quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Doce E Selvagem! - Capítulo 7

Duas horas depois, acordei sentindo o cheiro dela, esfreguei rápido meus olhos e olhei em volta do meu quarto, mas é claro que ela não estava lá. Fui para o banheiro e tomei um banho rápido, já era o segundo no dia, saí e coloquei um moletom.
Procurei Tom pela casa, mas ele não estava em lugar nenhum, então decidi ficar sentado na sala vendo TV, estava passando um programa de moda, então deixei lá, mas não estava prestando atenção. Estava preocupado com Tom, já fazia mais de uma hora que eu havia acordado e nada dele chegar. Subi até meu quarto e peguei meu celular, havia uma mensagem dele: “Não se preocupe, estou bem, mas vou demorar um pouquinho para chegar em casa.”
Quando eu iria responder, outra mensagem chegou, então fui ler, mas dessa vez não era de Tom.
“Seu perfume ainda está grudado em minha pele.”
Refleti um pouco sobre aquilo, tentando imaginar quem me mandaria aquilo, até quê... Só pode ser ela! Mas como ela tem meu número? Ela nunca me pediu, nunca tivemos muito tempo para trocar informações um sobre o outro. Não que fosse culpa minha, afinal, era ela quem fugia de mim. Arrisquei, torcendo para que fosse ela e respondi: “O seu nunca saiu de mim, nem de minha cabeça.” A resposta veio rápida e fez meu sorriso se estender em meu rosto... “Espero que não saia nunca! Beijos, Jacqueline.”
Sim, era ela. Eu queria encontra-la, agora! Mas havíamos acabado de nos ver, eu estava começando a ficar dependente daquela garota, isto não estava certo, eu deveria me controlar... mas na verdade não queria. Mandei rápido outra mensagem, para que ela não fugisse de mim de novo. “Quer sair comigo amanhã?” Dessa vez demorou um pouco mais para ela me responder, o que me deixou mais nervoso ainda, mas então, a resposta finalmente veio. “Onde?” Considerei isso como um sim. “O mesmo restaurante de hoje, jantaremos lá. Ás 20:00, pode ser?” ... “Claro. Pode anotar esse numero como meu, se quiser.” Ao menos agora, um número de telefone eu tinha. Era um avanço... eu acho. “Tudo bem, fica mais fácil de nos comunicar.” ... “Hahaha Está vendo, Bill. Não sou tão má assim, mas agora preciso desligar meu celular. Até amanhã, beijos.” Confesso que fiquei decepcionado em ter que parar de falar com ela, mas iriamos nos ver amanhã e isso me deixava completamente feliz. Me limitei em responder sua última mensagem, apenas deixei meu celular de lado e me recostei no sofá grande.
Ouvi barulhos na porta e olhei em direção, vi um Tom furioso passar por ela como jato e deixando que a mesma batesse violentamente e fechasse. Não me deu nem tempo para lhe perguntar o que aconteceu e subiu para o seu quarto, então, achei melhor dar um tempo para ele esfriar a cabeça, não sei o que havia acontecido, mas não estava afim de ouvir ele me xingar e me dizendo para deixa-lo em paz. A tarde se passou lenta, amanhã eu voltaria a trabalhar no estúdio.
Quando a noite chegou, resolvi ir ver Tom. Bati em sua porta algumas vezes e pude ouvir um “Entra”, então abri a porta e ele estava deitado em sua cama, olhando para o teto.
– Então, o que houve para chegar em casa daquele jeito? – fui direto ao assunto e me sentei em uma poltrona que tinha em seu quarto.
– É a Ria, ela anda cheia de frescuras! Isso está me deixando furioso, tudo ela reclama, não entende o assédio das fãs e ACHA que pode me controlar. E você sabe o quanto eu odeio mulher assim, pegajosa e mandona.
– Ué, ela está em L.A.? – fiquei confuso agora.
– Sim, mas você acredita que ela veio atrás de mim, apenas para me dizer que as fãs estavam com raiva dela? E que era para eu assumir logo para todos que eu a amava! – ele bufou e riu de raiva. – Claro que não acho certo nossos fãs ameaçarem ela, mas ela xingou-as! É ridículo chegar à esse ponto.
– Tom, você ama ela? – ele pareceu pensar cautelosamente antes de me responder.
– Não sei, Bill. A companhia dela é agradável, gosto dela... Mas não sei se estou preparado para amar alguém, principalmente se ela continuar agindo desse jeito.
– Acho que você deveria conversar com ela, então. Deixar as coisas claras.
– Nós já conversamos, mas ela começou a gritar e eu acabei pedindo um tempo à ela.
– Bom, talvez isso seja bom para vocês dois. Usa esse tempo para colocar a cabeça em ordem. – me levantei e dei dois leves tapas em seu peito, ele sorriu e eu retribuí.
Saí de seu quarto e fui até a cozinha comer algo, encontrei nossa “mãe” de turnê lá, preparando nosso jantar. Jutta vinha alguns dias da semana para fazer nossa comida, sem elas iriamos comer besteiras o dia todo, chamávamos ela de mãe por cuidar de nós como se fossemos realmente seus filhos, as vezes até bronca levávamos dela. Era engraçado.
– Hallo, Jutta! – dei um beijo em seu rosto e ela sorriu.
– Olá, menino Bill! Com fome? – me sentei em uma das cadeiras da pequena mesa na cozinha.
– Sim, muita! – ela riu e jogou algo em uma das panelas.
– Está quase pronto. – fiquei ali observando ela terminar de cozinhar, Jutta era legal, gostava muito dela, não que ela substituísse minha verdadeira mãe, mas me fazia lembrar dela e me reconfortava.
Quando o jantar finalmente ficou pronto, fui chamar Tom para comer, no começo pensei que ele não viria, mas ele sabia quem havia feito nossa comida, então, logo apareceu na cozinha. Tentei convencer Jutta a se sentar e comer conosco, mas ela tinha uma mania de nunca fazer isso, sempre comia apenas depois que havíamos terminado e saído da cozinha. Terminei minha refeição e subi para meu quarto, Tom fez o mesmo, afinal, amanhã acordaríamos cedo para trabalhar. Me deitei encarando o teto e por incrível que pareça, adormeci de pressa. Foi uma noite tranquila e sem sonhos.

Postado por: Grasiele

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