domingo, 3 de junho de 2012
Hypnotized By Jane - Parte III
Okay, okay, eu me apavorei! Não consegui falar nada e por pouco não consigo me mexer, é emoção demais. Então eu fiz uma coisa idiota, me enfiei debaixo da minha mesa. Ah, eu não estava pronta para vê-lo novamente e muito menos pronta para aquela entrevista, não mesmo!
Não ouvi ele se aproximar, nem nada, apenas mordi nervosamente o lábio inferior esperando com esperança que ele percebesse o quanto eu estava nervosa e fosse embora.
– Por que está se escondendo aí Jane? – a voz musical perguntou próxima demais de mim.
Olhei para o lado, não pude acreditar que ele tinha se enfiado ao meu lado debaixo da mesa. Bill continuava sorrindo e tamanha foi a minha surpresa que eu pateticamente bati a cabeça na mesa. Foi a vez de ele ficar nervoso, Bill me ajudou a sair debaixo da mesa enquanto pressionava aonde eu tinha batido, mais ‘um galo’ para a coleção.
– Você se machucou? Está doendo? – ele perguntou me fazendo sentar na minha cadeira.
– Eu acho que estou bem, agora isso vai me ajudar a fazer a entrevista. – afirmei fazendo uma careta.
– Vai? – ele perguntou sem entender.
– Sim, vou me preocupar com a dor e não em esconder-me. – afirmei ajeitando meu cabelo bagunçado e pressionando o ‘galo’.
Bem, pelo menos agora eu tinha outra coisa para me preocupar, doía um pouco, mas logo a dor passaria e o meu pavor voltaria. Concentre-se Jane, você pode fazer isso! Bill me encarou por um longo momento e depois sorriu lindamente, me deixando sem ação.
– Ótimo, está bem para a entrevista? – perguntou me olhando divertido.
– Ahm, tenho que estar. – afirmei e respirei fundo.
– Então irei chamar os outros! – exclamou batendo palminhas como uma criança feliz. Oh que lindo!
– Só preciso de um momento para me preparar mentalmente. – falei quase levando a mão à boca novamente, queria roer as unhas!
– Um minuto e nós entramos. – afirmou já se dirigindo à porta, segurando a maçaneta.
– Não pode ser dois? – pedi nervosamente.
– Não pode! – respondeu-me sorrindo – Estou tão feliz de te encontrar novamente, Jane! – e falando isso, saiu da minha sala.
Tudo bem, tudo bem, eu tinha que me acalmar, relaxar a minha mente para emoções super fortes! Oh Gott, eu não conseguirei pensar direito, vou errar todas as perguntas... Por que tinha que ser pessoalmente, não podia ser por telefone?
“- Mas não pode ser por telefone Misses? – perguntei no exato momento que tinha aceitado a entrevista.
– Querida, o guitarrista insistiu em conhecer Jane Toledo, você, então foram eles que insistiram em vir aqui. Eu até propus que você os encontrasse, mas eles insistiram que queriam conhecer o jornal, já que fizeram várias entrevistas para nós, mas nunca vieram aqui. – ela me respondeu empolgada, explicando-me tudo.
– Tem certeza que não prefere Belle fazendo essa entrevista? Ela nem é tão fã deles... E também não me sinto preparada para isso. – tentei novamente passar isso para ela.
– Jane, você não entendeu bem. É você ou você. Tenho certeza que se saíra bem, você é ótima! Agora pare com esse pessimismo todo e vá trabalhar. – mandou dando fim naquela minha tentativa de livrar-me da entrevista.”
Minha humilde vidinha não podia ficar pior... Bem, até o final daquele dia ela ficaria bastante pior. Ouvi uma batida na porta e as conversações costumeiras do Bild, meu um minuto tinha acabado e eu não estava preparada para aquilo, mas dane-se. Precisava ser profissional e é exatamente isso que eu seria! Seja o que Gott quiser. Finalmente eu consegui encarnar o meu espírito jornalista-profissional.
– Podem entrar. – falei sem gaguejar, sentindo a coragem que eu não sabia de onde surgiu me dominar.
A porta foi aberta e quatro belos indivíduos passaram por ela. Tive que me segurar para não correr até eles e agarra-los um por um. Eu sorri nervosa e feliz, feliz porque por algumas horas eu teria os quatro só para mim.
– É uma honra conhecer todos vocês ao vivo e a cores! – falei me adiantando na direção deles.
Preferi cumprimenta-los formalmente com medo de dar uma de louca. Meu sorriso mostrava o quanto eu estava feliz por tê-los ali, não estava mais com medo, acho que o café tinha dado certo... Ofereci algumas coisas para eles antes de começar a entrevista. Bill aceitou as balinhas, Tom ficou com o Redbull, Gustav pegou uns chocolates e Georg com a coca-cola. Eles sentaram-se no sofá enorme e antes de começarmos a entrevista, Tom fez um comentário que me surpreendeu, me deixando super sem graça. Ele me analisou por inteiro, quando eu falo por inteiro eu digo por completo mesmo, dos pés à cabeça, observou-me com a intenção de que fosse notado.
– Então, essa é a famosa Jane. – começou ele. Famosa? Aonde? Só se for no jornal – Ótima saúde, hein? – piscou para mim e depois se virou para encarar o Bill, sorria marotamente – Parabéns maninho, você tem um ótimo gosto! – e piscou para o irmão.
Okay, eu irei me enfiar embaixo da mesa novamente, pode? Pisquei umas duas vezes e roubei um dos chocolates do Gustav. Relaxa Jane, relaxa, você conseguirá fazer essa entrevista! Ah mein Gott, eu não conseguirei!
– Cale a boca Tom. – Bill falou entre-dentes olhando-o feio e depois olhou de canto para mim.
Será que eu posso me esconder detrás da poltrona? Posso, posso? Eu consegui me mexer, sentei na poltrona de frente para eles com o gravador na mão e a pasta com as perguntas. Sorri super sem graça e me recompus.
– Bem, acho que podemos começar a entrevista. – sorri fracamente ligando o gravador e colocando-o em cima da mesa – Por quem começamos então? – olhei para cada um deles sorrindo nervosamente e abrindo meu plano para a entrevista.
– Hum, talvez você queira ter um papo sobre chapinhas com o Gê... – Tom insinuou arrancando risadas dos outros.
– Ou talvez um papo sobre cobrinhas com O cobrinha da banda. – Georg revidou dando uma cotovelada n’O cobrinha.
Eu passei a mão no meu galo, apertando-o por um momento para não dar uma de louca. Bill pareceu perceber o que eu fazia, quando encontrei o olhar dele, ele fez uma careta e depois riu.
– Muito bem, comecemos pelo Georg. – comecei me distraindo, mexendo nas folhas – Seja sincero, ouviu. – falei encarando-o.
– Oh, prometo ser sincero. – ergueu a mão direita como um juramento.
Não me segurei com aquele gesto dele e acabei rindo, atraindo a atenção dos outros, que pararam de se atazanar para prestar atenção no meu riso.
– Cara, você é bom hein. – Tom começou olhando para o irmão – Além de ser gos... – ele não conseguiu terminar a frase, Bill deu uma cotovelada na barriga dele.
– Que tal fazer a pergunta do Georg, Jane? – ele pediu-me com os olhinhos imploradores.
Resista à fofura, você é forte Jane! Desviei o meu olhar dele para o Georg.
– Okay, okay. – olhei seriamente para ele e fiz a pergunta na maior seriedade que eu consegui: - Qual é melhor: Taiff ou Gama?
Eles seguraram-se para não rirem e Georg respondeu como se fosse o expert no assunto:
– É claro que é Taiff!
A risada foi geral, nem eu me segurei e comecei a rir junto. Eles eram uma comédia e as minhas perguntas loucas ajudavam pouco...
– Bem, voltando aqui. Como foi gravar Automatic no meio deserto? Passaram muito calor, frio? – perguntei-lhes, uma pergunta séria dessa vez.
– Eu passei frio, meu aquecedor não funcionava e mal tive água quente. – Tom respondeu mal-humorado.
– Bom, lá é muito quente de dia... É um pouco difícil aquentar couro naquele sol todo, mesmo ele sendo falso. – Bill respondeu me olhando seriamente por um momento – Mas acredito que valeu a pena, gravamos um vídeo incrível!
– Ótimo, agora uma pergunta para o Gustav. Como você se sente sendo tachado de gordinho sedução, seduzindo as fãs sem dizer uma palavra sequer? – pergunta besta, mas eu não resisto.
Gargalhadas gerais e um Gustav super fofo vermelhinho. Aquela já era a minha terceira pergunta, só tinha mais oito.
– Hum, isso é bom, eu acho. – Gustav respondeu desconfortável.
– Ain gordinho sedução, me seduz mais tarde, tá? – Georg brincou com ele.
Gargalhamos novamente e eu encarei Tom, minha próxima vítima.
– Tom, eu ouvi dizer que você incendeia e apaga o fogo melhor que um corpo de bombeiros, o que diz a respeito? Essa é pergunta de uma fã. – mais uma pergunta besta, Vaneza que tinha me ajudado com essa.
Pergunta besta sim, mas que foi levada super a sério Kaulitz, que não riu com os outros.
– Isso é um caso delicado. Incendiar é fácil, difícil é apagar, mas com o tempo você adquire certa prática... – respondeu mexendo no piercing.
Então, eles deram risada novamente e eu acompanhei-os. Eles pareciam diferentes das entrevistas que eu os via pelo YouTube, não era nada planejado, era tudo por acaso, às escuras e eles não tinham ideia das perguntas de Jane Toledo. Talvez eles estivessem até mais empolgados por não serem as mesmas perguntas de sempre... É, talvez fosse isso.
– Muito bom Tom, obrigada. Agora, próxima vítima! – não me importei em encarar o Bill maldosamente.
Ele se encolheu por um momento e acabou levando uma cotovelada do Tom, voltou ao normal. Os olhos amendoados e super maquiados se encontraram com os meus por um momento, eu levei automaticamente a minha mão ao meu galo para não fazer nenhuma besteira, e depois ele sorriu lindamente como ele só consegue fazer. Segure-se Jane, não faça nada que não deva fazer. E apertei o galo.
Como eu ia fazer aquela pergunta para ele? Era idiota, sim. Mas era uma curiosidade interessante... Bem, eu preparei toda a minha coragem inexistente e comecei a pergunta.
Postado por: Grasiele
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