sábado, 8 de outubro de 2011

Touched By An Angel - Capítulo 24 - Planejado por DEUS!


Eu poderia ficar acordado só para ouvir você respirando
Observar você sorrir enquanto está dormindo
Enquanto você está longe e sonhando
Eu poderia passar minha vida nessa doce rendição
Eu poderia continuar perdido neste momento para sempre
Todo momento que eu passo com você
É um momento que eu valorizo

Não quero fechar meus olhos
Eu não quero pegar no sono
Porque eu sentiria a sua falta, baby

I Don't Wanna Miss A Thing - AeroSmith


x.x



- Bill, eu já cansei de tudo isso. – Eu disse me aproximando e segurando seu braço com força. - Pára com essa mania estúpida de se rebaixar. Já chega desse sentimento de inferioridade. Chega! – Eu estava realmente fora de mim e o sacudia com raiva. - Pelo amor de DEUS, para de sentir pena de você mesmo. Você não percebe que a pessoa mais preconceituosa nesse nosso relacionamento é você? Você!




Eu larguei seu braço e me afastei bufando. Aproximei-me da porta e a esmurrei com toda minha força. O ódio me dominava aquela instante. O olhei de cabeça baixa e continuei a desabafar:




- Pára de apontar o seu dedo para a sociedade achando que ela te odeia e sente pena de você, sendo que a pessoa que mais te odeia e sente pena de você...É você mesmo!  –Eu tentava segurar as lágrimas. - Você culpa tanto o mundo, as pessoas pela sua deficiência, que não consegue perceber que esta sendo pior que elas! - Minha respiração estava falha, mas mesmo assim eu não parei, ele precisava ouvir tudo o que eu tinha para dizer.  - Viva sua vida e pare de apontar o dedo para você mesmo. Você está sendo infantil e perdendo a oportunidade de ser feliz. Será que você não consegue perceber isso?



Ele mantinha a cabeça baixa e apenas ouvia.

-Esse muro que você construiu ao seu redor, não faz mais sentido. Eu estou disposta a derrubá-lo! Eu estou disposta a tudo em nome do nosso amor. Agora, tudo vai depender de uma pessoa!  Não é do meu pai, da sua mãe, de mim...Depende só de você e mais ninguém!

Agora era Bill que tentava segurar as suas lágrimas.


- Tudo bem, dessa vez eu errei, devia ter contato sobre o Gustav, mas pra mim foi algo tão insignificante que...que...DROGA! – Eu gritei - O que vou ter que fazer para te provar que eu te amo?


Bill ergueu a cabeça e percebi a emoção em seu rosto. E suas lágrimas começaram a rolar do seu rosto delicado. Ele as deixavam cair, não as limpavam.



- Eu te amo, Bill! Eu te amo demais... Eu te amo muito mais que amo a mim mesma! Não sei como isso é possível, mas... Amo!



Eu caminhei até ele, peguei sua mão e coloquei-a em meu peito.



- Sente! Sente as batidas do meu coração. Cada uma delas é pra você, cada batida chama pelo teu nome, cada suspiro meu é seu. Não existe outra possibilidade de eu ser feliz. Minha felicidade tem um motivo, um propósito, um nome...Bill Kaulitz!



Senti Bill apertando minha mão e então segurei a outra mão dele. Apertei suas mãos frias entre as minhas e encostei minha cabeça em seu peito.




- Acredite em mim pelo amor de DEUS!  É ao seu lado que eu quero estar! Para mim você não tem deficiência nenhuma, eu tenho. Eu sou fraca, uma fútil, não tenho senso de humor, não tenho esse sorriso que ilumina um cidade em blackout, não sou amada por todos.



Larguei suas mãos e o abracei pela fina cintura.



- Você me ensinou tantas coisas, você acrescentou tanta magia em minha vida. Eu sou outra mulher. – Eu já não conseguia segurar minhas lágrimas. - Quando estou perto de você nada mais importa, nada me atinge, nada faz sentido! Eu só penso em você, respiro por você, meu sangue corre em minhas veias por você. Somente por você...Bill...por você...


Ao ouvir minhas palavras, Bill soluçou e o ouvi o seu choro desesperado.

-Eu sei como deve ser difícil para você. Porém, lamentar não vai adiantar absolutamente nada. – Eu continuei.  -Você vai me perder para depois descobrir que DEUS nos colocou um no caminho do outro. –Eu disse entre soluços. – Não podemos ir contra DEUS, Bill!


Levantei minha cabeça e procurei a sua boca e o beijei como até hoje nunca tinha beijado. Era como se eu quisesse naquele momento transportar minha alma para ele, ou se quisesse que ele sentisse que o meu amor por ele era puro, verdadeiro e sem preconceitos. Beijei-o com o meu coração. O abracei e o senti estreitando meu corpo com os seus braços.



- Jen... – Ele gemeu baixo quando separou sua boca por um segundo da minha.



Seus dedos finos e longos entraram em meus cabelos, sua língua ficou mais exigente e sugava a minha sem paciência e, com um desejo frenético, uma de suas mãos desceu pelas minhas costas, me arrepiando inteira.



- Jen...minha...só minha.... - Bill gemia em meu ouvido, suas duas mãos chegaram a minhas coxas e ele apertou-as, trazendo-me para junto de seu corpo, me fazendo sentir sua excitação.



- Sua...eu sou só sua...



Eu gemi o enlaçando pelo pescoço e mordendo seu queixo e depois o seu pescoço. Senti seus dedos abrindo o zíper da minha calça jeans, puxei seu cabelo devagar quando senti seus  dedos entrando dentro da minha calcinha.


Eu segurei a barra de sua camiseta e a atirei, ele retirou sua mão da minha calcinha e tirou minha blusa, depois eu mesma tirei meu jeans e o ajudei a tirar o dele. Ele apenas de boxe e eu apenas de calcinha seguimos em direção a cama. Deixamos-nos cair sobre ela.



A sensação de seu  corpo pesando sobre o meu já me deixou alucinada. Sua boca mais uma vez procurou a minha enquanto suas mãos percorriam cada centímetro do meu corpo. Ele sabia usar aquela mão. Aquele toque...aquela boca. Ele mesmo tirou a sua cueca e depois bem devagar segurou a renda de minha calcinha e foi descendo pelas minhas pernas, até chegar aos meus pés.  Tocou meus tornozelos com as pontas de seus dedos e foi subindo lentamente até encontrar os meus seios. Eu fechei meus olhos e gemi, foi quando me lembrei de algo...



- Espera...espera!



Levantei  e fui até minha bolsa, peguei meu lenço e sentei na cama.



- Ajude-me! Amarra aqui para mim, por favor!



Eu mesma coloquei o lenço nos meus olhos e esperei ele dar um laço.



- Pronto! Somos iguais agora!



Ele sorriu e beijou meu pescoço. Deitei-me na cama e afastei minhas pernas, ele se posicionou no meio delas e veio de encontro a minha boca, coloquei minha língua para fora e ele a sugou devagar. Ele parou o beijo e com a língua tocou meu queixo, depois meu pescoço e quando ele colocou sua língua dentro da minha orelha e estremeci de desejo.





- Que só eu que podia dentro da sua orelha fria...dizer segredo de liquidificador...




Sorri emocionada quando ouvi ele sussurrar a nossa música em meu ouvido. Deixei-o continuar com a carícia. Minha respiração já estava descompassada e meus pulmões estavam desfalecendo sem ar.



- Jen ...no criado mudo...



Eu me afastei dele, levantei meu corpo e abri a gaveta peguei um preservativo, o rasguei com o dente e ele apenas levantou seu corpo e eu mesma coloquei nele.  Bill desceu seu corpo novamente, juntando-se com o meu.


Senti suas  mãos frias tocarem minhas coxas e as separarem com carinho. Seu membro forçou a  entrada da minha intimidade, eu pude sentir cada centímetro dele entrando em meu corpo, meu gemido escapou da minha boca lentamente; quando o senti  inteiro eu o enlacei com minhas pernas.


O primeiro movimento aconteceu e naquele exato momento a terra parou de girar, não existia mais nada e mais ninguém além de nós dois. O meu mundo estava todo dentro daquele quarto. A segunda estocada veio um pouco mais forte e gemi um pouco mais alto.





- Doeu? – ele levantou seu rosto e perguntou.

- Não. Está tudo bem, meu amor!



Eu o abracei pelo pescoço e Bill começou a se movimentar novamente dentro de mim com delicadeza, ele se movimentava com sutileza, como se não quisesse me machucar.  Não por muito tempo, quando meus lábios tocaram o seu pescoço e sua orelha, ele apertou meus ombros e suas investidas ficaram mais rápidas e agressivas.




Gemidos e mais gemidos, era tudo o que saia de nossas bocas naquele momento.




Não conseguíamos mais nos beijar, pois nossos lábios tremiam de prazer  então, ele aumentou as investidas tornando-as fortes e rápidas. Bill me abraçou e senti uma mordida dolorida e intensa  em meu ombro direito, arqueei minha cintura  e o grito de clímax explodiu dentro dele. Ele ainda se movimentou alguns segundos até eu atingir o meu.



Arrepiei-me  por inteira quando ele deitou seu corpo cansado e suado sobre o meu e disse em meu ouvido ainda ofegante:



- Eu te amo, Janice! - Eu não pude evitar, o abracei e chorei.  Chorei  de felicidade.





Ele se ergueu e perguntou assustado:



- O que foi meu amor?



- Tenha plena certeza... Não existe homem mais amado que você em todo o mundo. Você é o meu anjo. Eu também te amo muito...Demais.  -  Eu disse entre soluços.



- Não chore minha vida!



Bill disse sorrindo, tirou o lenço dos meus olhos e secou minhas lágrimas com os lábios. Deitou na cama e me deitou em seu peito acariciando meus cabelos. Pra mim, o mundo podia acabar ali, naquele exato momento.


x.x


Depois fomos para o chuveiro e debaixo d'água nos limitamos apenas as preliminares. Primeiro ele me fez chegar às nuvens e depois foi minha vez de fazê-lo enlouquecer de tanto prazer. Os seus gemidos não sairão tão cedo da minha mente.







- Tô com fome! - Eu disse já deitada na cama com ele, ainda nua.



- Vou pegar algo para você comer.



- Não deixa que eu vou. Fica aqui quietinho!



-Tudo bem.



Quando eu estava saindo do quarto ele perguntou:



- Você avisou sua mãe que você ia dormir fora de casa?



- Sim! – Eu apenas disse saindo do quarto.







Coloquei uma camiseta dele e desci preparei um lanche para nós. Quando eu cheguei no quarto ele estava sentado com meu celular na mão.







- Pensei que tinha avisado sua mãe que você estava aqui. - Pelo meu silêncio ele notou que eu havia mentido. - Sua mãe ligou aqui aos prantos, te procurando por toda a parte.



Eu continuava em silêncio.



-Não acredito que você mentiu para mim, Janice.



Não tinha o que falar, eu tinha mentido. Não tinha o que me defender. Droga!



- Melhor você se vestir e  ir para sua casa. – Ele disse.



- Não! –Eu disse.



- Sim!



- Não, eu...Bill..Desculpa!



- Janice, não é para mim que você deve desculpas. - Bill não estava bravo, apenas preocupado com minha mãe. - Não faça mais isso com ela! Não esqueça que ela está do seu lado!



Eu o ouvi peguei o celular e liguei para minha mãe. Ela disse que meu pai estava uma fera que queria ir até a casa do Bill me dar uma surra. Que ela teve que quase chamar o batalhão perto da minha casa para impedi-lo.  Que a hora que eu chegasse em casa a gente iria conversar.


 Desliguei e Bill perguntou terminando de comer o seu sanduíche:



- E aí?



-Tudo bem! – Eu menti



- O que ela disse?



- Para eu não ir embora tarde!



O silêncio tomou conta do quarto. Para quebrar o mal estar e fui até a cama e sentei no seu colo e sorrindo falei:



- Está bem alimentado, já?



Ele sorriu já sabendo as minhas intenções.



Depois que fizemos amor mais uma vez deitamos e dormimos completamente exaustos. Eu acordei  com a claridade toda nos meus olhos, me levantei e fechei a cortina. Deite-me novamente do lado dele.



 - Bill...Bill   -O chamei baixo beijando suas costas nuas. - Meu anjo, Já é tarde acorda!



- Jen...ainda é cedo!



- Nunca é cedo para o amor, meu bem! – Eu disse passando a ponta do meu nariz em seu pescoço. – Acorda, temos algo para fazer!





- Lembre-me de tirar o amendoim, a catuaba  e o guaraná das suas refeições.



Eu sorri de seu comentário e continuei beijando suas costas, seu pescoço, quando beijei novamente sua orelha, brinquei :



- Não preciso nada disso, o meu afrodisíaco é você!



- Pois, eu vou precisar e muito você acabou comigo hoje! – Ele se virou e me abraçou carinhosamente. - Além de cego vou ficar aleijado também, minhas pernas doem.



- Bill! – Eu gargalhei. - Vou fazer uma massagem bem gostosa nelas.



Fui até a minha bolsa e peguei um creme maravilhoso. Passei um pouco nas mãos e comecei uma massagem. Comecei pelos pés e fui subindo bem devagar. Olhava para Bill e ele mordia os lábios devagar e percebi que ele apertava de leve o travesseiro.


 Fui subindo. Joelhos, coxas, membro, barriga. Então, subi e sentei devagar em sua cintura me debrucei e o beijei. Ele entrelaçou seus dedos em meus cabelos e trouxe e forçou meu rosto de encontro ao seu. Eu sabia o que aquilo queria dizer. Seu desejo já estava no ponto certo.



- Quer que eu pare? – Eu disse em seu ouvido.



-Sim! Quero que você pare de ser tão maravilhosa, tão perfeita, tão apaixonante, tão encantadora! – Ele disse quase sem voz – Na verdade...Não Pare!!



Ele me beijou e continuou a dizer:



- Eu te amo. Sei que sou um cabeça dura e às vezes um insuportável. Mas, quero que saiba que eu nunca fui tão feliz em toda minha vida. Todos os dias, desde que me conheço por gente, eu acordava e a primeira coisa que me vinha à cabeça era: Por que eu? E essa pergunta vinha dia após dia em minha mente.

Ele se calou, engoliu o choro e tentou continuar:



- Depois que você entrou na minha vida, penso nisso, mas não com tanta intensidade. Penso tanto em você e tudo o que você mudou no meu dia-a-dia que não tenho tanto tempo para pensar na minha deficiência. –Bill respirou com dificuldade e continuou: - Eu sou inseguro sim...talvez por te amar demais!



Eu sorri e beijei a ponta de seu nariz e não disse nada, apenas o beijei apaixonadamente. O beijo foi ficando quente, nossas mãos já estavam trêmulas e nossos corpos pedindo pelo ato.



- Vou pegar o preservativo,tá? - Eu sussurrei.



- Não demore...



Fui até a minha bolsa, o peguei, o  abri e o coloquei. Ele me segurou pela cintura me levantando, depois me guiando no encaixe perfeito.



Comecei a me movimentar devagar, mexia meus quadris e ele mordia o lábio inferior de uma maneira tão sexy, tão provocativa  que não sei o que me deu, fui aumentando os movimentos de uma forma agressiva e excitante, ele me segurou pela cintura e trocou de posição em um único movimento, deixando-me por baixo.

Bill tomou minha boca em um beijo violento, numa fúria desenfreada que pensei que ele ia sugar todo o ar de dentro do meu corpo. Suas investidas eram mais rápidas, fui perdendo os sentidos, tudo em minha volta se movia, curvei meu corpo  e gritei.


Ele tapou meus lábios com os seus lábios em um beijo enlouquecedor e cheio de paixão, ainda me preenchendo.  Senti seu corpo tremer sobre o meu, o gemido rouco saiu de seus lábios, eu o olhei e sorri, ele ouviu meu sorriso e retribuiu. Estávamos suados, cansados e perdidamente apaixonados.





- Bill? Tudo bem aí dentro. Ouvi um grito! - Tom bateu na porta de leve e perguntou. -Janice assustou com algo ai dentro?



Ouvimos o sorriso debochado dele do lado de fora do quarto. Eu não me segurei e gargalhei. De novo Bill tapou minha boca só que dessa vez com a mão.



- Esta tudo bem, Tom! –Bill respondeu.


Quando ouvimos passos se afastando da porta. Bill tirou a mão da minha boca e mais uma vez não conseguimos segurar a gargalhada...

Pra falar a verdade, não conseguimos segurar mais nada depois daquele dia, nosso amor triplicou de uma forma tão especial, que tínhamos certeza que a nossa história, com certeza tinha sido planejada por DEUS e que ir contra ao nosso destino predestinado por ELE, não fazia mais nenhum sentido.

Então, paramos de brigar, discutir e de nos punir. E finalmente, Bill deixou que o muro dentro de seu peito, construído com medo e preconceito, fosse totalmente demolido e seus destroços jogado para fora de seu corpo, deixando assim muito mais espaço para o único sentimento que sabíamos que valia realmente a pena...O nosso amor!


x.x


Próximo capítulo:

--Ellie? Eleonora? O que você faz aqui? –Eu perguntei indignada não acreditando na cena que meus olhos presenciavam.

Postado Por: Grasiele

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