sábado, 21 de abril de 2012

By Your Side - Capítulo 44 - Epílogo - O fichário

Eu fui convidada (mas você pode ler como “obrigada”) à pegar um voo para Los Angeles. Por que? Gustav tagarelou alguma coisa sobre Tom estar em uma crise estúpida de infantilidade por ter terminado com a ex, Ria (uma vaca maluca que eu nunca conheci), e algo ainda mais estranho sobre eu ser a única que poderia mudá-lo, e que a salvação, ele só encontrou depois de ler meu fichário de pensamentos, dois dias antes daquele.
Cheguei ao aeroporto de Los Angeles.
Eu preferia muito mais estar em Magdeburgo do que lá. Era inglês! Quero dizer, eu sabia falar inglês de qualquer maneira, mas eu ainda preferia alemão.
Minha saia subia e descia a cada movimento que eu dava. Por que eu estava usando saia? Também não sei. Busquei minha mala naquela esteira e com uma bota com o salto gigantesco, atravessei todo o aeroporto de Los Angeles. Eu só queria saber o motivo de Tom e Bill estarem morando nesse fim do mundo cheio de atores de Hollywood. Eu acho até que vi Brad Pitt andando ali.
E Gustav e Georg não estariam lá! Eles só chegariam uma semana depois daquele dia, para me encontrarem.
Eu estava bem produzida, com minha costume maquiagem forte, meu cabelo estava melhor hoje do que o normal, caindo de forma ondulada e controlada nos ombros, com uma blusa sem alças preta, várias correntes de prata, uma saia preta e uma bota de cano muito, muito alto.
Eu estava irritada. Estava viajando para um lugar que eu não queria, para não encontrar com pessoas que eu quero ao me referir ao meu primo que não estaria lá, e indo fazer o que eu não sei! Só estava querendo encontrar com Bill, Anne, Georg e Gustav!
Meu celular tocou. Eu não sabia se respondia em português, alemão ou inglês.
– Oi? – Respondi em português.
Cadê você? – Disse a voz do outro lado com sotaque alemão.
Quem é?
Onde você está? O aeroporto está cheio, eu não vejo ninguém, só mulheres altas de saias curtas e Gustav disse que você chegaria há meia hora!
– Eu cheguei! É o Bill?
Nã- Não, merda, é o irmão dele. Você está a fim de repetir a nossa primeira conversa via telefone há três anos atrás?
Era Tom! Eu estava falando com Tom! Eu nem estava reconhecendo a voz dele.
Ah, acho que estou vendo você, nanica. Você não mudou nada. Uhm, bela saia.
Cala a boca!
Eu não o estava vendo! Me virei algumas vezes, até passar um grupo de pessoas e eu vi um cara muito alto, de tranças negras, usando roupas mais justas e um óculos escuro, desligando o celular. Desliguei o meu também e me aproximei rápido o suficiente para minha saia subir cinco vezes e eu abaixá-la quatro. Em segundos, estava na frente de Tom Kaulitz. E seu perfume era o mesmo estonteante que me fazia querer desmaiar. Pena que meu fanatismo pela banda havia acabado.
– Kaulitz.
– Schäfer. – Ele riu sacana. Tirou de uma das mãos uma pasta cheia de folhas e me entregou. Perguntei o que era, até que eu vi como título do meu e-mail. BY YOUR SIDE – O FICHÁRIO. Fiquei surpresa e sorri timidamente.
– Ah, vocês leram mesmo. – Eu ri.
– Mas é claro. Você ameaçou Gustav de morte se não lêssemos. – Ele riu também. – Claro que, ele leu lá na puta que pariu e eu e Bill lemos aqui.
– E o que acharam? Tem várias frases de músicas...
Eu corei.
– Eu particularmente gostei de todas que eu estava envolvido.
Disse Tom, de uma forma galanteadora e escondendo um sorriso que cobria seu rosto todo, sem sucesso.
Abri a página, a primeira, a segunda, a terceira... se me lembrava bem, todas, ele estava incluído. Ele estava em todo lugar, como eu avisei.
– Você está em todas as páginas, em todo lugar. – Revirei os olhos.
– Não me diga, baixinha.
– Ah, vai se ferrar, babaca narcisista. – Eu bufei. Ele continuava com o mesmo ego gigante de sempre.
Tom colocou a mão na minha cintura e beijou meu rosto educadamente como cumprimento, só que foi mais demorando, levando o tempo necessário para me fazer ficar bamba novamente. Era o Tom Kaulitz! Fazia até mesmo pedras ficarem bambas! Pedras!
– Me avisa com antecedência se você for dar a louca e quiser abrir saquinhos de ketchup na minha frente e não aceitar por pura implicância a minha ajuda, novamente.
Arqueei a sobrancelha e ri sarcástica. Tom riu da mesma forma.
Aquilo iria começar tudo de novo? Seria sempre um círculo interminável?
Era só olhar para aquela cara (linda e nada angelical), para saber na mesma hora de que ele realmente queria, tanto como eu, que aquilo se iniciasse novamente. Eu estava bem daquela forma, tudo bem se fosse assim. Essas coisas valiam a pena se fossem ao lado dele. Precisava ser. Ao lado dele.

Fim.

Postado por: Grasiele | Fonte: x

Um comentário:

  1. Amei! já é a terceira vez que a leio. Gostaria de saber quem a escreveu :D

    ResponderExcluir

Arquivos do Blog