quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Doce E Selvagem! - Capítulo 8

Ouvi um barulho incomodante e repetitivo, era meu celular tocando. Me arrastei, literalmente, pela cama tentando achar meu celular por onde passava a mão, enfim achei.
– Alô? – disse bocejando.
Já estão atrasados. Levanta agora! – era David.
– Tá, tá... – desliguei na cara dele.
Me espreguicei um pouco e me levantei, olhei no relógio e era 8:30 a.m. Fui para o banheiro tomar um banho rápido e depois que saí, escolhi minhas roupas. Ainda enrolado com uma toalha na cintura, fui até o quarto de Tom e bati forte em sua porta.
– Que é? – pela voz abafada e se eu bem conhecia meu irmão, ele estava com o travesseiro na cabeça.
– David está bravo porque estamos atrasados, levanta logo.
– Tá. – eu sabia que ele ainda ia enrolar na cama, então voltei para meu quarto e me vesti.
Não via a hora de chegar logo à noite, estava ansioso demais para vê-la e tentar descobrir mais sobre a minha garota misteriosa. Quando terminei de me arrumar, peguei minhas coisas e voltei a bater no quarto de Tom, dessa vez ele abriu a porta e ainda estava sem camisa.
– Vamos logo, Tom! – falei e já fui em direção à escada.
– Tá bom, que saco! – o senti vindo atrás de mim. Olhei para trás e ele colocava a camisa.
O dia no estúdio passou rápido, tive que regravar o áudio da minha voz em uma música que havia ficado falhada e editamos mais algumas coisas. Voltei cedo para casa, como tinha planejado e fui direto para o banheiro, enchendo a banheira e me afundando na água quente. Quando terminei meu banho, saí de lá e olhei no relógio, era 19:47, eu precisava correr.
Escolhi minha roupa e vesti, passei meu perfume e me olhei no espelho. Aparentemente estava bom, eu estava ansioso mesmo para ver como ela estaria.
Saí do meu quarto e desci, Tom estava vendo TV, apenas disse que sairia e não sabia que horas voltaria. Peguei meu carro e voei para o restaurante. Quando cheguei, avisei o recepcionista que esperaria alguém, ele me conduziu até uma mesa e me sentei para esperar por Jacqueline. 20:20. Ela ainda não estava atrasada.
Mais alguns minutos e olhei novamente as horas, estava inquieto. 20:30. Quando olhei para cima, ela estava parada em minha frente. Vestia uma simples regata branca com uma saia justa de cintura alta e preta por cima, estava simplesmente linda com seus cabelos presos em um rabo de cavalo e seus olhos fortemente marcados pelo delineador. Levantei-me e puxei a cadeira para que ela sentasse, Jacqueline sorriu e eu retribuí, me sentei também.
– Por um breve instante, cogitei a ideia de que não viria... – olhei em seus olhos e decidi provocar. – Que fugiria de mim novamente. – ela se inclinou mais sobre a mesa e apoiou seu queixo sobre suas mãos.
– Nunca falho com minha palavra. – ela piscou. – E nunca fugi de você. – se endireitou novamente na cadeira.
– Ah não? – indaguei.
– Não. Até porque, fui eu quem te procurou em nossos outros dois... Encontros. – ela sorriu de lado.
– Tenho certeza que sabe, que se eu tivesse um meio de encontra-la, procuraria por você. – dessa vez foi eu quem me inclinei sobre a mesa e ela fez o mesmo, ficando bem mais próxima de mim.
Quando estávamos muito mais do que próximos, o garçom chegou e nos entregou o cardápio, escolhi qualquer prato vegetariano que vi pela frente e voltei a encará-la.
– Por que tanto mistério? – ela me olhou confusa e logo depois entendeu.
– Nunca houve mistério. Só não tivemos tempo para nos conhecer.
– Nunca é tarde, não é mesmo? – sorri para ela.
– Talvez. O que quer saber?
– Quantos anos têm? – perguntei.
– Pula. – ela falou com fadiga.
– Por quê?
– Pula. – repetiu e eu não insisti.
– Ok... Onde mora? – isso estava tão clichê, mas eu queria saber tanto dela que não sabia o que perguntar.
– Te mostro um dia. – ela sorriu maliciosamente.
– Você é difícil, sabia? – sorri também.
– Eu sei. Mas isso torna as coisas mais gostosas. – nossa comida foi servida e o vinho também. Tomei um longo gole do vinho e me ousei um pouco mais.
– Talvez eu possa conhecer sua casa hoje. – ela riu baixo.
– Talvez. – reforçou a ideia.
– O que você faz Jacqueline?
– Faço faculdade de jornalismo. – ela pareceu avaliar-me, ao falar isso. – Se importa?
– Não. – fui sincero.
– Certeza? – pela primeira vez, a vi insegura e sem aquele muro de resistência e segurança que ela tinha.
– Sim. Por que não teria?
– Não sei. Apenas pensei que estivesse farto de jornalistas. – ela relaxou agora e começou a mordiscar algumas coisas de seu prato, fiz o mesmo. – Como vai o trabalho no estúdio?
– Bem, obrig... Como sabe tantas coisas sobre mim? – a cada minuto com ela, minha curiosidade só aumentava.
– Simplesmente sei. – ela sorriu e fiquei admirando cada movimento seu.
O jantar se seguiu agradável, perguntei mais algumas coisas idiotas do tipo “ Mora com quem? “ Tem cachorro? “ “Qual sua cor preferida?” e etc. Finalmente a conta chegou e eu insisti para pagar, jamais deixaria ela pagar, seria ridículo fazer uma coisa dessas no nosso primeiro encontro oficial.
– Vamos? – perguntei.
– Sim, vamos. – dei o braço para Jacqueline e ela aceitou, me acompanhando até a saída do hotel e entramos em meu carro. Liguei-o e olhei para ela.
– Então... – fiquei na esperança de que ela entendesse.
Jacqueline me passou o endereço do prédio onde morava e segui rápido para lá, sua companhia era agradável, às vezes ela deixava seu ar misterioso para ficar mais à vontade comigo. Rimos de muitas coisas durante o caminho, até que finalmente chegamos. Estacionei meu carro e desci, abrindo a porta do passageiro para ela. Subimos até o 12° andar e então, ela entrou em um dos apartamentos.
– Espero que não se importe com a simplicidade. – disse dando espaço para eu adentrar no local. Observei e era tudo muito bem organizado e bonito.
– Seu apartamento é muito bonito. – me girei em sua direção e sorri.
– Obrigada. Sente-se. – ela gesticulou para o sofá. – Vou pegar algo para bebermos.
Me sentei e esperei ela voltar de algum lugar do apartamento. Ela voltou, se sentou ao meu lado e me entregou uma taça de vinho.
– Vou acabar saindo bêbado daqui. – ri.
– Acabou de chegar e já pensa em ir embora? – ela tomou um gole de seu vinho e eu fiz o mesmo. – Achei que quisesse conhecer meu apartamento.
Depois de ouvir suas provocações, peguei a taça de sua mão e coloquei em cima da mesinha de centro junto com a minha. Não esperei nem mais um minuto e entrelacei minha mão em seu cabelo e puxei ela para um beijo urgente. Rapidamente Jacqueline retribuiu, passando sua mão por meu cabelo também e me puxando para mais perto dela.
Fui empurrando o corpo dela com o meu para deitar no sofá, me ajeitei entre suas pernas e a prendi com o meu peso. Afastei meus lábios de sua boa e passei a beijar sua pele exposta do pescoço, ombro e busto, seu peito já subia e descia rápido com sua respiração descompassada.
– Já estava com saudade de sentir seus beijos. – ela disse com seus olhos fechados.
Voltei a possuir sua boca com volúpia, meu corpo roçava propositalmente no seu, suas mãos se arrastaram por minhas costas e puxaram minha blusa, tirando-a de mim. Peguei suas duas mãos e prendi a cima de sua cabeça, segurando com uma das minhas, com a outra, desci acariciando seu corpo desde o braço até sua coxa, apertei e continuei descendo por sua perna, chegando em seu tornozelo. Tirei um de seus saltos e fiz o mesmo com a outra perna.
Levei minha mão até sua bunda e apertei com tanta força que pude um “Ai” da parte dela, ri com meus lábios colados ao dela e abri o zíper de sua saia. Me afastei um pouco dela para poder retirar o tecido preto colado, quando vi sua calcinha de renda branca, fiquei mais excitado ainda. Minha calça já começava a me incomodar e, percebendo, Jacqueline abriu meu cinto e minha calça, puxando para baixo. Levantei-me e terminei de tirar a calça e o tênis.
Voltei para cima de seu corpo e ela enfiou uma das mãos dentro da minha boxer preta, me acariciando devagar. Comecei a gemer com meu rosto enfiado em seu pescoço, eu não ia aguentar por muito tempo se ela continuasse daquele jeito, então tirei sua mão do meu membro e me levantei. Puxei ela comigo e a peguei no colo, vagando por seu apartamento sem conhecer.
Deduzi ser o seu quarto com ela bateu a mão em uma das portas, abri e entrei com ela ainda em meu colo. Fechei a porta atrás de mim com meu pé e depois joguei ela em cima da cama.
Jacqueline riu da minha urgência, e eu me joguei literalmente em cima dela, acompanhando sua risada gostosa. Paramos de rir e eu olhei no fundo de seus olhos, eles realmente demonstravam sentimentos, como ela havia dito em nossa primeira noite. Puxei seu lábio inferior com meus dentes e beijei ela lentamente dessa vez, apreciando seu gosto maravilhoso.
Ela passou suas pernas por minha cintura e comecei a me movimentar ainda vestido sobre ela, fazendo ela sentir o tamanho do meu desejo por ela. Empurrei sua regata com as pontas do meu dedo para cima e a despi, deixando-a apenas com sua roupa íntima. Não prolonguei mais, tirei seu sutian e lambi a extremidade de um de seus seios, ouvi ela arfar e continuei sugando sua pele sensível.
– Por favor, Bill... – ela suplicava para que eu a amasse.
Me livrei de sua calcinha e tirei por fim minha boxer, eu estava sem camisinha, mas não estava mais aguentando, precisava dela, então a penetrei com carinho. Ela soltou um gemido longo e suave e eu comecei a me mexer, entrelacei nossos dedos e deixei nossas mãos na altura da cabeça dela. Eu entrava e saia devagar, apenas sentindo o interior dela me apertar... Como aquilo era bom.
Dessa vez ela gemeu mais alto quando investi com força, comecei a aumentar a velocidade e nossos corpos se chocavam com força. Nossos gemidos era a música para o prazer, algumas vezes encostávamos brevemente nossos lábios, nossa respiração estava entrecortada. Me mantive naquela velocidade rápida e forte por mais um bom tempo e senti que meu gozo estava vindo.
– Estamos... sem camisinha. – disse tentando me controlar.
– Tudo bem... – ela sorriu. - Tomo remédios. – isso foi o suficiente para mim.
Relaxei meu corpo e o prazer máximo veio com força, Jacqueline puxou os cabelos de minha nuca quando sentiu seu orgasmo chegar também, estoquei a última vez com força e pousei meu peso sobre ela, sentindo sua pele quente embaixo de mim.

Postado por: Grasiele

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