quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Substituta - Capítulo 14


[Ana’s P.O.V. ON]
– Ana! – Jost apressou-se eu me abraçar, fazia tempo desde a última vez que nos vimos. – Fiquei tão feliz quando aceitou meu convite! – Sorri.

– Não poderia deixar de aceitar, você me falou tanto sobre a banda que eu fiquei curiosa, você sabe como eu sou!

– Acredite, a banda é boa mesmo! – Ele sussurrou para mim. – Bem, esses você já deve conhecer, o Tokio Hotel. – Jost sempre enchia o peito para falar dos meninos, apesar de não os conhecer pessoalmente, eu sabia o porquê de tanto orgulho. – E aquela, é a... – Ele procurou a garota loira no meio dos meninos. – Àlex, vem cá!

Tímida, a garota saiu do meio dos meninos, um tanto desconfiada. Parei alguns instantes para observá-la. Um tanto alta, cabelos compridos, e devo acrescentar, o estilo me chamou atenção, não parecia querer “aparecer”, estranho para uma vocalista. Estranho, mas diferente, e digo isso da melhor forma possível. Gosto de pessoas assim.

– Queríamos conversar com você. – Jost começou. – Acho que estamos perto de conseguir um empresário para sua banda. – Os olhos dela brilharam, escondeu um sorriso que eu poderia apostar que seria um dos mais felizes que eu já teria visto, quase sorri junto.

– Jost... – Ela abriu a boca algumas vezes respirando fundo logo após. – Eu não sei o que dizer. Idiota, não? – Abaixou a cabeça envergonhada.

– Não se preocupe, não precisa dizer o que acha agora, só preciso que converse comigo sobre a banda.– A tranqüilizei.

– Claro, claro. – Respondeu meio sem jeito.

– Creio que agora você poderá nos ajudar com isso, certo? – Jost me perguntou. – Por que eu soube que estava produzindo o novo CD da Avril Lavigne.

– Certo, mas o CD já está pronto, eu só auxiliei o produtor dela com tudo, mas foi só isso. Desde que o Cinema Bizarre terminou, infelizmente, ando sem nenhuma banda para trabalhar, apareceram algumas, mas nenhuma que valesse a pena, realmente. – Contei.

– Acho que suas férias terminaram. – Jost piscou para mim, sorri em seguida.

[Ana’s P.O.V. OFF]

Eu não conseguia acreditar em toda conversa que eu tive com Ana e Jost. Eu não conseguia acreditar que iria ter uma produtora. Não estava nada certo ainda, é claro. Ainda precisava falar com s outros membros da banda, Ana ainda precisava nos ver tocar, e precisávamos mostrar nossas músicas. Seria um caminho comprido, mas valeria à pena. Os garotos estavam curiosos para saber de tudo, eu podia vê-los se esticando o máximo possível para ouvir a conversa toda, o que não era necessário já que eu iria contar tudo. Principalmente para Tom, e visto que a conversa já tina terminado meu coração disparou, relembrei do convite de Tom sobre eu ir a seu quarto no final da noite. Deveria ou não ir?

– Onde pensa que está indo, mocinha, não vai contar nada para o seu priminho favorito? – Georg fez manha.

– Claro que sim, só estava procurando você e os meninos. – Expliquei.

– Eles já foram cada um para seus quartos, só restou eu, então agora você pode desenrolar de uma vez? – Aquilo demoraria, e eu ainda teria de decidir se iria ou não ao quarto de Tom.

***
Já tinha se passado tempo demais, não sabia se Tom ainda estaria acordado, principalmente depois do show. Esperava que não. Passei muito tempo ponderando se deveria ou não aceitar sua proposta, mas, afinal, eu nem sabia quais eram suas intenções, poderia ser que ele nem estivesse pensando em coisas pervertidas, Tom estava diferente. Passei na frente da porta do meu quarto e ainda perdi alguns segundos com a mão na maçaneta, respirei fundo e segui em frente, rumo ao quarto do Tom.
Girei a maçaneta e a porta estava aberta, abri e coloquei a cabeça para dentro só para me certificar que ele já estaria dormindo, mas falhei. Ele não estava na cama, corri os olhos pelo cômodo e o encontrei de costas para mim, sem camisa, apoiado no parapeito da varanda, fumando. Adentrei o quarto, fechando a porta atrás de mim silenciosamente. Me aproximei dele sem dizer nada e, assim como ele, me apoiei no para peito, e só então percebi como a vista era bonita. Nem tinha percebido que estávamos em um hotel de frente para o mar devido à aglomeração de fãs quando chegamos. A noite não estava muito fria, o que nos permitia vestir uma roupa mais leve, ou no caso dele, esquecer alguma peça. Parei de observar os detalhes e passei a encarar Tom, ele não fazia o mesmo, parecia estar perdido no tempo.

– O que você queria falar comigo? – Minha voz quase não saiu, por algum motivo eu temia conversar com ele.

– Eu ainda estou pensando no que falar, não é fácil pra mim falar sobre... – Ele me olhou de soslaio e voltou seu olhar para um ponto qualquer a sua frente. – Isso. – Franzi o cenho.

– Isso o que? – Ele estava me deixando confusa, pensei que já soubesse tudo que falar e me vem com enigmas?

– Sobre tudo isso, Àlex. – Ele finalmente virou seu corpo para mim, deixando a mostra seu abdômen definido. Desviei o olhar para seu rosto. – Eu nunca fui confuso, indeciso, nem... Medroso. E olha no que você está me transformando! – Abriu os braços, dramatizando a situação.

– Eu? – Cerrei os olhos e coloquei a mão sobre o peito. – Agora a culpa é minha! – Sorri sarcasticamente, me voltei para frente, mas pude vê-lo abaixar a cabeça e balançá-la negativamente.

– Você não sabe como me afeta! – Disse ele baixinho.

– Você me deixa confusa, sabe? – Ele não falaria, então eu tomei a iniciativa, colocaria as cartas na mesa. – Quando começamos a namorar você era legal, depois virou um idiota que queria me destruir a qualquer custo, você nem sabia quais eram os meus motivos para te rejeitar daquele jeito. Eu fui embora da Alemanha por sua causa, bem... Não só por sua causa, mas isso não vem ao caso agora. Quando eu estava refazendo minha vida em L.A. você vem pra acabar com tudo, e agora vem com essa história que me ama e só fez isso para me esquecer. Sabe quão mesquinho isso soa? Você nem sequer pensou em como eu ficaria me tratando daquele jeito! – Não me importava se estava soando acusatória com ele, eu só queria por tudo pra fora. Ele suspirou, parecia cansado.

– Eu nunca imaginei que tudo chegaria a esse ponto, eu teria parado antes, se pudesse, mas eu não consegui te tirar da cabeça. – Tom segurou-me pelos ombros, virando-me para ele e me encurralando no parapeito com seus braços. – Tudo que eu peço é mais uma chance para mostrar que eu posso fazer diferente, Àlex! Não é um pedido de casamento, pode nem mesmo ser de namoro, é só uma oportunidade para sabermos se damos certos juntos. – Ele encostou nossas testas e fechou os olhos. – Nós éramos muito infantis para lidar com qualquer tipo de assunto naquele tempo, principalmente sobre amor, e só hoje eu percebo o quanto eu fui injusto com você. Eu não sei que tipo de trauma de deixou assim, mas se você deixar podemos superar isso, juntos. – Minha respiração acelerou e eu estremeci só com o fato de ter lembrado tudo que me deixou daquele jeito, medrosa, principalmente com Tom. Ele tinha sido o primeiro garoto em minha vida depois de... Depois de algumas coisas que aconteceram. – Só mais uma tentativa, Àlex.

– Talvez uma tentativa seja boa.[Solte a música] Respondi depois de alguns minutos em silêncio. Tom soltou o ar em meu rosto, como se estivesse prendendo-o desde seu pedido, aquilo fez cócegas.

Ele parecia ansioso para me beijar, notei seu contentamento quando o fez sem receber nenhuma resistência da minha parte. Okay, ele não era o única feliz por ali. Pega de surpresa, soltei um gritinho quando ele me suspendeu, colocando-me sentada no parapeito e ficou entre minhas pernas, sorrindo durante o beijo. Cruzei minhas pernas em sua cintura, com os braços em volta de seu pescoço. Tom colocou as mãos por dentro da minha regata branca querendo tirá-la, mas no meu momento de lucidez o impedi. Ele me olhou confuso, provavelmente pensando que eu decidira parar.

– Você quer que os outros me vejam nua? – Perguntei divertida. Ele sorriu olhando em volta, certificando-se de que não havia ninguém nos observando.

– Se segura. – Avisou. Cerrei meu corpo mais ao dele, enquanto ele nos levava para a cama.

– Seu louco, vai acabar nos derrubando, você está com a perna enfaixada, Tom!– Ele não me ouvia e seguiu seu caminho.

Delicadamente ele me colocou sobre a cama, deitando por cima de mim. Ele beijava meu pescoço, descendo para meu colo. Passou as mãos por debaixo de minha blusa, levantando-a e se separando de mim por alguns instantes para retirá-la. Tratou logo de voltar a colar seus lábios sobre minha pele, deixando um rastro ardente por onde passava. Passando a mãos por minhas costas ele abriu o sutien, ajudando-me a tirá-lo, jogando-o em algum lugar do quarto. Seus lábios atingiram meus seios e eu senti um arrepio percorrer todo meu corpo, fazendo meus olhos se fecharem. Após dar atenção aos meus seios, ele desceu seus beijos em direção a minha intimidade; tirou meu short e minha calcinha calmamente, não perdoando sequer um pedaço de pele minha de seu olhar carregado de malicia. Coloquei as mãos em suas costas, arranhando, e joguei a cabeça para trás quando ele atingiu o destino que queria. Ele segurou minha cintura enquanto beijava-me íntima e calmamente; minha barriga se contraía rapidamente, dando-me espasmos de prazer. Antes que eu pudesse atingir o orgasmo, Tom parou, olhando feroz e maliciosamente, com seu típico sorriso sacana, não tive como não rir também. Seus beijos fizeram o caminho contrário dessa vez, indo em direção ao meu pescoço, aproveitei que ele estava distraído e o empurrei na cama, ficando por cima. As únicas peças que separavam nossos corpos eram sua calça jeans e sua boxer, aos quais eu tratei de dar um destino: o chão, mas não antes de retirar de lá um preservativo a pedido de Tom. Enquanto eu beijava seu abdômen podia sentir meu corpo em chamas, e de repente o calor estava ficando insuportável para uma noite fresca. Meus beijos cada vê mais se aproximavam de seu membro, um frio se instalou em minha barriga por isso, poucas foram as vezes que eu havia feito aquilo, e todas foram forçadas. Parei no mesmo momento de beijar Tom, olhei para ele com os olhos levemente arregalados e ele franziu o cenho.

– Não precisa fazer isso se não quiser! – Sua voz saiu fraca, seus olhos não diziam a mesma coisa que sua boca, porém eu podia sentir a compreensão em suas palavras. Sorri levemente, agradecendo mentalmente por não ter que fazer aquilo.

Peguei o preservativo ao lado de Tom e coloquei devidamente em seu membro. Ajeitei-me melho, com uma perna de cada lado de seu corpo e posicionei seu membro em minha entrada, abaixando-me lentamente em seguida, soltando um longo gemido, junto com Tom, quando, finalmente, havia chegado ao fim. Ele apertou as mãos em minhas coxas, e eu apoiei as mãos em seu peito. Comecei a me movimentar lentamente, mexendo meu quadril de forma sinuosa, aranhando o peito de Tom e fechei os olhos. Suas mãos se moveram para meu quadril, ajudando-me nos movimentos, que ficavam cada vez mais rápidos. Abaixei a cabeça para encará-lo, e para minha surpresa, ele já fazia o mesmo, sorrindo de forma embriagada para mim; não sei se sorri de volta, minha concentração era tanta em sua expressão e no prazer que estava sentindo que talvez não tivesse capacidade para fazer nada além no momento. Minhas pernas começaram a formigar, fazendo com que meus movimentos não fossem tão rápidos quanto nós dois queríamos, parecendo entender isso, ele rolou na cama comigo, ficando por cima e assumindo o controle dos movimentos. Ele colocou a cabeça a curva do meu pescoço, dando alguns beijos no local, enquanto movia-se freneticamente em cima de mim. Cravei as unhas em seus braços, sentindo uma queimação no ventre, indicando que logo chegaria lá. Tom levou uma de suas mãos até minha intimidade, acariciando meu clitóris, ajudando-me a chegar ao ápice mais rápido. Um gemido consideravelmente alto preencheu o quarto, vindo de Tom, e eu o acompanhei com um longo e alto gemido, chegado ao orgasmo. Meu corpo ficou tenso e relaxou no momento seguinte, Tom caiu por cima de mim, cuidando para que não me matasse sufocada com seu peso. A única coisa que podia ser ouvida no quarto era o som de nossas respirações ofegantes. Não tínhamos forças para dizer nada, ou talvez, não quiséssemos estragar o momento com palavras.

Foi a melhor decisão de nossas vidas.

***

– Tom, acorda! – Ouvi a voz de Georg gritar do lado de fora, acompanhado de batidas firmes na porta. Arregalei os olhos e me levantei bruscamente.

Tom continuava a dormir feito uma pedra ao meu lado. O sacudi para que ele acordasse e se livrasse de Georg para que eu pudesse ir para meu quarto, antes que ele percebesse que eu estava ali com Tom. Ele ficaria maluco e acabaria brigando com Tom novamente. Eles já não estavam bem, se ele soubesse que eu dormi com Tom, seria a gota d’água.

­- Acorda, Tom!– Sussurrei em seu ouvido. Ele se virou para mim e passou os braços por minha cintura, derrubando-me na cama. – Tom, o Georg esta na porta, me solta! – Assim que o nome de Georg foi mencionado, seus olhos se arregalaram e ele se levantou no mesmo instante.

­- Georg? – Ele praticamente gritou.

– Sou eu, cara, o Jost já tá pirado com você, é melhor não se atrasar! Temos entrevista daqui a pouco, aqui mesmo no hotel. – Do outro lado da porta Georg falava, achando que Tom havia falado com ele.

– Eu já estou indo! – Tom pulou da cama em busca de sua boxer. Enquanto isso eu pegava minha calcinha e sutien e vestia. Levantei um busca de meu short e minha blusa, mas Tom segurou-me pela cintura. – Queria poder ficar mais aqui com você! – Ele declarou, encostando nossas testas.

­- Essas são umas das desvantagens de se ser um Rockstar! – Me separei dele com um selinho e pisquei, pegando minhas roupas. Vesti-me e prendi o cabelo, que mais parecia um ninho de tão bagunçado.

– Pelo menos fica mais um pouco, já que não vamos poder ficar juntos na frente dos outros.– Ele segurou meu braço quando eu estava abrindo a porta.

­- Não posso, também tenho coisas a fazer hoje. Preciso ir mais cedo para o local do show para a passagem de som. – Tom segurou em minha nuca e me deu um beijo, sem dizer nada, ele sabia que ao podíamos nos precipitar agora. Tudo em seu tempo.

Segui para meu quarto, tomando cuidado para que ninguém me visse saindo do quarto de Tom. Pude respirar normalmente somente quando fechei a porta de meu quarto. Parecia que eu era adolescente novamente, namorando escondido dos pais. Não que fosse ruim, era uma adrenalina boa, principalmente quando você sabe que não está fazendo nada de errado. Pelo menos para Tom e eu.

***

Já se passavam das sete da noite, o show seria às nove e meia, e ainda não tínhamos passado o som. Estava uma correria total, mas ainda assim era divertido, com aqueles quatro do lado não tem como ser uma coisa séria demais. Terminamos de ensaiar as oito e meia, e fomos nos arrumar, o show começaria logo mais.

– Arrasa, Àlex! – Tom disse em meu ouvido antes que eu entrasse no palco, já que todos já estavam lá, somente me esperando para começar. Dei um selinho rápido no mesmo e caminhei pelo pequeno corredor até o palco.

E novamente a atmosfera do show do Tokio Hotel me atingiu por completo. Eu nunca saberia definir o que era aquilo.

Minha parte havia terminado, agora Tom entraria para tocar piano, eu estava cansada e suada, só precisava de uma banho e muita água.

– Àlex! – Tom chamou, com uma cara... Triste? Meu coração acelerou, e uma sensação ruim tomou conta de mim. – Sua mãe ligou!

– O que ela disse, Tom? – Perguntei apreensiva.

– Seu pai sofreu um acidente grave! – Ele despejou de vez. Senti meu mundo desabar aos poucos.

Tudo, menos meu pai!

Postado por: Grasiele

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Arquivos do Blog