sábado, 3 de dezembro de 2011

Wenn Nichts Mehr Geht - Capítulo 33 - O primeiro jantar

Devo confessar que estava muito preocupada com o meu casamento tão repentino. Eu não queria ser pessimista, afinal o grande dia seria amanhã, mas milhares de coisas ruins passavam pela minha cabeça.
Na minha família havia várias histórias de casamentos que não deram certo, sempre ouvi falar dos traumas que os filhos tinham após o divórcio dos pais, e é claro histórias de ex marido e mulher que passavam a se odiar eternamente.
Eu tinha como exemplo o casamento de meus pais, apesar das brigas, eles nunca chegaram a se agredir fisicamente, mas há palavras que ferem mais que um soco, do que um que tapa porque as feridas com o passar do tempo acabam sendo curadas, já as da alma... não há médico que dê jeito. E eu sabia muito bem disso.
Apesar de toda a minha ansiedade e nervosismo, Bill parecia estar muito tranqüilo, tranqüilo até demais.

– Camila se eu beber você vai querer também?
– Beber? Você não está pensando em se casar bêbado, né?
– Até lá o efeito do álcool já passou. Eu tenho que comemorar!
– Você que sabe, só de pensar em bebida já fico enjoada.
– Então eu bebo e você fica olhando. – disse ele abrindo uma garrafa de vinho.
– Então você bebe e eu fico arrumando essa bagunça!
– Ai Camila arrumar pra quê? Depois vai ficar tudo bagunçado de novo.
– Eu nem te digo nada...

Enquanto Bill sentado no sofá bebia seu vinho ouvindo uma música um pouco alta demais para o meu gosto, eu no quarto procurava um espaço em meio aquela desordem para guardar minhas coisas.
Depois de eu ter deixado o quarto tão limpo como ele talvez jamais tenha estado fui até a cozinha para preparar o jantar.
A cozinha da casa era anexada a sala, e eram divididas apenas por uma longa bancada na qual estavam dispostas várias garrafas de bebida e taças, muito empoeiradas por sinal.
Enquanto começava a preparar o que o seria o nossa primeira refeição como noivos, observava Bill concentrado ouvindo a música que tocava no rádio.

– Você gostou da música? – perguntou Bill.
– Até agora sim, por que?
– Eu ainda acho que falta alguma coisa.
– É do novo CD?
– Sim, gravamos hoje... só que sinceramente eu não gostei.
– Eu não entendo muito disso, mas para mim está ótima.
– Não... ainda pode ficar melhor.
– E o que os outros da banda disseram?
– Falaram que ta bom. Só que bom para mim não serve, tem que estar perfeito!
– Eu sei que você vai pensar em alguma coisa...
– Vou? É vou.. mas mudando de assunto, essa comida ta cheirosa hein.
– É fígado!
– Fígado? Eca!
– To brincando é uma carne aí... não sei o nome não.
– Deixa eu ver. – disse Bill caminhando até a cozinha segurando a taça de vinho.
– E desde quando você entende alguma coisa de carnes?
– Bom parece ser uma carne como outra qualquer... Ah desde que dê para mastigar, ta bom!
– Ta bom nada, essa é a nossa primeira refeição aqui nessa casa, tem que ficar muito gostoso!
– E a pizza?
– Qual, a pizza queimada? Aquilo não conta!
– Já tem alguma coisa pronta?
– Sim, experimenta só.

Então cortei um pedaço da carne e ficando frente a frente com Bill, levei um pedaço à sua boca.

– E aí o que achou?

Bill fez uma careta extremamente fofa, em seguida começou a tossir, derramando acidentalmente o vinho que estava na taça sobre a minha blusa, que de branca ficou transparente.

– Olha só o que você fez, Bill!
– Eu tenho culpa se a carne estava puro sal?
– Ai não acredito! Eu fiz igualzinho ao que a minha mãe me ensinou!
– Tadinho do povo da sua casa então.
– Poxa eu tava fazendo tudo direitinho...
– Quem sabe se a gente lavar a carne e depois fritar de novo não resolva?
– Não custa nada tentar, né... Mas e a minha blusa? Acho que manchou, e logo a minha preferida!
– Deixa eu ver o tamanho da mancha.
– Será que se eu lavar antes que a mancha seque, resolva alguma coisa?
– Não sei, mas é melhor você lavar logo! – disse enquanto lentamente tirava minha blusa.
– Então me dá aqui.
– Pega! – disse ele levantando o braço em que segurava minha blusa.
– Me dá aqui! – disse  enquanto que com um braço cobria meus seios e com outro tentava tomar a minha blusa das mãos de Bill, mas em vão.
– Camila sabia que vinho também mancha a pele? E pior do que uma blusa é ficar com a pele manchada!
– Sério?
– Seriíssimo!!!
– Então cuida do jantar que eu vou tomar banho e lavar a blusa.
– Não precisa... deixa que eu te ajudo.

Bill então afastando meus braços, começou avidamente a lamber e beijar meus seios, ele os segurava firme, chegando quase a me machucar.
Em um movimento rápido ele me encosta na bancada, e enquanto sinto sua língua percorrer pelo meu pescoço, suas mãos desesperadas alisavam minhas pernas, subindo cada vez mais por de baixo da saia que eu usava.
Aquelas taças de vinho pareciam ter despertado um instinto  selvagem em Bill. Seus beijos não eram mais doces e suaves como os que eu estava acostumada. Ele levemente puxava meus cabelos me beijando loucamente.
Senti minhas pernas já ficando trêmulas e o desejo tomando conta de meu corpo, mas então lembrei da comida.

– Bill, eu não quero comer comida queimada de novo!
– Já resolvo o seu problema. – então ele foi até o fogão para desligar o fogo.
– Agora que a comida vai ficar ruim mesmo! Só quero ver o que nós vamos comer!
– Você eu não sei... mas a única coisa que eu quero comer agora, é você.
– Billl !!!!

Eu não esperava ouvir aquelas palavras sendo ditas pela boca de uma pessoa tão delicada, não daquela forma, então não pude disfarçar meu olhar de surpresa.

– O que foi? Ficou ofendida?
– Não, eu só não esperava isso de você!
– Nunca espere nada de mim. Eu sou imprevisível!
– Percebi...
– Algumas pessoas quando bebem ficam choronas, outras valentes, outras felizes ou então enjoadas... e eu... bem.. eu, você já está vendo como eu fico.
– É... estou....
– E isso te assusta?
– Não, me excita!

Então trazendo Bill novamente para perto de mim, voltamos a nos acariciar. Meu corpo já não mais pertencia a mim, era por completo de Bill.
Ele fazia questão de demonstrar que eu era dele, única e exclusivamente dele. Segurava firmemente em minha cintura pressionando seu corpo contra o meu, como  se não quisesse que eu fugisse, como se aquela fosse a nossa última transa.
Bill então envolve minhas pernas envolta de sua cintura, e morde meus mamilos, sua saliva quente logo era substituída por um vento frio soprado de seus lábios, meu corpo já dava sinais de que não agüentava mais toda aquela “tortura”, eu queria sentir a pele macia e cheirosa de Bill tocando a minha, queria definitivamente sentir que ele me pertencia, que tudo aquilo era meu.
Ele empurrava meu corpo contra a bancada, o que fez com sentisse uma dor muito incomoda que me impedia de aproveitar por completo daquele momento tão sublime.

– Bill vamos para a cama.
– Está muito longe. – disse ele enquanto me beijava.
– Minhas costas estão doendo...

 Enquanto nos beijávamos, Bill ia me levando até a sala, enquanto eu apressadamente tirava sua camisa. Ele então delicadamente me deitou sobre o carpete da sala, se deitando logo em seguida.
Nossos corpos estavam tão próximos um do outro que eu podia sentir os batimentos acelerados do coração de Bill. Mas não era o suficiente, eu desesperadamente queria ainda mais proximidade.
Bill sussurrava palavras em meu ouvido, que algumas vezes o tesão me impedia de compreende-las. Eu estava mais preocupada em me livrar das calças que ele vestia, Bill ao perceber isso se afastou um pouco de mim e abriu seu cinto e logo em seguida seu zíper, abaixando só um pouco suas calças.
O puxei novamente ao meu encontro meu corpo já não podia ficar tanto tempo longe do dele.
Minhas mãos desciam de sua nuca indo para as suas costas e então adentravam em suas calças.
Bill mordia meu queixo e  ia levantando minha saia. Por cima de minha calcinha, senti sua mão grande e firme tocar minha vagina, o que me fez gemer em seu ouvido. Agora eu estava na minha casa, não precisava me preocupar com quem fosse ouvir os meus gritos e gemidos, podia me entregar completamente, e Bill gostava disso, gostava de ver o quanto ele me excitava, o quanto ele sabia fazer eu me sentir desejada.
Senti então os dedos de Bill agora em contato direto com a minha região íntima, ele me tocava delicadamente para que suas unhas compridas não me machucassem, mas naquele momento eu não queria apenas sentir seus dedos, queria sentir sua língua, seu pircing, seus lábios...
Como que adivinhando meus pensamentos Bill então rapidamente tira minha calcinha, então em movimentos circulares contorna meu umbigo com a língua descendo até a minha vagina.

– Eu quero gelo Bill..
– Na próxima.
– Não eu  quero agora!

Então afastei seu corpo e me levantei indo à cozinha pegar alguns cubos de gelo, quando já ia voltando, vejo a maçaneta da porta sendo forçada. Alguém estava prestes a entrar. Então fiz a primeira coisa que me veio a cabeça, me escondi atrás da bancada, enquanto Bill assustado tentava se recompor. Segundos depois eu já saberia quem havia chegado, aquela voz era inconfundível.

– Fala maninho!!!!!
– Tom?
– Não. É claro que sou eu! Preciso da sua ajuda!
– Tom eu estou ocupado.
– Liga não, pode tomar o seu banho que eu falo daqui mesmo.
– Mas, Tom...
– Saca só, você é um cara romântico e tal, e é o único que pode me ajudar.
– Fala logo Tom.
– Tipo, eu peguei uma menina que gosta dessas frescuradas, só que eu vacilei...agora eu quero reconquistar ela,sabe. Só que eu já usei todo o meu estoque de palavras românticas! Preciso que você me diga algumas novas!
– Tom depois eu passo na sua casa e te dou todas as dicas! Agora vá embora!
– Calma aí cara...
– Vai logo Tom depois eu falo com você..
– Peraí... – disse Tom vendo as roupas espalhadas pelo chão.
– Porra...
– Não vai me dizer que você...
– É Tom isso mesmo, agora dá pra você ir embora?
– Aê!! Finalmente!! Manda ver cara, preserve a fama dos Kaulitz!
– Ta, ta.. agora cai fora!
– É isso aí maninho – disse Tom enquanto dava leves tapas nas costas de Bill.
– Depois eu preciso falar com você! Ah e não marca nada para amanhã a tarde!
– Ok..

Assim que Bill fechou a porta eu me levantei com muita raiva, meu coração já não batia acelerado pelos carinhos de Bill, e sim pelo nervosismo de quase ter tido uma das situações mais constrangedoras da minha vida.

– Puta que pariu! Sempre tem um para atrapalhar!
– Como é que ele entrou aqui? Por que o porteiro não avisou nada?
– Todo mundo sabe que o Tom é meu irmão, então ele tem acesso livre. E o pior é que eu esqueci de trancar a porta quando a Giselle saiu.
– E o portão também, né?
– O portão eu nunca tranco, afinal tem os seguranças pra quê?
– Eu quase  tive um troço escondida atrás daquela bancada.
– Ah, então é ali que você estava?
– Fica rindo, fica...
– Ta parei.
– Eu disse, vamos pro quarto... Mas não você não quis, e olha aí no que deu.
– Quase deu!
– Por questão de segundos!
– Não fica assim não, porque a noite e a casa é grande!
– E o que tem uma coisa a ver com a outra?
– Eu quero ter você em cada cômodo dessa casa.
– Quê?
– É isso mesmo que você ouviu. Essa noite você vai ser minha em todos os cômodos. Desde que eu te trouxe pra cá ainda não te mostrei todos os comodos. Olha que falta de educação a minha! Quer um jeito melhor de conhece-los do que esse?
– Bill, o que tinha nesse vinho hein?
– Ta preparada?
– Não!
– Não tem problema, porque eu já estou.

Postado Por: Grasiele

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