terça-feira, 18 de outubro de 2011

Tantchen - Capítulo 23 - The Pain



"O que posso fazer?
Para acabar com a dor
O quão duro eu luto?
Para acabar com a dor
Não importa o quanto
Para acabar com a dor
Não importa o quanto eu tentei...“.
(Lacuna Coil – The Pain)



"-Mãe?"

As duas se viraram e ele estava parado na porta, tirou o óculos escuro e mais uma vez perguntou...

-Mãe, o que você faz aqui? – Bill perguntou e olhou o lenço de rosas jogado no chão. Foi até ele e o pegou do chão.
-Pois é! Eu descobri essa sem vergonhice. Mas meu filho ainda é tempo de você sair dessa teia de aranha que essa aí armou para você.

Bill olhou para Fabrícia e ela o olhou com os olhos cheios d’água.

-Não vou sair dessa, mãe! Só se a Fabrícia me deixar, mas eu nunca a deixaria. Jamais!
-Bill, meu filho, não force a barra. Nós sabemos o motivo por que você escolheu se relacionar com uma mulher mais velha.
-Porque eu a escolhi? Ta já sei, porque ela é mais velha e o sexo é mais fácil e na minha idade isso é só o que eu penso, em transar. Minha mãe querida fique você sabendo que com Fabrícia foi mais difícil chegar a esse ponto do que com qualquer uma garota de 15 anos aqui nesse bairro. Que só não comi porque não quis e se bobear tinha comido na sua cama ainda.

Simone arregalou os olhos das palavras de Bill.

-Bill eu não vou aceitar você com essa senhora. E nem seu pai e nem esse bairro e nem ninguém.
-Mãe, eu não estou nem aí para o que todos vocês vão achar da minha relação com a Fabrícia, não dou à mínima. Eu a amo, e ela é a mulher da minha vida.
-Pára Bill... Até ela ter 40 anos e você 32 anos e começar a caçar uma garota de 20 anos.
-Como ela pode me trocar por um homem de 35, 38 ou 45 anos. É um risco que temos que correr, hoje não troco Fabrícia de 30 anos por nenhuma ninfeta. 

Fabrícia se mantinha calada. Deixava Bill falar e se entender com a sua mãe, só voltou a falar quando Simone tocou no nome de sua filha.

-Que lar Lorena será criada por um padrasto tão novo. E quando ela tiver com...
-Simone tudo isso que você esta jogando na minha cara eu já pensei e analisei. E traições não são só as mulheres mais velhas com rapazinhos que sofrem, são homens infelizes independente da idade da companheira. Bill e eu sabemos dos riscos dessa relação colocamos na balança e hoje decidimos que queremos ficar juntos.
-Bill você vai levar essa palhaçada adiante? - Simone começara a alterar o tom de voz. -Você vai assumir essa mulher como uma relação. Você só pode estar brincando? Vai jogar sua vida fora dessa maneira?
-Vou e a partir de hoje não moro mais com vocês. Vou me mudar para o apartamento do centro.
-O que? Você esta vendo o que você esta fazendo com a vida do meu filho? Você esta destruindo a vida do meu menino.  - Simone estreitou a distância entre ela e Fabrícia.
-Mãe, Já chega! Vamos embora!
-Não vou. Ela tem que me ouvir.  
-NÃO... Vamos agora! - Bill pegou o braço da mãe, mas antes Simone aproximou se de Fabrícia arrancou-lhe com toda a força a corrente do pescoço dela fazendo Fabrícia gritar de dor e colocar a mão no pescoço. Quando olhou para sua mão ela tinha sangue.

Bill quase arrastou sua mãe para fora da casa da namorada.

Fabrícia sentou no sofá e olhou para o topo da escada e viu Lorena a olhando.
-Filha... Eu...

Lorena estava com os olhos cheio de fúria e se pudesse avançaria na sua mãe. Ela desceu correndo as escadas e saiu para rua correndo. Fabrícia foi atrás dela.

-Lorena, espera vamos conversar.
- A vagabunda era você. Esse tempo todo era você. Eu te odeio! Você é uma ridícula que não se coloca no seu lugar.
-Lorena, minha filha vamos entrar para casa e conversar. Eu sei que eu errei, minha querida... Vamos conversar?
- Foi por isso que Deus levou o meu pai. Porque ele era muito bom para estar do seu lado, meu pai não te merecia. Bem que minha avó fala que você é a culpada da morte do meu pai. Engravidou para tirar dinheiro dele, usou-me... Como esta usando o Bill... Você não vale nada. Nada. Tenho vergonha de ser sua filha e tenho vergonha do que você esta fazendo com a memória do meu pai.

O tapa ardeu no rosto de Lorena. Ela apenas colocou a mão no rosto e correu pela rua, Fabrícia ficou olhando ela sumir na rua e o desespero bateu. Deixou-se chorar pelo maremoto que sua vida acabará de passar. Fabrícia sentiu um braço a segurá-la e ajudá-la a entrar em sua casa. Era Georg. Ele entrou com ela e a sentou no sofá. Pegou o seu celular e discou o número do amigo.
Em menos de um segundo Bill estava atravessando a porta da sala da casa de Fabrícia.

-Obrigado Ge!

Viu o amigo lhe bater nas costas e sair da casa os deixando sozinho.
Bill pegou a corrente e o pingente que estava no chão e sentou-se ao lado de Fabrícia e apenas a abraçou. Não gostava de expressar sua opinião nessas horas. O abraço e o conforto já eram suficientes!  E quando Bill estava limpando o machucado que sua mãe havia feito no pescoço dela. Fabrícia começou a desabafar.

-Ela me acusou de ter matado o pai dela. – Fabrícia olhava fixo para o nada. -Me acusou! Podem me acusar de tudo de estar destruindo sua vida, mas ter matado Bernardo. Jamais! Eu o amei e... – Fabrícia caiu em um choro desesperado.

Bill a deixou chorar e depois com calma levou ela até a cama, tirou-lhe a roupa e a deitou. Ele deitou ao lado da namorada apenas fazendo carinho em seus cabelos e lhe beijava a têmpora então ele ouviu o telefone tocar.

-Alô? - ele disse baixo - Oi, dona Laura... Ela esta dormindo. Ela esta com você?

Fabrícia virou para ele e o olhou no telefone.

-Gustav vai acompanhá-la até a casa da avó? Peça para ele ligar assim que deixá-la em Hamburgo. Eu vou ficar aqui com ela até ela se acalmar. Por favor, nos mantenha informado. Pode deixar dona Laura. Mais uma vez obrigado!

Bill não precisava passar o recado ela já o entenderá. Lorena tinha ido embora para casa da avó e a abandonado. Fabrícia o olhou com tristeza e Bill pode ver as lágrimas dela rolarem. Foi até a cozinha pegou um calmante e a fez tomar. Fabrícia o tomou e deitou em seu colo.

-Porque não podemos mandar em nossos corações... Porque não somos fortes o suficiente para tomarmos as atitudes certas?
-E qual seria a graça disso tudo minha linda? Qual seria a graça? – Bill a viu dormir, se aconchegou e ficou ali zelando pelo sono da amada.

Fabrícia acordou no outro dia tomou banho e desceu para a cozinha se deparou com Bill arrumando a mesa.

- Você fez almoço?
-Se soubesse eu o faria para você. Dona Laura trouxe para você.
-Hum... – ela sentou á mesa e o olhou nos olhos. –E você o que pensa em fazer?

Bill a olhou e disse:

-Sobre o que?
- Sobre a sua vida, você não voltou para casa ainda.
-E nem vou voltar, hoje mesmo vou para o meu apartamento no centro e vamos viver nossa vida.
-Nossa vida! – Fabrícia suspirou. –Você falando parece tudo tão fácil!
-Fabrícia, não somos culpados de nada. De nada! Não podem nos jogar pedra porque nos apaixonamos. -Bill pegou sua mão e a beijou delicadamente.

Infelizmente Bill estava errado nos dias seguintes quando Fabrícia saia de casa perceberá que os vizinhos a olhavam e quase não a olhou no rosto. No mercado perto de sua casa as pessoas a olhavam com cara de reprovação. E quando voltou ao seu carro percebeu que ele estava riscado. No seu trabalho ela perderá três vendas grandes de imóveis em um bairro vizinho do seu. Seu chefe não quis dizer o motivo, mas ela não era boba e já sabia o real motivo. Chegou em sua casa e quando estava entrando em casa ouviu um carro passando na rua e uma voz masculina gritando...

Postado Por: Grasiele

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