O quê?! Ele não estava me agarrando! Você está louco? – ela tirou as mãos de mim indignada.
– HAHA Agora eu é quem sou o louco da história?! Tem razão! Amar alguém realmente é pura loucura. Não deveria ter me apaixonado por você! – praticamente cuspi as palavras para ela. Saí da boate com os olhos de todos ali presentes pesando sobre mim.
Lá fora a chuva já estava forte, não dei mais que 5 passos e já estava todo molhado, fui andando em direção ao meu carro, a dor que eu sentia era imensa e o pior de tudo, é que não era dor física. Era dor de amor.
– BILL! – ouvi sua voz doce gritar meu nome, mas não me virei. – SEU IDIOTA, BABACA, OLHA PRA MIM! – parei no meio da rua, já perto do meu carro. Como ela ainda podia me xingar? Continuei de costas para ela. – ELE É MEU PRIMO! – tá, agora eu me surpreendi. Me virei e encarei ela que estava totalmente molhada também, sua maquiagem escorria por seu rosto, toda borrada, mas não parecia ser por culpa da chuva e sim por culpa do choro. – O QUE VOCÊ DISSE LÁ DENTRO... É VERDADE?
– ACHA QUE ESTOU MENTINDO? – precisávamos gritar para nos ouvir diante do barulho da chuva e um pouco da distância. – EU AMO VOCÊ! JAMAIS MENTIRIA SOBRE ISSO. MAS SE VOCÊ DUVIDA, MELHOR EU IR EMBORA LOGO. – me virei novamente e quando ia abrir a porta do meu carro, ouvi ela mais uma vez.
– BIIIILL! OLHA PARA MIM! – repetiu e eu me virei novamente para ela, que saiu correndo em minha direção. Pulou contra o meu corpo e me abraçou com força. – Eu também amo você. – sussurrou em meu ouvido.

Postado por: Grasiele

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