quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Substituta - Capítulo 20


Cheguei à clínica um pouco mais cedo que o marcado, o horário de visitas só começaria daqui a 30 minutos. Eu continuava ansiosa, porém, decidida. Tinha que admitir que estava mais madura, por incrível que pareça. Eu podia sentir isso. Evitei pensar muito no que falar, isso nunca funciona. Eu não podia calcular os atos do Tom, era impossível, ele era sempre um enigma. Por isso seria perda de tempo ficar inventando diálogos em minha cabeça, talvez eles nem mesmo acontecessem. Peguei uma revista para folhear, já que prestar atenção eu não ia, enquanto o horário não chegava. Levantei os olhos para ver que horas já eram, e meu olhar foi de encontro a uma mulher loira, vestida de enfermeira, encostada ao balcão me observando. Seu sorriso sarcástico me deu certo desconforto, talvez ela soubesse quem eu era e achasse que eu era uma golpista, como a maioria das pessoas. Ela se aproximou e em momento algum em abaixei minha cabeça.

– O que faz aqui? – Perguntou desafiadora. Quase ri.

– Desculpa? – Franzi o cenho. – Tenho algum parentesco com você, ou pelo menos faz parte do meu circulo de amigos? – Ela balançou a cabeça negativamente. – Então, isso não é da sua conta. – Fui curta e grossa. Já estava cansada de gente intrometida na minha vida.

– Além de golpista, é venenosa. – Sorriu de lado, cruzando os braços, fazendo os seios quase pularem para o lado de fora da sua vestimenta, ela forçava muito a barra para parecer sexy, mas só parecia vulgar.

– Você é filha do dono desse lugar, ou é uma das pacientes que roubou o uniforme de uma funcionária? – Joguei a revista de lado. – Porque eu não sei se te avisaram, querida, mas funcionários têm que ter educação, é uma das primeiras regras, sabia? – Arqueei uma sobrancelha.

– Por quê? Você, por acaso, já trabalhou, ou agora namorar caras famosos para conseguir fama é uma ocupação remunerada? – Abri a boca para responder, mas ela levantou a mão, pedindo silenciosamente para que eu parasse. – Tom não quer você, ele já tem o que precisa bem aqui. – Apontou para si mesma. Não pude evitar a raiva que dominou meu corpo diante de tais palavras.

– Depois a golpista sou eu? – Perguntei debochada. – Olhe para sua cara, ela já diz tudo sobre você. Vulgar e superficial. – Enumerei nos dedos.

– Tom pareceu gostar. – Disse sarcástica.

– Até parece! – Levantei e cruzei os braços, desafiando-a pelo olhar. Ela somente tirou os cabelos do pescoço, mostrando a marca roxa. – Qualquer um pode ter feito isso. – Eu não estava tão certa, eu conhecia Tom.

– Se engane o quanto quiser. – Sorriu e saiu de perto de mim, voltando para o balcão.

– Senhorita Listing. – A recepcionista chamou. – Pode entrar. – Me guiou até a porta que dava para um jardim. Logo avistei Tom sentado em um dos bancos, olhando em minha direção. Seu olhar era quente, e ele não deixava aquela mania desgraçada de sorrir de lado. Quase me esqueci da conversa que havia tido com aquela vagabunda na recepção.

– Veio ver se eu ainda estava vivo? – Perguntou divertido. O fuzilei com o olhar, sem tempo para brincadeiras.

– Sem brincadeiras, Tom. – O olhei mais friamente quanto pude.

– Você está diferente. – Comentou casualmente. Aproximou-se um pouco, visto que eu estava sentada ao sue lado, e passou a mão por meus cabelos. – Está mais... Adulta. – Tentou depositar um beijo em meu pescoço, mas o afastei.

– O que pensa que está fazendo? – Perguntei como cenho franzido.

– Você não veio aqui para nos acertarmos? – A esperança em seus olhos quase me fez desistir de tentar ser dura com ele, mas nada.

– Não. – Minha voz não saiu bruta, ou sarcástica, pelo contrário, soou mais calma que o normal. – Acho que você já se acertou com a enfermeira vadia. – Disse aquilo para testar de era mesmo verdade o que aquela mulherzinha havia dito. Ele bufou.

– Como você descobriu? – O olhei incrédula.

– Então é verdade? – Arqueei as sobrancelhas. Ele me olhou culpado, e abaixou a cabeça.

– É. – Admitiu. – Não tem porque mentir pra você. Eu não quero mais fazer isso. Mas não me culpe, eu estava sozinho, e ela estava lá...

– E vai ser assim sempre? – Estreitei os olhos. – Digamos que fiquemos juntos a partir de hoje. Quando eu sair da clínica e você se sentir sozinho vai transar com a primeira vadia que encontrar? – Ele negou com a cabeça, segurou meu rosto e me fez encará-lo, mas demorou a começar a falar.

– Posso confessar uma coisa? – Assenti. – Eu sempre tive medo do que eu sinto por você. Porque é como se eu pudesse fazer qualquer coisa por você, Àlex. Eu sempre lutei contra isso, porque eu não queria ficar preso a você. Eu não queria ficar preso a ninguém. Sempre achei que eu não nasci pra isso, mas ai você apareceu. Parece mentira, e se fosse algum tempo atrás, seria mesmo. Mas eu cansei. Olha só aonde em vim parar por causa dessa minha obsessão de te esquecer. – Ele apontou ao redor, sorrindo tristemente. – E agora que eu decidi não lutar mais contra isso, eu percebi que eu tenho que lutar agora contra essa maldita necessidade de drogas e bebidas. E você se afastou. ­– Seu olhar perdido fez minha consciência pesar.

– A verdade é que eu lutei contra isso também, Tom. Por isso me afastei. Achei que assim eu poderia esquecer tudo que você me fez passar. – Senti o quão desconfortável ele ficara quando disse isso. Não era a única com coisas a se desculpar.

– Será que vai sempre ter uma coisa entre nós que nos impeça de ficarmos juntos? – Ele perguntou triste.

– Só se nós quisermos, Tom. Só se deixarmos. – Um sorriso cresceu no canto de sua boca.

– Isso quer dizer... – Tom me olhou signifitivamente.

– Isso quer dizer... – O cortei. – Que, enquanto você estiver aqui, quero que pense em tudo que me fez passar, Tom. Porque eu vou pensar em tudo que eu preciso melhorar, e uma delas é que agora eu não vou ser mais a garota ingênua que você conhecia. E se você me fizer sofrer novamente, eu vou me vingar, querido. – Ele me puxou pela nuca, encostando nossos narizes.

– Eu adoro mulheres perigosas, sabia? – Tom havia entendido o que eu havia dito. Ele não estava brincando, como eu pensei que ele estaria. Mas antes que ele pudesse me beijar, me afastei, levantando. Sua cara foi hilária.

– Nós conversamos quando sair daqui. – Disse firme e séria. – E nada de enfermeiras vadias, ou... – Apoiei uma mão em sua coxa, subindo levemente, o sentido estremecer com meu toque. – Nada de Àlex para você. – Me afastei repentinamente, deixando-o meio sem jeito. Ri e saí me equilibrando sobre meus saltos.

Nós teríamos muito que conversar depois.

[Bill’s P.O.V. ON]

Tinha marcado um almoço com Alex na semana passada. Ultimamente estávamos trabalhando em uma música juntos, tínhamos escrito algumas coisas juntos, nada muito certo ainda. Era ótimo tê-la por perto, e além do mais, eu teria que me acostumar. Eu sabia que Tom acabaria ficando com ela, e eu, apesar de não querer que ele a machuque novamente, sabia que ela também nutria o mesmo sentimento, e quem era eu para me meter? Fora que era uma das poucas pessoas as quais eu confiava plenamente. Estacionei meu carro no estúdio, ela havia me mandando uma mensagem há alguns minutos, avisando que estaria lá.

– Bill. – Àlex me abraçou. – Será que você pode esperar só um minutinho? Eu vou ao banheiro, é rápido! – Ela adentrou em um corredor, indo para o banheiro.

– Bill? – Ana perguntou atrás de mim. – O que faz aqui? – Sua expressão era surpresa. Eu ri.

– Marquei de almoçar com a Àlex. – Expliquei. – Quer ir também? – Estava rezando para que ela aceitasse. Havia descoberto que ela tinha terminado com o Jared. Azar o dele, sorte a minha. Eu tinha prometido a mim mesmo que não tentaria nada com ela enquanto ela namorasse, e ela estava solteira agora, então, eu não estava quebrando nenhuma promessa.

– Eu não sei. – Mordeu o lábio inferior. – Acho melhor não. – Bufei, cansando daquele joguinho.

– Porque você vive me evitando? – Fui direto.

– N-não estou te evitando. – Gaguejou.

– Está sim. – Me aproximei. – Qual é o problema? Pode me falar. – A encurralei em uma parede, colocando meus braços ao lado de sua cabeça.

– Não, Bill. – Ela sibilou.

– Não o que? – Aproximei nossos rostos, passando meu nariz por sua bochecha, sentindo o aroma doce de seu perfume.

– Isso... Não pode. – Ela sussurrou.

– Não vejo nada de errado nisso... – Dei um selinho em seus lábios. Ela amoleceu levemente, aproveitei e a segurei com meus braços. – Vamos lá, Ana, pare de fugir. – Pedi.

– Eu não quero me envolver com ninguém agora, Bill. Por favor, entenda. – Ana segurou minha camisa, tentando me afastar.

– Nós não precisamos apressar nada. – Segurei seus pulsos. – Você sabe que eu não sou desses, mas, por favor, me dê uma chance. – Voltei a colocá-la contra a parede, beijando sua bochecha e encostando nossos narizes.

– Um jantar. – Ela soltou. – Hoje à noite.

***

A mesa estava em um ótimo local. Nem tanto a vista, nem escondida. Porém era impossível despistar os paparazzi, mas quem disse que eu estava me importando? Ana já era conhecida, nenhuma surpresa para os fotógrafos de plantão. O restaurante italiano podia ser ótimo, mas nada superava Ana aquela noite. Eu não sei se era pelo fato dela estar mais descontraída que o normal, ou pelo fato dela estar sozinha comigo. Não tão sozinha quanto eu queria, mas era um ótimo começo.

– O vinho é ótimo. – Comentou bebericando o conteúdo tinto de sua taça. Sorri, ela ficava linda com os cabelos presos.

– Você ainda não me respondeu o que porque de me evitar tanto. – A peguei de surpresa. Era melhor assim.

– Só acho cedo demais para me envolver com alguém. Faz pouco tempo que eu terminei com Jared. Foi um relacionamento longo. Não é tão fácil quanto parece. – Eu adorava o jeito como ela falava olhando em meus olhos. Sorri.

– Mas ficou com medo de ficar muito perto de mim. – Comentei não pretensioso, mas divertido. Ela riu.

– Tem um monte de paparazzi lá fora, e deve ter umas 50 fotos da gente aqui nesse restaurante. Imagina quantas manchetes envolvendo nós dois e o Jared eles irão inventar. Eu não quero isso. Eu sou produtora, Bill. Se me envolver demais com famosos minha imagem fica manchada, e esse é o meu trabalho. Eu não posso agir como uma adolescente apaixonada e me deixar levar por todo par de olhos sedutores que cruzam o meu caminho. – Sorriu tímida.

– Aposto que ninguém vai querer saber da sua fama. Você é incrível, Ana. Já trabalhou com tanta gente importante. – Ela balançou a cabeça negativamente.

– A imagem é tudo nesse ramo, Bill. Se você apronta demais, isso te prejudica. – Comentou triste.

– Mas você está aqui comigo agora, então, pare de pensar nas conseqüências, pelo menos essa noite. – Pedi, sorrindo para ela. Ana sorriu de volta, com os olhos brilhando.

Eu não a deixaria escapar.

[Bill’s P.O.V. OFF]

– Vamos, Jude. – Gritei. – Temos hora para chegar ao local da gravação. – Reclamei.

– Eu já estou pronta, se vocês tivessem um pouco mais de paciência. – Desceu as escadas resmungando, enquanto colocava os brincos.

– Claro, diga isso para os caras da produção, daqui a pouco Caleb liga desesperado pra gente. – Peter colocou um braço nos ombros de Jude, levando-a para fora. [Solte a música]

***

Gravação do clipe de Suffocated

In the beginning, he was worthless
No início, ele era inútil
Do the worst, feel complete
Fiz o pior, me senti completa
Passing standards others meet
Passando a intender de outros jeitos
Now perfect endings make you anxious
Agora finais perfeitos o fazem ansioso
A heavy hand, a cool desire
A mão pesada, um desejo legal
Leaving nothing here, nothing
Não deixando nada aqui, nada
To regret
A lamentar

Cena 1

– Isso, Àlex, continue assim. – Orientava o diretor, enquanto eu dublava a música com minha guitarra em mãos. – Jude, se aproxime mais do centro do palco. – Ela assim o fez, ficando perto de mim, fazendo com que a câmera enquadrasse melhor todos nós.

Well, am I still suffocated?
Bem, eu ainda estou sufocada?
I'm constantly dead but stayed in
Estou constantemente morta, mas fico
Just to stay alive
Só para ficar viva
Well, am I still suffocated?
Bem, eu ainda estou sufocada?
I'm constantly dead but stayed in
Estou constantemente morta, mas fico
Just to stay alive
Só para ficar viva

Cena 2

– Continue olhando para ele. Imagine que ele é a pessoa mais importante do mundo pra você. – Cerrei os olhos, encarando o belo moreno a minha frente, enquanto ele caminhava em minha direção pelo meio da multidão, simulando um show, e eu continuava no palco. O moreno chegou perto, parando no limite do mesmo e me encarava, eu fazia de tudo para não rir. Não me leve a mal, mas eu não era boa atriz.

I'm alone
Eu estou sozinha

I miss the old days that we murdered
Tenho saudades dos velhos tempos que nós assassinamos
It's too far gone, we're out of reach
Isso foi para longe, estamos fora do alcance
Watch your favorite summer's heat
Assista o seu destino com o calor do verão
Without a break from this destruction
Sem uma ruptura com esta destruição
I need a change, a different scene
Eu preciso de uma mudança, uma cena diferente
A new approach to coming clean
Uma nova abordagem para vir limpa

Cena 3

O garoto foi puxado por uma mulher, sendo levado para longe de mim. Fiz minha melhor expressão de decepção e voltei meu olhar para o chão, ainda fingindo cantar.

A cena após foi uma fan party, na qual eu tinha uma bebida forte em mãos, sentada sobre um banco e com as pernas apoiadas em outro, no canto do largo bar do local, com um olhar perdido, enquanto a festa acontecia a todo vapor. Eu tinha que fingir estar na fossa, tentando esquecer alguma coisa, no caso, o moreno bonito.

Still searching for a back door, I hear
Ainda à procura de uma porta de trás, eu ouço
Reassuring all my friends will reappear
Meus amigos falando que você vai voltar
Am I still suffocated?
Eu ainda estou sufocada?
Hold your breath dear and I'll keep waiting
Segure sua respiração querido e eu vou continuar esperando
Still searching for a back door, I hear
Ainda à procura de uma porta de trás, eu ouço
Reassuring all my friends will reappear
Meus amigos falando que você vai voltar
Am I still suffocated?
Eu ainda estou sufocada?
Well, hold your breath dear and I'll keep waiting
Bem, prenda a respiração querido e eu vou continuar esperando
Waiting
Esperando

Cena 4

Era um flashback, colocaram duas crianças para representar o moreno e eu. O garotinho ensinava a menina como tocar violão, ela ainda desajeitada sentia vergonha de não conseguir tocar direito e ele voltava a repassar todos os acordes com paciência, sorrindo para ela.

Com o flashback terminado, me colocaram atrás da porta de um quarto, como se eu estivesse escutando uma conversa entre Jude, Andrew e Peter. Recostei-me a mesma, escorregando e colocando as mãos no rosto.

We're alone
Estamos sozinhos

Eu olhei para um porta-retratos em cima de um criado-mudo. O mesmo continha uma foto minha e do moreno sorrindo. A câmera saia do meu rosto e ia para a foto que eu encarava, antes de tudo ir ficando escuro devagar.

– Ótimo pessoal. – O diretor falou batendo palmas, fazendo todos os demais fazerem os mesmo.

Respirei fundo. Aquele clipe com certeza tinha tirado um peso das minhas costas. Ele contava como eu me sentia realmente, o que eu tinha passado – não completamente, claro -, mas as pessoas teriam uma ideia. Quem sabe assim, pelo menos para aqueles que tivessem o mínimo de sentimentos possíveis, conseguissem entender o que eu passei durante todos esses anos com Tom. Nossa história era longa, conturbada, e nós, demasiado imaturos. Ou talvez as pessoas simplesmente fechassem os olhos, cada um tem sua verdade, certo? E nada do que eu fizesse me faria ser menos odiada. Eu só teria que aprender a lidar com isso, a vida de estrela do rock podia ser ótima, mas existiam coisas por trás dela que assustavam um pouco, você só tem que manter o controle.

– O que achou? – Andrew sentou ao meu lado. – Quero dizer, do clipe. – Explicou.

– Ótimo. – Sorrimos. – Eu ainda não tô acreditando que gravamos nosso primeiro clipe. É surreal demais, entende? Mas de uma maneira boa. – Encostei minha cabeça na parede. Já fazia horas que estávamos naquele local gravando e regravando as cenas, estava exausta.

– Concordo. E apesar de estar morto, valeu muito mais do que a pena. – Encarei seu rosto, que olhava para frente, concentrado em algum ponto que não estivesse perto de mim. Seu celular tocou, Andrew olhou o visor e seu rosto ficou levemente ruborizado. Franzi a testa e me virei mais para ele, me chamem de curiosa, mas eu tentei ver o nome que estava escrito ali. Só consegui ver o início: Eliz...

­- Não vai atender Andrew? – Ele apertou o botão para desligar e guardou seu celular novamente no bolso.

– Agora não. – Respondeu rápido.

– O que quer a Eliz queira dizer, deve ser importante. – Frisei o nome da garota, rindo quando ele abaixou a cabeça, derrotado.

– Não deve ser nada importante. – Garantiu.

– Ela é sua namorada? – Perguntei curiosa.

– Não. – Foi curto e grosso, até me assustei.

– Desculpa por ser tão intrometida, você não me deve explicações. – Talvez ele não quisesse falar sobre ela, eu estava sendo inconveniente.

– Não, eu fui rude. – Só por seu olhar eu sei que ele estava pedindo desculpas. – É só que... Eu não quero me envolver com ela agora, apesar dela ser uma garota legal, só não me sinto pronto para entrar no relacionamento novamente tão cedo. Ela meio que fica forçando a barra pra termos algo mais sério.

– Ela é uma garota. A maioria das garotas gosta de algo sólido a que se apegar Andrew. E ainda mais se esse algo sólido for você. – Ri da minha piada maliciosa, sendo acompanhada por ele.

– Isso é o que dá ficar tempo demais com o Kaulitz. – Alertou, parando de rir no mesmo momento. – E vocês dois?– Virei um pouco o rosto, me sentia estranha falando do Tom com ele.

– Não estamos nada. Vamos conversar quando ele sair da clínica. – Ele balançou a cabeça afirmativamente.

– Soube que ele está tendo um bom resultado lá. – Afirmei. Ficamos um tempo em silêncio nos encarando. – Mudando de assunto... Eu... Escrevi uma música. Na verdade, eu escrevi quando ainda estávamos juntos. Era um presente pra você.

– Era? – Perguntei divertida. Ele riu de canto.

– Quer dizer, é. Mas não sei se ficou boa. – Eu ri alto de sua fala tímida.

­- E desde quando uma música de Andrew Keller não é boa? – Me fiz de chocada, ele riu.

– Então você quer ouvir? – Assenti. Ele se levantou estendendo a mão para mim, peguei a mesma e ele me ajudou a levantar também, guiando-me sem que eu soubesse onde estaria indo.








Postado por: Grasiele

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