sábado, 21 de abril de 2012

By Your Side - Capítulo 39 - Os sobrenomes pelos nomes

Eu fiquei sem fala, com a boca entreaberta e os olhos piscando mais rápidos do que o normal. Tom riu da minha cara, e ficou rindo enquanto eu trocava de pensamento rapidamente.
Quero dizer, aceito, sei lá. Ele praticamente ordenou que eu o namorasse, então eu tinha o direto de responder?
Ele sabia exatamente o que estava fazendo. Parecia que estava pelo menos. Segurou minha mão, entrelaçando os dedos, e me ajudou a sair da água, seguindo o caminho na beira da água gelada, passeando pela areia. Passou o braço em volta da minha cintura.
– No que isso implica? – Eu perguntei.
– Me beijar, sair comigo, contar para o meu irmão, dormir comigo... – Ele pensou um segundo – Sim, com certeza dormir comigo.
E riu pervertidamente.
– Eu tenho o direito de negar também? – Perguntei.
– Claro que não.
– Então já estamos... namorando?
– Ah.
E com isso, ele me puxou lentamente pelo queixo e me beijou. Finalizou com estalinhos.

– É bem cômica a visão de você em um cavalo branco.
Foi a única coisa que eu consegui emitir pelos lábios.
– Você estava me imaginado num cavalo branco? – Ele perguntou.
– É sabe... – Eu sorri envergonhada – Cavalos brancos são românticos.
– E que tal uma banheira cheia de espumas? – Sorriu.

– Você estava planejando isso, obviamente.
– Claro. – Brincou ele
Silêncio...
– Diz que está louca por mim também? – Perguntou ele.
Eu respirei fundo e soprei em sua cara.
– Eu estou definitivamente louca por você desde que ouvi seu primeiro solo na primeira música do álbum Schrei.
– E você lembra qual música?
– Não. – Sorri de lado – Mas eu sei que gosto de você desde então. Eu me impressiono com guitarristas, violonistas e baixistas.
– Georg entra nesse meio?
– Ah sim, entra.
– Mas eu sou melhor com certeza.
– Exibido.
Ele me beijou docemente ao alcançar meus lábios com os dentes.
– Está frio. – Eu disse, quando senti um vento frio me gelar, já molhada. Tom passou o braço da minha cintura para meus ombros e me puxou mais para ele, me esquentando.
– Precisamos mesmo contar pro Bill? – Perguntei.
Ele me olhou com aquela cara de “óbvio” e eu sorri envergonhada.

(...)

Não foi uma surpresa contar para o Bill. Ele e Chelsea, no momento, estavam abraçados no corredor, nós nos aproximamos e eles nos viram. A primeira coisa que Chel disse foi algo sobre deixar para brigarmos mais tarde e não naquele corredor silencioso assim que dissemos que tínhamos algo para discutir.
– Ahn, Chel, não é nenhuma briga. – Sorri, ao olhar para Tom.
Ele estendeu a mão e eu entrelacei a minha com a dele. Os olhos de Chelsea brilharam. Bill apenas riu.
– Isso estava demorando para acontecer. – Disse ele.
– Ah espera espera! Me expliquem essa história direito! – Ela chiou – O que ta acontecendo aqui?! Vocês estão nesse maior clima romance... Vão casar? A Jus está grávida do Tom?
(n/a: também?!?!?! Kakakakaka brincadeira)
– Cruzes, Chelsea! – Eu e Tom dissemos ao mesmo tempo. – Não, cara, nós só estamos namorando.
A boca dela se abriu em círculo.
– Isso é sério? – Perguntou retoricamente – Oh meu Deus!
E eu calei Chelsea mais uma vez naquele dia e nem precisei desligar o telefone na cara dela. Ela simplesmente ficou muda, deu saltos, bateu palmas, se encheu de lágrimas e correu para nos abraçar. Chamou Bill também.
– Biiiiill vem cá, vamos abraçar todo mundo junto.
Aí, terminou o abraço, e ela voltou a tagarelar.
– Me conta, foi ele quem pediu ou vocês se decidiram juntos? Onde ele pediu? Ele te deu presentinhos? Brincos, colares, anéis? Rolou sexo? Digaaaa!
Ela falou tudo isso em português. Deixou os meninos de boca aberta.
– Bem... – Comecei rindo e tornei a falar em alemão – Eu fui praticamente obrigada a aceitar né.
Tom fechou a cara, e eu ri. Voltei ao português.
– Foi na praia há vinte minutos, e não rolou nada além de frio e areia na minha cara.
– Cruzes você Julia Schäfer, só sabe tornar a coisa feia, creepy maluca. Vamos imaginar em outro ponto de vista, vocês estavam na água, foi super romântico quando ele te abraçou por causa do frio e quando beijou a sua boca e aí vocês saíram de lá com o pensamento em entrar em uma banheira no quarto quente de vocês para um banho juntos e...
– Shut your mouth up!
Eu gargalhei junto com ela.
Chelsea foi em direção à Bill de braços abertos e eles se abraçaram fofamente, os dois olhando para o casal abandonado no corredor. Eu fui abrir a porta do meu quarto, conversando com Bill e Chelsea enquanto Tom foi pegar suas roupas para dormir comigo, assim que ele voltou, me segurou pela cintura comigo de costas para ele.
– Aí Jus, eu estava lendo as noticias que Paramore iria fazer um show no Brasil, mas eu me lembrei que agora você mora na Alemanha também, mas sabe aquela nossa amiga que gostava...?
– Tchau Bill, tchau papagaio.
– Tchau Tom, e tchau cunhada nanica. – Bill respondeu com o mesmo trocadilho.
Disse Tom, me encaminhando para o quarto. Eu ri. Ele fechou a porta com o pé e tirou a minha blusa por cima da minha cabeça com as mãos que seguravam minha cintura. Se aproximou com a boca aberta e aquele hálito quente com um leve perfume de Absolut, o que me fez imaginar o porquê de ele estar levemente alto.
– Kaulitz, você bebeu. – Eu disse.
– Bebi a mesma quantidade que você dessa vez e, uhm, já está na hora de parar de me chamar assim, huh?
Disse, enquanto colocava a boca no meu pescoço e passava os braços pela minha cintura.
– É... – Eu concordei, me virando para ele – É verdade.
Se um dia eu me casasse com ele, na hora de dizer ao padre (se houver um padre, porque tanto eu como ele somos ateus) “aceito Tom Kaulitz...” eu diria “aceito o Kaulitz idiota...”.
Nos beijamos por alguns minutos, sem nenhum pervertimento além da mão boba de Tom, até que eu parei de beijá-lo e disse que precisava tomar um banho por causa da praia.
Oh, o que eu fui falar.
– Banho, é? – Sorriu ele de forma sacana.
– Sim, banho... – Parei de falar ao olhar para sua cara – Ah Tom, você é maluco.
– Vamos lá ser malucos.
Disse ele, ao pegar minha mão e me conduzir ao banheiro.
– Espera, eu preciso pegar minha toalha e minha nécessaire...
– Cala a boca, Julia.
Paramos dentro do chuveiro, ainda vestidos, quando ele ligou a água, que começou a cair gelada e eu dei um curto gritinho e ele me abraçou debaixo do chuveiro rindo. A água começou a esquentar. Eu estava abraçada à Tom, olhando para o chuveiro. A água esquentou demais. Eu estava prestes a deixá-la mais fria, mas Tom segurou minha mão e colocou em seu ombro ao invés da torneira.
– Mas...?
Comecei. Ele me interrompeu.
– Água quente me deixa excitado facilmente – Disse ele no meu ouvindo.
Já estávamos molhados né.


Entre os beijos e o contato contra a parede do banheiro, o ajudei a tirar a roupa pesada e molhada, começando pela camiseta mais fácil e depois a bermuda e ainda tinha uma sunga, que eu não achei que fosse encontrar por debaixo do short...
Ele quebrou o beijo, imbecil, para tirar a porcaria da parte de cima do biquíni, que alguém tinha dado um nó cego, porque era tomara-que-caia e não podia cair enquanto eu era jogada na água gelada.
E conseguimos tirar todas aquelas peças, que ficaram jogadas no chão do box, enquanto voltamos a nos beijar com um afobamento gigante.
Eu sou atrapalhada, nunca neguem isso.
Ergui os braços e esbarrei no shampoo que ficava no alto, ele caiu na minha cabeça, mas trouxe junto o condicionador que bateu em Tom, ele riu, e depois fingiu voz de bravo.
– Porra Julia até no banho você consegue derrubar tudo! – Brincou ele.
E veio com os dentes em direção ao meu pescoço, eu me contorci e o empurrei pelo rosto, mas ele mordeu minha mão. Beijou minha testa, meu nariz, minha boca e brincou comigo. De jogar água, claro.
Não, não houve nenhuma brincadeira erótica naquele banho, apesar de eu notar que ele estava bem excitado mesmo assim, eu só o fiz brincar. Ele segurou o shampoo.
– Quanto você usa disso? – Perguntou.
– Só uma mão serve, meu cabelo está meio curto.
– Ah claro, no meio das costas, é meio curto. – Brincou.
Ele despejou praticamente meio pote de shampoo no meu cabelo. Eu briguei com ele, bati em seu braço, e ele terminou por me ajudar a me dar banho, e eu não precisava daquela ajuda.

Fechei o chuveiro e estava indo pegar a toalha. Tom me parou. Estendeu a mão para fora do box e pegou em cima do sanitário no meio de suas roupas um preservativo.
Eu olhei com uma cara surpresa para ele.
– Eu acabei de tomar banho. – Disse.
– Eu também. – E se virou para mim – Mas eu ainda estou duro.
– Você tem um palavreado tão lindo.
Eu ri.
– Sendo assim, vou ligar o chuveiro novamente.
– No quente, por favor. – Disse ele.
Eu liguei, ele me segurou pela cintura, deixou o preservativo de lado, ficou de joelhos no box e passou uma das minhas pernas por cima de seu ombro. Eu sorri, mas ele não pode ver o meu sorriso.
Sua boca foi de encontro a minha intima.
Eu me agarrei às suas tranças, ofegante com os minutos.
Soltei sons grutuais pela boca, contraindo o abdômen a cada segundo.
Céus, água quente também me excita facilmente!

Ao longo dos minutos, eu gritava de prazer, com as mãos escorregando no vidro embaçado do box. Podia se ver as mãos de Tom por cima das minhas. Me acompanhando de forma menos escandalosa.

(...)

Ouvi palmas, lá do fundo da minha consciência enquanto eu dormia nos braços de um guitarrista meio musculoso.
– Acorda, nanica!
Abri os olhos. Ah seria fofo se fosse Tom! Como seria.
Mas infelizmente, era uma loira chata sentada na minha cama. Cocei os olhos e me virei para ela. Eu estava de pijama! Ainda bem que me lembrei de me vestir antes de dormir.
– Cara, o que você está fazendo aqui tão cedo? – Perguntei.
– A porta aberta me convidou para entrar. Esse daí não acorda mesmo, não é?
Ela apontou para Tom, dormindo do meu lado.
Eu coloquei a cabeça no seu ombro.
– Não, e não é você quem vai acordar. Sai daqui, Chelsea.
– Agora que eu trouxe meu ajudante para acordar o familiar?
Abri os olhos e tentei enxergar mais longe (eu estava sem lentes), vendo um Bill sentado na poltrona do outro lado do quarto.
– Mas que porra é essa? Invasão? Tchau vocês dois, me deixem dormir! – Grunhi, mas baixinho para não sequer tirá-lo do vigésimo sono para o décimo nono. Claro que era complicadinho acordar o Kaulitz. Digo, o Tom.
– Não, Jus, levanta aí, vamos à praia!
– De novo? A gente foi ontem, e anteontem! Desse jeito eu vou ficar negra!
– Você não se queima direito nem se passar bronzeador.
– Me deixa em paaaz!

De repente, na porta, ouvi uma voz familiar.
– Julia? Você está aí? A porta está aberta.
Era Gustav.
– Estamos aqui sim, Gus! – Gritou Chelsea.
Que bom que pelo menos Bill é inteligente. Que pulou da poltrona até a cama e tampou a boca de Chelsea com os olhos em alerta para o irmão adormecido. Eu acho que Gustav fritaria Tom vivo se o visse na minha cama sem camisa.
Empurrei Tom para fora da cama. Ele acordou no meio disso, tipo um segundo antes de bater com a cara no chão e grunhir alto sobre isso.
Gustav entrou no quarto e me viu sentada na cama, com Chelsea e Bill em cima dela. Ele acenou e eu acenei de volta.
– Eu juro que ouvi a voz do Tom. – Disse Gus.
– Fui eu Gus, como você pode me confundir com aquele cara? – Falou Bill – A Chel pisou no meu pé.
Eu estava meio preocupada com o Tom e sua cara no chão do lado da cama. Chelsea tinha sua boca coberta por Bill, e eu ainda estava com os lençóis em cima de mim, esfregando o rosto e tentando pentear o cabelo com as mãos.
– Ai! Quem me empurrou cama abaixo?
Ele apareceu com aquela cabeça e a testa gigante para fora da cama. E Gustav o viu. Para mim, aquilo só iria se resultar em uma coisa: Fo-deu!

Postado por: Grasiele

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