sábado, 21 de abril de 2012

By Your Side - Capítulo 36 - Tentativa baixa de conseguir uma nanica

Tom Kaulitz
– Benjamin, você é muito pesada, eu não quero ficar te carregando de um lado para o outro! Disse.
– Você está me chamando de gorda novamente? – Ela grunhiu.
– Deixa que eu carrego–a então, Tom! – Chelsea me deu um tapa e eu soltei uma exclamação alta.
– Au! – Murmurei – Você é uma menina, não vai ter força.
Foi só eu falar isso, que Chelsea colocou facilmente a pequena Schäfer em seu colo e saiu caminhando até o elevador.
– M–Me dê ela aqui, Chelsea! – Eu corri atrás da loira.
– A–há, agora quer tomá–la de mim? Não, deixa que eu faço isso. – Falando assim, Chelsea entrou no elevador e ele fechou as portas antes que eu entrasse.
Anne tinha um espírito curandeiro engraçado e tratou da Benjamin, melhorando a temperatura dela e passando pano molhado nos braços e no rostinho vermelho até que a pele dela voltou um pouco ao normal. Chelsea agora levava a Benjamin ao quarto dela e eu fui deixado na porta fechada do elevador. Subi as escadas rapidamente, chegando antes de Chel e Julia no andar do quarto dela, abri a porta para as duas e a Schäfer foi colocada em sua cama.
Eu fiquei na porta do quarto ouvindo as duas conversarem baixinho, e não entendia tudo muito bem, só quando Chelsea falou que eu não prestava pra nada, então elas estavam falando de mim, eu revirei os olhos e bufei.
Chelsea saiu do quarto apagando a luz e me puxou para fechar a porta.
– Ela já vai ficar bem. – Disse a loira sem sua voz animada e comum – E depois vamos poder curtir o final do dia. No Brasil, Jus gostava de piscina, mas não de praia, e ela costumava ficar cinco horas direto na água, para sair só pra comer. Eu ficava com ela, e sempre depois ficava assim, com a pele vermelha e começava de noite a ficar com febre...
– Okay, Chelsea, já entendi.
– Não, eu não terminei! – Ela colocou o dedo na minha cara – Mas eu e o pai dela ficávamos esperando que ela melhorasse, do lado dela, e podíamos curtir o resto do dia quando a febre passava.
– Mais alguma informação que vai mudar minha vida? – Eu revirei os olhos.
– Tom, você é muito impaciente! – Chelsea rugiu – Jus gostava que alguém ficasse do lado dela, trocando a água que ficava morna do paninho para água fria.
– E por que você não fica?
– Porque é a sua vez! A Alemanha é sua, o Brasil é meu.
– Essa eu não entendi. – Falei – Aonde você quer chegar, Chel?
– Ahh Tom! – Ela bateu com a mão aberta na minha cabeça e eu segurei seu pulso depois. – Para você se concertar com a Julia! Se vocês todos me deixassem terminar minhas histórias, iriam saber onde eu quero chegar, mas são todos um bando de impacientes, esse Tokio.
Ela abriu a porta do quarto da Julia e eu arregalei os olhos, negando com a cabeça, enquanto Chelsea acenava positivamente. Ela me empurrou para dentro do quarto.
Chelsea! – Sussurrei.
– Sh! – E fechou a porta depois que eu havia entrado.
O quarto estava bem escuro e a única luz vinha do banheiro, bem fraquinha. Benjamin estava dormindo. Eu fui até sua cama e retirei o pano molhado em que a água já estava meio morna e fui ao banheiro trocar. Eu não vi a melhor das coisas que me mantêm em controle, vi biquínis espalhados e camisolas também. Roupas íntimas. Revirei os olhos.
Voltei ao quarto e coloquei o pano molhado em seu rosto, ela se mexeu, mas eu não me importei, e me sentei na cama um pouco hesitante. Ela ficaria brava se eu ficasse lá?
Começou a soar um barulhinho agudo e ritmado. Nesse momento, Benjamin abriu os olhos e tirou a coberta para tirar debaixo do vestido, o termômetro digital. Eu fiquei estático, pois ela já sabia que eu estava ali.
– Você sabe converter 97 graus para graus Celsius? – Ela perguntou timidamente e esboçou um sorriso de lado. – Eu só sei ver a temperatura na medida do Brasil.
– Não sei converter de cabeça.
– Sabe pelo menos se eu estou com febre ou você é um inútil aqui?
Eu revirei os olhos e tomei o termômetro de sua mão, tentando me lembrar de quando minha mãe media minha temperatura quando eu era menor, mas nada me vinha na cabeça. A Benjamin bufou, fechando os olhos e passando a mão pelo rosto. Eu não queria me mostrar totalmente inútil. Agi da minha forma.
Puxei–a pelos ombros, ela reclamou no início que gostaria de continuar deitada, mas eu ignorei. Estava com os olhos fechados para facilitar, então num impulso, encostei minha testa na sua – mas veja, para sentir se sua temperatura estava muito acima da minha, e não estava tanto. Minha temperatura até parecia mais quente. Ela abriu os olhos naquele segundo, e eu precisei me afastar.
– Você não está com febre mais. – Eu falei sem afastá–la demais.
A Schäfer concordou balançando a cabeça e fechando os olhos. Foi o momento em que minha mente disparou em pensamentos pervertidos de que eu poderia fazer ali com ela, mas a única coisa que eu realmente tive coragem foi ficar ereto e beijar gentilmente sua testa antes que ela inclinasse demais e se deitasse por completo.
Senti que ela prendia um sorriso, e conseguiu disfarçar bem.

– A dor de cabeça também passou. Me ajude a pegar meu suéter de dormir do Kurt Cobain na minha mala. – Falou Jus com a voz manhosa.
– Não sou seu empregado. – Retruquei, mas peguei o suéter na mala e fiquei olhando para aquele corpo que parecia totalmente dolorido na escuridão do quarto, deitado na cama com os olhos fechados.
Puxei novamente para que ela se sentasse com a cabeça inclinada como se quisesse ao máximo se deitar e não se levantaria nem por um decreto. Levei as mãos na barra do seu vestidinho e ergui lentamente, respirando fundo.
É, cara, você está tirando o vestido dela novamente. Pensei. Não, não começa a ficar animadinho.
Julia arregalou os olhos.
– O que você ta fazendo?
– Com essa cara, você não move um músculo para trocar de roupa. – Eu expliquei, pelo menos tentei.
– Tire a mão de mim. – Ordenou, mas não fez esforço para que eu fizesse isso.
– Não tem nada que eu não tenha visto, Benjamin, você está de biquíni.
– Têm problema, você não...!
– Não têm cara! – Revirei os olhos.
E puxei o vestido por cima de sua cabeça, bagunçando seu cabelo e deixando à mostra a vista de seu corpinho – que ficou arrepiado por eu tê–la tocado – apenas com o sutiã e a parte debaixo estava coberta pelo edredom.
Na verdade, tinha sim. Porque ela não estava de biquíni. Estava usando roupas íntimas de renda, que eu imaginei ter sido Chelsea quem colocou em sua mala. Julia ficou vermelha rapidamente e eu virei o rosto, pegando seu suéter e colocando entre mim e ela, de forma que eu não pudesse mais olhá–la, ela ergueu os braços e coloquei o suéter.
– É tarde?
– Não, por volta das oito. – Eu respondi.
E depois disso, ela se levantou quase correndo – não sei de onde tirou toda a adrenalina se antes estava tão preguiçosa – para o banheiro. Acho que era porque estava de calcinha, e eu tentei (mas a vontade foi maior) não olhar pra seu bumbum quase totalmente nu. Saiu arrastando a mala.
Quando voltou, usava um short e ainda o mesmo suéter do Kurt Cobain.
– Vamos sair. – Disse.
– Huh? – Eu arqueei a sobrancelha.
– Vamos sair do quarto, Kaulitz. – Ela revirou os olhos indo em direção a porta. Eu só fiquei fascinado pela forma abusada que ela falou, como se mandasse na situação. Ela por acaso esqueceu quem manda?
– Já melhorou, você.
– Eu melhoro rápido. – Deu de ombros indo na minha frente. – Eu quero fazer algo agora de noite.
– Há segundos você estava passando mal.
– Eu quero fazer alguma coisa.
Me aproximei, levando no segundo sentido qualquer coisa que ele tinha dito e coloquei uma das minhas mãos em seu pulso. Isso a assustou, fazendo–a se virar para mim.
Eu fiz minha voz mais rouca: – Não acha que está na hora se sossegar?
Andei mais um passo, e ela estava parada. Inclinando a cabeça eu podia facilmente chegar na sua boca, pois sou bem mais alto que a nanica aqui.
– Não, Kaulitz, você não manda em mim.
– Eu quero seu bem. – E não sei por que disse isso.
– Eu estou bem, me solte.
– Schäfer, você não manda em mim.
Ela abaixou o pulso rapidamente, me fazendo a soltar. E para completar, no corredor, apareceram Chelsea, Anne e Bill, estragando meu plano “reconciliação” que até agora estava indo de mal a pior.
Conseguir essa amável criatura minúscula, mas fazer com que ela venha até a mim. Eu não sei como vou fazer para conseguir essa garota, mas vai ser complicadinho.

Julia Benjamin

– Okay, meninas e Tokio. – Chelsea parou de andar no meio do caminho até o jardim do hotel–paraíso – Acabamos de chegar, curtimos o dia, Jus ficou doente e também já melhorou, os casais já testaram as camas juntos, Gustav já rezou quinhentos Pai Nosso... E o que vamos fazer de divertido? Ninguém ta fazendo nada.
– Eu já fiz bastante coisa divertida hoje. – Georg falou pervertidamente e recebeu um tapa de uma Anne vermelha.
– Chel, se você quiser brincar de esconde–esconde é só falar. – Eu brinquei revirando os olhos, mas sua reação não foi a que eu esperava.
– Sabe de uma coisa? Você está certa! Vamos brincar de esconde–esconde!
– O que? – Perguntamos incrédulos.
– Se eu estou certa, me ponha errada. – Eu falei rapidamente – É uma brincadeira de criança.
– Ah vamos brincar gente! Vai ser divertido! Pode ser no jardim inteiro, mas não dentro do hotel, e todo mundo vai se divertir e correr.
Eu coloquei a mão na testa.
– Eu quero brincar. – Sorri de lado.
Seguiu–se de todos querendo brincar de esconde–esconde: – Eu também!
– Mas como foi a Chel que propôs brincar, está com você, minha linda. – Bill disse dando um beijo na bochecha de Chelsea.
– Ou podemos fazer duplas – Anne disse.
– Fica sobrando Gustav. – Chelsea disse.
– Ei! Por que não fica sobrando o Tom ou eu? – Eu perguntei, mas fui ignorada com alguns risinhos bestas.
– Fazer a dupla só para contra e procurar, pode ser assim, então eu vou começar fazendo dupla com a Anne. – Chelsea disse, puxando Anne pelo pulso – Vamos, vai ser naquela pilastra. UM!
– DOIS! – Anne completou.
Eu corri até me afastar da pilastra. Pensei alto: – Para onde eu vou?
– Para a esquerda onde não tem direita, ou para a direita onde não tem esquerda. – Gus passou por mim piscando e foi se esconder em qualquer lugar atrás de uma árvore.
Mas na verdade, tinha outra opção, bem em frente, a piscina. Estava escuro, então não teria problemas com febre mais tarde e meus pais não estavam aqui para me proibir de pular da piscina tarde da noite. Corri e entrei pela escada sem fazer barulho, encostando–me a parede gelada da piscina e respirando baixo.
Eu ouvia a contagem e as duas já estavam chegando ao trinta. Tudo isso me fazia ter vontade de rir por ter dezesseis anos e estar encarnando uma criança. Brincando de esconde–esconde com o Tokio Hotel.
De repente, um corpo grande e alto se jogou na piscina fazendo um barulho alto, e voltou a superfície rapidamente, balançando a cabeça para tirar água dos olhos. Eu me dei conta de que era Tom, por causa das suas trancinhas. Ele se virou e me viu ali, começou a rir, enquanto se aproximava.
– Não somos tão diferentes assim, temos a mesma idéia. – Disse ele.
– É o que parece. Cala a boca, eu sou competitiva e não quero perder.
Eu olhei para seu rosto molhado e tentei me concentrar em manter minha expressão normal, e não derreter por ele. Mas foi impossível não me irritar.
– Kaulitz! Se você continuar ai, vão te ver! – Eu tirei o cabelo molhado do rosto enquanto dizia, mas tentava me mover menos possível.
Ele avançou na minha direção.
– Por que você está fazendo isso comigo? – Grunhiu baixinho o Kaulitz.
– Huh? – Eu arqueei a sobrancelha.
Tom colocou suas mãos na borda da piscina, mas uma de cada lado de mim e tomou impulso para que nadasse até a mim, e quando chegou, bateu com seu corpo contra o meu, me machucando. Ao mesmo tempo em que fez isso, os dois, soltamos o ar dos pulmões como um suspiro alto, mais parecido com um gemido. Um, no ouvido do outro. A respiração quente, o molhado dos corpos juntos e o suspiro, tudo isso me deixou quente e animada como eu não tinha ficado antes.
Mas era o que eu queria, que ele viesse até a mim.
Do mesmo tamanho na água, eu inclinei a cabeça roçando meu nariz no seu, mas eu não avançaria o passo decisivo de beijá–lo, ele quem faria isso se tivesse coragem para vencer seu ego gigante.
Cabelos longos e castanhos se colocam bem do nosso lado e uma risada inconfundível de Chelsea pode se ouvir.
– ACHAMOS O TOM E A JULIA! – Anne gritou e saiu correndo.
– JUNTOS! – Chelsea completa.
– Literalmente... – As duas começaram a rir.
Eu empurrei Tom na mesma hora, mas não porque não queria beijá–lo e sim porque eu queria ganhar o jogo. Não sei se fui provocativa demais (que era a minha meta) colocando as mãos na borda e me inclinando para trás para sair da piscina enquanto o suéter molhado se erguia deixando minha barriga a vista e delineava meus seios. Saí correndo atrás das duas o mais rápido que eu podia para chegar à pilastra antes delas.
Um Tom desesperado passou por mim me puxando pelo pulso para que eu corresse mais rápido e chegamos na pilastra antes, batendo nossos nomes e rindo das garotas.
Vamos nos convencer que está tudo sob controle, uma tempestade que podemos agüentar. Mas é isso que nós queremos? Porque poderíamos enlouquecer. Você sabe que é tão bom cometer o mesmo erro. – McFly

No quarto andar (3ª pessoa)

O empresário havia terminado de jantar e voltava para seu quarto agora, passando rapidamente pela porta do quarto de Hilary, que parecia criar teias de aranha de tanto tempo que não se desgrudava do quarto.
David pensou por segundos e bateu na porta.
– Hilary? É o David.
Do lado de dentro do quarto do hotel, Hilary estava agachada ao lado do vaso com a testa pingando de suor frio, a barriga – um pouco maior do que o normal – doendo um pouco e a cabeça martelando. Havia vomitado mais de dez vezes só na última hora e sentia dores insuportáveis na barriga.
Eu tenho que agüentar. Pensava.
Levantou–se quase sem força e não teve coragem de se olhar no espelho, foi logo abrindo um pouquinho a porta e colocando a cabeça para fora.
– Precisa que eu faça algo, David? – Perguntou a castanha.
– Não, não. Eu vim ver se você estava bem, não sai daí tem séculos, o que foi? Por que está tão pálida?
Hilary abaixou os olhos, mas não conseguia pensar em nada que prestasse. Para David, ela poderia contar, certo? Abriu totalmente a porta, se escondendo atrás dela como se pedisse para o empresário entrar, e foi o que ele fez. Fechou a porta em seguida.
David ficou surpreso em ver Hilary apenas de roupas íntimas e um roupão branco oferecido do hotel.
– V–Você quer que eu saia para se trocar ou...?
– David, eu não estou passando muito bem.
– A viagem te fez mal? – Perguntou Jost.
– Não é isso.
Hilary hesitou, mas tomou coragem e deixou o roupão escorrer pelos braços, um pouco vermelha por estar tão magra, ter deixado de comer para que a dor na barriga passasse, e um pouco “torta”. David ficou chocado ao olhar para sua barriga.
Eles ficaram em silêncio por minutos. David a seguia pelo quarto enquanto Hilary se deitava na cama e passava a coberta pelos ombros. Ficavam se encarando e Hilary parecia prestes a chorar, o que não demorou muito para acontecer.
– Quantos meses? – Jost finalmente perguntou.
– Não sei exatamente, mas por volta dos quatro meses. – Respondeu Hilary, deixando lágrimas silenciosas escaparem.
– Quatro?! – David ficou chocado – Você precisa de férias para ficar perto do pai da criança ou...? – David perdeu a fala no ar.
– N–Não, David, eu estou perto do pai da criança. – Disse Hilary.
Ficaram mais alguns segundos em silêncio até que David fez as contas e ligou todos os fatos. Seu queixo caiu, ele se recompôs e perguntou, finalmente:
– O pai... é quem eu estou pensando?
Hilary ficou em silêncio ainda.
– Ah, não! – David exclamou chocado.

Postado por: Grasiele

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