domingo, 3 de junho de 2012

Hypnotized By Jane - Parte IX

 


– Que bom que veio Jane! – exclamou animadamente sem me soltar e beijando o topo da minha cabeça.

Não se derreta, esse não é o momento, deixe para derreter-se no seu apartamento... Ah, eu não vou conseguir!

– Eu disse que vinha. – minha voz saiu meio abafada e ele pareceu se ligar de que estava me apertando forte e me soltou. Droga, queria continuar agarrada a ele!

Bill sorriu, aquele sorriso lindo que me fazia ficar abobalhada. Oh Gott, alguém me socorre? Não, não, me deixe morrer aqui, irei morrer feliz! Sorri para ele e me deixei guiar até uma mesa do canto.

– E então, como foi a sua manhã? – perguntou-me curioso.

– Super corrido, não sei como continuo inteira. – respondi relaxando no sofá/mesa.

– Bem, a minha foi o de sempre. Correr para entrevistas e tal, a única coisa que mudou foram as perguntas. – falou empolgado e orgulhoso (?).

– Você já se acostumou com isso e eu ainda estou tentando. – falei colocando parte do meu teimoso cabelo atrás da orelha.

– Você logo se acostuma. – afirmou-me batucando a mesa com as unhas bem feitas.

Minha barriga roncou escandalosamente o fazendo rir e eu corar envergonhada.

– Acho que temos alguém com fome... – Bill falou fazendo cócegas na minha barriga.

– Ei, ei... Pode ir parando. – reclamei em meio ao riso – Eu estou sim com fome.

Bill riu mais um pouco e apertou um botão vermelho, logo uma garçonete apareceu e anotou os nossos pedidos. Extravasamos nos nossos pedidos, eu pedi um Big Tasty e um Big MC, duas porções de batata-frita e coca-cola. Bill pediu dois Big’s MC’s, duas porções de batata-frita grandes e a coca-cola.

– Olha só, conheço um ser igual a mim. – falei assim que a garçonete nos deixou sozinhos.

– Conhece? – perguntou-me sem entender.

– Sim, você também é magro de ruindade. – respondei-lhe rindo.

Bill riu comigo por um momento, mas depois me deixou rindo sozinha e me olhando, pelo que pareceu, admirado. Eu parei de rir e corei na hora, desviando o meu olhar do dele. Agora que tinha me esquecido da vergonha, ela volta. Então, ele colocou delicadamente uma mecha do meu cabelo que voltou a cair nos meus olhos e se aproximou mais de mim. Olhei-o alarmada e ele sorriu tranqüilizador, se aproximou mais ainda e quando os nossos lábios estavam quase se tocando, nossos pedidos chegaram. Salva pela garçonete, ou será que eu não queria ser salva?

Começamos a comer aquele lanche pouco nutritivo, mas que era delicioso. Depois de comermos tudinho, ainda tinha espaço para sobremesa. Pedimos dois sorvetes de caramelo, um de baunilha e um de chocolate para mim. Quando terminamos tudo, estávamos cheios, completamente satisfeitos.

– Ah que vontade louca de dormir! – exclamei relaxando no sofá novamente.

– Nada de dormir Srta. Toledo, sabe muito bem que precisamos conversar. – ele falou autoritário.

– Temos mesmo? – perguntei alarmada, me acertando melhor no sofá.

– Sim senhora, você sabe muito bem que é essa a minha intenção desde o princípio.

– Ah, tudo bem. – me dei por vencida, olhando-o por um curto momento.

– Você pensou no assunto? No que aconteceu ontem? – perguntou prendendo os meus olhos.

– Sim, foi a coisa que eu mais pensei... Mas é tudo tão surreal, não sei o que fazer ao certo.

– Você está com medo? – perguntou num tom preocupado.

– Não, medo não é a palavra certa. Eu apenas não sei o que irá acontecer e isso me deixa aflita. – respondi desviando os meus olhos para o pote do sorvete vazio.

– Hum, acha que, sei lá, eu tenho chances? – perguntou me encarando super sério.

– Bill isso não é pergunta que se faça. – respondi corando, mas sem conseguir desviar os olhos dos dele.

– Sim ou não? – insistiu.

– Talvez. – respondi ainda sem desviar os meus olhos dos dele.

Bill riu, fechando os olhos por um momento e depois me encarando demoradamente, se aproximando mais de mim.

– Então, você é difícil como eu suspeitava. – afirmou sorrindo de canto.

Não respondi nada, apenas fiquei quietinha olhando-o, sem acreditar em nada do que estava me acontecendo. A vergonha voltou rapidamente e eu estava começando a achar um erro ter vindo encontrá-lo, mas ele parecia tão interessado em mim, que talvez viesse atrás de mim como fez no jornal... Ah mein Gott, eu não sei no que pensar, no que acreditar!

– Você não está acreditando em mim, não é? – Bill perguntou como se lesse a minha mente.

Ele tocou o meu rosto com o polegar, fazendo delicadamente um carinho na minha bochecha e finalmente pareceu entender que eu, por mais que tentasse, não estava acreditando nele, era tudo tão surreal!

– Bem, eu tenho como te provar. – afirmou decidido.

Bill parou de acariciar o meu rosto e puxou a minha mão que estava em cima da mesa, colocou-a no peito. Apesar de ele estar falando super tranqüilo comigo, seu coração estava tão disparado como o meu. Fiquei sem ação, olhado abobalhada para a minha mão no peito dele. Agora eu tinha os motivos que precisava para acreditar nele? Encarei-o por um momento, ele sorriu, aquele sorriso lindo que me fez ficar ainda mais sem ação.

– Confie em mim Jane. Dê-me uma chance. – pediu sem desviar os olhos amendoados dos meus castanho-escuros e soltando a minha mão.

Eu tinha vontade de dizer que daria todas as chances que ele quisesse, mas não respondi. Atos demonstram melhor que palavras, não é? A minha mão que ainda estava no peito dele, eu a subi para a nuca e aproximei mais o meu rosto do dele. Bill sorriu todo feliz e me agarrou num super beijo, seja o que Gott quiser.

Bill me beijava com tanta intensidade, que me fazia esquecer de respirar. Eu pouco queria respirar, queria que a minha boca continuasse sobre a dele e sentir aquela língua invadir a minha boca. Era tão bom beija-lo que eu não me importaria de perder o meu emprego por causa disso, mas as coisas não são bem assim... Passamos o resto do meu almoço nos beijando e parecia que a cada tomada de fôlego, o nosso beijo ficava mais intenso que antes.

Quando deu o meu horário, ele pagou a conta, apesar de eu insistir em pagar a minha parte.

– Se você for sair comigo, terá que se acostumar com isso. – afirmou me puxando para fora da área vip.

O MC Donald’s continuava um pouco cheio e as fãs ainda estavam lá, esperando-o sair. Bill não se importou em sairmos de mãos dadas e manteve-me ao lado dele o tempo inteiro que dava autógrafos para as fãs.

– Quem é ela? – uma das fãs perguntou me olhando, olhar curioso misturado com mortífero, me encolhi por um instante.

– Jane, minha... – Bill começou respondendo-a.

– Amiga. – cortei-o sorrindo amarelo.

– É, por enquanto. – acrescentou piscando para a fã que quase desmaiou ali mesmo.

Oh Gott, não estou preparada para perseguições! Bill me puxou pela mão, para sairmos do MC Donald’s, ele insistiu em me levar até o jornal, apesar de eu falar que ia bem sozinha...

– Bill, Bill... Será que não devíamos nos esconder um pouco da imprensa? – perguntei sendo puxada por ele.

– Jane, você é a imprensa. – afirmou rindo.

– Dã, eu sei. Eu estou falando de nos escondermos dos outros... – falei rapidamente.

Ele parou de andar e ficou de frente para mim, no meio do corredor do shopping.

– Eu não quero escondê-la de ninguém, quero que todo o mundo saiba que eu te encontrei! – falou lindamente tocando o meu rosto – Prometo que vou cuidar de você e que não deixarei ninguém te atacar. – garantiu se aproximando mais de mim.

– Mas Bill... – comecei, mas ele me calou do modo que eu mais gostei de ser calada até hoje, roubando-me um beijo.

Okay, estávamos no meio do shopping nos beijando... Uma situação normal de pessoas apaixonadas se ele não fosse o cara mais conhecido da Alemanha. Bem, mas enquanto ele me beijava, eu não ouvi nada do que se passava ao nosso redor, eu estava concentrada em trazê-lo para mais perto de mim e corresponde-lo da forma mais intensa que eu conseguisse. Foi a falta de ar que nos separou, não a vontade e quando eu abri os olhos, fiquei cega!

O lugar estava lotado de fotógrafos, vi até o Hanz naquele meio. Oh Gott, Bill não era nada discreto... Pude perceber que ele ria feliz e acenou para os fotógrafos, me puxando junto com ele para fora do shopping. Mais seguranças apareceram para nos escoltarem até a garagem onde estava o Audi branco dele e o carro dos seguranças.

Fomos pouco seguidos, os seguranças se livraram deles. Bill foi dirigindo o tempo inteiro cantando Komm animadamente. Sem se importar em ser visto, ele me agarrou novamente no carro antes de eu entrar no prédio do Bild. Eu estava eufórica quando sai do carro dele, ainda estava na duvida se aquilo tudo era real, pois era bom demais para ser verdade... Mas que mais provas eu queria para acreditar em tudo aquilo?

Meu resto de tarde passou mais rápido do que eu imaginava, entretanto foi tranqüilo, logo escureceu e meu dia de trabalho acabou. Consegui terminar tudo que tinha que fazer aquele dia, apesar dos atrasos e de todas as coisas que aconteceram. Surpreendentemente, eu sairia no meu próprio jornal, só que não como autora de uma matéria, mas como notícia, com uma bela foto de Bill me agarrando no corredor do shopping. Hanz que veio até mim, pedindo para que eu escolhesse uma foto! Aquele trairá!

Enquanto arrumava minhas coisas na mochila para partir pra casa, meu celular apitou anunciando uma nova mensagem. Quase o derrubei quando vi que a mensagem era do Bill.


“Não se assuste e não fuja. Eu irei atrás de você. Wink”.


Okay, não me assustar com o que e fugir do que? Será que ele ia me seqüestrar? Oh Gott! Peguei rapidamente a minha mochila, colocando meu notebook dentro dela, me despedi do pessoal e finalmente sai para a neve! Sai meio disfarçada, por sorte ou azar, ninguém me seguiu.

Nevava um pouco e a paisagem parecia ficar à cada passada que eu dava mais branquinha ainda. Neve era tão bonita e legal... Queria brincar naquele meio como as crianças que eu vi passarem correndo por mim, tentando acertar umas às outras com bolas de neve. Apressei meu passo antes que surtasse por causa da neve, sim eu sou louca. Quando finalmente dei de cara com o meu prédio, ele estava estranhamente cheio de gente, tudo por causa de um Audi branco como a neve parado bem no meu caminho!

Alguém me segure, vou surtar antes de chegar às paredes seguras do meu apartamento! Escondi-me atrás de uma árvore e fiquei olhando alarmada para frente. Não tinha como eu entrar no prédio sem ser vista por ele. Sentei-me um pouco na neve, mordendo o lábio inferior nervosamente. Encontra-lo novamente naquele dia não estava nos meus planos. Reuni toda a coragem que consegui e me levantei, teria que encarar aquilo de alguma maneira.

Postado por: Grasiele

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