sábado, 8 de outubro de 2011

Touched By An Angel - Capítulo 23 - Por que?


Afogada em minha solidão
Por quanto tempo eu devo segurar meu fôlego?
Tanto vazio por dentro, que eu poderia encher o mar mais profundo
Eu alcanço o céu enquanto a lua aparece
Um último ano veio e se foi
É hora de deixar a chuva do seu amor cair em mim...
Black Roses Red - Alana Grace



x.x



Meu Pai, o que eu podia dizer depois de ouvir isso da pessoa que eu amo? Nada!



Abracei-o e ficamos mais um pouco embaixo do chuveiro. Então, depois do banho, já limpos e vestidos deitamos e nos abraçamos e dormimos satisfeitos, de pêssegos!



No sábado, nos levantamos já passava do meio dia, quando descemos para almoçar Simone mais uma vez , veio nos chamar atenção porque dormimos na mesma cama e que ela não gostava,que tinha seus princípios, então  decidimos que quando eu fosse dormir na casa dele, eu dormiria no quarto de hóspedes. Pelo menos tentaria.



Quando terminamos de almoçar, despedi-me de todos e Bill me levou até o carro. Paramos ao lado do carro e virei-me para ele, encostando a minha testa em seu peito e coloquei minhas mãos em seu peito. Senti suas mãos em meus ombros e seus lábios na minha cabeça.

Não queria ir para minha casa, não queria sair de perto dele. A cada dia eu viciava mais em Bill; era algo tão forte, intenso e poderoso, que chegava a me queimar por dentro. Cada célula, cada nervo meu implorava por ele. Ficamos naquela posição um bom tempo, nenhum dos dois queria se mexer.



- Vamos subir e entrar no seu closet de novo? – Eu quebrei o silêncio, chorosa.



- Só se for agora! Ah...acabou o pêssego! – ele brincou. Eu levantei minha cabeça e me aproximei do seu rosto.



- Não preciso de frutas, não preciso de nada! O seu cheiro, seu gosto já me desperta coisas que só DEUS para ter piedade da minha alma! –Eu me aproximei mais.  -Porque quando estou perto de você, eu não consigo ficar no meu juízo normal, eu perco totalmente a minha direção, perco os meus sentidos! Quando estou perto de você sinto que nenhuma camisa de força consegue me deter; é forte e muito intenso, algo que nunca senti em toda minha vida.



Bill  ficou sério, suas duas mãos entraram dentro dos meus cabelos, todos os seus dedos entrelaçaram-se neles e ele puxou-me com força para um beijo que com certeza dizia muita coisa, era muito mais que mil palavras, sua língua explorava minha boca lentamente como se ele quisesse me torturar. Sua língua entrou inteira na minha boca e a acariciava de uma forma sexy.



- Ei, vou jogar água fria ai embaixo! Estão parecendo dois cachorros no cio!!



Era ele...Tom!





Eu parei o beijo e olhei para cima, Tom me deu um "tchauzinho" com cara de sacana e fechou a janela.



- Antes de subir para falar com ele, passe na cozinha e pegue a faca mais afiada, corte os testículos que vou servir de banquete para os meus cachorros. –Eu disse sorrindo.



- Ainnn! Que maldade, essa doeu no meu!! – Bill disse sorrindo e colocando a mão no “seu”.



- Não se preocupe meu amor, que do seu eu cuido com muito carinho.



Eu passei a mão discretamente entre suas pernas, beijei-o de leve e abri a porta do carro para ir embora. Abri o vidro e Bill colocou suas mãos na porta. Pela última vez nos beijamos, liguei o carro e segui meu caminho.


x.x


- Tom abre essa porta. Tom! Tom! – Bill esmurrava a porta do quarto de Tom



- O que foi? – Tom abriu a porta com cara de sono e de poucos amigos voltando a deitar-se na cama e a se cobrir com o edredom.



- Por que você pegou os preservativos que estavam na minha gaveta? – Bill entrou no quarto e perguntou para o irmão.





- Que gritaria é essa? – Simone subiu as escadas e entrou no quarto do Tom.



- Bill ia transar ontem e eu sem querer peguei todas as camisinhas do quarto dele.



- Tom, que palavriado é esse? Não quero esse tipo de palavras dentro da minha casa. E você, Bill não acredito que ia fazer isso aqui dentro de nossa casa, comigo e com sua irmã aqui dentro.



- Mãe me poupe! Temos 21 anos e não 11 anos! – Bill disse sem paciência.



- Ai que saco! Será que os dois poderiam sair e me deixar dormir? – Tom disse nervoso enfiando a cabeça embaixo do travesseiro.



- Vocês dois não têm um pingo de vergonha! Vou contar para Gordon o que vocês andam fazendo aqui dentro da nossa casa. – Simone saiu do quarto brava com os filhos.



Quando Simone saiu do quarto, Tom tirou a cabeça debaixo do travesseiro e disse:



- Se ela soubesse que Gordon a leva para jantar fora toda sexta e sábado para trazermos a mulherada para casa, ela ia morrer! - Tom sorriu e Bill não pode deixar de sorrir também.



- Poxa Tom quer pegar as coisas no meu quarto, tudo bem mas, pelo menos, devolva!



- Foi mal! Esqueci de comprar e de avisar. Desculpa aê? –Tom respondeu com uma careta.



Bill saiu do quarto de Tom e seguiu até o seu quarto, estava deitado ouvindo música quando seu celular tocou e ele atendeu.











- Alô?



- Oie!



- Oi, minha linda! –Ele atendeu doce.



Eu o ouvi e não pude deixar de sorrir. Ele era tão lindo, perfeito e...Queria tanto, mas tanto estar dentro daquele closet, nua e ofegante em seus braços.




- Meu anjo, a Fê, do almoxarifado, ligou aqui no meu celular e disse que hoje ela vai fazer o aniversário dela no Dorment´s as 23 horas. - Eu expliquei.



- O que é isso, Dorment´s? – Ele perguntou.



- Um barzinho com música ao vivo!



- Nossa, pelo bonito nome deve ser sertanejo.



- Não, é pagode! – Eu respondi já sorrindo.





- Affff, não sei o que é pior! – Ele disse rindo. Ele era roqueiro, como eu.



- Se não quiser ir, tudo bem. Podemos ficar em casa e fazer algo. Até por que não poderemos ficar juntos mesmo perto deles.



- Não, por mim tudo bem! Quem sabe bebemos um pouco a mais e não nos atracamos e acabamos com isso logo! Esse lance de nos escondermos está ficando chato demais! - Bill disse sério.  –Não agüento mais ficar perto de você e ter que fingir que somos simples amigos.



Nesse momento, pensei em dizer que Gustav já sabia do nosso caso, mas achei melhor me calar até porque ninguém tinha visto, tínhamos brigado por causa dele. Ou melhor NUNCA falaria para Bill, até porque, eu sabia que ele nunca chegaria em Bill para questionar ou contar sobre o suposto beijo. Ele era extremamente reservado.



- Jen? Você esta aí? – A pergunta de Bill me despertou.



- Sim, estou! –Eu disse voltando para a terra.



- Que horas você passa aqui em casa?



- Às 22horas!



Combinamos todos os detalhes e desligamos o telefone


x.x


Às 21h50 eu estava na porta da casa dele. Desci do carro e Simone que me recebeu na porta; beijei-a na bochecha e perguntei já subindo os degraus da escada.



- Bill esta no quarto?Vou subir e esperar por ele no quar...



Já estava no terceiro degrau quando ela me chamou:



- Janice!



- Oi? - Eu parei e me virei.



- Podemos conversar? – Ela perguntou.



-Sim, vou lá em cima e dep..



- Agora, na cozinha, pode ser?



Eu fiquei séria, desci, fomos até a cozinha e sentei-me na cadeira.



- Janice, o que seus pais pensam desse namoro com Bill? O que seus pais acham da filha deles namorarem um deficiente visual?



- Minha mãe está do meu lado e meu pai ainda está aceitando aos poucos. – Eu menti.



- É, não é um fato fácil de aceitar. A última namorada de Bill, a mãe me ligou dizendo que a filha era alvo de piadas na família e se eu podia manter meu filho longe dela.



- Que...que...Eu não acredito! – Eu disse indignada.



- Ele não sabe, lógico! Pude poupar meu filho desse tipo de gente, graças à Deus, depois de duas semanas, ele terminou com ela.



- Eu nunca deixaria alguém falar mal dele ou fazer piada com a deficiência dele, eu o quero muito bem, e nada me afastaria dele; nem familiares, nem amigos e nem ninguém!



-Típico da juventude essas palavras lindas e românticas! – Simone sorriu.



- Não, essas não são palavras típicas de uma jovem romântica! É sim, típico de uma atitude de uma mulher que está apaixonada! Simone se fosse típica da minha idade, desculpa, mas, não sei se estaria me envolvendo com um deficiente físico. Eu estaria cheia de preconceitos e vergonha de mostrá-lo aos meus amigos, família e etc! Ou poderia apenas me aproveitar, apenas transar e descartá-lo como uma carta imprestável! Mas eu quero muito mais com ele. Quero ir muito além. Eu gosto de verdade dele e se um dia não der certo como acontece em qualquer relacionamento, foi por que não era para dar, nada relacionado com a deficiência dele.



Simone me olhou séria e continuou.



- E por falar em relação...



- Sim, nós sabemos...Preservativo! - Simone me olhou, baixou a  guarda e sorriu.



- Bom, tudo bem. Nossa conversa acaba aqui.



Levantei-me da cadeira, segui em direção a sala e encontrei Bill no meio da escada.



- Oi! –Eu disse.



- Achei estranho ouvir sua voz e você não chegava nunca no meu quarto.



- Estávamos conversando! -Simone disse entrando na sala.



- Mãe? Conversando o quê? O quê você estava falando para Janice? – Bill pareceu desconfortável.





- Coisas de mulher. Sogra e nora. - Simone piscou para mim e saiu para o jardim brincar com Carolina.



- O que ela disse? – Ele perguntou quando alcançou meu braço.



- Nada demais, meu anjo! – Eu disse beijando seus lábios.



- Sei...sei. Venha aqui na cozinha quero que prove uma coisa. – Segurei o braço dele e fomos até a cozinha.




- Abra a geladeira! - Eu andei até ela e a abri sem entender muito.



- Comprei para você, para me desculpar daquele dia que fui grosso com você. Obrigado por ter se lembrado de mim, e comprado o meu bolo favorito.





- Bill, não precisava eu já tinha te desculpado! Tudo bem que depois tive que voltar até a sala e limpar toda a sujeira do bolo de nozes que ficou na parede, mas passou!



Peguei o bolo de nozes da geladeira, cortei um pedaço, sentei-me ao lado dele na mesa e eu lhe servi na boca, como sempre fazia.

-Às vezes me pergunto o que seria da minha vida se você não tivesse aparecido.

Eu simplesmente parei e o olhei.

-Não fala assim, que eu me derreto toda! –Eu brinquei.

-Se você derreter...eu vou lamber...inteira!

Meus pêlos arrepiaram-se e diante de um sorriso sacana e sensual que ele exibia nos lábios, eu coloquei os meus sobre os dele e o beijei apaixonadamente.

Como eu amava aquele ser humano...


 x.x


 Chegamos no Dormet´s às 23hs. Tom e a ficante da semana também nos acompanhou, mas sentaram em uma mesa diferente da nossa, não muito distante. Chegamos separados, como se Bill tivesse vindo com o gêmeo. Gustav tratou Bill normalmente e quando falei discretamente para ele que ia ao toalete, ao sair, o loiro me pegou de surpresa na porta.



- Janny, eu queria dizer que...que...Que eu espero que você seja muito feliz ao lado de Bill!



Pelo rosto de Gus, deu para perceber que ele estava sendo muito sincero. Ele era um excelente rapaz e em nenhum momento eu esperei outra atitude dele. Mesmo ele gostando de mim, e sendo difícil dizer aquelas palavras, eu sentia que ele queria a nossa felicidade, a de Bill principalmente.


- Obrigada, Gustav e desculpa por ter feito você sofrer. – Eu disse sendo sincera também. – estamos pensando em contar para Samara primeiro e depois deixar o barco correr. Seremos discretos e não vamos deixar isso afetar o nosso profissionalismo dentro do hospital.



- Eu tenho certeza que vai dar tudo certo!



Gustav disse sorrindo com dificuldade caminhamos até a mesa onde se encontrava a turma de amigos.


- Hum...vendo esses dois chegarem juntos do banheiro, vocês não sabem o que eu vi na sexta feira? – Fernanda se levantou com uma taça de vinho na mão, já alterada.



O pessoal da mesa ficou eufórico e impaciente com Fernanda.



- Fala logo, Fê! O que você viu? – Leonardo disse.



- O casalzinho abraçado na marginal. Estavam mega, super, hiper juntinhos! Acho que teremos casamento até o fim do ano. Um brinde ao casal! Um brinde a Gus e Janny!



O povo da mesa foi ao delírio e levantaram as taças, brindaram ao novo casal.



Menos  Gus, Bill e eu, que ficamos petrificados. Olhei para Gustav e depois para Bill, que mantinha o semblante sério. Meu corpo todo começou a tremer, eu não conseguia falar.



 - Não, não somos! – Gus tentou dizer, mas a gritaria era tanta que ninguém ouvia. –Não estávamos juntos no toalete.



- Não somos um casal, ele só foi me ajudar a trocar o pneu. – Eu disse, tentando me explicar.



-Sei...sei...eu vi o pneu que ele tava trocando em você. – Fernanda disse sorrindo.



A bagunça era tanta que ninguém percebeu que Bill levantou da mesa e tentou se dirigir para fora da boate, não conseguiu, esbarrou em pessoas e quase derrubou um garçom. Eu peguei em seu braço e levei para fora do bar.





- Bill! – Eu comecei a falar. - Bill, isso não é verdade! Meu pneu furou mesmo na marginal, no dia que fui te buscar no aeroporto e...



- Sim, só esqueceu-se de mencionar do beijo! Só isso! – Ele disse furioso. – Vocês dois no toalete, diante do meu nariz.



- Não, não houve beijo! Tá, ele tentou me beijar, mas ele não sabia da gente. E ali eu o barrei e contei do nosso namoro.



- Gustav sabe do nosso namoro? Poxa...quantas novidades em tão pouco tempo! – Ele foi sarcástico.



- Bill, não brigue com ela! Janny não tem culpa de nada! - Gustav chegou próximo a nós e defendeu-me.



- Pronto! O seu defensor chegou! –Bill disse bravo.


- Bill, eu a beijei-a sim mas depois ela disse que estava com você,  eu nunca  mais cheguei perto dela. Só a procurei no toalete para dizer que queria ser amigo del...

- Nossa, que ótimo amigo! Quer um OSCAR por isso? Cadê o Tom? – Bill não ouvia ninguém. –Você acabou de admitir que se encontraram no toalete nas minhas costas e que realmente vocês se beijaram, realmente Gus, você ajudou muito a Janice a se safar dessa.



- O que foi, Bill? – Tom se aproximou também. Preocupado.



- Vamos embora, Tom! –Bill disse ao irmão. –A falsidade desses dois esta me fazendo mal.



Tom me olhou e o guiou para dentro do carro. Eu fui atrás tentando, argumentando a meu favor:



- Bill, vamos no meu carro e te explico tudo.



- Não! Pra mim deu! – Ele berrou comigo. –Volte para o toalete com o Gustav!


- Deu o quê? O que você está dizendo? – meus olhos já estavam marejados.


- Deu! Deu! Pra mim deu tudo isso! Quer ficar com Gustav, fique e seja feliz!


Bill entrou no carro e fechou a porta quase pegando meus dedos na porta.


- Tom? - Eu olhei para o irmão de Bill tentando pedir ajuda.



- Janice, dá um tempo para ele. Amanhã vocês conversam.



Tom disse com estupidez, deu a partida no carro e saiu do estacionamento. Com certeza ele achava que eu também era culpada.



- Janice, eu não sabia! - Fernanda veio ao nosso encontro fora do bar.



- Tudo bem, Fê! Isso é entre ele e eu. Não se preocupe.



Olhei para Gustav, que também estava abalado, então segui até a mesa onde estávamos, estavam todos em silêncio. Peguei minha bolsa, não olhei para ninguém, peguei meu carro e saí do estacionamento aos prantos.


x.x


Estacionei o carro na porta da casa de Bill e Simone já estava na porta da casa.



- Janice, eu te deixei entrar, mas quero dizer que não acho que isso seja uma boa ideia. Já são quatro horas da manhã e...



Na verdade não ouvi o que ela disse, passei por ela e subi as escadas correndo, abri a porta, entrei no quarto dele e o vi deitado na cama, quando ele ouviu a porta ser aberta bruscamente ele se levantou e disse:



- Saia daqui!


-Não! Quero te contar o que aconteceu. E você vai me ouvir! – Eu disse nervosa.



- Se não me contou no dia, por que vai me contar agora?



- Por que não tinha o porquê contar, não tem nada demais!



- Não, nada demais. Gustav te beijou e não tem nada demais!



- Ele não beijou. Ele tentou!



- Com licença! - Simone entrou no quarto dizendo com a voz calma.



- Bill, estamos indo pegar o voo das seis da manhã. Não podemos cancelar essa viagem. Tom estará aqui no que precisar.



- Tá, mãe!



- Voltaremos na segunda, na parte da tarde!



- Tá, mãe! - Bill era curto e grosso, como sempre quando estava nervoso.



Simone olhou para mim, viu meus olhos inundados em lágrimas, me abraçou e me disse baixo em meu ouvido.



- Espero que ele esteja errado e você seja inocente nessa história toda.

-Eu sou! –Eu apenas disse.



Simone sorriu, acreditando em minhas palavras. Foi até Bill o beijou e saiu do quarto.



- Acho melhor você acompanhá-la e ir embora.



- Não antes de conversar com você! - Fui até a porta e tranquei-a.


- Janice que parte do "pra mim deu", você não entendeu?!



- Bill, não aconteceu nada entre mim e Gustav.



- Ah por favor, Janice. Vocês já se beijaram!



- E daí? Mas, não estávamos juntos. Não éramos namorados!

-Vocês se beijaram e ainda foram escondidos no banheiro. –Bill passava a mão nos cabelos negros, irritadíssimo.

-Nãoooo...Você esta distorcendo toda a história. –Eu gritei com ele.



- Acabou a história. A partir de hoje não existe mais nada. –Bill disse virando-se para sentar na cama, mas antes de sentar concluiu ironicamente:

-O cego perdeu!



- Pára de falar assim. Pára de falar dessa maneira de você mesmo!



-Janice, Vá embora! –Ele gritou.


Naquele exato momento, ao ouvir Bill gritar comigo daquela forma e usar sua deficiência mais uma vez,  minha paciência foi para o espaço, nesses dois meses todas as discussões eu  baixei minha cabeça. Mas, depois de ouvir aquilo de Bill, mesmo que não ficássemos mais juntos, não dava mais para ficar indiferente! Ele tinha que ouvir algumas verdades.

-Não! Eu não vou embora! – Peguei em seu braço com brutalidade e comecei a gritar com ele, tudo o que ele merecia ouvir e acho que ninguém, nunca teve coragem de falar para ele.

Postado Por: Grasiele

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