Los Angeles – Califórnia – 1 ano depois...
Preparada para ser a Senhora Kaulitz?
A
voz de Tom, rouca e sedutora, perguntando-me aquilo a mais de cinco
meses atrás era muito mais evidente agora. Eu estava pela segunda vez na
loja de vestidos de noiva e nada, simplesmente, nada me agradava. Os
vestidos eram lindos, claro, mas nada que fizesse mesmo meu estilo.
Só faltava uma semana para o casamento e eu não tinha o principal, o
maldito vestido. Sim, eu estava desesperada. Tinha planejado tudo nos
mínimos detalhes, tudo perfeitinho. Eu achei que o vestido seria o mais
fácil, mas não, era a pior parte.
Meus nervos estavam à flor da
pele naquela última semana como uma mulher solteira. Tom e eu estávamos
morando juntos na casa que ele dividia com Bill, não era incômodo porque
a casa era realmente grande somente para os dois. O pedido de Tom me
pegou desprevenida, apesar dele brincar com o fato de me pedir em
casamento quase que diariamente. Bill parecia estar indo bem em seu
relacionamento com Ana, logo, do modo como Bill é romântico, o próximo
casal a subir no altar seriam eles. Claro que com o casamento nós
teríamos que nos mudar. O problema é que Tom e Bill não se desgrudam, e
eu não queria isso também. Para nossa sorte, uma casa havia sido
desocupada há pouco tempo e nós poderíamos alugá-la, na mesma rua que a
casa deles. Suspirei aliviada por isso, pensei que seria mais fácil me
preocupar somente com o casamento. Mas não foi bem assim. Apesar de Tom
sempre estar ajudando como podia, entre os shows, meu e dele, tudo tinha
que ser resolvido por mim. Essa coisa de tradição da noiva sempre se
ocupar dos detalhes do casório era meio irritante. Contratei uma
ajudante, mas mesmo assim, tudo tinha que ser perguntado a mim, sempre.
Era um dos preços a se pagar pelo casamento, não é?
– Já decidiu, Àlex? – Jude perguntou. – Porque daqui a pouco quem casa sou eu. Olha só que vestido lindo.
– Vi seus olhos brilhando quando ela passou por um Vera Wang. Mas
achava muito difícil a parte do casar, Georg podia até tentar, mas do
jeito que ela é provavelmente daria um jeito de enrolar meu primo e não
casar tão cedo.
– São todos lindos, esse é problema, eu não consigo decidir. – Lamentei.
– Tudo bem, podemos voltar na terça, se quiser, pode pensar mais sobre isso, o casamento é só no Domingo. – Disse calmamente, como se domingo fosse daqui a um ano.
– Eu não me importo, mesmo. Se toda vez que nós viermos aqui eles nos
servirem esse champagne maravilhoso, eu vou vir fazer uma visitinha por
aqui de vez em quando. – Cochichou a última parte. Ri discretamente.
– Acho melhor irmos. Tenho que conversar com a assistente do casamento para saber como vai tudo. – Choraminguei.
– Ânimo, colega. Daqui a uma semana você será a Senhora Kaulitz! – Me sacudiu um pouco, fazendo meus cabelos voarem e pararem em meu rosto.
– Eu sei. – Ri. – Só estou um pouco nervosa. – Ela me repreendeu com o olhar. – Okay. Eu estou transpirando nervosismo. – Foi a vez dela rir de mim.
– Vamos para casa, eu tenho chocolates por lá, só isso pode tirar você de estresse todo.
**
Tom
estava em casa, com uma calça de moletom e sem camisa, assistindo a um
filme qualquer, jogado no sofá. Deixei a bolsa sobre a mesa perto da
entrada e me joguei ao seu lado, abraçando-o.
– Você já escolheu seu fraque? – Perguntei distraidamente.
– Já. Foi fácil, apesar de eu não me dar bem com aquela gravata. – Reclamou. Dei um leve beliscão em sua barriga e ele riu.
– Mas você vai usar, sem mais! – Fingi um tom sério.
– Tudo bem, Srta. Mandona. – Fingiu rendição e apertou mina bochecha após. – E você já escolheu o vestido? – Suspirei, negando com a cabeça.
– Não achei o certo ainda. – Lamentei.
– Nada muito decotado, ouviu bem? Deixe o que quer que seja sexy por debaixo dele. Só para mim. – Sorriu maliciosamente. Dei-lhe um selinho e me levantei.
– Você nem faz ideia do que eu estou guardando para você, Sr. Kaulitz. – Antes que eu me afastasse, ele me puxou pela mão, fazendo-me cair por cima dele.
– Não provoca, baixinha. – Alertou, beijando meu pescoço. O afastei.
– Só depois do casamento agora, querido. – Levantei novamente, dando risada ao ouvi-lo bufar e esconder o rosto na almofada.
Fui
para o quarto tomar um banho e verificar se faltava alguma coisa para o
grande dia. Após alguns minutos relaxando debaixo do chuveiro, resolvi
voltar para a vida de noiva ocupada. Depois de checar os mil e-mails de
revistas querendo uma entrevista comigo e com Tom sobre o casamento, dei
mais uma olhada na lista de convidados. Meus olhos caíram justamente
sobre o nome em vermelho que eu mesma havia marcado: Mamãe. Eu sabia que
ela já tinha ideia que eu me casaria, deveria estar achando estranho o
fato de não ter ligado para ela ainda. O fato é que eu não tinha
coragem, se eu a convidasse, provavelmente seu querido marido
viria também. Não seria bom por 4 motivos; primeiro: eu me sentiria pra
lá de desconfortável toda vez que eu visse aquele sorrisinho pretensioso
no canto dos lábios daquele crápula; segundo: Tom iria sair do sério
quando o visse, ele prometera que se o encontrasse não deixaria que ele
saísse vivo da briga que, provavelmente, teriam; terceiro: meu pai
arranjaria uma arma para dar um tiro em meu padrasto; quarto: meus
amigos o cortariam em pequenos pedaços e dariam para tigres comerem.
Eram bons motivos, certo? Eu não podia arriscar que o dia do meu
casamento fosse um desastre, porém, ela é minha mãe, mesmo que não tenha
agido como tal por muito tempo. Eu a amava, só que ela tinha um
defeito, ela era irrevogavelmente apaixonada por seu marido, vulgo,
pedófilo. Em certo ponto eu a entendia, quando se ama alguém você fica
cega, precisa de muita ajuda, mais de si mesmo do que de qualquer outro.
Com ela não era diferente. Mas eu não podia simplesmente fechar os
olhos para isso. Somente de ver aqueles olhos maliciosos em minha frente
eu congelava de medo e raiva. Não me sentia a pessoa mais calma desse
mundo quando estava perto dele. Queria evitar isso ao máximo,
principalmente no grande dia. Mas ela era minha mãe, eu me sentia tão
fraca por não poder fazer nada a respeito disso. Se eu contasse que não o
que queria em meu casamento, só a ela, provavelmente ela ficaria triste
comigo, e não seria uma boa festa tendo-a no canto, calada. Suspirei
pesado, fechei o notebook e joguei-me na cama. O que eu deveria fazer?
**
Acabei
por pegar no sono depois do banho. Tinha esquecido completamente que
papai viria para o casamento. Graças a Tom ele não ficou mofando no
aeroporto. Assim que acordei fui para a cozinha, minha barriga roncava,
já devia ser pra lá de meio dia, quando encontrei um recadinho escrito
por Tom pregado na geladeira avisando que tinha ido buscar papai e
Karen. Suspirei aliviada e preparei algo para o almoço rapidamente. Logo
eles chegariam e deviam estar morrendo de fome. Simone e Gordon já
estavam em Los Angeles há duas semanas, passeando e se preparando para o
casamento. Bill e Ana seriam os padrinhos, nada mais justo. Ele era
gêmeo do meu futuro marido e meu amigo, e se não fosse por Ana minha
banda não seria famosa. Foi relativamente fácil a escolha.
– Já se preparando para a vida de casada, é? – Tom perguntou divertido assim que adentrou a cozinha. – Seu pai está ai com sua madrasta, dorminhoca. – Deu um leve selinho em mim.
Saí
praticamente correndo até a sala e pulei no colo do meu pai. Foi
relativamente fácil, ele não tinha que me segurar ou nada do tipo,
acabei por ficar sentada no colo dele. Distribuí beijos por todo seu
rosto, quase o deixando sufocado, mas suas risadas denunciavam que ele
estava feliz mesmo assim.
– Senti tanto a sua falta! – Fiz bico e ele me abraçou.
– Eu estou aqui agora, então...
– Beijou minha bochecha. Eu vi Karen logo atrás dele, sorrindo. Me
levantei do colo de papai e diminui a distância entre nós, abraçando-a.
– É muito bom vê-a aqui, Karen. – Disse ao me separar dela.
– Estou feliz por você, Àlex, merece tudo de bom. – Acariciou meus cabelos maternalmente e se aproximou. – Tem mais alguém aqui que quer vê-la. – Sussurrou em meu ouvido.
Meus
olhos foram lentamente até a porta, onde minha mãe estava em pé,
sorrindo desconcertada. Meu coração se apertou, uma vontade de ir para
seus braços foi muito grande, mas não o fiz, não sabia quem mais estava
com ela.
– Espero não estar atrapalhando. – Disse baixo, tímida.
– É claro que não está! – Tom afirmou, nem havia percebido que ele estava ao meu lado, meus olhos estavam vidrados demais em minha mãe.
– Co-como veio até aqui? – Me senti idiota assim que terminei de fazer essa pergunta. Eu estava tão feliz em vê-la.
– Tom ligou para mim e avisou sobre o casamento. Pediu para que eu viesse com seu pai. – Olhei para Tom ao meu lado sorrindo docemente. Não retribui, mas não estava com raiva, só estava chocada.
– Só você? – Frisei.
– Sim, querida. Só eu. Definitivamente. – Não entendi a certeza impregnada em suas palavras e franzi a testa, querendo saber mais.
– Será que podemos conversar a sós? – Não esperei que ela respondesse e fui até meu quarto.
Entrei e logo após ela, timidamente, ainda sem saber direito o que fazer. Bem, não estávamos tão diferentes.
– Como assim definitivamente? – Perguntei curiosa.
– Marcos foi preso. – Disse, sua expressão logo se tornou triste. – Ele foi pego em flagrante abusando da filha de uma vizinha nossa. – Minha boca se abriu, mas a vontade que eu tinha era de rir, não, de gargalhar. Mas não o fiz por respeito a minha mãe. – Eu fui tão horrível com minha própria filha que eu nem sei o que dizer.
–
Eu passei grande parte da minha vida tendo raiva de você, mas quando eu
fiquei mais velha eu percebi que você não teve tanta culpa assim,
mamãe. Você o ama, infelizmente. – Ela assentiu, quase chorando. – Mas ainda dá tempo de recuperar nossa relação, certo? O que tinha entre nós duas está atrás das grades agora! – Ri, não conseguindo agüentar tal pensamento.
– Você tem toda a razão! – E o abraço que eu queria dar foi finalmente realizado. A apertei entre meus braços, eu não a deixaria por nada.
**
– Maldito vestido!
– Xinguei baixinho sentada na sala. Já se passava das doze da noite e
eu estava pesquisando alguma sugestão para meu vestido. Ajeitei o
notebook em meu colo e continuei a pesquisar. Todos já estavam dormindo,
as coisas estavam bem cansativas durante aquela última semana.
– O que faz acordada ainda, Àlex? – Bill perguntou, me pegando de surpresa. – Vai acabar sendo uma noiva zumbi. – Brincou. Ri e ele sentou-se ao meu lado.
–
É esse vestido que está me deixando maluca, Bill. Não sei mais o que eu
faço, já estou pensando até em pedir o vestido de casamento da minha
mãe com o papai. – Bill arregalou os olhos, quase cuspindo a água que estava tomando.
– Não faça isso! Seu pais se separam esqueceu? Não acho que traga uma boa vibe. – Dei um leve tapa em sua cabeça.
– Você é muito supersticioso! –
Disse. Bill colocou o copo que segurava de lado e pegou o notebook do
meu colo. Sem dizer mais nada ele pôs-se a clicar e digitar
freneticamente. Aproveitei para fechar um pouco os olhos e relaxar,
quase pegando no sono.
– Dá uma olhada nesses.
– Pediu depois de algum tempo, mostrando-me algumas opções na tela.
Eram cinco modelos lindos de morrer. Me peguei em dúvida entre dois, mas
nos detalhes o primeiro que vi me chamou mais atenção. Tinha que ser
aquele.
– Olha esse. – Apontei para minha escolha. Ele olhou e sorriu de lado.
– Dolce & Gabbana, bela escolha. – Disse contente.
– Como assim escolha? Daqui que eles façam isso o casamento já passou há muito tempo. – Comentei triste.
–
Não, querida. Esse é uma peça da loja deles. Provavelmente deve ter um
desse numa filial por aqui. Amanhã eu dou um jeito nisso, não se
preocupe. – Devolveu meu notebook e deu um beijo em minha testa, levantando-se. – Agora vê se vai dormir para descansar um pouco. Ninguém quer ver você cair no altar, dormindo. – Mostrei-lhe a língua antes que ele saísse rindo de mim.
Aquela etapa estava completa.
**
Dia do casamento...
O
despertador tocou extremamente pontual às oito da manhã. A noite tinha
sido completamente tranqüila e eu havia conseguido dormir bem, apesar da
ansiedade. Já estava tudo quase pronto. O vestido estava pendurado
perto da cortina do quarto, os sapatos em cima da pequena mesa de canto,
as jóias, tudo. Eu começaria a me arrumar logo após o almoço, a parte
da manhã era um momento só da noiva, ou seja, eu estava sozinha para
fazer o que eu quisesse. Menos ficar bêbada, segundo minha mãe, ela
tinha feito isso no seu primeiro casamento – o com meu pai – e quase não
casava. Ficar bêbada estava fora de cogitação para mim também, nunca
fui chegada a bebidas mesmo. Parei de enrolar na cama e decidi tomar meu
café da manhã, o dia seria longo. A casa estava vazia. Simone, Gordon,
meu pai, minha mãe, Karen, Bill e Tom estariam na casa que eu morava
antes com o pessoal, que hoje era somente de Jude, mas somente por
aquela noite. As meninas estariam lá pelo menos até eu começar a me
arrumar. Minha mãe havia deixado um super café da manhã pronto para mim,
provavelmente ela teria vindo de manhã cedinho, de qualquer jeito eu
estava mandando mil beijos e abraços por isso. Sentei-me no banco alto
da cozinha e pus-me a comer. Ouvi a porta de entrada da casa bater, só
poderia ser alguma das meninas, e se fosse, elas estariam bem
adiantadas. Mastiguei o último pedaço da torrada que tinha em mãos, a
demora da pessoa que adentrou a casa de ir até a cozinha estava me
deixando aflita. E se não fosse uma pessoa conhecida? Desci do banco e
me coloquei em posição de defesa, preparada para qualquer coisa. Com a
aproximação do casamento eu tinha muito medo do que algumas pessoas,
vulgo algumas fãs descontroladas, poderiam fazer. Os passos se
aproximaram e eu peguei o garfo da bandeja e segurei perto do rosto,
pronta para atacar qualquer desconhecido. Mas assim que eu vi aquele
rosto desisti. [Solte a música]
– Quer me matar? – Perguntei, com a mão sobre o peito. Tom se aproximou, rindo da minha situação.
– Eu não posso matar minha noiva! – Protestou, passando a mão por minha cintura, prendendo-me contra a bancada de mármore.
- O que faz aqui? – Franzi o cenho, com um sorriso no canto dos lábios. Eu tinha adorado sua surpresa. – Mamãe te mataria se te encontrasse por aqui, comigo. – Passei os dedos por seu peito coberto por uma fina regata branca.
– Eu disse que precisava respirar um pouco. Disse que iria para a academia. – Riu como uma criança perversa, aquilo sempre me encantou.
– E quem disse que eu quero você aqui? –
Tentei o empurrar, só de brincadeira, entrando no joguinho que eu sabia
que ele adorava. Ele aferrou mais seu corpo ao me, evidenciando cada
músculo bem trabalhado de seu abdômen.
– Eu já estou longe há uma semana, se eu não estou agüentando, quem dirá você, querida futura esposa. –
Brincou com sua voz baixa perto do meu ouvido, fazendo-me arrepiar.
Percebendo seu efeito em mim passou a beijar meu pescoço, joguei a
cabeça para trás, dando espaço para ele. Não era mentira, toda aquela
história de só depois do casamento tinha sido uma ideia minha para dar
uma apimentada na lua-de-mel. Mas eu não contei com o fato de não
agüentar as provocações de Tom, ele era muito bom no que fazia.
– Mas é uma tradição, Tom. Que tal deixar toda essa empolgação para a lua-de-mel, huh? Vai ser amanhã! – Tentei argumentar enquanto ele descia seus beijos e lambidas por meu colo.
– Ninguém precisa saber, esse fica sendo o nosso segredinho. – Voltou a provocar com aquela voz rouca em meu ouvido, aproveitando para morder de leve o meu lóbulo. – E nós não podemos demorar. – Sorriu sedutoramente para mim.
Não
protestei, apenas levantei uma perna e coloquei em sua cintura,
mostrando-o que eu não reclamaria d nada que ele fizesse. Nossos lábios
se colidiram com força, assim como ele segurava minha cintura. Pois é,
uma semana cheia de provocações dá nisso. Visto que eu estava de
camisola, ele aproveitou para passar uma mão por debaixo da mesma,
acariciando cada parte de minha pele que ele tocava. Ele chegou aos meus
seios, apertando levemente, fazendo-me suspirar em seus braços. Puxou
um pouco o tecido de seda para baixo, deixando meus seios a mostra para
que ele pudesse ter acesso livre. Seus lábios frios se chocaram
com minha pele quente, fazendo cara poro em meu corpo se eriçar. Puxei
mais seu quadril com a perna para perto, fazendo nossas intimidades se
roçarem por sobre a calça de moletom dele e minha fina calcinha. Tom
forçou mãos meu corpo contra a bancada, fazendo minhas costas ficarem
quase que por completo sobre a mesma. Coloquei minhas mãos em sua
regata, puxando-a para cima, indicando que eu a queria longe. Ele se
afastou minimamente e a tirou, voltando com a tripla vontade de me
beijar. Sua mãos puxaram minha camisola para cima, elevando-a até minha
cintura. Levou uma de suas mãos até minha intimidade, mesmo por sobre a
calcinha ele a acariciava firmemente. Separei nossas bocas para soltar
um gemido baixo, fechei os olhos e apertei mais seus ombros. Minha
camisola aos poucos foi subindo mais ainda, até tomar o mesmo destino
que sua regata. Tom me suspendeu com um braço só, me colocando sobre a
bancada. Ergui-me um pouco para que ele tirasse minha calcinha. Ele
abaixou-se um pouco e começou a tocar minha intimidade com a língua. Caí
sobre meus cotovelos, gemendo mais alto dessa vez, enquanto ele sugava e
fingia penetrar-me com sua língua. Por vezes chamei seu nome, eu tinha
medo de alguém chegar e nos pear naquela situação, alguém podia dar por
falta dele, mas com o calor do momento eu me esqueci desse
pequeno detalhe. Antes que eu pudesse atingir meu ponto máximo com
aquele estímulo direto, ele parou, voltando a me beijar. Desci minha mão
até sua calça, abaixando-a junto com sua boxer. Toquei seu membro,
fazendo uma leve pressão durante o vai-e-vem ritmado que eu havia
imposto com minha mão. As mãos de Tom agarraram minhas coxas,
apertando-as. Rezava para que aquilo não deixasse nenhuma marca, não
queria perguntas de outros sobre tais.
– Para, por favor.
– Tom pediu ofegante. Deixou-me sobre a superfície dura e fria e correu
até sua calça, tirando de lá uma camisinha. Vestiu-a indo de encontro a
mim.
– Quer dizer então que já veio com essa intenção? – Perguntei debochando. Ele riu perverso e desceu-me da bancada, colocando-me de costas para ele.
– Eu sempre estou preparado.
– Antes que eu respondesse, ele me invadiu por trás de uma vez. Agarrei
o mármore a minha frente e joguei a cabeça para frente, gemendo. Ele
ficou parado por alguns segundos, logo voltando com o movimento
frenético atrás de mim. Suas mãos estavam agarradas possessivamente ao
meu quadril, puxando-o para trás, colidindo-me com ele. Eu já podia
ouvir sua respiração alta, descompassada, do jeito que eu amava. Seus
movimentos eram fortes, atingindo fundo em mim. Apoiei uma das perna no
banco, levantando-a, fazendo as estocadas ganharem mais força. Tom não
parou um instante sequer, parecia que sua vida dependia dos movimentos
que fazia. Éramos dois. Minhas unhas curtas tentavam arranhar sem
sucesso o mármore duro, tentando de alguma forma extravasar o prazer que
sentia. Ele levou uma de suas mãos até minha intimidade, fazendo
movimentos circulares em meu clitóris. Meu gemido ecoou por toda cozinha
quando cheguei ao ápice, meu corpo inteiro se contorceu. Tom deu mais
algumas estocadas e desabou sobre mim, encostando seu peito a minhas
costas. Respiramos fundo várias vezes, na tentativa vaga de conseguirmos
dizer algo, mas nada saía, estávamos cansados. Antes de abrir a boca,
Tom me virou, deixando-me de frente para ele, dando vários selinhos em
meus lábios entreabertos.
– Eu quero que seja minha. – Disse, com os olhos fechados e sua mão acariciando meu rosto. Sorri.
– Eu sou sua, sempre fui. – Constatei o óbvio.
Eu sempre fui e sempre iria ser dele, somente dele.
Postado por: Grasiele
quarta-feira, 10 de outubro de 2012
Substituta - Capítulo 23
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