sábado, 8 de outubro de 2011

Touched By An Angel - Capítulo 21 - Meu coração estará com você!


Anjo disfarçado
você salva minha alma
Mas você faz meu coração ficar cego
Meus demônios se enfurecem
só não podem deixar passar
Porque isso parece tão certo
Você faz meu coração ficar cego...


Angel in Disguise  - Cinema Bizarre



x.x



- Bill, a Samara mandou te chamar urgente na sala dela. Os médicos que irão te operar estão em São Paulo para uma conferência e vieram até o hospital para te ver. Seu pai está vindo para cá para participar da reunião.  


Eu congelei por inteira, travei minha respiração e olhei para Eleonora que me olhou assustada e preocupada ao mesmo tempo.

A expressão dele ficou séria. Ele baixou a cabeça como se não soubesse o que dizer. Bill virou na minha direção e apenas disse:

- Por favor,Janice dê a aula por mim.

E seguiu com Gustav para dentro do hospital. Deixando Eleonora e eu no jardim ,uma olhando para outra, sem saber como agir. Eu queria ter o abraçado e o confortado,mas não podia. Droga!


-Será que ele tinha noção que você já sabia sobre a operação?  –Ellie quebrou o nosso silêncio.


-Não sei,  Ellie - Eu disse preocupada.Querendo ser uma mosca para entrar na reunião de Bill com os médicos.


-Ele te contou? Ellie perguntou,já me tirando do sério.

-Ainda não! – Mordi meus lábios de nervoso.  –Ellie melhor irmos para a sessão de musicoterapia de  Bill, pelo menos assim o tempo voa e eu não fico tão apreensiva.



Seguimos até a sala  e nem preciso falar que todos os pacientes ficaram perguntando por Bill incansavelmente. Ellie e eu tivemos um pouco de trabalho para acalmar os ânimos exaltados. Bill era muito querido pelos pacientes. As turmas estavam lotadas e ainda tinha lista de espera para as sessões. Para falar a verdade , Bill era o funcionário mas competente e mais querido do hospital. Isso me enchia de orgulho.

Dei  aquelas duas sessões angustiada. Quando estava começando a  terceira sessão  ele passou pela janela da sala. Não aguentei e sai da sala correndo deixando Ellie na sala .

-E ai? O que eles disseram? Bill,o que eles disseram?  -Eu disse não segurando minha agonia.

-Jen, eu ia te dizer sobre a opera...

-Eu já sabia sobre a sua operação,Bill! O que eles disseram?Quando você opera? –Eu disse o interrompendo.

-Vamos sair daqui!  –Ele disse.  -Jen vamos almoçar! Não quero falar para você aqui!


O meu coração parou  porque ele não queria falar comigo ali, no hospital. O que teria acontecido nessa bendita reunião? Eu já estava quase tendo um infarto.

Bill entrou comprimentou as crianças que ficaram loucas ao vê-lo! Ele conversou com Ellie  pedindo para ela segurar aquela última sessão com Leonardo e nós dois saimos do hospital juntos, e nem ligando para as pessoas que estavam vendo aquela cena. Depois invetariamos um boa desculpa.




Fomos em total silêncio para o restaurante , chegamos , entramos e nos sentamos na mesma mesa de sempre.

Quando Daniel trouxe o menu pedimos e foi então que ele começou a falar aumentando a minha aflição.

-Hoje a noite vou para o Rio de Janeiro fazer alguns exames. -Bill falou sério.

-Hãn? Rio deJaneiro?  Hoje a noite? Por que?  -Eu perguntei perdendo o fôlego.

-Sim, hoje a noite e só volto no fim da semana...Mais precisamente na sexta a noite. Vou fazer alguns exames para a cirurgia.

-Eu vou com você! –Eu disse decidida.

-Não...Não pode!

-Eu VOU! –eu disse quase gritando com ele.

-Jen...

-Não quero saber,Bill eu vou com você! –Eu estava deseperada.

-Não pode...Preciso da sua ajuda! –ele disse calmo e sério. - Para fazer esses exames eu tenho que estar tranquilo e estando lá com meus pacientes aqui sem sessão  eu não estaria tranquilo. Não, confiaria eles a mais ninguém! Você tem que ficar e me substituir.

Eu coloquei meus cotovelos na mesa e tapei meus olhos para ninguém me ver daquele jeito, meus olhos se encheram de lágrima. Bill percebeu e tocou meu braço e depois meu queixo e chegou ao seu destino, meus olhos!

-Não precisa chorar, Jen –ele disse secando minhas lágrimas com os dedos. - Sexta feira estou de volta. É que existe alguns exames que só podem ser feitos no Rio de Janeiro.

-Mas são 3 dias! Três dias sem você.Não sei  se eu consigo e outra você lembra como você ficou ruim? Lembra que você ficou com muitas dores nas vistas?


-Não serão aqueles exames, serão mais calmos e menos doloridos. –Bill explicou ainda com as mãos em meu rosto. –Eu ficarei bem , eu prometo a você!




Eu não me contive, levantei da mesa, fui para o seu lado, agachei ao seu lado e  o abracei pela cintura. Afundei meu rosto em sua barriga e chorei...chorei por diversas coisas: Bill longe de mim, Bill podendo enxergar , a confiança dele em mim e por fim, chorei por que cada dia eu o amava mais...cada segundo da minha vida era completamente sem sentido sem Bill ao meu lado. Sabe aquele amor que te consumia de uma forma...Inexplicável!!

Era assim meu amor por Bill :  inexplicável, inenarrável, intocável e incrível.

-Jen, não precisa ficar desse jeito.Tudo vai dar certo.- Ele baixou o tronco e beijou o alto da minha cabeça e me abraçando com ternura passanso os dedos dentro do meu cabelo, acariciando-me.

Parei o choro, mas não consegui dizer nada só fiquei abraçada a ele. Depois de alguns segundos eu mais calma, o olhei e disse com um sorriso nos lábios:


-Vai dar sim...Eu sei que vai,meu anjo!


Alcancei a sua boca e a  beijei e só nos separamos quando Daniel pigareou e o olhei, ele estava sorrindo e disse todo simpático:

- Com licença! –Daniel colocou nossos pedidos na mesa.

Fui para o meu lugar e pude ver que o restaurante inteiro nos olhava alguns com uns sorrisos doce no rosto e  outros com um ponto de interrogação.

Almoçamos e voltamos para o hospital.  Quando foi cinco horas saimos do hospital e levei Bill até sua casa. Lá ele tomou um banho e seguimos para o aeroporto de Congonhas.




Na hora do embarque não consegui dizer nada. Meu coração estava apertado. Sabia que ia dar tudo certo que os exames eram necessários. Mas, ficar longe dele. Aquilo estava me matando.

 -Minha querida, sexta estaremos de volta. –Simone disse me abraçando.-Pode deixar tomarei conta dele. Não deixarei nada acontecer ao seu bibelô! –Simone se afastou de mim para que eu pudesse me despedir de Bill.

Fui em direção dele e apenas encostei minha testa em seu peito. Bill segurou meus ombros e os acariciou de uma maneira meiga. Eu o abracei na cintura e ele desceu a boca no meu ouvido e disse baixo:

- Se cuida, minha vida!

Meus braços se apertaram mais no seu corpo, senti os seus braços também me envolver e subi meus lábios para os dele, o beijando na boca, um beijo rápido e já cheio de saudades, quando nos separamos eu disse:

-Vai com DEUS meu anjo eu estarei aqui na sexta a sua espera.

Simone pegou em seu braço e seguiram para o check-in sumindo depois da minha visão. Fiquei ainda parada por alguns segundos, então, sem mais nada a fazer, segui o meu caminho.



Fui direto para casa. Estacionei meu carro e agradeci por meu pai não esta em casa. Segui para o meu quarto, entrei e fechei a porta quando olhei para a cama , tinha uma caixa cor de rosa linda em cima dela, aproximei-me e peguei o cartão, abri e li.


Que só eu que podia
Dentro da tua orelha fria
Dizer segredos de liquidificador
Em um codinome BEIJA FLOR ”


Eu deixei o cartão em cima da cama e abri a caixa rosa, quando peguei o alimentador nas mãos, minhas lágrimas já estavam formadas dentro da minha alma.

Corri até a saleta de jardinagem e peguei a caixa de ferramenta do meu pai, ali peguei um prego e um martelo, fui até a pequena varanda do meu quarto e eu mesma coloquei o alimentador.

Quando estava enchendo de água, o carro do meu pai estacionou na frente da minha casa. Meus pais saíram de dentro do carro e minha mãe sorrindo me perguntou:

-Que lindo! Onde você comprou esse alimentador, minha filha?

-Não comprei, foi Bill que me deu! Não é lindo?-Eu disse a olhando feliz.

-Um rapaz com tanto dinheiro e dá essa porcaria para a namorada? Dá próxima vez peça para alguém que enxergue ir com ele.

Aquela frase do meu pai tirou toda a felicidade dentro de mim. Meu sorriso morreu e a vontade de jogar o martelo na cabeça dele foi terrivelmente muito forte...E foi isso que eu fiz!

O barulho foi imenso e os xingamentos que seguiu foi tão alto quanto. O martelo tinha estraçalhado o vidro dianteiro do carro importado do meu pai.

-Sua louca! Eu vou subir e vou te mostrar a quem você deve respeitar.

-Respeitar? Não me diga que é você que eu devo respeitar!  - Eu sorria de raiva  - Pois, se quer respeito, aprenda a respeitar primeiro e agradeça por ter quebrado o vidro dessa droga de carro, pois o meu alvo não era ELE!

Vi meu pai parar e olhar para minha mãe sem cor e sem rumo, finalmente eu tinha conseguido o atingir.

Meu pai entrou para dentro da casa e depois de minutos minha mãe bateu em minha porta.

-Filha, você atirou para acertar o seu pai? –Ela sentou em minha cama e me olhou séria. –Você poderia ter o machucado? Você pensou nisso?

-E ele pensa ao me machucar? Ao me agredir ou agredir o Bill? –Eu disse a olhando sem arrependimentos. – Ele atira muito mais que um martelo em mim quando ele fala mal de Bill!

Olhei-a mais uma vez, me levantei e fui até o banheiro batendo a porta fortemente.

Nem preciso falar que a situação com o meu pai piorou mil por cento,né?

x.x


Bom... minha semana foi insuportável sem Bill, nos falamos todos os dias. Quinta a noite,  nos estavamos no msn, no microfone e Carolina apareceu e começou a conversar com ele. Eu achava lindo o jeito que Bill conversava com ela. E eu achava engraçado ela o chamar de “Piu”. Eu fiquei só ouvindo a conversa e ele pedindo para a irmã me mandar um beijo. Com certeza, ele seria um excelente pai.


 Depois que Carolina nos deixou sozinha, eu perguntei da cirurgia e ele disse que quando chegasse em São Paulo , ele me contaria tudo, em todos os detalhes. Eu aproveitaria e tiraria minhas dúvidas de sua cegueira, como por exemplo: Se ele tinha nascido cego!



Na  sexta feira eu estava indo buscá-lo no aeroporto quando meu carro pegou um buraco enorme e depois de cinco minutos fui obrigada a encostar, meu pneu tinha furado.

-Era só o que me faltava! – Eu xinguei.

Sai do carro e chutei o pneu furado. Precisava de ajuda,pois nunca tinha trocado um pneu, e chamar o seguro, ia demorar demais e como estava perto do hospital. Não pensei duas vezes liguei para Gustav que depois de dez minutos estava no local.

-Obrigada,Gus peguei uma droga de um buraco. –eu agradeci quando ele desceu do carro.

-Tudo bem, é rápido. –ele respodeu sorrindo.

Gustav foi até a traseira do meu  carro  para  pegar o estepe e o ouvi dizer com uma cara desanimadora.

- Janny, esse estepe esta furado.

-Que?Furado? Como assim? – Perguntei quase aos prantos.

-Furado! Murcho! –Gustav disse.

-Não acredito,Gus! - Olhei no relógio e Bill chegaria em vinte minutos no aeroporto.

-Temos que procurar um borracheiro. Sorte sua que tem um aqui há poucos metros. Você fica aqui que vou lá arrumar.Cuidado com essa avenida, fique na calçada. – Gustav disse pegando o pneu e indo em direção ao borracheiro.

Olhei pela milésima vez para o meu relógio e liguei para o celular de Bill para avisa-lo. Caixa postal. Tentei  liguei no de Simone também estava na caixa postal. Aquilo começou a  me dar dor de cabeça. Eu ia me atrasar para pegar ele.

A minha sorte foi que Gustav foi rápido e voltou mais rápido ainda. Trocou o pneu.


-Gustav, obrigada. Muito Obrigada nem sei como agradacer. Você é um amor! –Eu disse um pouco mais aliviada.

Gustav me olhou estranho e se aproximou e rapidamente segurou minha nuca e foi de encontro ao meu rosto, quando ele encostou seus lábios nos meus eu o empurrei imediatamente.

-Gustav? Não faça isso! –Eu tentei me afastar.

-Por que não? -Ele disse voltando para junto do meu corpo.

-Por que não! – Eu quase gritei.


Ele me olhou confuso e segurou minha mão. Eu o olhei e puxei minha mão dizendo:

- Somos apenas amigos!

-Janny, eu quero ser mais que isso. Gosto muito de você! –Ele confessou.

-Eu também gosto muito de você, eu já disse isso...Gustav...mas não podemos ser mais nada do que isso. Eu já disse que existe um outro alguém na minha vida.

-Nunca te vi com ninguém. Quem é esse outro alguém? –Ele perguntou franzindo a testa já nervoso.

-Esse outro alguém é o Bill!  –Eu fui direta e reta.

-Que? Bill? Isso é uma piada? –Gustav se afastou de mim e virou-se.


x.x


Próximo capítulo


-Bill , eu to queimando... você esta sentindo?  O meu fogo ... o meu desejo? -  Eu gemia em seu ouvido.  Estavamos em ponto de explosão, minha próxima caricia acendeu o pavio , enfiei a mão dentro do pote de pêssego e o fiz lamber meus dedos, ele colocou sua língua para fora e chupou um a um dos meus dedos, minha intimidade fisgou.


Senhor...como eu queria aquele homem  absurdamente...enlouquecidamente.

Postado Por: Grasiele

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