sábado, 21 de abril de 2012

By Your Side - Capítulo 40 - COMO ASSIM?

– Ai! Quem me empurrou cama abaixo?

Ficou um silêncio enquanto eu, Bill e Chelsea esperavam a reação de Gustav, enquanto o mesmo só avaliava a situação.
– Oh, oi Tom. – Disse Gustav lentamente.
– Hey cara. – Disse Tom, sentando-se na cama e passando a mão pela cabeça. Ele me olhou e piscou um olho, se aproximando de mim e ficando de costas para todos para selar meus lábios com um selinho de manhã.
Gustav estava sorrindo. Ai eu fiquei surpresa.
– Eu mereço saber alguma coisa que parece que o casal tagarela já sabe e eu não? – Perguntou ele rindo.
– Claro, senta aí – disse Tom rindo –, já que isso vai virar invasão de privacidade, pode chamar o Georg, Anne, David, a produção e o hotel inteiro também.

Oba, mais uma pessoa já estava sabendo do suposto namoro entre o Tom e eu. Para a surpresa de todo mundo, Gus não reagiu mal por saber que Tom dormiu no meu quarto.
– Por que será que a reação dele foi essa? – Perguntei lentamente para Tom.
– Eu tinha dito para ele, anteontem, que estava decidido a pegar você para mim.
– É... como se eu fosse um objeto.
Ele me beijou, me impossibilitando de terminar de me arrumar. Eu estava novamente me vestindo com um biquíni por baixo de uma roupa normal para passear, depois de décadas para convencer Chelsea e Bill a ir a um restaurante, e não à praia.
Me irritei profundamente com as peças de roupa e joguei para longe de mim, ouvindo Tom rir. Gritei com ele, dizendo que eu estava estressada. Ele fez um bico.
Eu me acalmei. Ele abriu os braços e eu fui ao encontro de um abraço quente e musculoso, se camisa, que beijou a minha testa várias vezes e depois pediu um beijo.
– Me beija?
Eu o beijei, como sempre fazia, com toda a minha vontade e disposição. Mais disposição para beijar Tom do que para vestir minhas peças de roupa.

Alguns minutos depois, descemos de elevador com Gus, Bill e Chelsea. Encontramos Georg e Anne bem depois na sala de música e foi um momento muito fofinho ver Georg tocando violão para Anne. Ele estava tocando Viva La Vida, do Coldplay, e ela estava cantando.
Nós chegamos ao último refrão.
– Ah, agora que a banda está completa, vamos tocar alguma música do Tokio. – Disse Anne.
Bill foi o primeiro a fazer uma careta.
– Porra, eu canto repetidamente minhas músicas o tempo inteiro, toca qualquer coisa menos Tokio Hotel.
Bem, eles decidiram por começar uma playlist do Nickelback, uma das bandas favoritas do Gustav, mas quando cansaram, eu ouvi de fundo, um guitarrista com trancinhas na cabeça tocando no violão, By Your Side, sem cantar. Olhava para mim. Eu me lembrei da primeira ou segunda noite que passei na casa dos meninos em Magdeburgo, quando eu flagrei Tom cantando Na Deiner Seite. Sorri para ele.
– Hoje a Jus e o Tom estão quietos demais. – Comentou uma vozinha linda que a gente reconhece por Georg.
– Eu que o diga. – Gus sorriu.
Eu me estiquei no sofá e coloquei os pés em cima de Anne que estava sentada do meu lado. Abriram a porta de vidro e nos viramos para ver quem era. Quem está vivo sempre aparece, David e Hilary... Hilary estava...?
Ela estava usando uma blusa larga que mesmo assim denunciava que ela estava com uma grande barriga.
Eu preferi pensar que ela estava gorda mesmo.
– Tom – Disse David – Podemos falar com você?
Tom ficou com uma cara meio surpresa e receosa, olhou para cada um de nós antes de se levantar e largar o violão.
– O que é? Por que ela também precisa falar comigo?
– É sobre você e ela. – David disse sério como se o repreendesse.
– Eu não tenho nada mais com Hilary, pode ir embora.
Tom se virou e se jogou no sofá, encarando as pessoas na porta de vidro.
– Tudo bem se você quiser que eu jogue na sua cara e da sua namoradinha que eu estou grávida! – Disse Hilary, bem alto.

Tom

Todos eles ficaram pálidos, bem, inclusive eu.
Eu tinha uma suposição para o que Hilary tinha dito. Tentei arriscar.
– E o que eu tenho haver com a sua gravidez?
– Nada além do fato de que você será pai. – Hilary voltou a falar alto, quase como se gritasse.
– COMO ASSIM?
Eu grunhi.
Isso não podia acontecer.

Julia estava era a que mais estava pálida. Olhava para um ponto fixo em qualquer lugar no chão.

– Eu vou ser titio? Bill quebrou o silêncio.
Eu me levantei e andei em passos pesados até Hilary e David, fechando a porta de vidro para conversas a sós com Hilary e David.
– Hilary, mas que porra é essa? Você ficou psicótica?!
– Diga o que quiser, Tom, você será o pai do meu filho.
– Você não está grávida! – Eu gritei.
Ela ergueu um pouco a blusa e me mostrou o tamanho da sua barriga. Se aquilo fosse verdade, deveria ter uns quatro meses.
– Eu posso falar bem alto para qualquer um aqui ouvir que você me engravidou em uma daquelas vezes que a gente não se protegeu!
Eu fiquei em silêncio, olhando para a cara dela, Jost colocou a mão no meu ombro com uma cara arrastada.
– Esse bebê não vai interferir na banda, Tom, eu já conversei com a Hilary e...
– Esse bebê nada, Jost! Isso não vai existir! Hilary, quanto você quer para fazer um aborto?
Ela gritou.
– Eu nunca faria isso, Tom! – Hilary tentou me acertar com uma bofetada, eu segurei seu braço no meio do ato – Eu não vou abortar o nosso bebê, e isso pode não afetar a banda, mas você vai precisar ficar comigo agora.
Eu sorri de forma cínica.
– É isso? Você estava planejando isso para não me deixar ficar com a Julia, se for isso, vai tirar seu cavalinho da chuva, porque isso não vai acontecer! Grávida ou não, eu não vou ficar com você.
– E você não vai ser um pai presente? Igual ao que seu pai fez com você?
– Deixa meu pai fora disso, Hilary. – Eu grunhi. – Se quiser seguir com esse... isso...
Eu fiquei sem fala. O que eu poderia dizer? Eu não poderia simplesmente dizer que não iria cumprir com responsabilidade se eu fosse realmente o pai e ela estivesse realmente grávida.
– Eu... – Comecei. Mas eu estava sem armas. Como aquela frase, “de mãos atadas”. – Eu vou pensar sobre isso.
Hilary sorriu. Tentou se aproximar de mim e colocar sua mão no meu rosto, mas eu a afastei. Me virei para a porta de vidro da sala de música. Todos estavam com os rostos apoiados nas mãos e os cotovelos nas pernas, conversam silenciosamente com Julia. Me virei de volta para Hilary e Jost.
– Vão embora. – Falei.
– Como assim? – Perguntou Jost.
– Vá, só... – Bufei alto – Só saiam daqui. Agora.
Eu devo ter sido rude, esperei eles se afastarem para abrir a porta de vidro fazendo algum barulho proposital, mas nenhum deles se virou para olhar para mim. Eu andei alguns passos e chamei.
– Julia.
Chamei baixo, mas tenho certeza de que ela escutou. Ninguém ligou para que eu estivesse dizendo seu nome, e não seu sobrenome.
Ela se levantou do sofá, trocamos olhares, ela correu porta afora, fechando a porta de vidro com tanta força que poderia até ter quebrado.
Suspirei.
– É melhor eu não ir atrás agora né?
– Você – Gustav disse, bem alto, como se me repreendesse – senta nessa porra desse sofá e deixa a minha prima.
Obedeci. Que moral eu tinha agora para não obedecer ao primo mais velho da minha namorada? Nenhuma, eu engravidei uma vadia.
– Por enquanto. – Disse alguém.
– É. – Gustav concordou para minha surpresa. – Depois você vai atrás dela, e faça aquele papel clichê daquelas novelas mexicanas.
– Por que vocês meninas não falam nada?! – Eu perguntei. – Você sempre tagarela nas horas erradas, Chelsea.
– Eu estou pensando na possibilidade de engravidar... – Comentou Chelsea. Bill olhou para ela como se pensasse “se você não estiver brincando eu te mato”. – Eu estou brincando, Bill!
Que bom, porque eu não gosto de crianças.
Ah droga.
– Você só está um pouquinho fodido. – Disse Georg.
– É, cala a boca, já deu a “hora” de esperar para falar com a Julia?
– Já. – Gus respondeu.
Me levantei com a maior rapidez. Corri porta afora para procurar a nanica.

Postado por: Grasiele

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